Trabalho de Campo de Lingua Portuguesa III
Trabalho de Campo de Lingua Portuguesa III
Trabalho de Campo de Lingua Portuguesa III
UNISCED
Delegação de Pemba
Índice
1. Introdução ................................................................................................................................. 3
3; Conclusão.................................................................................................................................... 8
4. Bibliografia ................................................................................................................................. 9
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1. Introdução
1.2.Objectivo geral
Analisar as Mudança do Português em Moçambique.
Moçambique, localizado na África Austral, tem mais de 20 milhões de habitantes de várias etnias
e com uma grande diversidade de idiomas. Considerar a situação linguística mundial é
indispensável ao discutir a situação linguística de Moçambique. Assim, existem quatro famílias
linguísticas predominantes na África.
Timbane (2014) inclui as línguas gujarati, memane, hindu, urdo e árabe em sua lista.
Devido à globalização, Moçambique agora utiliza línguas estrangeiras contemporâneas, como o
inglês e o francês. A maioria destas LBM provém do exterior, isto é, utilizam diversas línguas em
vários países do continente africano.
De acordo com Moshi (2006), aproximadamente 50 milhões de pessoas falam swahili em vários
países, incluindo Quênia, Tanzânia, Uganda, República Democrática do Congo, Ruanda, Burundi,
Somália, Zâmbia, partes de Madagascar e Comores. Eles habitam também em Moçambique. As
fronteiras linguísticas não são iguais às fronteiras políticas. A linguagem gestual é uma língua
pouco abordada em pesquisas sobre as línguas de Moçambique, além das línguas mencionadas
anteriormente. Em 2013, Armindo Ngunga, professor e pesquisador da Universidade Eduardo
Mondlane, tornou-se o pioneiro ao publicar o primeiro dicionário da língua de sinais
moçambicana.
Desta forma, a Conferência de Berlim (Partilha de África) de 1885 possibilitou a ocupação efetiva
de Moçambique e a implantação do sistema colonial. Durante esse tempo, a "Igreja Católica e a
empresa colonial estavam intimamente ligadas, tanto fisicamente quanto ideologicamente, desde
o início da expansão portuguesa e, aos olhos dos colonizadores, se fundiam em um único
propósito" (Zamparoni, 1998, p. 416)
Os colonos portugueses utilizaram a língua como instrumento de controle, proibindo o uso das
línguas africanas em domínios de poder. Eles desenvolveram ideias que diziam que as línguas
africanas não tinham a capacidade de realizar certas funções, especialmente a de transmitir
conceitos modernos, abstratos e científicos, que não se adequavam às línguas utilizadas para
ensino, cultura ou pesquisa (Zamparoni, 2009, p. 32).
Nas nações de Moçambique e Angola, as diferentes formas da língua portuguesa faladas eram
conhecidas pelos apelidos de pretoguês, língua do cão, landim, dialeto, língua dos pretos, entre
outros. "Toda língua é um dialeto, porém nem todo dialeto é uma língua", declara Haugen (2001,
p. 100). Uma postura preconceituosa enalteceu a língua portuguesa e reforçou a ideia de que fala
O governo português não possuía capacidade ou autoridade adequadas para administrar a colônia,
por isso despachou missionários católicos e suíços para instruir os moçambicanos a adotar uma
postura pacífica em relação ao sistema. A ideologia colonial via todas as línguas africanas como
dialetos, um termo discriminatório, já que cada língua possui características semelhantes às de
qualquer outra, como gramática, vocabulário, estrutura e sintaxe.
O landim, ou língua bantu, foi proibido pelo sistema colonial em instituições públicas, como
escolas, para promover a expansão da LP. A igreja católica teve grande participação na
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implementação dessa política por meio da catequese. Entretanto, o governo de Portugal inicia um
movimento para expandir o português de uma maneira inesperada: através do surgimento de uma
variante do português de Moçambique.
A maioria dos africanos que foram privados de suas condições socioculturais, econômicas,
educacionais e linguísticas são representados pelo grande e empobrecido campesinato. Oficial e
mandatário, sua origem está associada à colonização, que a introduziu e estabeleceu no começo do
século XV.
Os moçambicanos evidenciam de forma clara a confirmação de uma norma exclusiva. Isso pode
ser observado na maneira como mesclam seu vocabulário bantu com o português, se distanciando
da norma europeia (lusitana), simplificando a morfologia flexional do português, organizando os
elementos frásicos na sequência do discurso e adaptando o léxico do português à mentalidade
africana, especialmente nos semas intrínsecos.
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3. Conclusão
4. Bibliografia
Alkmim, M. . (2001. Sociolinguística. In: Mussalim, Fernanda; Bentes, Anna Cristina. (Org.).
Introdução à linguística: domínios e fronteiras. v.1. São Paulo: Cortez, p. 21-48
Guthrie, M.. (1948). The classification of the bantu languages. London: OUP.
Haugen, E. (2001). língua, nação. In: Bagno, Marcos. (Org.) Norma linguística. São Paulo: Layola,
.p.97-114.