Trabalho de Literatura Luso-Brasileira
Trabalho de Literatura Luso-Brasileira
Trabalho de Literatura Luso-Brasileira
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Índice
1. Introdução...........................................................................................................................1
1.1. Objectivos........................................................................................................................2
1.1.1. Geral..........................................................................................................................2
1.1.2. Específico..................................................................................................................2
1.2. Metodologia.....................................................................................................................2
2. Definição da literatura........................................................................................................3
3. Conclusão.............................................................................................................................10
4. Referencias Bibliográficas...................................................................................................11
1.1.
1. Introdução
Este trabalho tem o intuito de abordar a relevância da literatura enquanto um dos elementos
de construção do pensamento social luso português. No entanto, antes de entrar na
abordagem que se fez menção, se dará primeiro o conceito da literatura de modo a facilitar a
compreensão.
Em seguida irá se abordar acerca dos seguintes conteúdos: Consolidação da literatura entre os
brasileiros como Tradição documental, a literatura na formação da sociedade brasileira, a
contribuição da literatura para a formação cidadã, Indústrias Culturais e Criativas em língua
portuguesa.
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1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
1.1.2. Específico
1.2. Metodologia
Para a realização do trabalho recorremos a diversas fontes com a finalidade de reunir uma
informação satisfatória e de fácil compressão através de consulta de obras, revisões
bibliográficas e pesquisas que efectuamos na biblioteca electrónica, que versam sobre o tema
em destaque nas quais vem mencionadas no fim do trabalho.
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2. Definição da literatura
Segundo Lopes (2017:1), Pode-se dizer que a literatura pertence ao campo das artes (arte
verbal), que o seu meio de expressão é a palavra e que a sua definição está comummente
associada à ideia de estética/valor estético.
Nas línguas europeias, a palavra “literatura” designou em regra, até ao século XVIII, o saber,
o conhecimento, as artes e as ciências em geral. Até à segunda metade desse século, para
designar especificamente a arte verbal, o corpus textual, eram utilizadas palavras como
“poesia”, “verso” e “prosa” (que hoje reconhecemos enquanto classificação de géneros
literários).
Falar de literatura como arte (verbal) é falar inevitavelmente de imitação. De facto, descrever
a literatura como arte é considerá-la uma forma de imitação, um meio de reprodução e
recriação através da palavra.
“O segundo e importante ponto sugerido pela teoria da imitação é que a vida está sendo
imitada no sentido de ser reinterpretada e recriada” (Danziger e Johnson: 1974: 18-21) Citado
Por (Lopes:2017.p.4).
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A palavra literatura que se originou do latim “litterae” que significa letras, pode ser
compreendida como “arte de compor obras literárias; carreira de letras; conjunto de trabalhos
literários de um país ou de uma época; os homens de letras”. Logo, podese perceber que a
definição de literatura está ligada à concepção estética, onde a proposta inicial é possibilitar
uma sensação de prazer e emoção ao receptor.
De acordo com Santos (2007:3), a literatura se consolida entre os brasileiros como tradição
documental desde o período colonial, quando homens eram enviados ao Brasil para escrever
ofícios e relatórios de acordo com as exigências burocráticas, proporcionando uma junção do
imaginário com o mundo dos negócios.
A carta de Pero Vaz de Caminha por ter sido escrita no momento do descobrimento, ganha
destaque como primeiro documento literário sobre o Brasil. A mesma retrata principalmente
o modo como Caminha contempla a variedade da flora tropical e como descreve os povos
indígenas (Leite, 2002, p.195) citados por (Santos: 2007.p.3)
Tal afirmação nos ajuda a formar a concepção de que as primeiras escrituras visavam
descrever “a admiração pela natureza tropical, o interesse pela vida indígena, o desejo de se
ver o progresso do país, a crítica aos governos da metrópole e alguns comportamentos
considerados característicos dos colonos” (Leite, 2002, p. 203) citados por (Santos: 2007.p.3)
Segundo Santos (2007:3), a partir de meados do século XIX que realmente se pode falar de
facto em literatura brasileira. Antes disso, as narrativas eram espécies de manifestações
literárias isoladas, já que não havia uma interação entre o autor e o público. Muitas obras
escritas por volta do século XVI só se tornaram conhecidas entre os séculos XIX e XX.
Para ter-se uma maior percepção a respeito do pensamento literário, é necessário entender a
articulação de diferentes discursos. O que pode nos levar a refletir sobre a pertinência do
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discurso, sendo que sua implicância não é apenas a vigência1 ou a validade, mas as
ideologias3 presentes nele; ou seja, como são utilizadas e a que interesses atendem.
De acordo Ortiz (1994:13) citado por Santos (2007:5), Algumas obras de autores como
Euclides da Cunha, Raimundo Nina Rodrigues e Sílvio Romero, procuraram destacar a
problemática da identidade nacional ao fazer algumas reflexões sobre a relação entre questão
racial e identidade brasileira.
Inspirados nas teorias positivista, darwinista e evolucionista esses autores buscaram tratar da
evolução histórica dos povos, destacando essencialmente a “superioridade” do povo europeu
sobre os demais. Isso os levou a procurar em estudos sobre o “caráter nacional”, explicações
ao “atraso” brasileiro.
O principal problema encontrado por eles era o de poder “compreender a defasagem entre a
teoria e a realidade, o que se consubstancia na construção de uma identidade nacional” (Ortiz,
1994, p.15) citado por (Santos: 2007.p.5) . Porém, fundamentaram suas idéias em argumentos
voltados para os parâmetros de raça e meio.
As obras literárias buscam na verdade repensar uma nova idéia sobre o povo brasileiro e
realçar os principais traços que caracterizam a formação de nossa sociedade, proporcionando
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ao leitor sensações que o possibilita imaginar cenas cotidianas do passado de nosso país, que
teve por muito tempo o homem branco e o Estado imperial como sujeitos de sua história.
De acordo com Santos (2007:7), a literatura possibilita que os seres humanos possam refletir
no seu modo de ver a vida e de estar no mundo, chegando a obter a função de documentar e
registrar a história do nosso país, através da tradição documental. É ela quem ajuda o
pensamento social a utilizar conceitos considerados adequados para a construção ideológica
da nação ao fazer uso de um conjunto de campos discursivos que se relacionam entre si e
com os poderes que expressam.
Zilberman (2009) citado por (Oliveira: 2015:2), relata que a discussão acerca da importância
de se trabalhar com literatura na escola iniciou-se entre os anos 70 para os anos 80, década
esta que houve uma grande discussão com o intuito de reforma na educação uma vez que o
modelo vigente não apresentava resultados satisfatórios. “A literatura encarnava a utopia de
uma escola renovada e eficiente, de que resultavam a aprendizagem do aluno e a gratificação
profissional do professor”.
Segundo a autora a leitura está presente nas escolas desde seu surgimento, porém
inicialmente com o intuito de transmitir um padrão linguístico. Hoje a leitura tem por
objectivo formar o leitor, para tanto é necessário conceber “a leitura não como o resultado
satisfatório do processo de letramento e decodificação de matéria escrita, mas como
actividade propiciadora de experiência única com o texto literário” (Zilberman, 2009, p. 16)
citado por (Oliveira: 2015:3).
Antônio Candido pesquisador dos direitos humanos em uma palestra acerca do direito à
literatura defende que para termos um equilíbrio social é necessário que a população tenha
acesso à literatura uma vez que esta causa inquietações ao trazer problemas relacionados com
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a sociedade geral. O confronto dialético entre a leitura realizada com a realidade vivida leva o
leitor a pensar criticamente sobre sua realidade e agir sobre ela.
Toda obra literária tem o poder de humanizar, pois pressupõe a superação do caos. “O
processo de humanizar requer o exercício da reflexão, a aquisição do saber, a capacidade de
penetrar nos problemas da vida, o senso de beleza, a percepção da complexidade do mundo”.
Essa humanização se dá pelo fato da literatura proporcionar um efeito duplo no leitor onde
este o remete a fantasia trazendo situações não reais que instiga o leitor a um posicionamento
intelectual, assim mesmo distante de sua rotina a literatura leva o leitor a refletir sobre seu
cotidiano e incorporar novas experiências.
É durante o processo de leitura que o leitor entra em contato com diferentes culturas
instigando assim a compreensão de seu papel como sujeito histórico. (Olivera:2015.p.2)
Segundo Oliveira (2015:3), a literatura tem uma função social e uma função psicológica.
Todo ser humano em algum momento de sua vida necessita da fantasia e a literatura vem
suprir essas necessidades de variadas formas como o conto, a parlenda, o trocadilho. Ou
ainda de forma mais complexa como os narrativos populares, os contos, as lendas e os mitos.
A obra literária atua em nosso subconsciente de forma que não percebemos trazendo
situações que nos remetem ao pensar sobre, a criar caminho de superação a reavaliar nossas
atitudes. Situações que nos leva a um crescimento enquanto pessoa humana.
Por isso, trata-se também de uma actividade bastante completa, raramente substituída por
outra, mesmo as de ordem existencial. Essas têm seu sentido aumentado, quando contrapostas
às vivências transmitidas pelo texto, de modo que o leitor tende a se enriquecer graças ao seu
consumo (Zilberman, 2009, p. 17) citado por (Oliveira: 2015:3).
De acordo com Ana (2008:5), a literatura introduz um universo que, por mais distanciado do
cotidiano, leva o leitor a refletir sobre sua rotina e a incorporar novas experiências. O texto
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artístico talvez não ensine nada, nem se pretenda a isso; mas seu consumo induz a algumas
práticas socializantes que, estimuladas, mostram-se democráticas, porque igualitárias.
O pensamento humano não é arbóreo, acontece por um sistema descontínuo, múltiplo, que
sugere a metáfora do rizoma – sistema formado de inúmeras linhas fibrosas que se entrelaçam
e, ao mesmo tempo, remetem-se de umas para outras e lançam-se para fora do conjunto,
abrindo-se para mil possibilidades e ao trânsito livre entre os saberes.
O sabor das palavras cria novos saberes. Constitui-se, dessa forma, a metáfora do rizoma, que
cresce lateralmente, ocupando espaços e transformando-se em outras compreensões, a partir
do deslocamento de significados, que se confundem, que se misturam, oferecendo novas
possibilidades de leitura. A imaginação é a memória do futuro e, nesse sentido, a literatura
reflete o passado e ilumina o futuro.
Por essa perspectiva, os jovens aproximam-se da compreensão de que podem ser autores,
pois, à medida que mergulham no oceano da literatura sem naufragar, descobrirão o prazer da
aventura literária. Literatura é arte e, como tal, está a serviço da fruição, do prazer, da
descoberta. (Ana: 2008.p.6).
A literatura provoca no leitor um efeito duplo: aciona sua fantasia, colocando frente a frente
dois imaginários e dois tipos de vivência interior; mas suscita um posicionamento intelectual,
uma vez que o mundo representado no texto, mesmo afastado no tempo ou diferenciado
enquanto invenção produz uma modalidade de reconhecimento em quem lê. (Ana:2008.p.6).
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território imaginário de paisagens, tradições e língua” (Martins, 2006, p. 69) citado po
(Andrade: 2017.p.183).
O entendimento linguístico nos países de língua portuguesa pode ser uma mais-valia na oferta
económica dos produtos gerados pelas Indústrias Culturais e Criativas (ICC), sobretudo nos
meios de comunicação de massa como é o caso das telenovelas brasileiras.
Pode-se afirmar que as telenovelas produzidas no Brasil são um produto de alto nível
artístico, que se foi aprimorando no decorrer das últimas décadas e que, embora moldado
industrialmente pela Rede Globo5, passou a influenciar as produções de outras emissoras,
tanto no Brasil, como no exterior (Mogadouro, 2007) citado por (Andrade: 2017.p.183).
Toda obra literária, porém, transmite mensagens não apenas por meio do texto escrito. As
imagens ilustradas constroem enredos e cristalizam as percepções sobre aquele mundo
imaginado. Se examinadas como conjunto, revelam expressões culturais de uma sociedade. A
cultura informa por intermédio de seus arranjos simbólicos, valores e crenças que orientam as
percepções de mundo. A Literatura é deveras importante na vida do homem, principalmente
na formação dos cidadãos. (Lima, 2005, p. 97) citado por (Felix: 2018:1).
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3. Conclusão
Após as leituras realizadas percebe-se que a literatura contribui muito para a formação do
cidadão pois instiga a criança a pensar criticamente, expor opiniões, realizar comparações
entre a leitura e a realidade vivida.
A palavra literatura que se originou do latim “litterae” que significa letras, pode ser
compreendida como “arte de compor obras literárias; carreira de letras; conjunto de trabalhos
literários de um país ou de uma época; os homens de letras”.
A literatura provoca no leitor um efeito duplo: aciona sua fantasia, colocando frente a frente
dois imaginários e dois tipos de vivência interior; mas suscita um posicionamento intelectual,
uma vez que o mundo representado no texto, mesmo afastado no tempo ou diferenciado
enquanto invenção, produz uma modalidade de reconhecimento em quem lê.
A literatura introduz um universo que, por mais distanciado do cotidiano, leva o leitor a
refletir sobre sua rotina e a incorporar novas experiências.
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4. Referencias Bibliográficas
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