Mic Literatura Afr 4 Ano-1
Mic Literatura Afr 4 Ano-1
Mic Literatura Afr 4 Ano-1
Tema:
Código: 708205939
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Universidade Católica de Moçambique
Tema:
Código: 708205939
Docente
Picardo Matibe
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Folha de feedback
Capa 0.5
Índice 0.5
Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
Articulação e domínio
Conteúdo do discurso académico
(expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
discussão Revisão bibliográfica
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
Exploração dos dados 2.0
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA 6ª
Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
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Índice
Introdução ......................................................................................................................... 4
Metodologia ...................................................................................................................... 5
Conclusão ....................................................................................................................... 13
Bibliografia ..................................................................................................................... 14
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Introdução
A literatura de Angola nasceu antes da Independência de Angola em 1975, ela muitas
vezes versa temas como o preconceito, da dor causada pelos castigos corporais, do
sofrimento pela morte dos entes queridos, da exclusão social.
Entre eles merece realce Rui de Noronha, a sua poesia reveste-se de algum pioneirismo,
não pela forma, mas pelo conteúdo, uma vez que alguns dos sonetos mostram
sensibilidade para a situação dos mestiços e negros, o que constitui a primeira chamada
de atenção para os problemas resultantes do domínio colonial.
Como nos outros países, surge também em Moçambique um número de escritores cuja
obra poética é conscientemente produzida tendo em conta o factor da nacionalidade,
anterior, como é evidente, à realidade do país que mais tarde se concretiza. São eles que
forjam a consciência do que é ser moçambicano no contexto, primeiro da África e,
depois, do mundo.
Objectivo geral
Conhecer a história da literatura angolana e moçambicana.
Objectivos específicos
Explicar a origem da literatura moçambicana e angolana;
Identificar as fases da literatura angolana e moçambicana;
Descrever as fases da literatura angolana e moçambicana;
Indicar os percursores da literatura moçambicana e angolana.
Metodologia
O trabalho foi realizado aplicando os métodos de pesquisa em manuais virtuais e em
links da internet.
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Literatura Angolana
Como a primeira obra literária angolana é considerado o livro de poemas de José da
Silva Maia Ferreira (Espontaneidades da Minha Alma, 1849).
Mais tarde, aparece uma noveleta de influência queirosiana, Nga Mutúri (1882) de
Alfredo Troni, bem como a obra de Cordeiro da Matta.
Na primeira metade do século XX, dado o contexto histórico-político (o Estado Novo
com o seu nacionalismo e colonialismo imperial), aparecem alguns textos de carácter
ambíguo, de temas angolanos mas com uma propensão ao exotismo e celebração do
colono português.
Dentro desta linha “luso-tropicalista” insere-se a obra de Tomás Vieira da Cruz e de
Geraldo Bessa Víctor. Por outro lado, começam a aparecer autores, intelectuais
assimilados, que trazem novos temas à literatura (os costumes angolanos), de certo
sabor etnográfico mas com uma perspectiva interior, bem longe da literatura africanista
portuguesa.
É o caso de António Assis Júnior (O Segredo da Morta, 1929, publicado em folhetim) e
de Óscar Ribas (Uanga, 1951). Um caso à parte é Castro Soromenho que, a partir de
1949 envereda pelo caminho da ficção neorrealista (Terra Morta, 1949, Viragem, 1957,
A Chaga, 1970).
Na sua sequência surge ainda a revista Cultura (II série, 1957–1970), ligada a Mário
António, Henrique Abranches, Luandino Vieira (Luuanda, 1964) etc.
Não podem ser também esquecidas as iniciativas literárias, promovidas na Metrópole
pela Casa dos Estudantes do Império (CEI) que reúne jovens autores preocupados com
a questão da identidade.
Com a eclosão da guerra de libertação (1961), os autores angolanos expressam e lutam
abertamente pela “angolanidade”, oposta ao colonialismo português.
A seguir, começam a aparecer autores da chamada Geração de 70 (David Mestre,
Arlindo Barbeitos, Ruy Duarte de Carvalho, João Maria Vilanova) que representam
a ruptura estética com as gerações precedentes. Após a independência, para além dos
autores já reconhecidos (como Luandino Vieira), a cena literária angolana enriquece-se
por novos nomes que trazem, cada um por si, novas ideias, perspectivas, temas e estilos
à literatura angolana: Pepetela, Uanhenga Xitu, Manuel Rui, João Melo, José Eduardo
Agualusa etc.
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A palavra literária desempenhou em Angola um importante papel na superação do
estatuto de colónia. Presente nas campanhas libertadoras foi responsável por ecoar o
grito de liberdade de uma nação por muito tempo silenciado, mas nunca esquecido. O
angolano vive, por algum tempo, entre duas realidades, a sociedade colonial europeia e
a sociedade africana; os seus escritos são, por isso, os resultados dessa tensão existente
entre os dois mundos, um com escritos na nascente da realidade dialéctica, o outro com
traços de ruptura.
Em 1948 surge o Movimento dos Novos Intelectuais de Angola (MNIA) com o lema
“Vamos descobrir Angola”, que dá impulso ao aparecimento da revista Mensagem em
1951, em cujo redor se encontram autores como António Jacinto (Poemas, 1961),
Viriato da Cruz (Poemas, 1961), Agostinho Neto (autor da posterior Sagrada Esperança,
1974). Abrindo assim uma nova página na história da literatura angolana.
Era um movimento no qual se concentravam alguns expoentes da intelectualidade
nacional, que, lucidamente se volta face à realidade de então, propondo-se a
reconsiderar o conjunto da realidade angolana. Havia sido lançada a semente a partir da
qual começaria a germinar um grande movimento literário que só se serenaria,
triunfante, em Novembro de 1975.
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4.° Período – o da Formação da literatura: entre 1948 e 1960, com movimentos
culturais organizados: Movimento dos Novos Intelectuais de Angola (MNIA) (1948),
com o lema “Vamos descobrir Angola”.
Destaca-se Viriato da Cruz, António Jacinto, que editou em 1950, Antologia dos novos
poetas angolanos.
Nesta revista participa uma pleiade de escritores que serão os responsáveis pela
construção da literatura do novo país.
Em 1962, Alfredo Margarido publica Poetas angolanos. Dois anos mais tarde, em 1964,
José Luandino Vieira recebe o Grande Premio de Novelística por Luanda (enquanto
estava preso em Cabo Verde).
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Literatura Moçambicana
O processo de formação da literatura de Moçambique segue os mesmos trâmites que o
de Angola.
Em termos de precursores desta literatura, há que referir Rui de Noronha, João Dias e
Augusto Conrado. Entre eles merece realce Rui de Noronha, a sua poesia reveste-se de
algum pioneirismo, não pela forma, mas pelo conteúdo, uma vez que alguns dos sonetos
mostram sensibilidade para a situação dos mestiços e negros, o que constitui a primeira
chamada de atenção para os problemas resultantes do domínio colonial.
Merecem especial realce: Alberto de Lacerda, Reinaldo Ferreira, Rui Knopfli, Glória
Sant'Anna, Sebastião Alba, Luis Carlos Patraquim e António Quadros. Alguns destes
poetas escrevem poesia de carácter mais pessoal, enquanto os outros estão virados para
o aspecto "social".
São estes autores que contribuíram de um modo decisivo para a emergência da literatura
da "moçambicanidade". Em muitos destes poetas podemos detectar a alienação em que
se encontram perante a sociedade africana a que pertencem.
Como nos outros países, surge também em Moçambique um número de escritores cuja
obra poética é conscientemente produzida tendo em conta o factor da nacionalidade,
anterior, como é evidente, à realidade do país que mais tarde se concretiza. São eles que
forjam a consciência do que é ser moçambicano no contexto, primeiro da África e,
depois, do mundo.
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Entre os principais autores deste tipo de poesia, encontram-se Noémia de Sousa, José
Craveirinha, Jorge Viegas, Sebastião Alba, Mia Couto e Luis Carlos Patraquim.
Foi chamado pelo autor período de Incipiência, por ser “um quase deserto secular, que
se modifica com a introdução do prelo, no ano de 1854, mas sem os resultados literários
verificados em Angola.”
2.° Período - nomeado Prelúdio, estende-se da publicação de O livro da dor até o final
da II Guerra Mundial, e inclui o livro do jornalismo João Albasini, os poemas dispersos,
nos anos 30, de Rui Noronha, depois publicados em livro, com o título de sonetos
(1946). A partir do início do século XX, escritores e jornalistas africanos publicaram
seu próprio jornal na capital.
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Apesar dos problemas de censura colonial, a publicação actuou como um fórum para
escritores e intelectuais africanos ao longo do século. Desde então, começou a ser
estruturada a consciência da “moçambicanidade”.
4.° Período - que vai de 1964 até 1975, ou seja, do início da luta armada de libertação
nacional à independência do país (a publicação de livros fundamentais coincide com
estas datas políticas), é denominado “período de Desenvolvimento da literatura”, e se
caracteriza pela coexistência de maciça actividade cultural e literária no hinterland, no
ghetto, apresentando textos cuja feição não explicita carácter marcadamente político
(em que pontificavam intelectuais, escritores e artistas como Eugénio Lisboa, Rui
Knopfli, o português António Quadros, entre outros) e, por outro lado, poemas anti-
colonialistas que incitavam à revolução e tematizavam a luta armada.
5.° Período - inscrito entre 1975 e 1992, chamado de Consolidação. A partir desse
momento passou a não haver dúvidas quanto à autonomia e extensão da literatura
moçambicana.
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Texto típico foi Silêncio escancarado (1982), primeiro e único livro de Rui Nogar
(1935-1993). Também são encontrados textos de exaltação patriótica, de culto dos
heróis da luta de libertação nacional e de temas marcadamente doutrinários, militantes
ou empenhados, no tempo da independência.
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Conclusão
Como a primeira obra literária angolana é considerado o livro de poemas de José da
Silva Maia Ferreira (Espontaneidades da Minha Alma, 1849).
Com a eclosão da guerra de libertação (1961), os autores angolanos expressam e lutam
abertamente pela “angolanidade”, oposta ao colonialismo português.
A palavra literária desempenhou em Angola um importante papel na superação do
estatuto de colónia. Presente nas campanhas libertadoras foi responsável por ecoar o
grito de liberdade de uma nação por muito tempo silenciado, mas nunca esquecido.
Podemos dividir a literatura angolana em sete períodos já acima citados.
Como nos outros países, surge também em Moçambique um número de escritores cuja
obra poética é conscientemente produzida tendo em conta o factor da nacionalidade.
São eles que forjam a consciência do que é ser moçambicano no contexto, primeiro da
África e, depois, do mundo.
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Bibliografia
PEREIRA, Edimilson de Almeida e WHITE, Steven F. (2001). “Brasil: Panorama de
Interacções e Conflitos numa Sociedade Multicultural”. Afro-Ásia. Centro de
Estudos Afro-Orientais/Universidade Federal da Bahia, Salvador, No. 25/26: 257-280.
SANTOS, Sales Augusto dos. (2005 ). “A Lei 10.639/03 como Fruto da Luta Anti-
Racista do Movimento Negro”. In: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, SECRETARIA
DE EDUCAÇÃO CONTINUADA, ALFABETIZAÇÃO E DIVERSIDADE. Educação
Anti-Racista: Caminhos Abertos pela Lei Federal no 10.639/03. Brasília, p. 21-37.
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Recomendação de melhoria
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