Em Setembro anunciei ao mundo que ia de férias. Escrevi inclusive um
post a partir do aeroporto (no dia 11 de Setembro... que apropriado!), dando a entender que estaria em terras de bifes. E estava: estava de passagem. Este é o post estou para escrever há muito tempo, mas não tem calhado. Mas dado o meu "casamento" breve, tenho mesmo que pôr estas coisas a limpo (nem por isso, mas é uma boa desculpa como outra qualquer).
Na realidade eu estava a ir para o país do Hans Christian Andersen e da Pequena Sereia. Do Lego, do design, de montes de Miss Universo, do Viggo Mortensen (para quem gosta, o que não é o caso) e do Lars Ulrich dos Metallica. Um país onde os homens são lindo de morrer, mas as mulheres não: as mulheres são mesmo de cair para o lado! Ou seja: eu estava a caminho da Dinamarca!
Ora aqui a menina pode parecer muita coisa, mas por nórdica não passa! E foi assim que me comecei a dar com dois italianos, com quem passei momentos hilariantes. Ora eu não vou dizer o nome deles, porque não se faz divulgar assim o nome de dois estranhos. Mas não deixa de ter piada, porque eu pensei que Michelle era só nome de gaja e achei curioso como o nome da namorada do outro não fosse Isolda. E eles chamavam-me pelo nome de uma modelo brasileira lindíssima (mas eu não digo o nome, claro).
Um dos italianos protagonizou o engate mais rápido da história (e eu o corte mais rápido da história). Estava eu sentada quando ele reparou que eu estava sozinha. Meteu conversa em mau inglês. Ao contrário de mim, ele passava quase por dinamarquês. Quando ficou estabelecido que era latina, cometi um pequeno erro: disse que "capiscava" um bocadinho de italiano. E é verdade, "capisco", mas falar é que é uma merda! Mas não faz mal, porque ele não falava inglês! Mas lá iremos (vejam o título do post, que será relevante no final da história).
Ora senta-se o rapazinho ao pé de mim e começa com um interrogatório: de onde sou e tal. E porque é que falo italiano (pois... mais ou menos). Isto demorou 2 minutos, mesmo com dificuldades de comunicação. A seguir inicia-se o seguinte diálogo, que tem que ser lido rapidissimamente:
- E viajaste sozinha?
- Sim.
- Então estás a dormir sozinha?
- Sim.
- Queres dormir comigo?
- Não. Não tens namorada?
- Sim, mas isso não tem nada a ver!
E pronto, em 3 minutos houve um engate e um fora de todo o tamanho. E porque é que lhe dei um fora? Era feio? Cheirava mal da boca? Não: o homem não era lindo, mas de cair para o lado e com uma voz daquelas que me tira do sério! Havia uma série de razões para que eu não dormisse com ele. Uma das quais eu na altura ter a ideia de que estava numa relação com uma pessoa de quem gostava muito e ele ter namorada (e há coisas que uma mulher não faz a uma mulher. Ou pelo menos evita). E depois, com aquela pressa toda, ele tinha todo o aspecto de quem tirava café em chávena fria. E eu não tolero um café mal tirado!!**
Tirada a questão do sexo da frente, estavam criadas as condições para nos divertirmos imenso! A saga continua!
**Isto deve-se a um comentário do Requiem
neste post:
"Café em chávena fria é o equivalente a sexo sem preliminares! ". E daí, na volta o Requiem estava mesmo a falar de sexo e não de café...