quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Nada e tudo

Parti numa hora de loucura
e agora longe de ti
vivo arrastado
o desejo da ausente
que vislumbro
e sinto no fundo de mim
presente
resultado do silêncio
disseminado em ondas de calor
inundando este vazio pleno

Entre o nada e o tudo
o que me falta e o que contenho
e o que pressinto de ti
a cada momento te amo
mais e mais e mais
e mais repito ainda
que te direi uma vez mais
como te amo

A sombra deste sol abrasador
fermenta o nosso amor
num cosmos de azul profundo
onde te direi
envolta em nuvens de prazer
e felicidade
no momento extraordinariamente preciso
de te apertar enfeitiçado
e magnético
nos braços ávidos de carícias
COMO TE AMO



Alexandre Castanheira










em "Desilusão Optimista"

No dia do seu aniversário, homenagem do Debaixo do Bulcão a um grande almadense, poeta e, sobretudo, grande divulgador da poesia.

Alexandre Castanheira
(N. Cacilhas, Almada, 28/02/1928)

Escritor, dramaturgo, poeta e professor universitário, Alexandre dos Santos Castanheira é licenciado em Ciências
Histórico-Filosóficas pela Faculdade de Letras de Lisboa, e em Letras Modernas Francesas, pela Faculdade de Paris.
Abnegado lutador pela liberdade e pela democracia, conheceu as prisões da PIDE, ainda estudante.
Popularmente conhecido e considerado como uma das mais facetadas personalidades almadenses, foi obrigado, pelo regime de Salazar e Caetano, a enveredar pela clandestinidade, durante 15 anos.
Membro do PCP regressou à terra natal após a revolução de Abril, desempenhando fecunda actividade no Poder Local, como Deputado Municipal e como presidente da Assembleia de Freguesia do Laranjeiro, onde reside.
Na sua passagem por França, onde se exilou, foi secretário do Movimento Francês Contra o Racismo e membro de várias organizações de trabalhadores.
Nos anos 40/50 publicou poemas em jornais e revistas, com o pseudónimo de Edgar Castanheira; foi redactor do Avante e colaborador do Diário de Lisboa.
Organizou a antologia poética Poesia em Cooperação (1988), e participou nas antologias A Diáspora em Letra Viva (1985); Águas Claras: Poetas em Vila Viçosa (1987); Poesia em Cooperação (1988); Águas de Lisboa (1989); 35 Textos para Paulo Cid (1992); O Tejo e a Margem Sul na Poesia Portuguesa (1993), e Antologia dos Serões da Beira. Prefaciou e apresentou diversas obras.
Na segunda metade da década de 90 foi coordenador da Agenda Cultural do Município de Almada.
Em 1994 foi galardoado pela Câmara Municipal de Almada com a Medalha de Ouro de Mérito Cultural.

Publicou, entre outras, as obras:
Poesia... Sem Distanciação (1985) e Desilusão Optimista (1993), Poesia.
Chico do Norte (1977) e Uma Certa Vanguarda (1983), Teatro.
Camões, Nosso Contemporâneo , 1.º Prémio Camões da CMA (1980); Romeu Correia, Memória Viva de Almada (1992); Associativismo Almadense (1993); Uma Experiência "Comunista" em Torno de Um Capítulo da História dos Limites Austrais do Brasil (1998), Ensaio.
Hoje, ainda... (1987), Contos. Cidadão a Tempo Inteiro (1999), Crónicas. Outrar-se (2003), Memórias.


Nota bio-bibliográfica adaptada de:
Gente de Letras Com Vínculo a Almada
edição SCALA, Dezembro 2004

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Carta a um ideal

Dizer-te que estou louco era mentir
- que eu estou velho demais p'ra endoidecer.
Não posso, pois, dizer que, se partir,
irei morrer de dor por te não ver.

Tão pouco poder-te-ia garantir
que a vida a dois feliz viria a ser;
também não sei (bem sabes!) se o Porvir
nos vai deixar sequer voltar a ver.

Não sei (quem saberá?) se o Amanhã
nos vai trazer delícias ou tormento.
(Da vida, quem conhece toda a lei?)

Mas tenho de jurar-te, alma pagã,
que, se não me mentiste um só momento,
te sinto o Ideal que nunca achei!


Bernardes - Silva



(Nota biográfica
no blog
Poetas Almadenses
)


(Em Index Poesis, colectânea de poesia
organizada por Ermelinda Toscano.
Edição O Farol / SCALA.
Almada, Outubro 2006)

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

José Afonso

(ou, para os que lhe são mais íntimos, o Zeca)




Biografias, canções, e outras informações em

Associação José Afonso:
www.aja.pt/
vejambem.blogspot.com/

E também:

Biografia, na Wikipédia
Zeca Afonso, o rosto de uma utopia (biografia, canções)
www.myspace.com/joseafonso

Página da Câmara Municipal de Grândola
(ouçam aqui a Grândola Vila Morena)

Década de Salomé

Vai terminar esta prosa
Estamos na década de Salomé
Será o Apocalipse ou a torneira
a pingar no bidé?
É meio dia dia de feira
mensal em Vila Nogueira
Estamos na década do bricolage
Diz o jornal que um emigra
morreu afogado em Mira
Antes da data
Do mariage
Estamos na Europa
civilizada
já cá faltava
uma maison
pour la patrie
p'lo Volkswagen
acabou-se a forragem
viva o patron!
Já tem destino esta terra
vamos mudar para o marché aux puces
o tempo das ceroilas está no fio
agora só de trousses.
É meio dia dia de feira
mensal em Vila Nogueira
Estamos na década do bricolage
Diz o jornal que um emigra
morreu afogado em Mira
Antes da data
Do mariage.
Saem quarenta mil ovos moles
Vilar Formoso
é logo ali
faz-se um enxerto
com mijo de gato
Sola de sapato
voilá Paris!
Aos grandes supermercados
chega cultura num bi-camion
Camões e Eça vendem-se enlatados
lavados com «champon»
É meio dia dia de feira
mensal em Vila Nogueira
Estamos na década do bricolage
Diz o jornal que um emigra
morreu afogado em Mira
Antes da data
Do mariage
Estamos na Europa
radarizada
já cá faltava
uma turquês
para o controle
do bravo e do manso
vivaço e do tanso
em cada mês!
A fina flor do entulho
largou o pêlo ganhou verniz
Será o Christian Dior o manajeiro
a mandar no país?
Estamos da Europa
do «estou-me nas tintas»
nada de colectivismos
chacun por si, meu
e chcaun por soi
tê vê e cama
depois da esgaça
até que lhes dê a traça
a culpa é toda
do erre Hagá.
Levam-te à caça
dos gambuzinos
com dois ouriços
em cada mão
ai velha fibra
do bairro de Alfama
a carcaça do Gama
vai a leilão!


José Afonso
(em Galinhas do Mato)

(todas as letras deste álbum em:
www.aja.pt/discogalinhas.htm)

Coro dos Caídos

Canta bichos da treva e da aparência
Na absolvição por incontinência
Cantai cantai no pino do inferno
Em Janeiro ou em maio é sempre cedo
Cantai cardumes da guerra e da agonia
Neste areal onde não nasce o dia

Cantai cantai melancolias serenas
Como o trigo da moda nas verbenas
Cantai cantai guizos doidos dos sinos
Os vossos salmos de embalar meninos
Cantai bichos da treva e da opulência
A vossa vil e vã magnificência

Cantai os vossos tronos e impérios
Sobre os degredos sobre os cemitérios
Cantai cantai ó torpes madrugadas
As clavas os clarins e as espadas
Cantai nos matadouros nas trincheiras
As armas os pendões e as bandeiras

Cantai cantai que o ódio já não cansa
Com palavras de amor e de bonança
Dançai ó parcas vossa negra festa
Sobre a planície em redor que o ar empesta
Cantai ó corvos pela noite fora
Neste areal onde não nasce a aurora


José Afonso

(Nota: Comentário do autor, sobre esta música, in "Cantares":
"Um antigo poema incompleto serviu de base à música. O conjunto constitui como que um complemento dos vampiros entretidos, após a batalha, na recolha dos mais valiosos despojos.")

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Utopia

Cidade
Sem muros nem ameias
Gente igual por dentro
gente igual por fora
Onde a folha da palma
afaga a cantaria
Cidade do homem
Não do lobo mas irmão
Capital da alegria
Braço que dormes
nos braços do rio
Toma o fruto da terra
É teu a ti o deves
lança o teu
desafio

Homem que olhas nos olhos
que não negas
o sorriso a palavra forte e justa
Homem para quem
o nada disto custa
Será que existe
lá para os lados do oriente
Este rio este rumo esta gaivota
Que outro fumo deverei seguir
na minha rota?



José Afonso

(Aveiro, 2 Agosto 1929
Setúbal, 23 Fevereiro 1987)

Texto recolhido em
zeca-afonso.letras.terra.com.br/

Associação José Afonso:
vejambem.blogspot.com/
www.aja.pt/

Zeca,

A madrugada começa
com a tua voz que ilumina toda a casa...

Abraço as tuas palavras,
uma a uma,
tão belas, corajosas,
sofridas e acusatórias
de mil e uma atrocidades
cometidas um pouco por todo o lado
pelos «vampiros»,
sem rosto ou idades...

Elas clamam por um mundo novo,
onde a paz e a liberdade
não sejam constantemente
esquecidas no campo e na cidade...
E o melhor de tudo...
é descobrir a razão...
do teu canto continuar a ser
uma das mais belas
«armas da revolução»...



Luís Milheiro

(Em "Alma(da) Nossa Terra",
antologia de poetas almadenses,
organizada por Ermelinda Toscano.
Edição SCALA. Almada, Março 2006)

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Como brinde aos nossos fiéis leitores, por serem tão fiéis e tão leitores, eis um dos mais belos poemas sobre esta data festiva, intitulado:


Vai passar



Vai passar
Nessa avenida um samba popular
Cada paralelepípedo
Da velha cidade
Essa noite vai
Se arrepiar
Ao lembrar
Que aqui passaram sambas imortais
Que aqui sangraram pelos nossos pés
Que aqui sambaram nossos ancestrais

Num tempo
Página infeliz da nossa história
Passagem desbotada na memória
Das nossas novas gerações
Dormia
A nossa pátria mãe tão distraída
Sem perceber que era subtraída
Em tenebrosas transações

Seus filhos
Erravam cegos pelo continente
Levavam pedras feito penitentes
Erguendo estranhas catedrais
E um dia, afinal
Tinham direito a uma legria fugaz
Uma ofegante epidemia
Que se chamava carnaval
O carnaval, o carnaval
(Vai passar)
Palmas pra ala dos barões famintos
O bloco dos napoleões retintos
E os pigmeus do bulevar
Meu Deus, vem olhar
Vem ver de perto uma cidade a cantar
A evolução da liberdade
Até o dia clarear

Ai, que vida boa, olerê
Ai, que vida boa, olará
O estandarte do sanatório geral vai passar
Ai, que vida boa, olerê
Ai, que vida boa, olará
O estandarte do sanatório geral
Vai passar


(Francis Hime - Chico Buarque
1984)




Mais poemas de Chico Buarque:
w3.impa.br/~nivaldo/all-chico.html

Site sobre o autor:
chicobuarque.uol.com.br/

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Avizo inportante!


Este blogue encontra-se temporariamente emperrado por motivo de Carnaval.

P'la Gerência,

Dr. Abreu Santinho
(Assessor do Senhor Gerente)

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Sinistros Cismos

diz o marquês de pombal: está mal
e é preciso fazer bem. régua esquadro
esquadria. derrubo a casa da tua tia
enquadro terramotos no plano original.

diz antónio josé da silva: está bem
mas não me preocupo nada com isso.
estou febril vim do brasil fui a belém
reli os evangelhos mesmo assim virei chouriço.

diz bocage: carrapato mais que tu penou camões
ou na pátria ou nas índias essas dores
tal a minha liberdade amputada em maus serões.

epílogo de pina manique: essas tintas essas cores
e doutores há em excesso até na arcádia. ah, prisões!
deixem sonetar o sono! azorraguem tais cantores!


António Vitorino

(Debaixo do Bulcão poezine, nº13 - Março 2000)

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Poesia

A poesia,
é um dinossauro que coabita dentro de nós.

Se a vontade for tanta,
basta inspiração para criar,
túmidos dedos... cegos,
para a poder moldar,
e glória
para encher todas as bocas
que um dia te venham a declamar!

Ó POESIA!!!


Alberto Afonso

(Do livro
Poemas Dispersos,
incluído na colecção Index Poesis,
Almada, 2004)

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Inundo de sol a minha pele
Com a certeza do caminho a percorrer
E ergo bem alto o meu olhar
Como quem já não tem nada a temer

Fui eu que escolhi este caminho
De cravos e de esporas derrotadas
Se o percorrer, ainda que aos tropeços
Manterei as minhas mãos imaculadas

Não importa a dor, a solidão
Não importa se mais tarde vou chorar
É este o momento, é esta a hora
De fazer o que é preciso, de mudar



Natércia Anjos

Em "O Sabor das Palavras", nº5
e "Alma(da) Nossa Terra",
antologia de poetas almadenses,
organizada por Ermelinda Toscano,
Edição SCALA. Almada, Março 2006)

quinta-feira, fevereiro 08, 2007

Mulher

São anos de humilhação,
De anulação,
De maus tratos,
De ser transformada
Em máquina de parir,
Sem direito ao seu corpo.

São milhares de anos a ser esquecida
E convencida
De que nada vale.

A guerra é grande
E dolorosa,
Os resultados são lentos demais,
Mas já assustam muitos.
Porque pior do que ser esquecida,
É ficar calada.

A tua voz é forte
E sentida, com razão e sabedoria
(A que adquiriste de tantos anos
veres e nada dizeres)

És a força da vida
Transformada em luta
E vontade de vencer.


Ana Lúcia Massas

(Em "Lado Esquerdo"
e "Alma(da) Nossa Terra",
antologia de poetas almadenses,
organizada por Ermelinda Toscano.
Edição SCALA. Almada, Março 2006)

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Dois blogues muito interessantes!

Enquanto preparo um artigo que explique quais são os critérios de edição deste blog (fá-lo-ei em breve, prometo), deixem-me abusar um pouco do meu privilégio de editor e aconselhar-vos dois blogs que, na minha opinião, são muitíssimo interessantes.

Eles são, (por ordem meramente alfabética):

Se eu flor de morango... Prosa e poesia

de Madalena Barranco,
autora brasileira (de São Paulo) que se apresenta com estas palavras:
"Formada em Letras, paulistana, escritora/ tradutora. Escrevo poesia e prosa em busca do resgate da magia pessoal e da realidade que se oculta na fantasia. E às vezes, além de fazer salada de letras, experimento receitas naturalmente fantásticas."

Blog: flordemorango.blogspot.com. Mas visitem também o site da autora (http://br.geocities.com/mmbarranco/)
onde irão encontrar poemas como este:

MADRUGADA PAULISTANA

Deslizo
pelos úmidos
olhos
de São Paulo
e vou parar
no lago cimentado
de uma cidade
em prenúncio
de tempestade.


O vendaval
dominado
beija
o cabelo
dessa garoa
e
sinto cheiro
de terra amada
na chaminé
que nunca se apaga.


Peço café expresso.
Ainda é madrugada.


Madalena Barranco


O Outro blog que me apetece recomendar hoje chama-se

Zoo Poesia:



e, como o próprio nome indica, a maior parte dos poemas lá incluídos têm a ver com animais.
O editor do blog, Sidnei Olivio:

"Nascido em São José do Rio Preto, SP. Biólogo, exerce a função de Auxiliar Acadêmico do Departamento de Zoologia e Botânica do IBILCE-UNESP, desde 1985.
Poeta e escritor, tem dois livros de poesias editados em co-autoria ("Zoopoesias", 1999, Ed. Rio-pretense e "Poesia Animal", 2003, Ed. Sterna) e um livro de contos editado em co-autoria (Mutações, 2002, Ed. Scortecci).
Participou ainda em mais treze livros de coletânea, sendo os principais Leituras de Brasil, 2001, Ed. da UNESP e Petali d Infinito, Accademia Internazionale Il Convivio, Itália, 2002."

E um dos poemas lá publicados:

borboleta


depois do fastio
caminha
a lívida lagarta
ao ponto
alto
seguro
de sustentação (o galho)
à aparente latência
um transformismo mágico
em asas e cores

sidnei olivio
(em zoopoesia.blogger.com.br/)

(Nota de rodapé: depois de visitarem esses sítios logo vão entender que existe algo em comum entre os dois. É que num fala-se de vegetais e no outro de animais. Boa desculpa para os juntar no mesmo artigo, não é?


António Vitorino)

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

TEXTOS PARA O BULCÃO DE MARÇO: ENVIEM-NOS JÁ!!!

Olá a todo(a)s!

É só para avisar que quem quiser publicar textos na

próxima edição do Debaixo do Bulcão
(número 29, Março de 2007)
tem até dia

11 de Fevereiro
(domingo)

para o fazer.

Basta enviá-los para este endereço de correio electrónico:

[email protected]

Como habitualmente, o tema é livre. Em verso ou em prosa, tanto faz.
Mas, por favor, não enviem textos muito extensos, pois não nos será possível publicá-los no poezine.

Textos que ocupem mais de uma folha A4 em Times New Roman corpo 12 dificilmente serão editados.

(Podemos no entanto publicá-los apenas neste blog. Essa é sempre uma opção e para esse efeito podem enviar-nos textos sempre que assim o entenderem.)


Obrigado pela vossa atenção

António Vitorino

Mostra de Teatro de Almada: 2 a 28 deste mês!



Informação da Câmara Municipal de Almada:
A 11ª edição da Mostra de Teatro reúne de 2 a 28 de Fevereiro quinze grupos do concelho de Almada que vão apresentar, em vários locais do município, dezasseis trabalhos, oito dos quais estreias absolutas.
Esta iniciativa, organizada pela Câmara Municipal e companhias e grupos teatrais do concelho, cumpre o objectivo primordial de promover e apoiar a diversidade da produção teatral dos grupos do concelho de Almada.

Em 2007 a Mostra terá início a 2 de Fevereiro (sexta-feira) com uma estreia do
Teatro de Papel:

“Era Uma Vez… e Viveram”,
Encenação de Yolanda Alves, sobre texto
de Italo Calvino
no Auditório Fernando Lopes Graça (às 21H30).

Seguem-se trabalhos de:
Oficina de Teatro de Almada: "Abrigo Temporário", de Mário H.Leiria, David Lodge, Luís Veríssimo, Rubem Braga, Anton Tchekov e Edson Athayde.
Encenação de Fernando Rebelo (sábado, 3 às 21H30, no Teatro Extremo)

A Menina dos Meus Olhos:

"MegaGigaFruitiByteJackPote",
de Ana Gouveia, Beatriz Cantinho, Marina Nabais
(domingo, 4 às 17H00 no Auditório Municipal Fernando Lopes - Graça)

Companhia de Teatro de Almada:
"Esta Noite Arsénico"
,
de Carlo Terron, encenação de Mário Mattia Giorgetti
(sexta-feira, 9 às 21H30, no
Auditório Municipal Fernando Lopes - Graça)

Teatro Extremo:

"Maçãs Vermelhas"
, de Luís Matill
(domingo, 18 às 11H00, no
Auditório Municipal Fernando Lopes - Graça)

entre outros.
Serão apresentados 16 trabalhos, 8 dos quais estreias absolutas preparadas para a Mostra.

De referir que a Mostra disponibiliza informação diária no seu próprio blog:

www.mostrateatroalmada.blogspot.com/