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domingo, março 27, 2011
Poema de Brecht lido por Mário Viegas. Para comemorar o Dia Mundial do Teatro.
Dificuldade de governar
1
Todos os dias os ministros dizem ao povo
Como é difícil governar. Sem os ministros
O trigo cresceria para baixo em vez de crescer para cima.
Nem um pedaço de carvão sairia das minas
Se o chanceler não fosse tão inteligente. Sem o ministro da Propaganda
Mais nenhuma mulher poderia ficar grávida. Sem o ministro da Guerra
Nunca mais haveria guerra. E atrever-se ia a nascer o sol
Sem a autorização do Führer?
Não é nada provável e se o fosse
Ele nasceria por certo fora do lugar.
2
E também difícil, ao que nos é dito,
Dirigir uma fábrica. Sem o patrão
As paredes cairiam e as máquinas encher-se-iam de ferrugem.
Se algures fizessem um arado
Ele nunca chegaria ao campo sem
As palavras avisadas do industrial aos camponeses: quem,
De outro modo, poderia falar-lhes na existência de arados? E que
Seria da propriedade rural sem o proprietário rural?
Não há dúvida nenhuma que se semearia centeio onde já havia batatas.
3
Se governar fosse fácil
Não havia necessidade de espíritos tão esclarecidos como o do Führer.
Se o operário soubesse usar a sua máquina
E se o camponês soubesse distinguir um campo de uma forma para tortas
Não haveria necessidade de patrões nem de proprietários.
E só porque toda a gente é tão estúpida
Que há necessidade de alguns tão inteligentes.
4
Ou será que
Governar só é assim tão difícil porque a exploração e a mentira
São coisas que custam a aprender?
Bertolt Brecht
sábado, outubro 09, 2010
Uma homenagem a John Lennon (9 outubro 1940 - 8 dezembro 1980)
"A Day in The Life", um dos grandes poemas que Lennon compôs para os Beatles.
terça-feira, junho 08, 2010
Imaginária Onda
Naufraguei em todos os
abismos da mente
Fui flor de lótus
nos Jardins de Bizâncio
Lágrimas salgadas
de Adamastor
O quinto vórtice
da pirâmide
Arco gótico de
catedral
Imaginária Onda
Cálice de doce
cicuta
Redenção de espírito
antigo
Montanha voadora
cipreste contador da
história
do mundo
Fábula encantada
deusa da luz
mulher de múltiplos seios
harpa de ciclope
Imaginária Onda
Tempestades de amor
feiticeiro da maré
sonho dos ventos
sacerdotiza da lua
guardião do espaço
volúvel forma
de néctar
veneno de Nero
serpente de Medusa
esperança de Pandora
tapete mágico
lâmpada de Aladino
gárgula de Nôtre-Dame
António Boieiro
Debaixo do Bulcão poezine
Número 18 - Almada, Junho 2002
No vídeo (do canal http://www.youtube.com/user/metoscano):o autor declama este poema durante uma sessão mensal de poesia vadia - Almada, 28 de Janeiro de 2008.
domingo, fevereiro 28, 2010
Alexandre Castanheira lê poesia do seu mais recente livro, "Tributo a Almada"
Lançamento realizado dia 27 de Fevereiro de 2010, no Le Bistro Café, em Almada, antecedendo mais uma sessão mensal de "poesia vadia".
sexta-feira, abril 25, 2008
Venham Mais Cinco - José Afonso
um dos "hinos" do 25 de Abril...
Venham mais cinco
Duma assentada
Que eu pago já
Do branco ou tinto
Se o velho estica
Eu fico por cá
Se tem má pinta
Dá-lhe um apito
E põe-no a andar
De espada à cinta
Já crê que é rei
Dàquém e Dàlém Mar
Não me obriguem
A vir para a rua
Gritar
Que é já tempo
D'embalar a trouxa
E zarpar
A gente ajuda
Havemos de ser mais
Eu bem sei
Mas há quem queira
Deitar abaixo
O que eu levantei
A bucha é dura
Mais dura é a razão
Que a sustem
Só nesta rusga
Não há lugar
Pr'ós filhos da mãe
Não me obriguem
A vir para a rua
Gritar
Que é já tempo
D'embalar a trouxa
E zarpar
Bem me diziam
Bem me avisavam
Como era a lei
Na minha terra
Quem trepa
No coqueiro
É o rei
José Afonso
pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Afonso
quarta-feira, junho 06, 2007
Minha Voz (Luiz Alberto Machado)
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Poema de Luiz Alberto Machado inserido no livro "Primeira Reunião". Recife: Bagaço, 1992. www.luizalbertomachado.com.br
Edição LD Informática
quarta-feira, março 14, 2007
Uma pérola do Youtube: Poesia Sarauí!
Poemas de autores do Sahara Ocidental, em Castelhano, lidos por sarauis nos campos de refugiados da Argélia.
(Se gostam mesmo de poesia, por favor vejam - e ouçam - este vídeo com muita atenção!)
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