Symbolization

Um primo, de cinco anos, veio visitar Hans, que nessa época chegara à idade de quatro anos. Hans constantemente punha os braços ao redor dele, e um dia, quando lhe dava um daqueles ternos abraços, disse: "Eu gosto tanto de você."' Esse é o primeiro traço de homossexualidade com que nele deparamos, mas não será o último. O pequeno Hans parecer ser um modelo positivo de todos os vícios. 'Tendo Hans quatro anos, mudamos para um novo apartamento. Uma porta dava da cozinha para um balcão, de onde se podia olhar para um apartamento no outro lado do pátio. Nesse apartamento Hans descobriu uma menina de sete ou oito anos de idade. Ele ia sentar-se no degrau que dava para o pátio, de modo a admirá-la e lá ficava horas a fio. Às quatro horas da tarde, particularmente, quando a menina chegava da escola, não se podia retê-lo na sala, e nada era capaz de induzi-lo a abandonar seu posto de observação. Certa vez, quando a menina deixou de aparecer à janela na hora habitual, Hans ficou bastante inquieto, e molestava os empregados com perguntas-"Quando a menina vai vir? Onde está a menina?", e assim por diante. Enfim, quando ela de fato aparecia, ele ficava felicíssimo e jamais retirava os olhos do apartamento do lado oposto ao nosso. A violência com que esse "amor à longa distância" o afetou deve-se explicar pelo fato de ele não ter companheiros de folguedos de qualquer dos dois sexos. Passar boa parte do tempo com outras crianças constitui, claramente, parte do desenvolvimento normal de uma criança. 'Hans conseguiu alguma companhia desse tipo quando, pouco mais tarde (tinha perto de quatro anos e meio), mudamo-nos para Gmunden, para passarmos as férias de verão. Em nossa casa lá, seus companheiros eram os filhos do nosso senhorio: Franzl (cerca de doze anos), Fritzl (oito), Olga (sete) e Berta (cinco). Além deles, havia as filhas do vizinho, Anna (dez) e mais duas outras meninas, de nove e sete anos, cujos nomes esqueci. O favorito de Hans era Fritzl, que ele sempre estava abraçando, e a quem fazia declarações do seu amor. Certa vez, quando lhe perguntaram: "Das meninas, de quem você gosta mais?", ele respondeu: "Fritzl!" Ao mesmo tempo tratava as meninas de forma muitíssimo agressiva, masculina e arrogante, abraçando-as e beijando-as com sinceridade-um procedimento ao qual Berta em particular não fazia objeção. Certa noite, quando Berta saía da sala, ele lhe pôs os braços ao redor do pescoço e lhe disse com voz muito apaixonada: "Berta, você é um amor!" A propósito, isso não o impedia de beijar também os outros e de confessar a eles seu amor. Gostava também de Mariedl, de quatorze anos, outra filha do senhorio que costumava brincar com ele. Uma noite disse, quando lhe punham na cama: "Quero que Mariedl venha dormir comigo." Quando lhe foi dito que isso não podia ser, ele falou: "Então ela vai dormir com a mamãe ou com o papai." Disseram-lhe que também isso seria impossível, mas que Mariedl tinha que dormir com o pai e a mãe dela. Seguiu-se então o seguinte diálogo: 'Hans: "Ah, então vou descer e dormir com Mariedl." 'Mãe: "Você quer mesmo sair de junto da mamãe e dormir lá embaixo?" 'Hans: "Mas subo de novo amanhã de manhã para tomar café e fazer cocô." 'Mas choveu à tarde, de modo que não se deu a visita, e Hans consolou-se com Berta e Olga.' Outras observações, feitas também na época das férias de verão, sugerem que todas as espécies de novos processos evolutivos estavam ocorrendo no menino. 'Hans, quatro anos e três meses. Nessa manhã a mãe de Hans lhe deu seu banho diário, como de hábito, secando-o e aplicando-lhe talco. Quando a mãe lhe passava talco em volta do seu pênis, tomando cuidado para não tocá-lo, Hans lhe disse: "Por que é que você não põe seu dedo aí?" 'Mãe: "Porque seria porcaria." 'Hans: "Que é isso? Porcaria? Por quê?" 'Mãe: "Porque não é correto." 'Hans: (rindo) "Mas é muito divertido." Na mesma época, mais ou menos, Hans teve um sonho, que contrastava admiravelmente com a audácia que mostrara perante sua mãe. Foi seu primeiro sonho que se tornou irreconhecível devido à distorção. A intervenção de seu pai, contudo, conseguiu elucidá-lo. 'Hans, quatro anos e três meses, Sonho. Nessa manhã, Hans acordou e disse: "Sabe, ontem à noite pensei assim: Alguém disse: 'Quem quer vir até mim?' Então alguém disse: 'Eu quero.' Então ele teve que obrigar ele a fazer pipi." 'Novas perguntas vieram esclarecer que não existia qualquer conteúdo visual nesse sonho, que era do tipo puramente auditivo. Nesses últimos dias Hans tem brincado com jogos de salão e de "cobrar prendas" com os filhos do nosso senhorio, e entre eles estão suas amigas Olga (sete anos) e Berta (cinco anos). (O jogo de cobrar prenda é feito da seguinte maneira: A: "De quem é a prenda que tenho na minha mão?" B: "É minha." Então se decide o que é que B tem de fazer.) O sonho tomou esse jogo como modelo; mas o que Hans queria era que a pessoa a quem pertencia a prenda fosse obrigada, não a dar um beijo, ou receber um tapa no rosto, como de costume, mas sim a fazer pipi, ou melhor, a ser compelida por outro a fazer pipi. 'Consegui que ele me contasse de novo seu sonho. Repetiu-o com as mesmas palavras, só que em vez de "então alguém disse", dessa vez falou "então ela disse". Esse "ela" era evidentemente Berta, ou Olga, uma das meninas com quem ele havia brincado. Traduzindo-o, o sonho era o seguinte: "Eu estava brincando de cobrar prendas com as meninas. Perguntei: 'Quem é que quer vir comigo.' Ela (Berta, ou Olga) respondeu: 'Eu quero.' Então ela tem que me obrigar a fazer pipi." (Isto é, ela tinha que ajudá-lo a urinar, o que é evidentemente agradável para Hans.) Claro que ter de fazer pipi, tendo alguém que lhe desabotoe a calça e exponha seu pênis, é para Hans um processo prazeroso. Quando estão passeando, na maior parte das vezes quem ajuda Hans é seu pai; isso dá à criança uma oportunidade para a fixação de inclinações homossexuais na figura paterna. 'No domingo, 1º de março, houve a seguinte conversa no caminho até a estação. Eu estava tentando explicar-lhe de novo que os cavalos não mordem. Ele: "Mas os cavalos brancos mordem. Em Gmunden há um cavalo branco que morde. Se você apontar o dedo para ele, ele morde." (Chamou-me a atenção ele dizer "dedo", em vez de "mão".) Então me contou a seguinte história, que repito aqui de forma mais objetiva: "Quando Lizzi tinha de ir embora, havia uma carroça com um cavalo branco em frente da casa dela, para levar a bagagem para a estação." (Ele me contou que Lizzi era uma menina que morava numa casa vizinha.) "O pai dela estava parado perto do cavalo, e o cavalo virou a cabeça (para tocá-lo), e ele disse para Lizzi: 'Não estenda seu dedo para o cavalo branco senão ele te morde.'" Nisso falei: "Sabe, parece-me que você não quer dizer um cavalo, mas um pipi, onde ninguém deve pôr a mão." 'Ele: "Mas um pipi não morde." 'Eu: "Mas pode ser que morda." Então ele procurou animadamente provar-me que era de fato um cavalo branco. 'Em 2 de março, quando ele mostrou de novo sinais de estar com medo, eu lhe disse: "Sabe de uma coisa? Essa bobagem sua" (é como ele fala da sua fobia) "… seria melhor se você passeasse mais vezes. Agora é muito ruim, porque você não tem podido sair pois estava doente." 'Ele: "Não é isso, é ruim porque eu ainda continuo pondo a mão no meu pipi de noite."' Médico e paciente, pai e filho, eram unânimes, por conseguinte, ao atribuírem a principal participação na patogênese da atual condição de Hans ao seu hábito de masturbar-se. Não faltavam, contudo, indicações da existência de outros fatores significativos. 'Em 3 de março admitimos uma nova empregada, que agradou muito a ele. Ela o deixa brincar de cavalo nas suas costas enquanto limpa o assoalho, e ele, por isso, a chama de "meu cavalo", segurando a saia dela e gritando "Vamos". Pelo dia 10 de março, ele disse à nova babá: "Se você fizer tal e tal coisa, você terá que se despir toda, e tirar até a camisa." (Para ele isso era um castigo, mas é fácil identificar, por trás disso, o desejo.) 'Ela: "E que mal teria? Eu me diria que não tenho dinheiro para gastar com roupas." 'Ele: "Mas seria uma vergonha. As pessoas veriam o seu pipi."' Temos aqui novamente a mesma curiosidade, orientada, todavia, para um novo objeto e (coerentemente com um período de repressão) ocultada sob um propósito moralizador. 'Em 13 de março, pela manhã, eu disse a Hans: "Você sabe que, se não puser mais a mão no seu pipi, você logo vai ficar bom dessa sua bobagem." 'Hans: "Mas eu não ponho mais a mão no meu pipi." 'Eu: "Mas você ainda quer pôr." 'Hans: "Quero sim. Mas querer não é fazer, e fazer não é querer."(!!) 'Eu: "Está bem, mas, para não deixar você querer, nesta noite você vai dormir num saco de dormir." 'A seguir, saímos para a frente da casa. Hans ainda estava com medo, mas animou-se 'No dia seguinte interroguei-o com mais detalhes, a fim de descobrir por que entrara em nosso quarto, para estar conosco, durante a noite; após alguma relutância, houve o seguinte diálogo, que eu imediatamente registrei em taquigrafia: 'Ele: "De noite havia uma girafa grande no quarto, e uma outra, toda amarrotada; e a grande gritou porque eu levei a amarrotada para longe dela. Aí, ela parou de gritar; então eu me sentei em cima da amarrotada." 'Eu: (perplexo): "O quê? Uma girafa amarrotada? Como foi isso?" 'Ele: "É sim." (Rapidamente foi buscar um pedaço de papel, amarrotou-o e disse:) "Estava amarrotada assim." 'Eu: "E você se sentou em cima da girafa amarrotada? Como foi?" 'Ele repetiu, sentando-se no chão. 'Eu: "Por que você veio para o nosso quarto?" 'Ele: "Eu mesmo não sei." 'Eu: "Você estava com medo?" 'Ele: "Não. É claro que não!" 'Eu: "Você sonhou com a girafa?" 'Ele: "Não, eu não sonhei. Eu pensei. Pensei em tudo. Eu tinha acordado antes." 'Eu: "O que uma girafa amarrotada pode significar? Você sabe que é impossível amassar uma girafa como você amassa um pedaço de papel?" 'Ele: "Claro que sei. Eu só pensei que estava amassando. É claro que não foi de verdade. A girafa...

Este Trabalho de Conclusão de Curso aborda o modo como a teoria psicanalítica encara a infância e seu papel na vida do sujeito adulto. O trabalho faz uma reflexão sobre de que modo a Psicanálise pode auxiliar pais e pedagogos a educar seus filhos e alunos, a fim de promover o fortalecimento e a autonomia do Ego, enquanto mediador entre Id e Superego.

Palavras-chave: apoderamento, bemächtigungdttrieb, dominação, psicopatologia Résumé : La présente thèse examine le terme allemand « Bemächtigungstrieb » utilisé par Freud, qui a été initialement traduit au Brésil par « pulsão de dominação » et en France par « pulsion d'emprise ». Cette thèse défend la traduction par « pulsão de apoderamento », « pulsion d'emprise » en français, point qui soutient le développement de cette perspective. Le retour historique sur les traductions nous a conduit à déconstruire l'exclusivité de l'action domination, en incluant d'autres actions inhérentes à cette force, notamment la création et la destruction. Méthodologiquement, l'examen s'est appuyé sur les contributions de Jacques Lacan et de Piera Aulagnier, en utilisant aussi la logique proposée par Schotte à travers de la notion de pathoanalysis. Cette relecture propose de comprendre la pulsion d'emprise comme une force non sexuelle, impliquée dans le travail de création psychique pour l'avènement du sujet, et donc agissant dès les origines du psychisme. Pour opérationnaliser les actions de cette force, on a formulé les trois temps de l'emprise : le premier temps, celui du « faire saisir » ; le deuxième, celui du « faire saisi » (c'est-à-dire saisir à soi-même) ; et enfin le troisième et dernier, celui de « se faire saisir ». À partir de cela, on souligne le travail psychique de passivation comme la création fondamentale pour le troisième temps pulsionnel, qui, en son absence, constitue le noyau de la psychopathologie de l'emprise. Ensuite, on prend deux cas d'autisme 8 comme illustration de notre proposition, celui de Naoki Higashida, 13 ans, en analysant son livre autobiographique, O que me faz pular, édité par Intrínseca en 2014, et celui de Léo, 4 ans, exposé dans l'ouvrage Autismo e mediação : bricolar uma solução para cada um, de Vives et Orrado, publié par Aller Editora en 2021. En examinant ces cas, on met en évidence la pathogenèse des mécanismes de l'emprise dans le premier temps, le « faire saisir », ainsi que dans le deuxième temps, le « faire saisi », tout en incluant l'absence de la troisième dimension de la pulsion d'emprise, le « se faire saisir ». Enfin, nous proposons une approche des mécanismes qui deviennent pathologiques en raison des complications de cette pulsion, ce qui nous permet d'élargir les interventions dans le traitement de cette manifestation dans un cadre plus vaste que nous proposons de nommer la « psychopathologie de l'emprise ».

Le diagnostic d'hyperactivité selon le DSM-IV doit être différencié des symptômes d'agitation ou d'inattention qui s'intègrent dans le cadre d'un trouble psychiatrique plus global tel que le trouble de la personnalité et doit _ être différencié d'une agitation secondaire à des conditions environnementales défectueuses. De nombreuses recherches, rarement citées, montrent pourtant que l'hyperactivité, y compris la forme dite essentielle, peut être considérée comme une manifestation symptomatique d'un processus psychopathologique (de type limite ou prépsychotique) silencieux, pauvre en manifestations mentales, ce qu'on peut dénommer par« psychopathologie blanche», convoquant la clinique du négatif et se manifestant par une hyper-expressivité caractérielle, comportementale, agie palliant aux défaillances de la symbolisation. Une illustration clinique est présentée. Mots clés : hyperactivité, psychopathologie, pathologies limites, symbolisation, recherche en clinique psychanalytique. «i Defense for a psychopathological approach of hyperactivity Summary The diagnosis of hyperactivity according to DSM-IV must be differentiated from the symptoms of agitation or carelessness which are integrated within the framework of a more total psychiatrie disorder such as the personality disorder and must be differentiated from a secondary agitation under defective environmental conditions. Many research, seldom quoted, however shows that hyperactivity, including the form known as essential, can be regarded as a symptomatic demonstration of a psychopathological process (of type limiting or prepsychotic) quiet, low in mental demonstrations, which could be named by «white psychopathology », convening the negative clinics and appearing as characterial, behavioral, acted hyperexpressivity, mitigating the failures of symbolization. A clinical illustration is presented.

Cet article propose tout d’abord l’exploitation d’une activité de généralisation basée sur des motifs (patterns) figuratifs destinée à développer la pensée algébrique. L’activité a été organisée sur la base d’un modèle intégrant une structuration dans les processus de raisonnement basée sur le modèle de Dörfler (1991) en étroite interaction avec une structuration des symbolisations selon une chaîne de significations. Ensuite, cet article présente une analyse des raisonnements et des symbolisations des élèves de début du secondaire au cours de cette activité. Si les premiers résultats témoignent de la capacité des élèves à produire une grande diversité de moyens de généralisation, ils révèlent également certains obstacles rencontrés par les élèves dans le processus de généralisation ainsi que des difficultés à produire des formules utilisant le symbolisme algébrique.

Resumo: O presente artigo discute o conceito de simbolização primária, de René Roussillon, e sua busca de fundamentação nas teorias de Sigmund Freud e de D. W. Winnicott, evidenciando que esta última não pode fundamentar tal conceito, já que os pontos de vista de ambos os autores são bastante diferentes no que se refere à capacidade do recém-nascido de perceber o mundo objetivo e de alucinar o seio materno. Sugere, então, uma possível fundamentação do referido conceito numa articulação dos pensamentos de Freud e Bion.

A 28.ª Conferência Anual da Federação Europeia de Psicanálise (2015) teve por título Demasiado-Não o bastante [Trop-Pas assez], o qual evoca um campo fenomenológico muito aberto, uma verdadeira encruzilhada de vivências genéricas, um par de opostos, dando-nos a liberdade de nos orientarmos para múltiplas ocorrências clínicas, que requerem teorizações metapsicológicas muito diversas, desde as fobias comuns até os controles extremos da voracidade, passando por todos os quadros de queixas e demandas, por excesso ou, ao contrário, por insuficiência, entre "É o suficiente, basta!" e "Mais um pouco!". Na clínica, o demasiado é geralmente uma vivência subjetiva do paciente relacionada com as lógicas quantitativas, mas também pode ser uma dedução metapsicológica a partir de semiologias (sintomatologias) não marcadas por essa vivência, que é experimentada então pelo analista na contratransferência. O demasiado remete a todos os excessos encontrados na clínica, seja no sonho, seja na rememoração-por exemplo, o excesso de nitidez na qualidade das imagens após o esquecimento do nome próprio, 3 em que o demasiado vem encobrir uma falta-, seja no discurso em sessão; na clínica das relações narcísicas de objeto-por exemplo, o sobreinvestimento do objeto de amor, bem como todas as paixões de amor e ódio nas quais o enlutamento edípico é dificultado em benefício de uma busca do objeto da pulsão-; na clínica das fixações, que instalam uma repetição mais ou menos ruidosa, mas diminuem a 1 Conferência apresentada na Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo no dia 14 de abril de 2018, no ciclo A Interpretação Psicanalítica em Pauta, organizado pela Diretoria Científica. 2 Analista didata e ex-presidente da Sociedade Psicanalítica de Paris (spp). Diretor científico do Congresso de Psicanalistas de Língua Francesa (cplf). Em julho de 2018 recebeu o prêmio Maurice Bouvet pelo conjunto de sua obra. 3 Cf. o esquecimento do nome de Signorelli (Freud, 1898/2010).

A 28.ª Conferência Anual da Federação Europeia de Psicanálise (2015) teve por título Demasiado-Não o bastante [Trop-Pas assez], o qual evoca um campo fenomenológico muito aberto, uma verdadeira encruzilhada de vivências genéricas, um par de opostos, dando-nos a liberdade de nos orientarmos para múltiplas ocorrências clínicas, que requerem teorizações metapsicológicas muito diversas, desde as fobias comuns até os controles extremos da voracidade, passando por todos os quadros de queixas e demandas, por excesso ou, ao contrário, por insuficiência, entre "É o suficiente, basta!" e "Mais um pouco!". Na clínica, o demasiado é geralmente uma vivência subjetiva do paciente relacionada com as lógicas quantitativas, mas também pode ser uma dedução metapsicológica a partir de semiologias (sintomatologias) não marcadas por essa vivência, que é experimentada então pelo analista na contratransferência. O demasiado remete a todos os excessos encontrados na clínica, seja no sonho, seja na rememoração-por exemplo, o excesso de nitidez na qualidade das imagens após o esquecimento do nome próprio, 3 em que o demasiado vem encobrir uma falta-, seja no discurso em sessão; na clínica das relações narcísicas de objeto-por exemplo, o sobreinvestimento do objeto de amor, bem como todas as paixões de amor e ódio nas quais o enlutamento edípico é dificultado em benefício de uma busca do objeto da pulsão-; na clínica das fixações, que instalam uma repetição mais ou menos ruidosa, mas diminuem a 1 Conferência apresentada na Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo no dia 14 de abril de 2018, no ciclo A Interpretação Psicanalítica em Pauta, organizado pela Diretoria Científica. 2 Analista didata e ex-presidente da Sociedade Psicanalítica de Paris (spp). Diretor científico do Congresso de Psicanalistas de Língua Francesa (cplf). Em julho de 2018 recebeu o prêmio Maurice Bouvet pelo conjunto de sua obra. 3 Cf. o esquecimento do nome de Signorelli (Freud, 1898/2010).

Cet article vise à illustrer les concepts psychanalytiques d’appropriation subjective, de symbolisation, de culpabilité primaire et d’entrejeu psychothérapique à travers une vignette clinique. Ces concepts s’appuient sur la pensée de plusieurs auteurs dont principalement Freud, Winnicott et Roussillon. Je ferai d’abord un bref résumé théorique des notions précédemment mentionnées. Ensuite, j’illustrerai chacun de ces concepts à travers une même vignette clinique. Concernant la patiente présentée, elle a été suivie par l’auteur dans un service hospitalier en clinique externe de psychiatrie. Certaines modifications ont été apportées afin de préserver l’anonymat de la patiente.

The aim of the article is to show the role of various metaphorical practices that are a dominant structural feature of Andrzej Stasiuk’s prose, used to construct his textual reality. Comparisons, metaphorical statements, and enumerations represent textual figures that transform the described experience of the world from the perspective of the speaking subject, subjectivising and constructing reality, rather than merely representing it. In both his novels and feuilletons, Stasiuk relates his experiences of the world in different temporal orders, constructing them on a textual level. Yet his thoroughly subjective prose preserves the conventions of realism. At the same time, Stasiuk quite often refers to the genre of the road novel, both in his fiction and in his journalism. Textual figures of experience are his basic means of describing the presented world.

La crise humanitaire en Syrie a exposé de nombreux adolescents aux atrocités de la guerre: pertes matérielles et relationnelles, deuils, traumas, etc. La non-symbolisation de ces événements potentiellement traumatiques survenus lors du parcours migratoire serait associée au développement de symptômes de nature psychopathologiques (Bertrand, 2007; Jacques, 2001). On note aussi que la présence de tels symptômes peut influencer l'expérience scolaire du jeune (Lucas, 1997). Considérant que le Canada est désormais la terre d'accueil de plus de 40 000 réfugiés syriens, dont plus de 50 % sont âgés de moins de 18 ans, que la qualité de leur santé mentale ait pu être ébranlée et que cela interagit avec l'expérience scolaire, cette recherche s'intéresse au rôle du processus de symbolisation chez les adolescents réfugiés syriens. La symbolisation consiste en l'attribution d'un sens à un événement donné (Roussillon, 2012). Pour les jeunes ayant été confrontés à la guerre, il s'agit de symboliser l'indicible. Cette recherche qualitative par études de cas multiples auprès de quatre adolescents réfugiés syriens récemment arrivés au Québec a pour objectif d'expliquer l'interrelation entre la symbolisation des éléments psychosociaux du parcours migratoire, la santé mentale et l'expérience scolaire. Les participants de cette recherche ont vécu des ruptures relationnelles, des pertes d'objets, des violences psychologiques, des déplacements forcés, des attaques terroristes, des menaces de mort, des kidnappings de connaissances, la mort d'êtres chers et des décès particulièrement violents. La non-symbolisation de ces événements est associée à la présence de symptômes de nature psychopathologique. La qualité de l'expérience scolaire de ces jeunes varie et est également associée au degré de symbolisation. C'est-àdire à l'attribution d'une symbolique aux événements potentiellement traumatiques auxquels ils ont pu être exposés. On observe un désinvestissement scolaire chez les jeunes n'ayant pas symbolisé les événements potentiellement traumatiques qui ont parsemé leur parcours migratoire.

Recently, multiple time scale characteristics of heart dynamics have received much attention for distinguishing healthy and pathologic cardiac systems. Despite structural peculiarities of the fetal cardiovascular system, the fetal heart rate(FHR) displays multiple time scale characteristics similar to the adult heart rate due to the autorhythmicity of its different oscillatory tissues and its interaction with other neural controllers. In this paper, we investigate the event and time scale characteristics of the normal and two pathologic fetal heart rate groups with the help of the new measure, called the Unit Time Block Entropy(UTBE), which approximates the entropy at each event and time scale based on symbolic dynamics. This method enables us to match the measurement time and the number of words between fetal heart rate data sets simultaneously. We find that in the small event scale and the large time scale, the normal fetus and the two pathologic fetus are completely distinguished...

The aim of this paper is to explore the various difficulties encountered by the Moroccan high schoolers (senior high) as they relate to the modelling of chemical reactions, microscopic concepts (electronic structure of atoms, valence band, valence electron...) and macroscopic (colour change, gas emission...) linked to the chemical reaction; hence the distinction between chemical transformation and physical transformation. All studies on this topic have shown that most learners still suffer from numerous unresolved difficulties in this area. The symbolic register of the balanced equation represents a chemical reaction; its reading can be done at a macroscopic level (observed phenomenon) and/or a microscopic level (interaction of particles, imagined phenomenon). The originality of our study consists of suggesting, for the first time, a progression between both the microscopic and macroscopic phenomena: Lewis structure (Lewis diagram of atoms and molecules), Gram’s model, and spatial...

Chafe (1970) first introduces the theory of the linguistic structures as the generative-transformation type and illustrated these structures basing on the 'verbs' of all sentences. In his theory, the verb plays an important role in determining the organizations of all sentences. In his book, Meaning and the structure of language, Chafe defines 'four main heads' that any languages follow naturally such as semantic configurations, the post-semantic processes, symbolization and phonological structures. In this paper, the authors only focus on the analysis of the semantic configurations proposed by Chafe (1970) and test how the rules work with the poem "Echo" written by Christina Rossetti [7] in order to help the readers to better understanding the poem in the light of semantic structures. Rossetti (1830-1894) is a well-known English poet with many masterpieces of romantic, devotional, and children's poems. "Goblin Market and "Remember" are two of her famous publications. The purpose of choosing "Echo" because this is a success of Christina Rossetti's poetry. Normally an echo is believed not as a good concept for poetic purposes. However, with her deeply emotional and sentimental use of metaphor this poem is touching the hearts of all people by a variety of complex semantic configurations. The authors use the Chafe's theory to investigate the effects of semantic configurations and evaluate them through the analysis of Echo.

В данной статье представлена современная интерпретация символа как психологической категории в контексте теории смысла и смыслообразования. Хотя исследование символа имеет достаточно длительную историю изучения в различных научных интерпретациях, современная психология дает возможность внести определенные содержательные дополнения в понимание механизмов формирования символов как на уровне общественного, так и личностного сознания. Основная цель данной статьи – охарактеризовать специфику понимания символа как определенной смысловой ценности. Выявлено и описано генетическое родство в интерпретации символизации в таких разных психологических школах, как психоанализ и теория смыслообразования.Авторы предлагают дифференцировать символы по характеру их представленности в системе личностных ценностей и в связи с этим вводят категорию «понятия-символа». Понятия-символы, по мнению авторов, вследствие своего универсального функционального наполнения не похожи на традиционные понятия. Они – св...

Cette étude princeps porte sur le lien entre musicothérapie et narrativité au sein d'un service d'hématologie-oncologie pédiatrique. Il s'agit d'observer et d'analyser les processus psychiques mis en jeu par cette médiation thérapeutique. Nous visons l'étude des processus créatifs à travers les productions narratives d'adolescents malades et hospitalisés. L'intérêt de ce travail original au regard des recherches antérieures est de nous focaliser sur les mécanismes internes du patient et son identité narrative plutôt que sur l'ingrédient actif et la méthode thérapeutique elle-même ou son effet sur un symptôme ou sur un syndrome particulier. À partir d'une situation clinique d'un jeune homme de 19 ans suivi en oncohématologie, les auteurs montrent comment la constitution d'un lien sonore puis d'une mise en récit sur cet objet sonore peut servir de « cordée » aux adolescents gravement malades pour supporter le traumatisme lié à l'annonce de la maladie et à l'annonce d'une promesse de mort imminente. Son texte, reproduit en annexe, fait l'objet d'une analyse littéraire puis d'une discussion psychopathologique.

The research studies the interpretation of symbolic meaning of some flowers which being poetic elements can be often found in the Spanish folk songs, poems and poetry. In the artistic communication poets reflect their vision of the world which appears in the form of imagines and symbols, both traditional and based on their own associations that generate completely different meanings. Peculiarities of Methodology. In the furtherance of the goal, the author uses some general scientific and special linguistic research methods, in particular: synthesis, analysis, ethnic-national, linguo-genetic, descriptive, comparative, complex-procedural. The use of the complex methods enables to consider florisms and their symbolic representation in the Spanish folk poetry: they contribute to the creation of a specific poetic imagery and expressivity. The conclusion is that florisms in fact occupy one of the leading places in determining the realities of the surrounding world, both with the help of m...

This paper is a reflection on the semiological tradition after Saussure. The focus here is cartographic. In 1967 Jacques Bertin presented the semiology of graphics, which has had an extensive influence on cartography. Bertin claimed graphics (diagrams, networks and maps) to be a monosemic sign system because graphics transcribe relationships that are previously defined in a data table. This premise is critically revisited regarding maps, resulting in the conclusion that diagrams and networks might be monosemic representations while statistical maps cannot. Polysemy is introduced in statistical mapping because the plan possesses influencing properties on the transcribed meaning, which are not a priori defined in the data table.

Brun et al. Multidisciplinary Approach to Therapeutic Mediations play in the evaluation of therapeutic mediation settings, with a convergence of the different disciplines emphasizing the pertinence of this model. The scientific impact of this research overlaps with its societal impact, through the development of innovative tools for evaluating therapeutic mediations, in order to take account of the evolution of the different forms of social expression of psychic suffering.

In the current imagistic context, the photographic image has taken on a different role due to its large-scale production and dissemination. As a consequence, contemporary approaches to teacher education in Visual Arts have emphasized Image as one of the main objects of investigation. It results from the significant and complex range of meanings that it raises, as a cultural and symbolic product of humanity. Considering this reality, this paper discusses the importance of (trans)forming photo-graphy, by making images and memories present in us, according to Gilbert Durand’s idea of memory as a reservoir of human imaginary. Therefore, the discussion addresses photo-graphy as a non-verbal text and support for the (re)presentation of personal symbolic universes of learners and teachers-to-be, as well as autobiographical narratives which result from the poetic reverie theorized by Gaston Bachelard. Thus, I consider photo-graphy the booster of two fundamental instauration movements: the i...

This paper argues that a conceptual conflation between biology and ontology has had a pervasive influence on psychoanalytic thinking about gender, particularly transgender phenomena. This has made it difficult to think about gender’s relationship to the body outside of essentializing fantasies. The origins of the modern term gender and Freud’s biological emphasis are addressed, followed by a more extensive engagement with contemporary psychoanalytic scholarship on trans. Finally, the paper proposes a framework for attend- ing to gender’s relationship to the body with greater nuance, turning to Freud’s late drive theory to help us think in this complex area.

Motion analysis deals with determining what and how activities are being performed by a subject, through the use of sensors. The process of answering the what question is commonly known as classification, and answering the how question is here referred to as characterization. Frequently, combinations of inertial sensor such as accelerometers and gyroscopes are used for motion analysis. These sensors are cheap, small, and can easily be incorporated into wearable systems. The overall goal of this thesis was to improve the processing of inertial sensor data for the characterization of movements. This thesis presents a framework for the development of motion analysis systems that targets movement characterization, and describes an implementation of the framework for gait analysis. One substantial aspect of the framework is symbolization, which transforms the sensor data into strings of symbols. Another aspect of the framework is the inclusion of human expert knowledge, which facilitates the connection between data and human concepts, and clarifies the analysis process to a human expert. The proposed implementation was compared to state of practice gait analysis systems, and evaluated in a clinical environment. Results showed that expert knowledge can be successfully used to parse symbolic data and identify the different phases of gait. In addition, the symbolic representation enabled the creation of new gait symmetry and gait normality indices. The proposed symmetry index was superior to many others in detecting movement asymmetry in earlyto-mid-stage Parkinson's Disease patients. Furthermore, the normality index showed potential in the assessment of patient recovery after hip-replacement surgery. In conclusion, this implementation of the gait analysis system illustrated that the framework can be used as a road map for the development of movement analysis systems.

La crise humanitaire en Syrie a exposé de nombreux adolescents aux atrocités de la guerre. Les deuils et les événements traumatiques auxquels ils ont pu être exposés peuvent avoir ébranlé la qualité de leur santé mentale et de leur expérience scolaire. Cette recherche qualitative s’est penchée sur deux études de cas d’adolescents réfugiés syriens récemment arrivés au Canada afin d’explorer le rôle médiateur du processus de symbolisation dans l’interrelation entre le parcours migratoire, la santé mentale et l’expérience scolaire. Nos analyses mettent en exergue la fonction de contenance psychique du processus de symbolisation au sein de cette interrelation.

Brun et al. Multidisciplinary Approach to Therapeutic Mediations play in the evaluation of therapeutic mediation settings, with a convergence of the different disciplines emphasizing the pertinence of this model. The scientific impact of this research overlaps with its societal impact, through the development of innovative tools for evaluating therapeutic mediations, in order to take account of the evolution of the different forms of social expression of psychic suffering.

The "squiggle game" is, above all, a method for relating and encouraging mutual exchange between the analyst and the patient (no matter if child, adolescent, or adult), enabling him to experience holding and freely explore different communication possibilities. After having explored the "technique" as it has been developed by Winnicott, this study also exposes some theoretical considerations, and some variations in the basic technique, brought together by the crucial role played by reciprocity: "Me a little and you a little." The paper is a clinical case with a Chinese adolescent.

Brun et al. Multidisciplinary Approach to Therapeutic Mediations play in the evaluation of therapeutic mediation settings, with a convergence of the different disciplines emphasizing the pertinence of this model. The scientific impact of this research overlaps with its societal impact, through the development of innovative tools for evaluating therapeutic mediations, in order to take account of the evolution of the different forms of social expression of psychic suffering.

The "squiggle game" is, above all, a method for relating and encouraging mutual exchange between the analyst and the patient (no matter if child, adolescent, or adult), enabling him to experience holding and freely explore different communication possibilities. After having explored the "technique" as it has been developed by Winnicott, this study also exposes some theoretical considerations, and some variations in the basic technique, brought together by the crucial role played by reciprocity: "Me a little and you a little." The paper is a clinical case with a Chinese adolescent.

This article is a continuation of the study on the problems of forming an artistic image of the urban environment. The article proposes the author's original concept of constructing an artistic image based on symbolization, which is based on the fundamental works of famous philosophers. The purpose of the article is to determine the general provisions and principles of symbolization as the basis for the formation of a holistic artistic image of the urban environment, which has the potential for the philosophical content of architecture and allows you to design modern architecture, taking into account the historical context and heritage. Methodology: the study consists of a systematic, integrated and comprehensive analysis of the artistic image and symbolization of architecture and urban planning. The study used the analysis of literature, regulatory, information sources, graphic-analytical methods, photographs, and field research. The theoretical basis for the study was the works of outstanding philosophers and art historians (Plato, Plotinus, Aristotle, Hegel, Areopagite, Kant, Schelling, Goethe, etc.). The research was influenced by the symbolic trend in the visual arts, which was developed by Aurier, Gauguin, Moreau, Redon, Malevich, Kandinsky, etc. The views of the Symbolist poets were investigated (Mallarme, Rimbaud, Ivanov, Blok, Mandelstam, etc.). Studies of artistic imagery and symbolization in the theory of urban planning and architecture have been carried out in the works of Alberti, Ledoux, Bull, Lynch, Venturi, Jenks, Tange, Alexander, etc. The main components of the symbolization processes (analogy, scheme, allegory, symbol) are stated and characterized, as well as the principles of symbolization (communication, transformation, commutation, and metamorphism). All the proposed principles of symbolization are illustrated by the example of the formation of a holistic artistic image of the urban environment in Dnipro, one of the largest cities in Ukraine. The modern architecture of the city was studied and analyzed from the point of view of the use of symbolization in the creation of large urban ensembles. Conclusions: the proposed principles for creating an architectural and artistic image of the urban environment have a hierarchical essence of their generality, as well as the continuity of construction in relation to the general processes of architectural and urban symbolization. Their application will allow the architect to form new design solutions, which, on the one hand, are aimed at preserving culture, heritage, and history, but at the same time allow generating something new − the architecture of the future.

This paper is a reflection on the semiological tradition after Saussure. The focus here is cartographic. In 1967 Jacques Bertin presented the semiology of graphics, which has had an extensive influence on cartography. Bertin claimed graphics (diagrams, networks and maps) to be a monosemic sign system because graphics transcribe relationships that are previously defined in a data table. This premise is critically revisited regarding maps, resulting in the conclusion that diagrams and networks might be monosemic representations while statistical maps cannot. Polysemy is introduced in statistical mapping because the plan possesses influencing properties on the transcribed meaning, which are not a priori defined in the data table.

The aim of this paper is to explore the various difficulties encountered by the Moroccan high schoolers (senior high) as they relate to the modelling of chemical reactions, microscopic concepts (electronic structure of atoms, valence band, valence electron...) and macroscopic (colour change, gas emission...) linked to the chemical reaction; hence the distinction between chemical transformation and physical transformation. All studies on this topic have shown that most learners still suffer from numerous unresolved difficulties in this area. The symbolic register of the balanced equation represents a chemical reaction; its reading can be done at a macroscopic level (observed phenomenon) and/or a microscopic level (interaction of particles, imagined phenomenon). The originality of our study consists of suggesting, for the first time, a progression between both the microscopic and macroscopic phenomena: Lewis structure (Lewis diagram of atoms and molecules), Gram’s model, and spatial r...

На примере анализа содержания фильмов-лидеров кассовых сборов кинопроката раскрывается ценностная динамика символов успеха как объективно проистекающий в кинокоммуникации социокультурный процесс. Культурное производство и потребление
переосмысливается в качестве автокоммуникации общества, которая имеет устойчивые тенденции. Изучены связи социокультурного процесса символизации успеха с коммуникативными, семантическими и семиотическими процессами. Описана специфика диалектического противоречия социоцентричных и персоноцентричных символов
успеха. Изложены теоретические положения, раскрывающие структурную и функциональную сторону социокультурного процесса символизации успеха, на примере анализа массива кинофильмов доказана его объективность, определены доминирующие тенденции в
ореоле культурного пространства общего кинорынка.
Книга адресована ученым, студентам и преподавателям, интересующимся культурной динамикой, социальной коммуникацией, ролью кинематографа в современном обществе.
On the example of the analysis of the content of films-leaders of the box office box office, the value dynamics of the symbols of success is revealed as an objectively occurring sociocultural process in film communication. Cultural production and consumption are being rethought as the self-communication of society, which has sustainable trends. The connections of the socio-cultural process of symbolizing success with communicative, semantic and semiotic processes have been studied. The specificity of the dialectical contradiction between sociocentric and personocentric symbols
of success is described. The theoretical provisions that reveal the structural and functional side of the socio-cultural process of symbolizing success are presented, its objectivity is proved on the example of the analysis of an array of films, the dominant tendencies in the halo of the cultural space of the
general film market are determined.
The book is addressed to scientists, students and teachers interested in cultural dynamics, social communication, the role of cinema in modern society.

NARRATIVE MODES: NARRATIVE FORM
A Psychoanalytic Exploration of Stories Presented, Represented, Shown and Told

Anna Aragno

Abstract and Introduction

All people, everywhere, have a story to tell. Narrative is one of the clearest expressions of the synthesizing, sense-making tendencies of the human mind. People make moral judgments, remember, believe, and anticipate, from the confidence of narrative. Each of us is constantly carving out structures of value, morals, and meaning, out of daily occurrences that make up the time-bound fabric of human experience.  Stories provide paradigms for how to think about the phases in life’s crises’ and stages in natural events: the ordinary becomes extraordinary by means of a storied account. The psychosocial functions of recounting play a key role in human psychical stability: in fact, psychoanalysis was born in Anna O’s compelling evening story-tellings to Breuer. 

However, not every telling is a narrative, and not every narrative tells a story.                           
                           
This metatheoretical paper examines an emergent mental phenomenon that is both a human universal and an integral aspect of the psychoanalytic process. The approach is interdisciplinary insofar as our methodology subsumes subjects that have been investigated in greater depth by other disciplines. However, given our interpretive focus on unconscious repetitions and affective communications, our method is unique in what it can reveal about narrative processes, and we benefit from a synthesis of current knowledge.

The paper begins by carefully differentiating between Narrative, Narration, Narrativization, and Story. It then explores what can be learned about narrative modes and narrative form through a study of the ways psychoanalytic dialogues expose constitutive speech acts through interactional exchanges and interpretive sequences that gradually yield complete verbal, newly narratized versions of whole psychical tales. By integrating and narrativizing (working-through) a ‘shadow tale’ that has appeared fragmentally spread over long periods of time in partly enacted, partly remembered, and partly told modes, psychoanalytic constructions produce integrated personal histories that bring coherence and cohesion to identity, while producing cognitive shifts through the very narratizing activities that generate the new story.

The central idea is that narrative is a ‘way-of-knowing’, a gnosis, a mode of ordering and crystallizing events emerging from action, reaction, and sequence, embedded in the ways we think and live our lives. Psychoanalytic dialogues uncover early, often fateful, fantastical tales – carrying underlying personal myths and life-motifs -- and helps re-work them in the service of psychical wholeness by re-harnessing the integrative, sense-making, cognitive impulse that underlies this form symbolization

Drawing on case material from rural Kyrgyzstan, I , I argue in this article that symbolization theory enables a shift in focus within legal anthropological reasoning, in which analyses of symbolic statements are mostly concerned with the effects of legal symbolism, and not with the practice of legal symbolization. I will argue that symbolization is not a straightforward matter that can be easily typified, but a practice that requires context and the co-constitution of interpretable knowledge for symbols to (do their) ‘work’.

One of the distinctive manifestations of odes at Age of is Jahelid is depiction and description of ridding animal for the Jahelid Arabic man in general and camel in particular, that is friend, attendant and associate for the poet and apparently by allusive borrowing from limbs of symbolic animals like zebra, ox and ostrich etc he/ she has sparsely illustrated it. Unlike the technique adapted by prior critics and some of contemporary orators, this paper is intended to interpret variously seemingly- diffusive descriptions from Jahelid Arabic poet from his/ her ridding animal in order to reveal depth of links among concepts and their different themes by analysis based on symbolic deciphering and decoding and such symbolic elements to be embodied within a mythical nature. Accordingly, it does not seem probable that in Jahelid ode, camel to be symbol of an ideal poet or human that was linked to camel and it is symbol of power, agility, wisedome, keenness, prudence, sense of responsibility, rigidness and stability etc