Psicologia Geral Faustina
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Psicologia Geral Faustina
Tema do Trabalho:
PAPEL DE CADA PROCESSO COGNITIVO NA CONSTRUÇÃO DO
CONHECIMENTO (PERCEPÇÃO, ATENÇÃO E MEMÓRIA)
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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
1.Introdução ................................................................................................................................ 1
1.1.Objectivos ......................................................................................................................... 2
1.1.1. Geral……………………………………………………………………………..2
1.1.2. Específicos………………………………………………………………………2
1.2.Metodologia ...................................................................................................................... 2
2.5.1. Atenção………………………………………………………………………….7
2.5.2. Percepção………………………………………………………………………..9
2.5.3. Memória………………………………………………………………………..11
3.Conclusão .............................................................................................................................. 13
4.Referências Bibliográficas..................................................................................................... 14
1. Introdução
A educação tem um papel importante na construção do conhecimento do indivíduo, pois o
conhecimento não é construído, ele é transmitido e depende do modo de como cada um
aprende, pois nem todos aprendem da mesma forma. De acordo com Piaget, a aprendizagem
vem em função da experiência que a criança vai obtendo de modo ordenado, o
desenvolvimento é o responsável pela formação dos conhecimentos. A afectividade e a
interacção social também contribuem para o aprendizado do estudante, por isso, é muito
importante a escola trabalhar para que essas duas características fundamentais contribuam
para o processo da construção do conhecimento.
O presente trabalho está estruturado de forma a facilitar a fornecer bases sólidas para uma boa
percepção do tema em questão. Com o objectivo de alavancar o tema em questão, o trabalho
possui a seguinte estrutura: capa; Folha de Feedback; Folha para recomendações de melhoria:
A ser preenchida pelo tutor; índice; introdução; objectivos; metodologia; análise e discussão
(desenvolvimento); considerações finais (conclusão); e referencias bibliográficas.
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1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
Explicar o Papel de cada processo Cognitivo na construção do conhecimento
(Percepção, Atenção e Memória).
1.1.2. Específicos
Definir o conceito de processo Cognitivo;
Identificar as características da Percepção, Atenção e Memória;
Descrever o Papel de cada processo Cognitivo na construção do conhecimento.
1.2.Metodologia
O presente trabalho realizou-se com base nas regras de publicação de trabalhos cinéticos da
UCM. Para o desenvolvimento do tema em questão, recorreu-se a leitura de varias obras
literárias, artigos e manuais que abordam assuntos relacionados com o tema. Como não basta-
se, recorreu-se também ao uso da internet.
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2. Papel de cada processo Cognitivo na construção do Conhecimento
2.1.Construção do Conhecimento
De acordo com Martins; et al., (2018), quando se utiliza o termo construção pensa-se logo no
acto de construir algo, mas a construção do conhecimento pode ser entendida como
composição do saber por estudiosos, filósofos, que reflectem de modo sistemático e com isso,
leva a novos conhecimentos construindo assim conteúdos nas diversas áreas e esse processo
ocorre através do tempo. Conforme o autor acima citado, refere-se que:
Para Piaget (1952, cit. em Martins; et al., 2018), do ponto de vista biológico, organização é
inseparável da adaptação. Eles são dois processos complementares de um único mecanismo,
sendo que o 1º é o aspecto interno do ciclo do qual a adaptação constitui o aspecto externo.
De acordo com o autor acima citado:
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O funcionamento do intelecto e o funcionamento biológico são movidos pela
adaptação. A organização tem a destreza de juntar as estruturas físicas e psicológicas.
O processo de adaptação é dividido em: assimilação e acomodação. Antes de entrar
nas definições dessas vertentes, introduziremos outro termo denominado por Piaget
esquema. O autor define esquema como estruturas mentais ou cognitivas, pelos quais
os indivíduos através do seu intelecto se adaptam e organizam ao meio. Assim os
esquemas são processos que ocorrem dentro do sistema nervoso (p. 413).
Um exemplo claro é de um bebé, pois quando nasce este não apresenta muitos esquemas, só
são apresentados à medida que se desenvolvem. Esses esquemas são proveitos para processar
e identificar a entrada de estímulos, e graças a isto o organismo será capaz de diferenciar
estímulos, como também será capaz de generalizá-los.
2.2.Assimilação e Acomodação
Quando se fala em assimilação entende-se que a criança quando realiza novas descobertas e
experiências, ela tenta adaptar esses estímulos às estruturas cognitivas que ela já possui.
Piaget (1996, cit. em Martins; et al., 2018) define assimilação como:
Uma integração às estruturas prévias, que podem permanecer invariáveis ou são mais
ou menos modificadas por esta própria integração, umas sem descontinuidade com o
estado prudente, isto é, sem serem destruídas, mas simplesmente acomodando-se à
nova situação. Uma criança que está aprendendo a fazer o reconhecimento do que está
em sua volta, como por exemplo, animais. Ela conhece um animal de quatro patas, no
entanto esquematiza e organiza no seu intelecto aquele animal, mas quando observa
outro animal maior de quatro (p. 413).
No decorrer do ocorrido um adulto corrige a criança dizendo que aquele animal maior
não é o mesmo que o animal menor, com certeza acontecerá o processo de
acomodação, pois a criança acomodará aquele estímulo a uma nova estrutura
cognitiva, esquematizando dois conceitos diferentes uma para cada animal. Segundo
Piaget, Chamaremos de acomodação por analogia com os acomodados biológicos toda
modificação dos esquemas de assimilação sob a influência de situações exteriores
(medo) aos quais se aplicam (p. 414).
Martins; et al., (2018) afirma que, de acordo com Piaget a acomodação acontece quando a
criança não consegue através do seu cognitivo assimilar a nova informação em função das
particularidades desse novo estímulo. Piaget enfatiza a teoria da equilibração, na qual o
equilíbrio está entre a assimilação e a acomodação. Ele quando fala em aprendizagem faz a
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separação entre aprendizagem e desenvolvimento. A aprendizagem vem em função da
experiência que a criança vai obtendo de modo sistemático, o desenvolvimento é o
responsável pela formação dos conhecimentos. Segundo Martins; et al., (2018):
Segundo Piaget (1977, cit. em Martins; et al., 2018) a inteligência um sistema de operações
vivas e actuantes de natureza adaptativa” e afirma que o essencial do pensamento lógico é ser
operativo com o fim da constituição de sistemas, não rejeita a intervenção do afecto no
processo do conhecimento. Ele afirma que a vida afectiva e a vida intelectual são
complementos em todo comportamento humano. O autor afirma ainda que:
De acordo com Martins; et al., (2018), Vygotsky enfatiza a interacção social. A idade mental
da criança é determinada pela sua capacidade de realizar sozinha alguma tarefa, no entanto é
denominada por Vygotsky de zona de desenvolvimento real. Ele ainda afirma que, mesmo
que a criança não consiga realizar alguma tarefa sozinha e necessite da ajuda de outro, isso
identifica sua zona de desenvolvimento potencial.
Assim como ele defende que o conhecimento se dá através da interacção social, é de suma
importância que a escola instigue a zona de desenvolvimento potencial. Com isso a criança
terá mais facilidade de aprender um com o outro de forma colaborativa. O aprendizado, a
construção do conhecimento, exige, portanto, um estado de actividade da parte do sujeito sem
que isso signifique ausência de ensino, de transmissão social.
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2.3.Processo Cognitivo
Os processos podem ser externos como também internos ao ser humano. Isso é o que acontece
no caso das operações cognitivas. O processo de conhecimento mostra a assimilação de uma
ideia que promove a compreensão do mundo. De acordo com Oliveira (2010), refere-se que:
Através desta assimilação de ideias, exercitamos nossas faculdades mentais que são
vitais para nosso desenvolvimento humano. As faculdades mentais podem ser também
seriamente danificadas como consequência de certas doenças, tais como o Alzheimer
que mostra a perda da memória de maneira progressiva. Sem estas faculdades
cognitivas, os seres humanos estariam fechados em si mesmos.
Oliveira (2010) expressa que, no entanto, graças ao intelecto há uma abertura. Porém, deve-se
destacar que os processos cognitivos se referem a agentes externos, mas também os humanos
são seres conscientes que pensam sobre si mesmo e inclusive sobre questões abstractas, tais
como a busca pela felicidade. Existem diversos tipos de processos cognitivos. Um dos mais
importantes é a linguagem, nossa capacidade de comunicação.
Para tal é também necessária a atenção, ou seja, a manutenção do foco num determinado
estímulo que facilite a codificação, elaboração e recuperação da informação. Assim, o
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indivíduo organiza a informação na memória, criando uma representação, isto é, imagem,
mental dos estímulos, essencial ao pensamento ou raciocínio. Assim, decorrente da
articulação dos processos anteriores, é o raciocínio que permite a interpretação de um
estímulo, a criação de soluções e a consequente tomada de decisão. Ainda segundo o autor:
O raciocínio pode ser dedutivo, caracterizado pela extracção de uma conclusão através
de premissas que a fundamentam, e indutivo, caracterizado pela generalização com
base em situações já conhecidas e que permitem predizer acontecimentos
desconhecidos. Subjacente às tomadas de decisão, estão os julgamentos que consistem
na estimação de probabilidade de determinados eventos, podendo estes ser calculados
através de heurísticas. As heurísticas são inferências auxiliares à tomada de decisão
em situações de incerteza que permitem ao indivíduo realizar escolhas de forma célere
e com poucos recursos cognitivos, já que se baseiam em regras empíricas (p. 42).
Por sua vez, a linguagem caracteriza-se pela associação de palavras a significados e conceitos
específicos, de forma organizada e combinada. Integra a comunicação, embora esta última
não se restrinja à primeira. É através da função cognitiva da linguagem que o ser humano
estabelece contacto com os outros, através de símbolos, sendo um importante mediador no
relacionamento social, sem o qual esta mesma função também ficaria comprometida. Por
outras palavras, o desenvolvimento da linguagem requer estimulação, sendo esta realizada no
contexto interpessoal.
A atenção está intimamente ligada com a percepção em todas as tarefas levadas a cabo pelas
pessoas, pois dadas as limitações da nossa capacidade de processamento, não somos capazes
de perceber tudo o que se passa à nossa volta, seleccionamos alguns estímulos disponíveis
para os processar e ignoramos outros. Encontra-se igualmente ligada intimamente com os
processos de memória. De acordo com Ramalho (2009, cit. em Oliveira, 2010):
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A atenção corresponde a uma das funções básicas e essenciais da actividade cognitiva,
apresentando como características principais, determinada amplitude e intensidade. A
primeira diz respeito à quantidade de informação que o organismo pode assimilar em
simultâneo e a segunda à capacidade atencional manifestada no objecto ou tarefa. Este
autor acrescenta, ainda, duas características, a oscilação, relativa à capacidade de
mudar e oscilar a atenção, direccionando-a de uma tarefa para outra sempre que
necessário, e o controlo, quando a atenção é elaborada de um modo eficiente em
função das exigências do meio, exigindo esforço para que se possa manter (p. 43).
Levitt & Johnston (2001, cit. em Oliveira, 2010) decompõem a atenção em quatro processos:
Levitt & Johnston (2001, cit. em Oliveira, 2010) concebem a atenção selectiva como tendo
um extenso papel na cognição e sendo crucial na selecção da informação a processar, sendo
que as crianças com DA, parecem ter deficiências neste processo. Conforme os autores acima
citados:
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Refere que os sujeitos com DAE apresentam, com frequência, dificuldades na
focalização e manutenção da atenção durante os períodos de tempo necessários, não
destrinçando os estímulos relevantes dos irrelevantes, e sendo, facilmente, atraídos por
sinais distractores. A desatenção pode ser motivada por carência (atenção insuficiente
ou desatenção) ou por excesso (superatenção). No primeiro caso, a distractibilidade, os
sujeitos não são capazes de se abstrair dos estímulos irrelevantes para a tarefa que se
encontram a realizar; no segundo caso, os sujeitos apresentam fixação anormal em
pormenores supérfluos, em detrimento das características e pormenores realmente
importantes (p. 44).
2.5.2. Percepção
A percepção é o processo que serve para reconhecer, organizar e entender o que nos rodeia
mediante a informação que chega através dos sentidos, isto é, o processo através do qual
extraímos significação do meio envolvente, sendo os problemas perceptivos entendidos como
a incapacidade de identificar, discriminar, interpretar e organizar as sensações e distinguidos
dos defeitos sensoriais, como as deficiências auditiva e visual periféricas. De acordo com
Fonseca (2008, cit. em Oliveira, 2010), são diversos os autores que assinalam, que em
determinados casos, os défices perceptivos podem dificultar as aquisições escolares.
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De acordo com Fonseca (2008, cit. em Oliveira, 2010), a percepção visual é a função
cognitiva da visão e as disfunções cognitivas a este nível traduzem-se em diversos tipos de
dificuldades:
Fonseca (2008, cit. em Oliveira, 2010), afirma que, percepção auditiva, cujos défices se
traduzem ao nível da interpretação do que se ouve, na forma de processamento da informação
auditiva, e não num problema de acuidade auditiva, pois os sujeitos ouvem normalmente,
apesar de apresentarem dificuldades na organização e estruturação do seu mundo auditivo,
não conseguindo discriminar com clareza os fonemas auditivos. Ainda segundo Fonseca
(2008, cit. em Oliveira, 2010):
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A má percepção de sons não linguísticos rápidos indicaria um transtorno semelhante na
percepção de certos fonemas, originando grandes dificuldades na correspondência com os
grafemas e, consequentemente, dificuldades da leitura fonológica. Desta forma, o problema
residiria na capacidade limitada do processamento de sinais auditivos breves/curtos, como por
exemplo as consoantes, que se concretizaria na dificuldade de associar as letras aos seus sons
específicos correspondentes.
2.5.3. Memória
A memória é o processo através do qual mantemos e acedemos às nossas experiências
passadas para usar essa informação no, ou, o processo de reconhecimento e de rechamada do
que foi aprendido e retido, sendo uma função neuropsicológica indissociável da
aprendizagem. Fonseca (2008, cit. em Oliveira, 2010) afirma que:
Segundo o autor acima citado, refere-se que o modelo estrutural da memória, conceptualiza-a
em termos de estruturas formadas por três armazéns:
De acordo com Oliveira, (2010), o modelo de explicação processual surge como alternativa ao
modelo estrutural e postula que a memória varia ao longo de uma dimensão contínua em
termos de profundidade de codificação, onde não é determinado um número fixo de níveis de
processamento em que a informação pode ser codificada, variando de níveis mais superficiais
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a níveis mais profundos de processamento e aumentando-se as probabilidades de acesso à
informação. O autor acima citado expressa que:
Segundo o ponto de vista dos autores acima citados, podemos afirmar que a memória é
capacidade de lembrar o que foi de algum modo vivido. Ela corresponde as seguintes
operações ou processos: a aquisição, a fixação, a evocação, o reconhecimento e a localização
das informações resultantes de percepções e aprendizagem. A memória facilita a organização,
fixação e retenção do aprendido, assim como a sua evocação., quando essa informação for
necessária. Não haveria evolução dos nossos conhecimentos se na medida que os
adquiríssemos, os perdêssemos. A memória conserva o passado e permite incorporà-lo na
estrutura cognitiva do sujeito.
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3. Conclusão
Conclui-se que, a construção do conhecimento também depende da forma de como cada
indivíduo aprende, apesar de que o indivíduo não constrói o saber, ele recebe a informação
através do ensino com possibilidades de mudanças e cada um aprende de modo semelhante,
mas jamais igual. O conceito de conhecimento se dá quando o sujeito busca informações de
modo empírico sem entender a origem. Ele pode ser um ser supersticioso sem nenhuma
consciência do conteúdo e até mesmo aquele que estava adoentado e ingere um medicamento
sem conhecer as substâncias que contém no remédio.
Os processos podem ser externos como também internos ao ser humano. Isso é o que acontece
no caso das operações cognitivas. O processo de conhecimento mostra a assimilação de uma
ideia que promove a compreensão do mundo. Através desta assimilação de ideias,
exercitamos nossas faculdades mentais que são vitais para nosso desenvolvimento humano.
As faculdades mentais podem ser também seriamente danificadas como consequência de
certas doenças, tais como o Alzheimer que mostra a perda da memória de maneira
progressiva. Sem estas faculdades cognitivas, os seres humanos estariam fechados em si
mesmos.
No entanto, graças ao intelecto há uma abertura. Porém, deve-se destacar que os processos
cognitivos se referem a agentes externos, mas também os humanos são seres conscientes que
pensam sobre si mesmo e inclusive sobre questões abstractas, tais como a busca pela
felicidade. Existem diversos tipos de processos cognitivos. Um dos mais importantes é a
linguagem, nossa capacidade de comunicação. A percepção, a assimilação de informação, a
reflexão, o pensamento lógico, a concentração e a memória são exemplos de pensamentos
cognitivos. Através da percepção, um dos processos cognitivos essenciais coloca em ordem a
informação que recebemos dos estímulos externos. Através da nossa capacidade de fixar a
atenção sobre um ponto, temos o poder de conectar com o agora e capturar a essência de
qualquer coisa.
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4. Referências Bibliográficas
Chicote, L. L.; Abacar, M. & Huó, S. S. (2007). Psicologia Geral. Módulos para Cursos de
Bacharelato Semi-Presencial. Autores e UPNampula, Depto. Ciências Pedagógicas.
Nampula, Universidade Pedagógica
Eysenck, M. W., & Keane, M.T. (2007). Manual de Psicologia Cognitiva. Porto Alegre:
Artmed.
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