Lbi 13

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LBI 13.

146/2015 - PROFISSIONAL DE APOIO

A Lei Brasileira de Inclusão (LBI)assegura a oferta de profissional de apoio


para estudantes com deficiência matriculados em qualquer nível ou modalidade
de ensino de escolas públicas ou privadas. É oportuno esclarecer que, de
acordo com a legislação vigente, pessoas com transtorno do espectro autista
(TEA) também são consideradas “com deficiência, para todos os efeitos
legais”. Segundo a LBI, estudantes com deficiência auditiva, visual, física ou
intelectual ou com transtorno do espectro autista tem direito a um profissional
de apoio.

Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência ou Estatuto da Pessoa


com Deficiência (Lei 13.146/2015), assegura sistema educacional inclusivo em
todos os níveis à pessoa com deficiência, com a oferta de professores para o
atendimento educacional especializado:

“Art. 27. A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados


sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de
toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus
talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas
características, interesses e necessidades de aprendizagem”.

“Art. 28. Incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver, implementar,


incentivar, acompanhar e avaliar:

X - adoção de práticas pedagógicas inclusivas pelos programas de formação


inicial e continuada de professores e oferta de formação continuada para o
atendimento educacional especializado;

XI - formação e disponibilização de professores para o atendimento


educacional especializado, de tradutores e intérpretes da Libras, de guias
intérpretes e de profissionais de apoio;
XVII - oferta de profissionais de apoio escolar”.

Segundo a Lei Brasileira de Inclusão 2015 – LBI

XIII – profissional de apoio escolar: pessoa que exerce atividade de


alimentação, higiene e locomoção do estudante com deficiência e atua em
todas as atividades escolares nas quais se fizer necessária, em todos os níveis
e modalidade de ensino, em instituições públicas e privadas, excluídas as
técnicas ou os procedimentos identificados com profissões legalmente
estabelecidas.
Profissional de apoio atenderá a no máximo três alunos com deficiência

Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) projeto que


determina o máximo de três alunos com deficiência a serem atendidos pelo
profissional de apoio escolar. O Projeto de Lei do Senado (PLS) 278/2016
prevê ainda que o profissional poderá ser contratado e pago pela família do
aluno, mesmo para atuar em escolas públicas. O texto segue para análise da
Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) em caráter terminativo.

A Lei Brasileira de Inclusão (LBI — Lei 13.146/2015) define três profissionais


para o atendimento ao estudante com deficiência: o atendente pessoal, o
acompanhante e o profissional de apoio escolar.

O atendente pessoal é o indivíduo, membro ou não da família, que, com ou


sem remuneração, assiste nos cuidados para atividades diárias como
alimentação, locomoção e higiene — mas não trata da questão escolar. O
acompanhante é aquele que acompanha o aluno, podendo ou não
desempenhar as funções de atendente pessoal. Já o profissional de apoio
escolar, que também pode fazer a função de atendente pessoal, trata da
inclusão pedagógica do aluno.

Além de atender a no máximo três alunos com deficiência, o profissional de


apoio terá que ter nível superior — a exigência dessa formação só será
dispensada para atuar na educação básica. Caso a escola permita, a família
poderá contratar um profissional particular para atuar mesmo na escola pública
— o salário será arcado pela família, mas a responsabilidade de integrar o
profissional será da escola.
DELIBERAÇÃO CEE/MS N.° 11.883, DE 5 DE DEZEMBRO DE 2019

Dispõe sobre a educação escolar de pessoas com deficiência, transtornos

globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação no Sistema

Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul.

Capítulo II

Da Educação Escolar de Alunos com Deficiência, Transtornos Globais do


Desenvolvimento e Altas

Habilidades ou Superdotação na Educação Básica:

Art. 13. A educação escolar dos alunos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na educação básica, far-
se-á em escolas comuns ou especiais.

Art. 14. As mantenedoras e ou escolas poderão estabelecer parceria com as


instituições de educação superior e outras para o desenvolvimento de estudos
e pesquisas, com vistas à construção de competências na área da educação
especial.

Art. 15. Aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e


altas habilidades ou superdotação matriculados em escolas, comuns ou
especiais, sempre que necessário e em interação com a escola de origem, será
ofertado o apoio pedagógico especializado em ambiente hospitalar e em
ambiente domiciliar, com previsão no projeto pedagógico de cursos, na
proposta pedagógica e no regimento escolar.

§1º O apoio pedagógico especializado em ambiente hospitalar, previsto no


caput, dar-se-á em situação de internação, com o acompanhamento do serviço
de educação especial da respectiva mantenedora.

§2º O apoio pedagógico especializado em ambiente domiciliar, previsto no


caput, dar-se-á quando, em razão das condições de saúde e ou outras
limitações, for impossibilitada a frequência na escola, ficando condicionado a
atestado médico, constando data de início e fim do período de afastamento,
quando for o caso, e ao encaminhamento e acompanhamento do serviço de
educação especial da respectiva mantenedora.
Art. 16. Os processos de avaliação para fins de identificação das necessidades
educacionais e encaminhamentos de alunos com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação deverão ser
realizados por professor especializado em educação especial e se darão na
escola, de forma contextualizada, considerando a realidade escolar e os
aspectos cognitivos, afetivos, sociais e culturais dos alunos.

Art. 17. Será assegurada a terminalidade específica, a partir de critérios a


serem definidos pelos órgãos próprios do Sistema, em conformidade com a
legislação vigente.

Art. 18. A escola, comum ou especial, certificará a terminalidade específica, em


documento próprio, registrando de forma descritiva as habilidades e
competências adquiridas pelos alunos, com a indicação de alternativas
educativas que o beneficiem, após processo de avaliação, que terá como base
o plano educacional individualizado.

§ 1º Os critérios para a concessão da certificação de terminalidade específica


serão estabelecidos na proposta pedagógica e no regimento escolar,
considerando as especificidades de seu alunado e as normas vigentes. Serão
definidos pelo docente e equipe pedagógica da escola, com assessoramento
de professor especializado em educação especial e ouvida a família.

Art. 19. A educação escolar poderá ser complementada, sempre que


necessário e de maneira articulada, por serviços de saúde, de trabalho, de
assistência social e outros.

Seção I

Em Escolas Comuns:

Art. 20. Na oferta da educação básica, em suas etapas e modalidades, deve


ser previsto, na proposta pedagógica e no regimento escolar, o atendimento às
necessidades educacionais dos alunos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

Art. 21. A proposta pedagógica deverá contemplar:

I – promoção de estudos e pesquisas sobre educação especial e educação


inclusiva, em articulação com instituições de ensino de educação superior e de
pesquisa, envolvendo as diversas áreas que fazem interface com a educação;
II – a interlocução com setores que desenvolvem políticas públicas voltadas às
pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas
habilidades ou superdotação, com vistas a estudos e ações intersetoriais;

III – a sustentabilidade das práticas da educação inclusiva, mediante a


organização de ambientes colaborativos de aprendizagem, trabalho em equipe
na escola, constituição de redes de apoio com outros agentes e recursos da
comunidade e participação da família;

IV – o atendimento às necessidades educacionais do aluno, por professores


qualificados para esse fim;

V – a aprendizagem colaborativa, observando-se a relação idade/série/ano, na


organização das turmas;

VI – os procedimentos metodológicos, os recursos e a avaliação qualitativa do


desempenho escolar, considerando-se as condições individuais, quanto aos
aspectos cognitivos, afetivos, sociais e culturais dos alunos;

VII – o Atendimento Educacional Especializado, organizado de forma a


complementar e ou suplementar o currículo, por meio de acompanhamento
individualizado e ou em pequenos grupos, quando for o caso, efetivado em
ambientes que maximizem o desenvolvimento educacional e social, em turno
diverso ao da classe comum;

VIII – o enriquecimento e o aprofundamento curricular aos estudantes que


apresentem tais necessidades, mediante a oferta de atividades, serviços e
apoios suplementares na própria instituição de ensino e ou em outros espaços
da comunidade;

IX – a conclusão de etapa da educação básica, aos alunos com altas


habilidades ou superdotação, em menor tempo, nos termos da legislação
vigente;

X – a atuação colaborativa entre professor regente, equipe pedagógica e


professor especializado em educação especial;

XI – o apoio aos alunos que necessitam de auxílio nas atividades de higiene,


alimentação e locomoção, por profissional capacitado;

XII – aos alunos com graves deficiências, intelectual ou múltipla, nas classes
especiais, a possibilidade de conclusão do percurso escolar em maior tempo,
com garantia de aprendizagem dos conteúdos previstos para a etapa da
educação básica, por meio de organização curricular e temporalidade flexível
do ano letivo;
XIII – as condições necessárias para o atendimento escolar dos alunos com
deficiência,transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação em:

a) classes comuns;

b) classes especiais;

c) sala de recursos;

d) ambiente hospitalar;

e) ambiente domiciliar.

Subseção I

Da Classe Comum e da Classe Especial:

Art. 22. Na organização da classe comum que tenha matriculados alunos com
deficiência,

transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação


devem ser observados os quantitativos máximos de:

I – 15 (quinze) crianças na educação infantil;

II – 20 (vinte) alunos nos anos iniciais do ensino fundamental;

III – 25 (vinte e cinco) alunos nos anos finais do ensino fundamental e no


ensino médio.

§ 1º Recomenda-se a inclusão de, no máximo, três alunos, preferencialmente


com a mesma

deficiência, considerando-se parecer de professor especializado em educação


especial;

§ 2º Aplica-se também o previsto no parágrafo anterior, aos alunos com


transtornos globais do

desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, quando for o caso;

§ 3º O quantitativo de alunos previsto neste artigo poderá ser flexibilizado, após


estudo de caso.
Art. 23. As escolas comuns que tenham alunos que, mesmo com os apoios
previstos nesta norma, não se beneficiem de sua organização curricular,
poderão criar classes especiais, em caráter extraordinário e transitório.

§ 1º O encaminhamento para a classe especial se dará mediante avaliação por


professor especializado em educação especial e, quando necessário, com
apoio de outros profissionais das áreas que fazem interface com a educação.

§ 2º A organização curricular da classe especial deverá ser flexível,


considerando as condições, os ritmos e os tempos necessários a cada aluno,
estabelecendo um percurso que garanta os processos de ensino e de
aprendizagem.

§ 3º O currículo previsto para as classes especiais deverá ser definido,


mediante as necessidades educacionais dos alunos, podendo ter caráter
funcional.

Art. 24. A regência em classes especiais se dará por professor especializado


em educação especial.

Art. 25. A organização da classe especial se dará por natureza de deficiência,


não podendo, na composição de turmas, exceder o número de 10 (dez) alunos.

Parágrafo único. Em caso de deficiência múltipla e ou graves


comprometimentos, indica-se a redução do número de alunos previsto no
caput, com parecer de professor especializado em educação especial.

Art. 26. O aluno da classe especial poderá ser encaminhado à classe comum
ou a outros serviços, mediante avaliação por professor especializado em
educação especial e pela equipe pedagógica da escola, ouvida a família.
Subseção I

Do Profissional de Apoio

Art. 77. A oferta do serviço de profissional de apoio, no contexto da escola


comum, será definida por professor especializado em educação especial, por
meio de avaliação educacional, com vistas a identificar as necessidades
educacionais apresentadas pelo aluno, a sua condição de funcionalidade, o
currículo a ser desenvolvido e os recursos a serem disponibilizados.

Parágrafo único. A oferta de que trata o caput se destina a alunos com graves
deficiências e ou condições que exijam apoios intensos e contínuos, que não
forem atendidos no contexto geral dos serviços ofertados aos demais alunos.

Art. 78. O serviço de profissional de apoio tem atribuições de natureza:

I – pedagógica: metodologias diferenciadas, adequação de recursos e ou


outras estratégias que oportunizem o acesso ao currículo;

II – técnica: alimentação, higiene e locomoção, dentre outras atividades da


mesma natureza.

§ 1º O profissional de apoio, nas atribuições de natureza pedagógica, atuará de


forma colaborativa com o professor regente de classe comum;

§ 2º O profissional de apoio, nas atribuições de natureza técnica, poderá atuar


com alunos matriculados em classe especial e ou em outros serviços, quando
indicado por processo de avaliação pedagógica.

Art. 79. O serviço de profissional de apoio será exercido por:

I – professor com a devida formação, conforme legislação vigente, e formação


continuada para exercício de função de natureza pedagógica;

II – profissional com formação em nível médio, com capacitação para o


exercício da função de natureza técnica.

Art. 80. Na atuação de natureza pedagógica do profissional de apoio, em todos


os níveis, etapas e modalidades de ensino, devem ser considerados:

I – o atendimento às necessidades educacionais dos alunos, o auxílio ao


professor da classe comum na operacionalização de seu planejamento, as
devidas adequações dos recursos e procedimentos didáticos para favorecer o
acesso ao currículo previsto para a turma em que o aluno está posicionado;
II – a articulação com os professores especializados em educação especial, os
da classe comum, os da sala de recursos e com outros profissionais do
contexto da escola e ou de outras áreas com as quais a educação faz interface.

Parágrafo único. Na atuação de que trata o caput, na educação infantil e nos


anos iniciais do ensino fundamental, quando for o caso, poderão ser incluídas
as atividades de alimentação, higiene e locomoção.

Art. 81. Cabe à escola e aos serviços de apoio especializado em educação


especial favorecer o desenvolvimento dos processos pessoais e sociais para a
autonomia do aluno, avaliando a possibilidade de suspensão dos serviços do
profissional de apoio, ouvida a família.

Art. 82. Excluem-se das atividades previstas nesta subseção, as técnicas e ou


os procedimentos específicos identificados com outras profissões legalmente
estabelecidas.

Art. 83. O serviço do profissional de apoio poderá ser exercido de forma


itinerante, no âmbito da escola, conforme orientação do professor
especializado em educação especial.

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