Introdução A Filosofia
Introdução A Filosofia
Introdução A Filosofia
I Trabalho
6
2. Unidade 1 – Introdução a Filosofia
2.1 O que é filosofia?
De acordo com Chauí (2000). A palavra filosofia é grega que significa “amizade pela
sabedoria” (Philo sophia). Atribui-se a Pitágoras a invenção do termo filosofia. Ele teria
afirmado que sabedoria plena e completa pertence aos deuses, mas que os homens podem
amá-la, torna-se filosofos (p. 19).
A filosofia teve várias definições, de acordo com o filósofo e o tempo em que se encontrasse.
Para Aristóteles (384-322 a.C) a filosofia estuda “as causas últimas de todas as coisas”;
Cícero (106-46 a.C) a filosofia “é o estudo das causas humanas e divinas das coisas”;
Descartes (1596-1650) a filosofia “ensina a bem raciocinar”; Hegel (1770-1831) a filosofia é
o “saber absoluto”. Whitehead (1861-1947) filosofia tem a função de “fornecer uma
explicação orgânica do universo” (Mondin, 1981, p. 7).
Segundo Mondin (1981). “A filosofia é um conhecimento, uma forma de saber que, como tal,
tem uma esfera de particular competência, a respeito da qual, procura adquirir informações
válidas, precisas e ordenadas” (p. 7).
No que tange ao método, a filosofia usa a explicação racional da totalidade que tem por
objecto. E, o objecto ou fim da filosofia está no puro desejo de conhecer e contemplar a
verdade (Reale, Antiseri, 2000, p. 22).
7
3. Unidade 2: Atitude Filosófica
Os aspectos que caracterizam a atitude filosófica segundo Geque e Biriate (2010), são:
O espanto: Segundo Aristóteles, a filosofia tem a sua origem no espanto que os
homens sentem diante dos enigmas do universo ou da vida. É com espanto que o
homem formula as perguntas e procura as suas respectivas respostas.
A dúvida: Os filósofos, exige-se a dúvida para poder problematizar tudo, até aquilo
que nos era natural, a reflexão começa a partir do exame daquilo que pensa ser
verdadeiro.
O rigor: conhecimento em si, funda-se na crítica e no rigor de modo que não se
admita as ambiguidades, as contradições e os termos imprecisos.
A insatisfação: Em filosofia, o que existem, são perguntas e problemas, incitamentos
para que não se confie em nenhuma autoridade externa a sua razão, para que duvide
do senso comum e das aparências (pp. 19, 20).
8
Antropologia Filosófica - tem como objectivo fundamental da filosofia: conhecer a
natureza do Homem, ou seja, responder à pergunta “O que é o Homem
A filosofia do Direito — é uma disciplina filosófica que ocupa da questão de
fundamentação do direito, particularmente no que diz respeito à existência de uma
norma superior de onde se pode derivar o direito positivo.
A filosofia Política — ocupa-se da questão da estrutura, da função e do sentido do
Estado e da sua origem.
A estética - trata da natureza da arte, da sua relação com o autor, o espectador e com a
realidade em geral.
Portanto, o que faz com que uma pergunta seja considerada filosófica é o conteúdo que
compreende quatro aspectos fundamentais:
Universalidade – as questões/problemas filosóficos interessam toda a humanidade,
todas as épocas em todas as culturas e todos locais. Ex: o que é o bem? O que é o
homem? O que é a verdade?
9
Radicalidade – As questões filosóficas procuram a raiz e origem do problema.
Autonomia – As questões filosóficas pressupõe a liberdade de filósofo raciocinar na
busca da verdade.
Historicidade – As questões filosóficas são colocadas em detrimento de cada época
histórica e que os filósofos contemporâneo dessa época procuram responder.
5.3 O trabalho
“Trabalho é toda actividade na qual o ser humano utiliza suas energias para satisfazer uma
determinada necessidade ou atingir determinado objectivo, individual ou colectivo. O trabalho
é elemento essencial da relação dialéctica entre o ser humano e a natureza” (Cotrim &
Fernandes, 2016, p. 177).
11
6. Unidade 5: A Consciência Moral
Consciência é a possibilidade de dar atenção aos próprios modos de ser e às próprias ações,
bem como de exprimi-los com a linguagem (Abbagnano, 2007, p. 185). A consciência
desempenha um papel na formação da personalidade, a partir de selecção de fenómenos
psíquicos.
Consciência Moral é a função que nos permite distinguir o bem do mal e apreciar
moralmente os nossos actos e os actos dos outros (Japiassú & Marconde, 2001. 41).
12
Mérito é a aquisição de valores em sequência do bem que pratica, em consequência
do bem que se pratica. O seu oposto é o demérito, que é a perda de valores, em virtude
dos factos cometidos (Rosa, 2014, p.46)
Virtude “é o hábito que torna o homem bom e lhe permite cumprir bem a sua tarefa”
(Aristóteles, citado em Abbagnano, 2007, p. 1003).
Sanção é o prémio ou castigo infligido pelo cumprimento ou violação da lei.
Sancionar um acto é sublinhar o seu valor, quer reconhecendo-o como bom, por meio
de elogios e recompensas, quer tomando-o como mau, através de censuras ou castigos
(Geque e Biriate, 2010, p. 1).
O dever é um imperativo, isto é, uma ordem a que o individuo se terá de submeter e
que assume duas dimensões: subjectiva e objectiva (Rosa, 2014, p. 47).
Justiça é uma virtude moral que consiste no reconhecimento que devemos dar ao
direito do outro (Japiassú & Marconde, 2001. 30).
13
9. Unidade 8: Valores
Os valores são critérios segundo os quais damos ou não importância as coisas. Os valores são
as razões que justificarn ou motivam as nossas acções, tornando-as preferíveis as outras
(Geque & Biriate, 2010, p. 49).
15
Parmênides (540-470 a.C), afirma que a única realidade é o ser e não o vir-a-ser (o devir)
como queria Heráclito. De facto, ou uma coisa é ou não é. Se é não pode vir-a-ser, porque do
nada não se tira nada (Mondin, 1981, p. 31). De acordo com Mondin (1981). Parménides foi o
primeiro a mostrar a importância do princípio de não contradição, pressuposto básico para a
validade de qualquer raciocínio. Ademais, foi primeiro ainda a insistir a distinção entre razão
e sentidos: afirmando que “os sentidos nos enganam, dando-nos impressão de que as coisas
são sujeitas a vir-a-ser, ao passo que a razão nos revela o absurdo dessa impressão”.
16
14. Conclusão
Contudo, a filosofia é um conhecimento racional, ela oferece ferramentas fundamentais ao
homem para ser, pensar e agir correctamente no ambiente em que vive. Ademais, um
homem com conhecimentos filosóficos é capaz de conhecer a si mesmo, os outros e a
realidade do universo.
17
15. Referência Bibliográfica
Abbagnano, N. (2007). Dicionário de Filosofia. São Paulo, Brasil: Martins Fontes.
Recuperado em https://marcosfabionuva.files.wordpress.com/2012/04/nicola-abbagnano-
dicionario-de-filosofia.pdf
Chauí, M. (2000). Convite à Filosofia. São Paulo, Brasil: ed. Ática. Recuperado em
https://home.ufam.edu.br/andersonlfc/Economia_Etica/Convite%20%20Filosofia%20-
%20Marilena%20Chaui.pdf
Cotrim, G. & Fernandes M. (2016), Fundamentos de Filosofia. São Paulo, Brasil: ed. Saraiva.
Recuperado em
http://joinville.ifsc.edu.br/~sergio.sell/FUNDAMENTOS_de_FILOSOFIA_Cotrim.pdf
Geque, E. & Biriate, M. (2010). Pré-universitário Filosofia 11ª. Moçambique: Longman.
Hessen, J. (1980). Teoria do Conhecimento. (7ª ed.). Coimbra, Portugal. Recuperado em
https://www.dca.fee.unicamp.br/~gudwin/ftp/ia005/TeoriaDoConhecimento-
caps1234.pdf
Japiassú, H & Marcondes, D. (2001). Dicionário Básico de Filosofia. (3ª ed.). Rio de Janeiro,
Brasil: TupyKurumin. Recuperado em
http://raycydio.yolasite.com/resources/dicionario_de_filosofia_japiassu.pdf
Mondin, B. (1981). Curso de Filosofia: os Filosofos do Ocidente. Vol. 1, (7ª ed.)
Reale, G. & Antiseri, D. (1990). História da Filosofia; Antiguidade e Idade Média. Vol I, (3ª
ed.). São Paulo, Brasil: Paulus. Recuperado em
https://marcosfabionuva.files.wordpress.com/2012/04/reale-g-antiseri-d-historia-da-
filosofia-vol-i.pdf
Rosa, A. L. (2014). Introdução a Filosofia, Beira, Moçambique: Universidade Católica de
Moçambique.
18
19