Psicologia Do Desenv e Aprendizagem-Livro
Psicologia Do Desenv e Aprendizagem-Livro
Psicologia Do Desenv e Aprendizagem-Livro
DESENVOLVIMENTO
E DA APRENDIZAGEM
licenciatura em
matemática
Licenciatura em Matemática
Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem
Fortaleza, CE
2010
Créditos
Presidente Maria Irene Silva de Moura
Luiz Inácio Lula da Silva Maria Vanda Silvino da Silva
Ministro da Educação Marília Maia Moreira
Fernando Haddad Maria Luiza Maia
Saskia Natália Brígido Batista
Presidentes da SEED
Carlos Eduardo Bielschowsky Equipe de arte, criação e produção visual
Ábner Di Cavalcanti Medeiros
Diretor de Educação a Distância
Benghson da Silveira Dantas
Celso Costa
Germano José Barros Pinheiro
Reitor do IFCE José Albério Beserra
Cláudio Ricardo Gomes de Lima José Stelio Sampaio Bastos Neto
Pró-Reitor de Ensino Lucas de Brito Arruda
Gilmar Lopes Ribeiro Lucas Diego Rebouças Rocha
Diretora de EAD/IFCE e Marco Augusto M. Oliveira Júnior
Coordenadora UAB/IFCE Equipe web
Cassandra Ribeiro Joye Benghson da Silveira Dantas
Vice-Coordenadora UAB Fabrice Marc Joye
Régia Talina Silva Araújo Herculano Gonçalves Santos
Lucas do Amaral Saboya
Coordenador do Curso de
Samantha Onofre Lóssio
Tecnologia em Hotelaria
Tibério Bezerra Soares
José Solon Sales e Silva
Revisão textual
Coordenador do Curso de
Aurea Suely Zavam
Licenciatura em Matemática
Nukácia Meyre Araújo de Almeida
Zelauber Gondim Guimarães
Revisão web
Elaboração do conteúdo
Antônio Carlos Marques Júnior
Maria Vanda Silvino da Silva Débora Liberato Arruda Hissa
Colaboradora Saulo Garcia
Jane Fontes Guedes Logística
Equipe pedagógica e design instrucional Francisco Roberto Dias de Aguiar
Ana Claúdia Uchôa Araújo Virgínia Ferreira Moreira
Andréa Maria Rocha Rodrigues Secretários
Carla Anaíle Moreira de Oliveira Breno Giovanni Silva Araújo
Cristiane Borges Braga Francisca Venâncio da Silva
Eliana Moreira de Oliveira Auxiliares
Gina Maria Porto de Aguiar Vieira Ana Paula Gomes Correia
Glória Monteiro Macedo Bernardo Matias de Carvalho
Iraci Moraes Schmidlin Charlene Oliveira da Silveira
Irene Moura Silva Isabella de Castro Britto
Jane Fontes Guedes Vivianny de Lima Santiago
Karine Nascimento Portela Wagner Souto Fernandes
Lívia Maria de Lima Santiago
Luciana Andrade Rodrigues
Marcia Roxana da Silva Regis
Catalogação na Fonte: Islânia Fernandes Araújo (CRB 3 – Nº917 615)
ISBN 978-85-63953-85-8
CDD – 150.785
Apresentação
Referências
Currículo
7
113
114 SUMÁRIO
Aula 1 Psicologia: fundamentos históricos
e movimentos teóricos 8
Tópico 1 Introdução à psicologia 9
Tópico 2 Movimentos da psicologia: estruturalismo
e funcionalismo – bases fundamentais
para a ciência psicológica 14
Tópico 3 Movimentos da psicologia: behaviorismo,
gestalt e o psicanalítico 17
Tópico 4 Psicologia moderna 21
Vamos conhecer a importância de estudar Psicologia para a formação de professores. Durante o estudo,
vocês deverão desenvolver conhecimento que os ajudarão a entender o processo do desenvolvimento
e das relações humanas no processo do crescimento cognitivo intelectual.
Então, como vocês imaginam a formação do sujeito e as atitudes que esse emite em suas relações
comportamentais? Por que alguns são mais motivados para o conhecimento? Como são desenvolvidas
habilidades cognitivas? Acerca da inteligência, qual sua importância no processo do desenvolvimento?
Como se constrói a linguagem, a percepção do sujeito? Procuraremos ao longo dos estudos respostas
para esses questionamentos com o objetivo de melhorar a práxis educacional para uma melhor eficácia
do ensino aprendizagem.
Nosso objetivo consiste em construir com vocês saberes da psicologia aplicada à educação, para que
esse conhecimento possa suscitar reflexão, questionamentos e proporcionar experiência pessoal de
modo significativo na atuação educacional.
Esperamos que no decorrer dos estudos todos possam desenvolver as competências básicas para
um melhor desenvolvimento profissional a partir do pensamento crítico, analítico e reflexivo do sujeito
e suas funções psicológicas.
Sucesso!
Profa. Maria Vanda Silvino da Silva
APRESENTAÇÃO 7
AULA 1
Psicologia: fundamentos históricos
e movimentos teóricos
Bons estudos!
Objetivos
O bjetivo
• Conhecer e refletir sobre a origem da Psicologia
como ciência
AULA 1 TÓPICO 1 9
No entanto, na Psicologia, é preciso distinguir o senso comum (aquilo em
que as pessoas acreditam, ainda que não tenham fundamentação científica) do
conhecimento exato (o que pode ser comprovado pela ciência). Vejamos por quê.
O senso comum não oportuniza um procedimento assertivo para avaliar
com exatidão uma questão, um problema. Porém, quando emitimos uma ideia na
Psicologia, essa deverá ser comprovada cientificamente, isto é, precisará passar
pelo campo da investigação, da pesquisa, que, por sua vez, se apropria de métodos
e procedimentos assertivos.
AULA 1 TÓPICO 1 11
industriais, organizacionais, sociais. Também há aqueles que investigam a
personalidade, o desenvolvimento; os que trabalham com os testes – psicometrista,
ergonomista – e as dificuldades de aprendizagem – psicopedagogos.
AULA 1 TÓPICO 1 13
Movimentos da psicologia:
Os cientistas treinados forneceriam dassen saçõ esb ásicasdosu jeitoqu e com preen deu
AULA 1 TÓPICO 2 15
2.2 MOVIMENTO FUNCIONALISTA
Como vimos no último parágrafo, o fundador desse movimento
http://upload.wikimedia.org/
O bjetivo
• Compreender os três últimos movimentos que
ampliaram o conhecimento do comportamento
humano na Psicologia
http://upload.wikimedia.org/
O movimento behaviorista foi fundado por John Watson
(1878-1958). Watson se mostrou insatisfeito com o Estruturalismo e o
Funcionalismo, pois, para ele, a consciência não podia ser testada nem
reproduzida a partir da observação treinada, visto que estes tipos de
testes causavam uma dependência das percepções e da maneira própria
de ver, sentir e reagir de cada indivíduo.
Para Watson, a única contribuição do movimento estruturalista
ao método introspectivo foi a de que os estados mentais são organizados
Figu ra 3 – Joh n W atson ,
por várias unidades irredutíveis, como as cores, as sensações de calor, pion eirodom ov im en toda
frio, porém este fato pouco importava para que a Psicologia ganhasse psicologia b eh av iorista
AULA 1 TÓPICO 3 17
2. Experiências, aptidões, traços hereditários – aspectos importantes
para investigação na aquisição da aprendizagem;
3. Método objetivo, ou seja, experimental observável e testado;
4. Os psicólogos deveriam se deter com a descrição, explicação,
prognóstico e controle do comportamento, aconselhamento de pais,
educadores, homens de negócios e dos legisladores;
5. Os animais devem ser investigados juntamente com o comportamento
humano, pois os animais são mais fáceis de estudar e assim compreender
os organismos mais complexos.
A psicologia behaviorista norte-americana fundamentou-se na investigação
empírica. O behaviorismo também serviu de base para o surgimento da Psicologia
Moderna, que estudaremos no próximo tópico desta aula.
Para com preen dera ilu são, todososelem en tosin teragen tesn a situ ação(in clu siv e
ofu n cion am en tofisioló gicodos olh os e docéreb rodoob serv ador, assim com oo
tipode ilu m in ação) tin h am qu e sercon siderados. Otodoera claram en te diferen te
da som a de su as partes. Essa afirm açãofoioslogan da psicologia Gestalt.
AULA 1 TÓPICO 3 19
Freud criou o método de associação livre. Nesse método, o paciente era
convidado a deitar num divã e estimulado a falar o que lhe viesse à mente. Diante
dessa situação, o médico analisava tudo o que fora dito pelo paciente: temores,
desejos, conflitos, pensamentos, lembranças, sonhos, ou seja, o que está muito além
do consciente, com o objetivo de trabalhar no indivíduo os focos problemáticos
por ele não conscientes. Seu trabalho consiste, portanto, em trazer à consciência do
paciente aquilo que estava encoberto pelo inconsciente.
O bjetivo
• Compreender as mudanças da Psicologia no
processo histórico a partir da fundamentação
dos movimentos anteriores
AULA 1 TÓPICO 4 21
se tratar comportamentos simples e complexos no ser humano. E, no estudo com
animais, tinha como finalidade a aplicação dos resultados para se alcançar o bem
estar do comportamento do organismo.
iii) Psicologia Cognitiva – surgiu nos anos 60 e tem como principais
pesquisadores: Ulric Neisser, Wilelliam Hirst e Elizabeth Spelke. Os cognitivistas
se pronunciavam de modo evidente e reservado nas pesquisas quanto às atividades
mentais, contrários ao movimento behaviorista tradicional. Eles acreditavam que os
psicólogos tinham que entender o que se passava dentro do sujeito diferentemente
da crença da “caixa negra,” considerada pelo behaviorismo como processo de
entrada, através do estímulo dado ao sujeito, e saída, pela resposta do sujeito
quando estimulado. Contudo, a Psicologia cognitiva se apropriaria de alguns pontos
de vista do behaviorismo, da gestalt e do funcionalismo.
Os psicólogos cognitivistas acreditavam
que deveriam estudar os processos mentais,
tais como o pensamento, percepção, memória,
Sa i b a ma i s
atenção, linguagem; priorizavam a apreensão
Qu er apren der u m pou com ais sob re a da aprendizagem como conhecimento em
Psicologia Cogn itiv a? A cesse o artigo paralelo à vida diária do sujeito; consideravam
dispon ív el em h ttp://www.scielo.b r/pdf/ptp/ que o método de introspecção informal era
v27n 1 /a1 3v27n 1 .pdf favorável ao desenvolvimento da intuição;
adotaram o método objetivo para a confirmação
das impressões.
AULA 1 TÓPICO 4 23
AULA 2 Fases do desenvolvimento
humano
Objetivos
TÓPICO 1
bases fisiológicas e psicológicas de
desenvolvimento do bebê
O bjetivo
• Refletir sobre o desenvolvimento humano nos
aspectos físicos e mentais a partir da fase inicial
do desenvolvimento
AULA 2 TÓPICO 1 25
→→ Orientar os educadores a planejar melhor
os programas de aulas quando entendem como
uma criança de certa idade aprende melhor.
Precisamos compreender que as crianças
ate nção! passam por estágios de desenvolvimento,
Vocês dev em ter n otado qu e u tilizam os com aos quais compreendem faixas etárias. Nas
frequ ên cia a palav ra “n orm al” . A palav ra n orm al amplas faixas do desenvolvimento normal,
en v olv e ocon ceitode qu e oin div ídu oé dotadode podemos encontrar uma grande quantidade
característicasaceitáv eissocialm en te, ou seja, oqu e de diferenças individuais, entre elas as
a sociedade con v en cion ou com on orm al, aceitáv el. que dizem respeito ao desenvolvimento
Por ou trolado, n ãodev em os deixar de con siderar fisiológico:
m ais du as v isõ es: a de Freu d, qu e ab orda os
→→ Altura
prob lem as das n eu roses h u m an as e n esse sen tido
→→ Peso
n in gu ém é n orm al; e u m a segu n da ab ordagem
→→ Caminhar
m ais atu al, desen v olv ida por psicopedagogos
→→ Falar
e especialistas da edu cação, qu an do ab ordam →→ Entender várias ideias
a edu cação especial e con sequ en tem en te a
in clu são. Segu n do essa ab ordagem , para efeitos Vamos pensar, então, sobre o
edu cacion ais, todas as crian ças têm capacidade desenvolvimento do bebê?
de apren der, ain da qu e algu m as apresen tem O bebê, em seu processo de
n ecessidades especiais específicas e m etodoló gicas desenvolvimento, passa por constantes
de adaptaçãon a aqu isiçãoda apren dizagem mudanças. Vamos pensar sobre alguns
aspectos relacionados ao modo como se dá esse
processo.
O primeiro desenvolvimento acontece a partir do encéfalo-caudal, ou seja,
no embrião, a cabeça se diferencia em relação à cauda www.latin stock.com .b r
www.latin stock.com .b r
• O desenvolvimento motor e físico acontece de modo mais
rápido na infância;
• A linguagem se desenvolve mais rápido nos primeiros
anos da escolaridade infantil;
• O pensamento lógico e a socialização são mais rápidos
nos anos escolares do ensino fundamental;
• Na adolescência, acontece o desenvolvimento das
funções orgânicas, com o amadurecimento do sistema
reprodutivo.
Agora vamos voltar nossa atenção para alguns modelos da
Figu ra 2 -Pessoas agin do
teorias do desenvolvimento. Elas nos ajudam a entender como
de m odoigu al n oprocesso
podemos controlar nosso próprio destino ou como podemos reagir coercitiv osocial
AULA 2 TÓPICO 1 27
aos estímulos, de modo a nos tornarmos pessoas de natureza ativa ou passiva. As
teorias que abordaremos a seguir são a Mecanicista, a Organísmica e a Psicanalítica.
AULA 2 TÓPICO 1 29
TÓPICO 2
Base teórica do
desenvolvimento psicossexual
O bjetivo
• Aprofundar conhecimento do desenvolvimento humano relativo
às fases do desenvolvimento sexual ou psicossexual
a) Fase Oral
O bebê sente o prazer através da boca. Essa fase compreende duas etapas
do comportamento: o passivo e o ativo. No passivo, o bebê, ainda sem os dentes,
sente prazer em sugar o leite, chupar o dedo. Ao surgir a dentição, o bebê manifesta
o prazer nas primeiras reações agressivas, tais como rasgar, morder.
Personalidade do bebê: na etapa passiva do estágio oral, o bebê apresenta
dependência em relação à mãe. No desenvolvimento do comportamento, o bebê
apresenta uma personalidade de posse e crenças, característica determinada pela
relação com a mãe, pois dela depende sua alimentação no processo da sucção
do leite materno. Na etapa ativa, com o aparecimento da dentição, a criança
desenvolve a fase agressiva, aprende a rasgar e a morder a chupeta, a mamadeira
e outros objetos similares. O desenvolvimento nesta etapa pode marcar para a
ironia, contenda, discussão etc.
b) Fase Anal
O prazer acontece no momento da expulsão ou retenção das fezes. A
Personalidade do bebê: na retenção das fezes, geram, na personalidade do bebê,
características obstinadas à avareza e à compulsão que marcarão para fase adulta.
Na expulsão das fezes, desenvolve um comportamento para a agressividade e a
personalidade pode inclinar para a um ser cruel, destrutivo, desordenado. Em
situações adequadas, quando acompanhado pelos pais, o processo bem conduzido de
excreção das fezes e da higiene pode favorecer a personalidade criativa e produtiva.
c) Fase Fálica
O prazer provém da estimulação genital e de fantasias conexas. (aqui é
preciso compreender o complexo de Édipo). Para Freud, é nesta fase que a criança
vivencia o complexo de Édipo e vê no pai o seu rival, pois a criança deseja a mãe e
AULA 2 TÓPICO 2 31
não quer dividi-la com o pai. Essa fase deixa claro
o comportamento incestuoso familiar. Vencido o
complexo, a criança passa a identificação com o
você sa bi a? pai.
Freu d falou m u ito pou co sob re o Personalidade da criança: acontece a
desen v olv im en to sexu al fem in in o, atrib u in do identificação do menino como o pai e da menina
à m en in a apen as u m a característica de in v eja com a mãe à medida que é vencido o complexo
doó rgã ogen ital m ascu lin o. N a m en in a, oau tor de Édipo. A partir daí, o desenvolvimento das
con siderou oCom plexode Electra. estruturas da personalidade acontece de modo
mais significativo.
As estruturas da personalidade são: Id, Ego e Superego. Esta última favorece
a criança na aceitação de papéis adequados em relação ao sexo e à idade.
O id está presente na criança ao nascer, é a fonte inconsciente dos motivos
e desejos, princípio do prazer; o ego concebe a razão ou bom senso; o superego
incorpora os valores morais da sociedade e contribui com a identificação do genitor
do mesmo sexo.
O id, o ego e o superego são estruturas de construção e formação da
personalidade da criança. Para Freud, o id e o ego estão constantemente em conflito.
O id e o ego compõem um modelo de conflitos na formação da personalidade
durante a infância, com base em proibições referentes à sexualidade. O superego é
um processo secundário e opositor ao processo primário do prazer do id.
Id – processo egocêntrico, primário e alógico, é irracional, infantil, arcaico,
atemporal, impulsivo, incapaz de tolerar demora de satisfação; é conduzido pelo
princípio do prazer, ou seja, tudo é possível e não há limites, o limite é a satisfação
pessoal em detrimento dos outros;
Ego – (pode ser consciente e inconsciente) orientado para a realidade e
para a busca da satisfação das necessidades através de meios aceitáveis, controla
os instintos adiando, inibindo e restringindo-os; há a manifestação do pensamento
lógico; seu interesse tem fins realísticos, portanto ele tem controle e acesso de ideias
conscientes; tolera frustração, porém o ego sendo consciente pode também se tornar
inconsciente produzindo mecanismo de autodefesa.
Superego – (consciente) controlado pela cultura e pelos bons costumes sociais,
é o centro gerador de padrões aceitáveis (pode ser comparado a um avaliador do
próprio comportamento).
e) Fase Genital
Período da adolescência em que ocorrem mudanças físicas e hormonais
provocando a maturidade sexual. Nessa fase, há um reviver do instinto sexual e
dos conflitos anteriores, como na fase oral e na anal. O adolescente, no processo
de desenvolvimento para a vida adulta, faz sua opção sexual. No caso dos
heterossexuais, o prazer acontece com a relação sexual com o indivíduo do sexo
oposto, segundo Freud. A fixação em qualquer outro estágio, durante essa fase,
pode conduzir a traços anormais de personalidade.
Personalidade: o desenvolvimento da personalidade pode levar o
adolescente ao amor por si mesmo (narcisismo), ou o contrário, o jovem pode torna-
se altruísta – o amor é compartilhado com outros. Nessa fase, acontece também a
emancipação nas relações com os pais.
O desenvolvimento sexual acontece paralelamente às etapas do
desenvolvimento cronológico e físico da criança. Segundo Freud, essas fases são
compreendidas em cinco, e cada uma apresenta uma característica da sexualidade:
da criança, do adolescente e do adulto.
Em relação à personalidade, pode tender a uma definição de um comportamento
normal ou anormal. A priori, a personalidade sofre em sua formação conflitos, que são
medidos pelas estruturas do id e do ego, na formação da personalidade de cada sujeito,
e do Superego, moldado pelo pensamento aceitável culturalmente. Assim, essas
estruturas são classificadas como o modo racional ou cognitivo,pelo qual as atitudes
do sujeito vão se modificadndo ao longo do seu desenvolvimento.
No próximo tópico, estudaremos mais sobre essa base teórica, observando a
importância dos instintos sexuais e os mecanismos de defesa do inconsciente.
AULA 2 TÓPICO 2 33
TÓPICO 3
Libido - instinto sexual no processo de
desenvolvimento
O bjetivo
• Compreender como os instintos estão para o
desenvolvimento libidinal no comportamento
do sujeito
F
1.
reud considerou os institutos como uma representação psicológica.
Ele discute os instintos como um conceito animal em sentido restrito
e limitado que leva a uma resposta satisfatória e aponta quatro
propriedades do instinto:
Fonte ou origem (inquietação somática);
2. Objeto interno (redução da excitação);
3. Objeto externo (coisa ou ato que reduz a excitação);
4. Ímpeto (força da pulsão).
Essas propriedades do instinto compreendem o organismo e se manifestam
em momento de excitação. Já as manifestações implicam no comportamento que
experimenta e manifesta a gratificação.
Exemplo: um bebê que chora (ímpeto) com fome (fonte), ao ser alimentado
(objeto externo), reduz a excitação (objeto interno), gerando um comportamento
gratificador. Freud observou que no caso da fome há menos flexibilidade, ou seja,
menos tolerância, quanto ao objeto externo, pois no instinto sexual, este tem relação
com vários objetos como a libido, a agressão, a cathexis e o inconsciente.
A libido é objeto de grande importância para Freud, que a considerou
como excitação sexual ou energia sexual. A libido pode se dar por um processo
do inconsciente, como, por exemplo, o medo que uma criança tem de cair e se
machucar, ou o medo inconsciente da castração.
Para Freud, a libido é caracterizada pelo prazer do ato sexual. Um fato
consiste na função biológica que caracteriza a reprodução em todas as espécies,
AULA 2 TÓPICO 3 35
Na formação reativa, o sujeito apresenta uma manifestação de sentimento
oposto ao que se está sentindo, então reprime. As características desse mecanismo são o
exagero e o extremismo na demonstração. O caso de uma pessoa que odeia outra e pode
se comportar com essa com extrema delicadeza. O que pode soar falso e ser percebido
através das manifestações de exagero.
Na projeção, comportamento paranóico, há uma troca de interpretação da
compreensão de um ato ou sentimento. Por exemplo, uma pessoa que odeia outra inverte
a posição a seu favor afirmando que é perseguida pela pessoa que ela odeia.
Na racionalização, o sujeito se convence de suas explicações em relação a seus
atos falhos, porém não são convincentes aos ouvidos de quem o escuta.
A fixação condiciona o sujeito a um estágio primitivo do desenvolvimento. Por
exemplo, um adulto com atitudes adolescentes ou infantis imaturas, um adolescente com
comportamento infantil etc.
A regressão é a volta do sujeito a um estágio anterior ou primitivo. Um exemplo:
uma criança de 9 ou 10 anos que volta a fazer xixi na cama ou a pedir mamadeira.
No deslocamento, como o próprio nome sugere, há um deslocamento de
sentimento. O sujeito reprime uma frustração de um ponto original para outra situação.
Por exemplo, o filho que apanha da mãe antes de sair para a escola; na escola essa criança
pode apresentar agressividade com a professora ou colegas
Por fim, a sublimação é um dos melhores
mecanismos de defesa, pois sua finalidade
é construtiva e aceitável socialmente: a
Sa i b a ma i s
agressividade é canalizada para um bem comum
Para Freu d, as pessoas apresen tam n as relaçõ es
ou bem-estar pessoal e social. Por exemplo, um
pessoais esses m ecan ism os m edian te seu s
indivíduo, diante de uma situação humilhante
con flitos in tern os. Você gostaria de sab er qu al
causada por uma terceira pessoa, consegue
a su a idade m en tal? Con su lte o lin k : http://
reverter a cena buscando explicações plausíveis
www.qu izpop.com .b r/qu iz/1 1 65-descu b ra-
para entender a atitude e desculpar o modo como
qu al-e-a-su a-idade-mental.htm .
a pessoa a abordou, ou seja, sempre em busca da
própria paz interior. Atitudes como essas podem
ser dadas pelo professor em momento de estresse
do aluno. E vice-versa.
Antes de concluirmos nossos estudos deste tópico, vamos comentar sobre
uma nova teoria da Psicanálise, a Neopsicanálise. Um dos autores dessa nova visão
da psicanálise é Anna Freud (1965), filha de Freud. Outros teóricos, como White
(1960); Hartmann (1958); Kris (1951); Rappaport (1951); Löwenstein (1953); Spitz
(1965), conhecidos como psicólogos do ego, buscaram investigar a estrutura da
AULA 2 TÓPICO 3 37
TÓPICO 4
Base teórica do
desenvolvimento psicossocial
O bjetivo
• Estudar o desenvolvimento humano numa
visão social segundo o conhecimento de
produção científica de Erik Erikson
AULA 2 TÓPICO 4 39
Até aqui podemos considerar que a teoria do desenvolvimento psicossocial de
Erik Erikson compreendeu bases sólidas no campo do conhecimento humano frente
aos conflitos sociais. O diferencial dessa teoria consiste na observação significativa
dos conflitos nas diversas fases do desenvolvimento e na interpretação feita pelo
sujeito em formação frente às relações interpessoais. São nessas relações que o
sujeito pode modelar suas atitudes comportamentais frente a própria formação da
personalidade.
A Neopsicanálise consiste, portanto, em observar que na Psicologia nada está
pronto e acabado, mas que, a partir do que já se produziu como ciência, ainda é
possível conferir outros atributos aos estudos da formação do sujeito, por ser este
um ser subjetivo.
Objetivos
AULA 3 41
TÓPICO 1
Teoria da aprendizagem behaviorista
O bjetivo
• Conhecer e aprofundar as concepções
behavioristas de aprendizagem
http://upload.wikimedia.org
Clássico e o Operante.
O primeiro a apresentar a teoria do condicionamento foi
Ivan Petrovich Pavlov (1849-1936). Estudioso da Psicologia,
de formação filosófica e médica, Pavlov destacou-se no campo
do fenômeno de aprendizagem por sua teoria denominada de
Condicionamento, conhecida como Condicionamento Clássico
ou por contiguidade, SS, ou respondente, e ou ainda pavloviano.
AULA 3 TÓPICO 1 43
Como aplicar essa teoria ao processo da aprendizagem da criança?
É possível percebê-la na aplicação escolar. Um bom exemplo são os primeiros
anos escolares quando a criança começa a frequentar o espaço educacional. Na
primeira semana, a criança é estimulada por ações, atitudes e objetos que a ajudam a
emitir uma resposta de adaptação ao novo ambiente.
Por exemplo: a criança chora a ausência da mãe e logo entra em ação o estímulo
neutro, o carinho da professora, os brinquedos, que condicionarão a resposta da
criança.
Quando a criança inicia período de adaptação escolar, a professora começa,
então, um processo de rotina na sala de aula, as atividades desenvolvidas, que pode
seguir essa ordem:acolhimento, momento da história, atividades lúdicas. Então, a
professora prepara as crianças para a higienização antes do lanche. Posteriormente,
elas seguem para o momento de recreação. Na volta do recreio, há momento do relax,
depois mais uma atividade e finalização dos trabalhos preparando as crianças para o
retorno da mãe.
Essas atividades no início do pré-escolar são rotineiras e são caracterizadas
como processo condicionador. As respostas que as crianças dão nas atividades
propostas são condicionadas. No momento em que a criança percebe a presença da
mãe, apresenta a resposta de alegria, resposta incondicionada. Há nesse processo
resposta condicionada e incondicionada da criança.
Também, no âmbito escolar, existem situações em que o papel da educação
condiciona o aluno quanto à resposta. Vocês devem conhecer escola que estabelece
premiações para o melhor aluno do ano, da classe, e outras situações pelas quais a
escola deseja receber a resposta programada.
Vamos agora sistematizar para compreender melhor o conceito de estímulo e
resposta programada:
i) Estímulo condicionado: objeto neutro que provoca uma resposta
condicionada pelo sujeito;
ii) Estímulo incondicionado: causa uma resposta reflexa ou automática no
sujeito, caracterizada de resposta incondicionada;
iii) Resposta condicionada: é análoga à resposta incondicionada, aprendida
pela apresentação concomitante do estímulo neutro e incondicionado;
iv) Resposta incondicionada, ou resposta reflexa, não aprendida: ocorre
sempre que o estímulo incondicionado é apresentado;
v) Respostas reflexas: também podem ser condicionadas, tais como: situações
de medo, choque, condições aversivas em determinadas situações mediante a
apresentação de um estímulo condicionado.
http://upload.wikimedia.org/
de imediato, mas ela é emitida após um certo intervalo de tempo.
Vamos aprender agora um pouco sobre um outro tipo de
aprendizagem por condicionamento, o condicionamento operante
ou skinneriano.
AULA 3 TÓPICO 1 45
O Condicionamento Operante é também conhecido, condicionamento
skinneriano, ou instrumental ou por reforço - SR. (conexão fortalecida entre estímulo
resposta). Skinner postulou que a resposta do sujeito não é dada a partir de um
estímulo identificado, ou seja, de um objeto incondicionado ou condicionante, como
no caso do Condicionamento Clássico de Pavlov, mas a partir do próprio sujeito, ou
do organismo, por isso é chamado de reforço, pois fortalece a conexão ou o resultado
de um comportamento próprio do sujeito.
A resposta do sujeito é o instrumento para a obtenção do reforço. Skinner se
apropriou em suas pesquisas das descobertas sobre o comportamento animal. Para
tanto, ele desenvolveu um tipo de experimento que denominou a Caixa de Skinner.
Esta caixa tem o modelo de uma gaiola e foi composta de uma barra, pela
qual seria dispensado o alimento. Na gaiola, foi colocado um rato, para que fosse
observada uma série de comportamentos. Esses comportamentos foram denominados
por ele de Operante, pois as reações espontâneas se sucederam do organismo sem
que precisasse ser condicionado a uma resposta acidental.
Para que possamos entender melhor o experimento de Skinner, vamos
pensar no seguinte exemplo: na gaiola, havia uma barra que, à medida que o rato a
pressionava, dispensaria uma bolinha de alimento. Antes de tocar na barra, o rato
emitiu várias respostas. Skinner considerou as ações do rato na gaiola como respostas
espontâneas. No momento em que o rato tocou na barra, e que foi dispensado o
alimento, Skinner observou que o rato repetia a resposta e chamou de resposta
acidental.
Esse experimento fez o diferencial entre um condicionamento clássico e
um operante: o primeiro consiste no fato de o estímulo vir primeiro e só depois
a resposta programada; no condicionamento operante, o organismo apresenta um
maior número de respostas espontâneas até que o estímulo específico apareça. Desse
modo, a conexão do reforço será fortalecida pela resposta.
Compreendendo melhor reforço e estímulo, podemos dizer que qualquer
situação ambiental em que se segue a emissão de uma resposta, essa aumenta a
probabilidade de ocorrência dos organismos envolvidos.
A teoria de condicionamento de Skinner contribui para que possamos
entender de onde e como provém um comportamento humano, quais os focos que
são pertinentes à forma de entender determinadas ações e atitudes do sujeito.
Você já deve ter se perguntado: Como uma criança ou um adolescente conhece
um determinado assunto? Para melhor entender, vamos observar algumas variáveis
que têm relevância no aumento ou diminuição de um comportamento operante no
AULA 3 TÓPICO 1 47
h. Discriminação: a resposta será sempre
diferente dos diferentes estímulos, podendo
ser reforçado um estímulo e outro não. Por
exemplo, a criança será elogiada em casa por
você sa b i a? não ter apanhado do colega na escola, ou
Para sab er m ais sob re o tem a ab ordado n este
melhor, por ela ter batido no colega da escola,
porém se ela repetir essa resposta espontânea
tó pico, con su lte o site h ttp://www.prac.
e bater no pai, o pai a reprovará pela ação e ela
u fpb .b r/an ais/IXEn ex/in iciacao/docu m en tos/
internalizará que sua atitude não foi correta
an ais/4.ED U CA CA O/4CCHL A D PM T03.pdf
em relação ao pai.
Compreendemos até aqui que as
concepções de aprendizagem na teoria
behaviorista se dão por condicionamentos. Esses fenômenos de estímulos e respostas
podem ser incondicionados e condicionados, de modo que se pode obter uma resposta
programada por meio de um estímulo condicionado. Uma outra concepção dessa
teoria é abordada por Skinner sobre o condicionamento operante, ou skinneriano,
por meio do qual o organismo emite uma série de respostas espontâneas, que se
seguirá a teoria do reforço positivo ou negativo.
http://upload.wikimedia.org/
baseadas no condicionamento behaviorista de Pavlov e
Skinner. Neste tópico, aprenderemos um pouco mais
sobre uma concepção da Psicologia alemã, a Gestalt.
Ao estudarmos o movimento da Gestalt na segunda aula,
observamos que seus fundadores foram Kurt Koffka (1886-1941),
Wolfgang Köhler (1887-1967) e Kurt Lewin (1890-1947), porém o
pioneiro foi Max Wertheimer (1880-1943). Vamos entender o porquê.
Max Wertheimer, autor do movimento aparente, considerou a
Figu ra 3 -M ax
percepção como objeto inicial de aprendizagem racional. Para ele, a Wertheimer
percepção perpassa por inúmeras atividades cognitivas. A pessoa em
atividade perceptiva pode decidir o foco de sua atenção e atentar para o que deseja
atender, como, por exemplo, no processo de leitura, em que pode dirigir seu olhar
para os símbolos sem atribuir significados ou concentrar-se em uma letra isolada ou
ainda em extrair ideias significativas.
A forma de percepção do indivíduo pode, portanto, conduzi-lo ao modo
como ele vai determinar o foco de sua atenção. Por exemplo, em uma sala de aula,
o sujeito pode centrar-se em um ruído, qualquer seja ele, de ordem interna ou
externa, assim poderá estar concentrado no ruído e não na aula.
Observe que, num processo de atenção, o sujeito terá mais facilidade
no sentido de encontrar as informações que procura e associá-las às próprias
AULA 3 TÓPICO 2 49
experiências anteriores, ou lembrá-las mais tarde. Da mesma forma, a consciência
também influencia a percepção. Assim, se o indivíduo estiver feliz, tudo pode lhe
parecer maravilhoso; ao contrário, se estiver triste, a vida lhe parecerá monótona e
obscura. Como vemos, o estado da consciência conduz o processo perceptivo.
De modo geral, existe apenas uma interpretação razoável dos dados sensoriais;
a “busca” da hipótese perceptiva correta, rápida e automática fica abaixo do nível
da consciência. Vamos entender como isso acontece. Imaginemos a cena a seguir.
Imagine! Você está trafegando por uma estrada. De longe, você verifica algo
parado no meio da estrada, percebe e logo levanta uma primeira hipótese: você
pensa que se trata de um animal caído na estrada. À medida que vai se aproximado,
você vai acumulando cada vez mais informação; sua hipótese muda, então você
pensa: pode ser um outro objeto, um saco jogado ao longo da estrada. Assim, à
medida que se aproxima do objeto, sua hipótese pode mudar várias vezes antes de
saber o que está vendo realmente.
Os testes de hipótese de percepção se tornam claros na medida em que se
observa ou presta atenção em representações gráficas e ambíguas. O modo de
conhecer do sujeito, o modo subjetivo, interativo e reconstrutivo possibilita,
portanto, uma aprendizagem do mundo objetivo. Desse modo, o movimento
aparente ocorre quando as pessoas interpretam dados sensoriais ou experiências
subjetivas. A ênfase na aprendizagem recai sobre o modo livre de perceber e sobre
a possibilidade de variar as hipóteses na tentativa de resolver os problemas através
do pensamento racional.
Para Wertheimer, a investigação do movimento aparente possibilitava ao
sujeito pesquisar e relatar o que via (método de introspecção informal). Ele estudou
as experiências subjetivas conscientes dos indivíduos e os encorajava ao uso do
método objetivo.
Vejamos como isso funciona na prática. Observem, a seguir, uma reprodução de
uma litografia do artista Escher, que costumava brincar com as formas através da visão
ótica. A observação dos quadros de Escher nos ajudará a compreender o posicionamento
de Max Wertheimer. É possível compreender o todo, embora cada parte separada
na litografia caracterize uma representação tridimensional perfeitamente aceitável.
É impossível juntar todos os pedaços para formar um todo coerente. Baseado nessa
constatação, Wertheimer afirmava que “o todo é diferente das partes.”
Portanto, para Wertheimer, o processo perceptivo e intelectual demonstra que
o sujeito aprende por processos subjetivos de inferência hipotéticos os quais podem
http://upload.wikimedia.org
ou mundo objetivo, de modo que pode ajudar o sujeito
a superar ilusões perceptivas por meio das percepções
verídicas.
Para os gestaltistas, o conhecimento se dá pela razão
inata e é anterior às experiências, pressuposto confirmado
pela concepção de aprendizagem behaviorista segundo
a qual a experiência vem primeiro. Para a Gestalt, a
aprendizagem é um processo de insight, momento de luz
(assim como a descoberta de Thomas Edson, que inventou Figu ra 4 -L itografia de Esch er
a lâmpada); pois resulta do modelo pensado pelo sujeito e não através de estímulos
e respostas condicionadas, como defendia o modelo behaviorista. Para a Gestalt, os
educadores devem favorecer o surgimento das estruturas inatas do sujeito e promover
uma educação significativa para os educandos.
O educador precisa se questionar em sua formação e na práxis de suas
atividades educacionais quanto ao processo de ensino e aprendizagem de seus
educandos, de modo a favorecer uma aprendizagem significativa. Para tanto, ele
pode partir das percepções subjetivas dos seus alunos, quer no campo intelectual,
quer no campo emocional, levando-os, de modo racional e consciente, a decidir
sobre a própria forma de aprender.
AULA 3 TÓPICO 2 51
TÓPICO 3
Teoria interacionista do desenvolvimento
e aprendizagem de Piaget
O bjetivo
• Compreender as estruturas cognitivas e a
maturação do desenvolvimento intelectual no
sujeito cognoscitivo.
AULA 3 TÓPICO 3 53
Acomodação é o processo compreendido como mudança ou modificações
de esquemas, que, à medida que são assimiladas, dão lugar a novas experiências
ou nova aprendizagem. Para Piaget, a acomodação é o ápice da mudança do
desenvolvimento. É através da acomodação que a criança e o adolescente adquirem
novas habilidades e desenvolvem novas estratégias.
Equilíbrio compreende o aspecto de adaptação. Para Piaget, a criança no
processo da aprendizagem, está sempre buscando o equilíbrio a fim de chegar
ao conhecimento do mundo. Nos relatos de Bee (2003, p.196), a autora se refere
à criança como “um pequeno cientista”, pois já é capaz de assimilar uma teoria
existente de modo a experimentar dados e desconsiderar outros, modificar, fazer
anotações e corrigir suas suposições na tentativa de encontrar uma nova teoria,
numa busca constante pela resposta coerente.
AULA 3 TÓPICO 3 55
Irreversibilidade: legitima as dificuldades da criança com os problemas
de conservação de massa. A criança nessa fase não consegue compreender os
problemas: lógico-matemáticos, como 1+ 1 = 2, o inverso 1 = 2 -1 que é = 1. O
conceito de reversibilidade não altera quando se muda a forma.
Raciocínio transdutivo: a criança não interpreta os fatos partindo do
particular para o particular. Sua lógica conclusiva é incorreta, pois parte de uma
observação particular e generaliza como uma ação comum a todos. Por exemplo,
a criança vê alguém comendo algo fazendo gestos enjoativos, logo conclui que o
mesmo alimento causará a mesma reação a todas as pessoas.
Estágio de operações concretas: neste estágio a criança já internaliza e faz
suas organizações assimilativas; a estrutura do desenvolvimento cognitivo já está mais
elaborada; a atividade intelectual faz uma lógica dedutiva, compreende o processo
de reversibilidade, entende que as operações mentais e as ações físicas podem ser
revertidas, ou seja, podem assumir uma outra forma conservando os resultados.
iii) Estágio de operações concretas: a criança consegue de modo seguro
compreender o modo abstrato e tem melhor compreensão sobre composição, associação
ou associatividade, identidade, reversibilidade, pois, nessa fase do desenvolvimento,
já consegue fazer agrupamento de ideias, objetos, palavras e conhecimentos diversos.
Vamos às definições sobre composição, associatividade, identidade e reversibilidade.
a. Composição: a criança consegue combinar resultados por meio de operação
e elemento de conjuntos, como, por exemplo, adicionar um número inteiro
a outro número inteiro e saber que dará outro número inteiro;
b. Associatividade: a criança combina um resulto de um elemento C em
um elemento B que leva a um mesmo resultado; por exemplo: 4 + (9+ 5)
= (4+9) + 5;
c. Identidade: a criança identifica o elemento único de um conjunto,
que, combinado com qualquer outro elemento do grupo, não se
altera, por exemplo: 0 + 6 = 6, 0 + 5 = 5;
d. Reversibilidade: diz respeito ao processo de operações mentais que
são revertidas, ou seja, para cada elemento do grupo há o elemento
inverso, que, quando combinado, aparece o elemento identidade, por
exemplo: 4 + ( - 4) = 0 ou 0 + (-9) = 0.
Nesse estágio, a criança desenvolve e amplia uma série de regras e estratégias de
modo que ela passa a examinar o mundo e a interagir, conseguindo, assim, construir
um pensamento lógico-matemático mais elaborado. Observem que, mesmo frente a esse
desenvolvimento mais elaborado, sua aprendizagem ainda depende do concreto, ou seja,
necessita de interagir com o conhecimento a partir de atividades práticas e concretas.
AULA 3 TÓPICO 3 57
TÓPICO 4
Teoria da aprendizagem cognitiva de
Ausubel
O bjetivo
• Compreender o desenvolvimento cognitivo a
partir da teoria de Ausubel
AULA 3 TÓPICO 4 59
TÓPICO 5
Desenvolvimento do pensamento e
processos mentais superiores
por Vygotsky
O bjetivo
• Conhecer os níveis de aprendizagem da criança
a partir da teoria de Vygotsky
AULA 3 TÓPICO 5 61
quis dizer sobre o desenvolvimento da aprendizagem da criança. Para ele, antes de
se mensurar o nível intelectual cognitivo da criança, é preciso considerar a cultura
a qual ela está inserida ou o ambiente social e ainda o fator psicológico.
Vygotsky considerou que as crianças possuem em seus discursos níveis
potenciais de desenvolvimento que correspondem ao funcionamento intermental
e intramental agindo simultaneamente. Esses níveis potenciais são caracterizados
de zonas de desenvolvimento. Vamos compreender melhor esse nível: Zona de
Desenvolvimento Proximal (ZDP).
A ZDP compreende o nível mental da criança naquilo que a criança é capaz de
fazer com ajuda de um adulto, de um colega, ou de um grupo. Dito de outra maneira,
é a distância entre o nível de desenvolvimento real e o nível de desenvolvimento
potencial. Verifique melhor esses níveis esquematizados abaixo:
AULA 3 TÓPICO 5 63
AULA 4
Teoria do desenvolvimento e
da aprendizagem: psicologia
humanística e psicogenética
Objetivos
AULA 4 TÓPICO 1 65
1.1 TEORIAS DA APRENDIZAGEM NO PROCESSO EDUCACIONAL
a. Teoria do Condicionamento de Pavlov e Skinner: para que ocorra
uma aprendizagem, é necessário que haja mudanças de comportamento
em uma pessoa; faz-se necessário uma atividade de condicionamento,
ou seja, uma atividade que corresponde a uma situação de estímulos,
de respostas e de reforços. Os métodos educativos compreendem
atividades de repetição; de estímulo, que deve ser desejado pela criança
ou adolescente, quando emitido pelos professores ou os pais na intenção
de obterem da criança ou do adolescente o comportamento esperado.
b. Teoria da Gestalt: para os gestaltistas, o processo principal de
aprendizagem se dá por insight. E afirmam que, para a aprendizagem, o
processo principal no sujeito é a experiência e a percepção, pois, quando
o sujeito inicia uma atividade na aquisição do conhecimento, ele se
prepara para uma série conjunta de ação, habilidades e expectativas, de
modo particular o que compreende diferentes formas de percepção de um
indivíduo em comparação com outro indivíduo. Assim o sucesso de uma
aprendizagem vai depender das experiências anteriores de cada sujeito.
c. Teoria de Campo derivada Gestalt: foi formulada por Kurt Lewin,
que acreditava que a aprendizagem trata de forças do ambiente social de
modo que alguns indivíduos reagem aos estímulos do meio ambiente e
outros podem não reagir a tais influências do meio, o que vai depender
do grau da necessidade do sujeito, das atitudes, do sentimento e da
expectativa interna de cada um.
d. Teoria Cognitiva: no campo educacional, foi organizada por John Dewey
e posteriormente por Jerone Bruner. Para esta teoria, a aprendizagem é
constituída por meio de solução dos problemas vivenciados pelo sujeito
no dia-a-dia, que se ajusta ao meio, de modo que a escola deve proceder
da mesma forma, desenvolver nos alunos, através do pensamento, a
capacidade para resolver problemas pertinentes a sua situação social.
A Teoria Cognitiva, em seu ensino, deve aproximar o aluno de sua
realidade, a fim de que ele aprenda a refletir e a praticar a partir da
própria realidade. O professor não deve depender somente dos livros,
mas estimular as crianças a encontrar suas próprias respostas; ajudar o
aluno a raciocinar sobre os problemas e não a memorizar; desenvolver
o potencial científico do aluno; ensinar a trabalhar em grupo e a
desenvolver o potencial criativo; formar o espírito de liderança, que o
capacita a independência em relação ao professor.
e. Teorias fenomenológicas da personalidade: o ápice dessa teoria
é considerar que a aprendizagem seja significativa para o aluno, pois
um conteúdo fora da realidade, segundo Piletti (1991, p.58), exige dez
vezes mais esforço para ser aprendido que o material com sentido e
é esquecido muito mais depressa. A escola deve proporcionar uma
AULA 4 TÓPICO 1 67
A criança, nos anos iniciais, torna-se consciente e atribui a si mesma traços
específicos em situações de raiva e em momentos de expansão de energia (valores
de autodescrição). A criança percebe a situação de raiva como negativa e a expansão
de energia como positiva. Assim, as experiências internalizadas pela criança como
conflitantes tendem a ser evitadas pela consciência em processo de sua formação.
Para Rogers, a infância é um momento crucial no desenvolvimento da
personalidade, pois os efeitos dos primeiros relacionamentos sociais são determinantes
para a formação da criança. Rogers afirma que todos nós precisamos de considerações
positivas, calor humano, aceitação do outros. A criança, porém, percebe que, para
obter esses favores parentais, necessários a sua satisfação pessoal, é preciso, em
muitos momentos, distorcer, ou negar suas próprias percepções, emoções, sensações
e pensamentos, o que pode conduzi-la a problemas na vida adulta.
Rogers afirma que as pessoas são impelidas ao processo de autorrealização e
motivadas ao desenvolvimento de suas potencialidades conforme as necessidades
humanas estudadas por Maslow, já introduzidas no final do item anterior. O
desenvolvimento do potencial de uma pessoa solicita autocompreensão e uma vida
satisfatória, portanto o fato de negar ou distorcer sua autoimagem produz sentimentos
de ameaças constantes gerados pelas experiências conflitantes dos sujeitos.
Os indivíduos desajustados constroem defesas rígidas e não realistas, pois
não compreendem o próprio potencial inato e se afastam de novas experiências.
Os indivíduos ajustados, por sua vez, apresentam autoconteito realista que inclui
suas próprias características; são conscientes da própria realidade e abertos a novas
experiências. Rogers observa que a hereditariedade e o meio ambiente são fatores
que limitam a personalidade da criança.
AULA 4 TÓPICO 1 69
Teoria psicogenética do
TÓPICO 2
desenvolvimento e a aprendizagem
segundo Henri Wallon
O bjetivo
• Estudar a teoria psicogenética do
desenvolvimento humano emocional e motor
na construção das atividades intelectuais
N
http://pt.wikipedia.org
www.latin stock.com .b r
adolescência passa pelas seguintes etapas:
a. Estágio impulsivo emocional (0-1ano): o
bebê tem como objetivo atrair a atenção
dos adultos por meio de gestos e sons.
Esse comportamento inicial é traduzido
como sinônimo de sobrevivência, podendo
ser considerado de descarga motora
quando caracterizada por situações que
correspondem a gritos e choro. Etapa Figu ra 2 -A m ã e e a crian ça –
desen v olv im en toafetiv oe m otor
Emocional: Wallon considera que o primeiro
desenvolvimento da criança acontece no
mundo humano, e só então ela é concebida no mundo físico, ou seja,
a criança primeiramente desenvolve no ventre materno. Segundo
Dourado e Prandini (on-line), durante o desenvolvimento, a simbiose
respiratória do feto se transforma em simbiose alimentar no recém-
nascido e, por volta dos três meses, em simbiose afetiva, característica
específica da espécie humana. E posteriormente no mundo físico,
caracterizado pelo ambiente familiar, cultural e social.
b. Estágio sensitivo motor e projetivo (1-3 anos): etapa em que a criança
AULA 4 TÓPICO 2 71
começa a se diferenciar da própria existência em relação à existência do
outro; a criança está primeiramente ligada à mãe. É neste estágio que
ela começa a identificar o tio, irmãos, ou seja, os parentes próximos e
os demais indivíduos. Neste período, os jogos e as ações humanas são
internalizados pela criança e fazem com que ela compreenda seu
estado de dependência em relação ao outro. O processo de aquisição da
linguagem permite que ela identifique objetos e pessoas. É uma etapa em
que a criança constrói o eu corporal; suas ações são projetadas através das
atividades motoras. Etapa Projetiva: caracterizada pelo momento em que
a criança desenvolve a linguagem e é capaz de diferenciar símbolos, dar
início ao processo das atividades mentais pela construção da realidade e
do seu próprio eu.
c. Personalismo (3-6 anos): a criança busca o conhecimento a partir de
si mesma, suas construções são subjetivas; consegue assimilar a si
mesma e a diferenciar-se do outro e tende a imitação; sua linguagem
é favorecida pela expressão do eu, do “meu” e do “não”, o que
caracteriza um pensamento egocêntrico, segundo a teoria piagetiana.
d. Categorial (6-11 anos): a criança passa a se relacionar como o mundo
físico de modo mais realista, utiliza-se das atividades de pesquisa e
investigação do meio. Como o pensamento cognitivo é mais elaborado
nessa fase, a criança consegue fazer raciocínios lógicos, melhorando
o desenvolvimento mental pelo pensamento abstrato, ou que envolve
atividade mental de agrupamento e seriação de classes.
e. Puberdade e Adolescência (a partir dos 11 ou 12 anos): processo de
introspecção de si mesmo, fase da busca da identidade, da autonomia; o
adolescente passa a se congregar em grupos que têm significados consigo
mesmo e se mostra contrário aos valores dos adultos com os quais convivem.
AULA 4 TÓPICO 2 73
TÓPICO 3
Aprendizagem Escolar segundo
Wallon
O bjetivo
• Estudar as ideias de Wallon sobre o processo
educacional
www.latin stock.com .b r
motores, cognição e a própria pessoa. Wallon, em sua
psicologia sobre a criança, direcionou seu estudo para o
conhecimento psíquico como problema concreto, o que lhe
permitiu fazer uma ligação com os problemas na educação.
Observou que a escola é o local típico da infância.
A Revista Enfance fez várias considerações sobre
educação e considerou como um dos seus expoentes Figu ra 3 -A crian ça e a escola
Decroly e a Escola Nova. Os pontos que unem Wallon
e Decroly compreendem a proposta pedagógica humanista, um dos pontos de
convergência é que a escola deve ver a criança como um ser total ativo e social.
A educação deveria ter como objetivo primeiro as necessidades psicológicas
das crianças bem como as necessidades da sociedade, pois a cultura seria a prioridade
educacional na formação do sujeito. É ela que dá condições necessárias de evolução
e desenvolvimento do homem genérico que compreende a totalidade do ser nas
situações do desenvolvimento corporal, estético, moral e intelectual.
A proposta do projeto Langevin-Wallon (proposta pedagógica de Wallon
para as escolas francesas) visava o desenvolvimento do homem em sua totalidade,
partindo da formação educacional através da cultura, dos valores éticos e morais, na
formação total do homem. Tendo como objetivo alcançar uma formação sólida para
as aptidões dos educandos, para a autonomia e cidadania, para o direito de igualdade
fundamentada em princípios de justiça, igualdade e respeito, o projeto foi elaborado
de modo que contemplou as faixas etárias do desenvolvimento infantil.
Para Wallon, o processo educacional poderia fazer o diferencial entre as
crianças de 3 aos 11 anos, etapa do desenvolvimento que considerou favorável à
formação educacional para ajudar na formação da criança nos aspectos corporais,
estéticos, intelectuais e morais. Na idade de 11 a 15 anos, os professores devem
ajudar os adolescentes a desenvolver novas habilidades intelectuais e a reconhecer
suas dificuldades e preferências. Quando na adolescência, o curso superior deve
ajudá-lo na formação profissional e na pesquisa científica.
Wallon afirma que a criança de sete anos possui sentimentos de exclusão e
rivalidade. O papel do professor nesse processo seria o de propor atividades coletivas
e de solidariedade. Já na adolescência, o professor deve trabalhar os valores morais
e sociais. Outro aspecto apresentado por Wallon ao processo didático pedagógico
AULA 4 TÓPICO 3 75
seria o de auxiliar o adolescente na fase de conflitos, buscando conhecê-lo em suas
aptidões e planejando com ele o seu futuro através de projetos bem definidos.
A escola, para Wallon, é sinônimo de desenvolvimento infantil, o que a
caracteriza como espaço de adequação infantil. Assim, a escola precisa contemplar
em sua proposta pedagógica as necessidades da criança e do adolescente, de modo
que a elaboração de seus projetos seja bem definida visando o desenvolvimento
integral do sujeito completo. Deve contemplar, ainda, as etapas de desenvolvimento,
a construção de valores culturais e morais no processo de integração e da participação
coletiva nas atividades de trabalhos em grupos para uma melhor contribuição no
processo das necessidades da sociedade.
Caros alunos,
Objetivos
AULA 5 77
TÓPICO 1
Linguagem
O bjetivo
• Conhecer os posicionamentos teóricos
sobre o desenvolvimento e a aquisição da
linguagem
AULA 5 TÓPICO 1 79
Bee (2003), valendo-se de um estudo de Anne Fernald, afirma que bebês
de cinco meses sorriem mais quando ouvem gravações de adultos falando em tom
aprovador do que quando em tom proibitivo. Um fato curioso é que não importava
a língua, ou seja, se estrangeira ou de nacionalidade do bebê, esse respondia as sons
positivos.
Vamos demonstrar, através do quadro abaixo, o processo de desenvolvimento
da linguagem no bebê.
AULA 5 TÓPICO 1 81
A linguagem pode exercer controle na relação social no sentido de obedecer
ou não obedecer a uma ordem. Estabelecer relação entre o pensamento e a linguagem
para alguns teóricos da linguagem reflete a capacidade cognitiva das crianças.
Para Piaget, a linguagem não é necessária ao desenvolvimento cognitivo; para
Whof, a linguagem afeta o pensamento, ou seja, ela pode ser um reflexo de uma
percepção cultural e do pensamento individual; para Vygotsky, o desenvolvimento
intelectual depende tanto da fala interna como da fala social, ou seja, a fala é privada
e tem origem na fala social.
Portanto, ao considerar o posicionamento teórico da aprendizagem e o
posicionamento psicolinguístico sobre o desenvolvimento da linguagem, podemos
aferir que o período propício de aquisição da língua acontece na fase do bebê e vai
até aproximadamente entre doze ou treze anos e que o desenvolvimento depende
de alguns fatores sociais , estruturais e maturação cronológica.
O bjetivo
• Conhecer as teorias sobre a inteligência e o
processo de armazenamento de informações da
memória
2.1 INTELIGÊNCIA
A inteligência é objeto de estudo da Psicologia. Muitos psicólogos e cientistas
desenvolveram estudos sobre a inteligência. O primeiro deles foi Spearman (1863-
1945), conforme cita com Davidoff (1983). Spearman conceituou a inteligência como
uma capacidade geral e única de qualidade geral e periférica específica. Thurstone
(1887-1955), ampliando a definição de Spearman, conceituou a inteligência como
AULA 5 TÓPICO 2 83
“capacidades separadas”, denominadas de habilidades do sujeito, compreendidas
em sete capacidades classificadas como: capacidade de somar, subtrair, multiplicar
e dividir; escrever e falar; compreender ideias por meio da leitura; ater impressões;
resolver problemas lógicos; diferenciar tamanhos, formas; e identificar objetos de
modo preciso.
Posteriormente, vieram os testes de inteligência. O primeiro a pensar em
testes de mensuração da inteligência foi Francis Galton. O objetivo a principio foi
verificar se os deficientes mentais poderiam ter déficits de acuidades sensoriais. Na
mesma linha de Galton, Alfred Binet e sua equipe de cientistas, acrescentaram as
habilidades sensórias e motoras, porém chegaram à conclusão de que as informações
obtidas com os testes não davam as informações que desejavam.
Binet (1857-1911) e sua comunidade científica começaram a avaliar o fator
cognitivo de todas as crianças. Verificaram atenção, memória, julgamento, estética,
comportamento moral, pensamento lógico e linguístico em crianças normais e
“retardadas”. Esse trabalho de Binet fez surgir as escolas especiais para crianças
com diferenças de idade mental e idade cronológica. Os testes de QI (Coeficiente
de Inteligência) procuravam comparar níveis de inteligência entre crianças com
idades diferentes e com crianças de mesma idade, para medir e comparar o nível de
inteligência das crianças brilhantes.
Os testes regulavam o nível de idade
sa i ba ma i s mental da criança. Por exemplo, se uma criança
de 10 anos obtivesse um resultado 7 nos testes,
Para Gardn er, as escolas dev em trab alh ar n o era classificada com a idade mental de 7 anos.
in tu ito de aten der às n ecessidades da crian ça Os testes de Binet foram modificados na
n ograu de su as poten cialidades de in teligên cia.
psicologia americana e a eles foi acrescentada a
Portan to, o edu cador dev e estar aten to para as
mensuração de inteligência da seguinte forma:
diferen tes ativ idades produ tiv as m an ifestadas
o resultado da idade mental (IM), dividida
pela crian ça em su as ativ idades escolares.
pela idade cronológica (IC), multiplicado por
100 correspondia ao nível mental obtido pelo
número de respostas certas. A fórmula passou
a ser IM: IC x 100.
Atualmente, os testes ainda existem na Psicologia, porém sofreram algumas
alterações e funcionam em sentido prático, a partir de outros posicionamentos feitos
por cientistas da Psicologia. Podemos citar algumas contribuições relevantesfeitas
por Jean Piaget, Vygotsky, Gardner e outros.
AULA 5 TÓPICO 2 85
2.2 MEMÓRIA
Memória é a função cerebral que proporciona o armazenamento de
aprendizagem, experiências, lembranças, saberes. A memória é classificada em
duas: Memória a Curto Prazo (MCP) e Memória a Longo Prazo (MLP). A MCP
retém informações em um tempo determinado entre segundos ou minutos, após
esse período é descartada a informação. Esse tipo de memória é responsável por
determinar e selecionar a utilidade da informação. Caso seja útil, a informação
passa para um processo de armazenamento ou arquivo, onde o campo de arquivo
compreende a Memória a Longo Prazo.
É na MLP que as informações apreendidas são retidas e guardadas ou
armazenadas. Vejamos um exemplo de funcionamento do armazenamento.
Você só consegue se lembrar daquilo que você quer lembrar, ou o que
realmente tem significado em grau de importante. Aprendemos com mais facilidade
o que tem maior significado. A aprendizagem é melhor quando agrupada ou quando
se associa a informação nova ao que já se sabe.
Observe os agrupamentos a seguir e verifique o que é mais fácil memorizar.
• Lista 1 – PNT, NRB, TXA, BYS, HYR
• Lista 2 – LTR, WTI, PSB, KST, CNY
• Lista 3 – MEU, MIM, PAI, CAI, VIU
• Lista 4 – MAO, BAÚ, BEM, SOL, MEL
Para a memória, é mais fácil armazenar palavras do que letras, porque diante
de um texto o cérebro não lê letras, mas conjunto de palavras. Em muitos casos de
leitura vocalizada, é comum o leitor trocar palavras. Isso acontece porque o cérebro
não lê letras, como afirmamos, mas o início e o final das palavras. A decodificação
das palavras ocorre por associações ou categorias.
Os princípios e as categorias de memória, que ajudam e facilitam o processo
de armazenamento e retenção de aprendizagem, são compreendidos como repetição,
recodificação, categoria e rotulagem, associação, estudo espaçado, consolidação,
artifícios mnemônicos e visualização. Vamos falar sobre cada um deles.
i. Repetição é o tipo de aprendizagem adquirida por automatização de
informação mínima, como fórmula matemática, número de telefone, ou
algumas palavras na MLP;
ii. Recodificação é o processo de armazenamento da MLP; acontece
pela aprendizagem compreendida com rearranjo, mudança, ou
agrupamento da informação, de modo que as informações se tornam
mais fáceis de serem lembradas. A ação de resumir um texto de estudo
garante o processo de recodificação;
AULA 5 TÓPICO 2 87
ao pensamento social. Para Gardner, a inteligência é compreendida como um processo
de múltiplas inteligências.
Vimos até aqui o processo pelo qual o sujeito consegue fazer uso de suas
experiências, lembranças e aprendizagens, isto é, o processo de armazenamento
de informações pelo sujeito. Agora vamos nos voltar para outro aspecto do
desenvolvimento humano.
O bjetivo
• Estudar e refletir sobre os fenômenos agressivos
no comportamento humano
www.latin stock.com .b r
memória; vimos que a inteligência compreende
aspectos hereditários e aspectos do desenvolvimento
que abrange o pensamento social em que o sujeito está inserido;
abordamos também a função da memória e as categorias responsáveis
pela aprendizagem e estocagem de informações. Vamos agora abordar
outra temática do desenvolvimento do comportamento compreendida
como agressão.
Por que estudarmos o comportamento agressivo? Observamos
que, no processo escolar, cada vez mais se faz necessário compreender
o comportamento das crianças em relação aos colegas, aos professores Figu ra 1 -Situ açã ode
in tim idaçã opor v iolên cia
e aos pais. Atualmente, as escolas vêm observando uma série de
comportamentos agressivos entre alunos, de diversas idades, sejam crianças,
adolescentes ou jovens universitários.
Você já de ter ouvido em jornais notícias sobre universitários que aplicam
trotes nos colegas novatos, que, em alguns casos, chegam a levar à morte. Também
já devem ter tido experiências de atitudes humilhantes e agressivas de crianças para
com crianças, entre adolescentes ou observado que cada vez mais se evidenciam
estudantes em disputas de poder. Essas situações são caracterizadas como atitudes
agressivas, denominadas pelos especialistas ingleses de bullying, derivado do termo
inglês bully, que significa valentão.
AULA 5 TÓPICO 3 89
3.1 ASPECTOS COMPORTAMENTAIS DO BULLYING
O bullying é um comportamento agressivo que se apresenta pela verbalização
ou pela ação física do sujeito, o que caracteriza um comportamento desequilibrado
do autor do bullying, que tem a intenção de intimidar, humilhar ou causar sofrimento
físico e psicológico ao sujeito que aparentemente parece ser mais fraco.
As atitudes agressivas do bullying compreendem excluir um indivíduo do
grupo, gozar, zoar, assediar, aterrorizar, dominar, empurrar, chutar, apelidar, bater,
discriminar, provocar preconceituosamente, perseguir com o objetivo de humilhar,
intimidar ou causar sofrimento.
Os efeitos do bullying podem causar baixa autoestima, depressão, estresse,
ansiedade, problemas relacionados com drogas ou com relacionamentos pessoais.
O bullying pode acontecer na escola, no trabalho ou em outros ambientes sociais.
Uma recente pesquisa feita pela ABRAPRIA – Associação Brasileira
Multiprofissional de Proteção a Infância (on-line), em escolas públicas e privadas,
revelou que não há diferença de comportamento violento, bullying, em relação à
classe social. Vejamos algumas considerações feitas pelos pesquisadores.
(...) tan too“b u llyin g” qu an toa in disciplin a n ã oacon tecem apen as dev idoa
características in div idu ais de cada alu n o, ten dên cia qu e tem predom in adon a
an álise desses fen ô m en os. Éclaroqu e h ácasos de prob lem as de person alidade
qu e o apoio de profission ais especializados poderia am en izar.Persegu içõ es
e apelidos m u itas v ezes estã o ligados ao perten cim en to racial e à orien taçã o
sexu al de colegas, reforçan doe recrian doprecon ceitos, racism oe h om ofob ia.
A lé m disso, sab em os qu e tan toas v ítim as qu an toos au tores n essas situ açõ es
sã o, n a su a m aioria, m en in os e rapazes, e qu e h ám odelos de m ascu lin idade aí
en v olv idos. Éestran h ocom oesses tem as v êm sen dodiscu tidos n oBrasil com o
se eles n ada tiv essem a v er com as relaçõ es de gên ero, qu an do n a v erdade
estam os falan do o tem po todo de determ in adas form as de m ascu lin idade
-de rapazes qu e b u scam afirm ar su a v irilidade por m eio do en fren tam en to
das regras escolares, do u so da força física, da agressã o e de con qu istas
h eterossexu ais (CA RVA LH O, 2003).
O bullying é uma ação que deve ser considerada na escola, com o sentido de
prevenir, tratar ou minimizar ações de comportamentos violentos e preconceituosos.
AULA 5 TÓPICO 3 91
masculinização das genitálias na filhas. No entanto, o comportamento
não se apresentava agressivo, o que não comprovou que o hormônio
masculino não é a causa da agressividade. Outra hipótese foi com
relação ao par de cromossomas xx e xy – o y, determinante do sexo
masculino, seria o gerador do comportamento agressivo. No caso de
duplicação do cromossoma y, a agressividade seria o fator, hipótese que
procurou ser comprovada com os deficientes mentais por apresentar um
cromossoma a mais (xyy). Essa hipótese também não foi comprovada,
pois em investigação com deficientes mentais (com síndrome do xyy)
presos, verificou-se que essa população correspondia somente a 0,2%
da população geral de presos. Um grande cientista do comportamento
que contesta essa teoria é Bandura (1973), citado por Biaggio (2003).
Bandura afirma que a população portadora da síndrome xyy não poderia
ser comparada com a população não portadora; outra posição é que os
deficientes mentais não eram violentos com pessoas, mas violentos com
coisas, objetos e propriedades;
iv. Posicionamento da teoria do DRIVE – teoria da motivação, afirma que
o comportamento agressivo é característica do sexo masculino por ser
motivado, drive, a se comportar de modo mais agressivo entre os gêneros.
Essa teoria é contrária ao posicionamento da agressividade inata e afirma que
a frustração é a causa da agressão, que é precedida pela frustração; A teoria
do drive é criticada por antropólogos, os quais afirmam que a frustração
não é a causa da agressão, pois, ao observar crianças pequenas, verificaram
que elas tendiam mais à regressão quando frustradas do que à agressão. Um
grupo de ambientalistas e hereditaristas, sobre o comportamento agressivo,
afirmaram que não se podia isolar o fato da influência social e fisiológica,
pois a influência social e o aspecto fisiológico interagem sutilmente no
comportamento. Fatores genéticos podem em parte ser considerados no
comportamento agressivo inicial e ter sucessão progressiva ou não. Por
exemplo, um indivíduo que apresenta um porte atlético robusto, forte,
pode aumentar a probabilidade de ser um agressor; um menino mais
desenvolvido fisicamente pode bater num colega menos forte. Neste caso,
se acontecer à aprovação social (por pais e professores) da ação do menino
agressor, haverá o reforço positivo para que a ação desse menino venha
a se repetir novamente, o que conduzirá à sucessão e se estabelecerá um
comportamento padrão de comportamento agressivo;
v. Posicionamento da teoria da Aprendizagem – um dos mais renomados
cientistas da teoria do comportamento, Bandura considera que a cultura
pode reproduzir indivíduos com grande capacidade de agressividade. De
AULA 5 TÓPICO 3 93
Outra observação se deu com o brinquedo do tipo João teimoso. Foram
observados comportamentos agressivos reforçadores de transmissão social, na pesquisa
de Bandura, Ross e Ross (1961), citados por Biaggio (2003). Nessa pesquisa, as crianças
apresentaram modelos de comportamento agressivo e verbal em relação ao brinquedo:
batiam no nariz do boneco, davam martelada na cabeça, chutavam, sentavam sobre o
boneco e se dirigiam ao boneco de modo hostil por meio de palavras.
No Brasil, existem algumas ações que visam contribuir para minimizar
atitudes antissociais, padrões de comportamento agressivo, a partir de programas
socialmente educativos, como a TV escola, porém o incentivo e a participação
da sociedade ainda é pequena. É sabido que nossos programas infantis ainda
dependem de uma cultura estrangeira que apresenta heróis sutis e reforçadores do
comportamento agressivo. Portanto, cabe a reflexão de cada especialista da área de
humanas, pais e professores, sobre a formação das crianças e dos adolescentes de
modo a ajudá-los na aceitação das diferenças sociais e na própria formação, como
processo saudável de vida e de integração social.
O bjetivo
• Conhecer e compreender a construção cognitiva
do pensamento e o desenvolvimento moral
AULA 5 TÓPICO 4 95
com o brinquedo é constituída de modo ritualizado, ou seja, por repetição. Piaget
classificou como tendência inata da criança e associou que o modo repetitivo de
brincar é uma manifestação do seu cotidiano.
No segundo estágio, denominado de egocêntrico, ou fase de heteronomia, há um
respeito unilateral pelas regras, uma vez que a criança já adquire certa consciência de
regras por observar o modo como outras crianças maiores ou adultos se comportam.
Nessa fase, ela passa a ter respeito pelas regras e as considera como sagradas, entendem o
sentido de cooperação e têm respeito pela autoridade.
No terceiro estágio, entre oito ou nove anos, a criança começa a jogar seguindo
as regras do jogo, e usa as mesmas regras do jogo com outras crianças. Nesse estágio, ela
adquire um melhor desenvolvimento cognitivo, e sua atividade é tendenciosa à imitação.
Já no quarto estágio, por volta dos onze aos catorzes anos, a criança conhece
todas as regras e suas variações, perde o respeito místico. As regras nessa fase podem
ser mudadas se o grupo em que ela participa concordar.
Para Piaget, há três fases de crítica moral:
Primeira fase, Heteronomia, de origem grega –héteros = outro + nomos, = lei.
Segundo Piaget, a criança nessa fase obedece às ordens para receber recompensas ou
para evitar o castigo. Essa fase pode está presente em alguns adultos quando esses só
obedecer por sentir medo de uma punição. É o caso de pessoas que desrespeitam as
leis de trânsitos e só as obedecem mediante a presença de um guarda de trânsito com
medo de multa, ou ainda o desrespeitos pelos direitos humanos
Segunda fase, Socionomia, derivada do latim – socius, companheiro, colega,
do grego nomos, lei – lei de convivência. Nessa fase, o critério moral da criança vai se
construindo a partir das relações sociais: ela reafirma noções de responsabilidades,
obrigação, respeito, justiça, começa a pensar nos outros a partir de si mesma e age
socialmente tentando evitar a censura que os outros possam fazer dela. Busca a
aceitação social. Situação no adulto, quando é muito voltado para si mesmo buscando
confirmação social, aceita as regras do grupo para ser aceito por ele, no entanto sua
preocupação maior não é com o bem estar do grupo, mas sobre tudo no que os outros
possam pensar sobre ele.
A terceira fase, autonomia, termo de origem grega autós, próprio + nomos, lei =
lei própria. Nessa etapa o adolescente tem consciência das normas morais e passa a se
comportar de acordo com elas; é a etapa de princípios e valores internos de conduta. Ele se
torna um adulto possuidor de valores e princípios respeitadores das normas e leis sociais.
Piaget observou a forma como a criança lida com as regras e as autoridades e em
que ponto o realismo moral (obediência a qualquer regra e se é uma coisa desejável)
é mantido no pensamento da criança. Para isso, Piaget investigou o pensamento da
AULA 5 TÓPICO 4 97
para o hedonismo instrumental relativo, os favores são feitos com a
intenção de que sejam retribuídos, a criança internaliza o conceito moral
de modo que se uma ação me dá prazer, ou satisfaz uma necessidade
minha, então ela é moralmente correta (BIAGGIO, 2003, p.226);
ii. O segundo nível, convencional: a moralidade é orientada para o
conformismo nas relações com as autoridades e a necessidade de
aceitação nas relações sociais. Esse nível compreende o terceiro
estágio – orientado para a figura do “bom garoto” das boas relações e
da aprovação dos outros. Nessa fase, o entendimento moral é julgado
pela criança de acordo com a intenção: se boa, ganha aprovação de ser
bonzinho; ou, ao contrário, se a intenção for má. No quarto estágio, a
criança é orientada para a lei e a ordem; há o respeito pelas autoridades
e pela moralidade dos bons costumes.
iii. O terceiro nível, pós-convencional: são constituídos os princípios
moralmente aceitos e conscientes do sujeito; há esforço do indivíduo
em definir os valores morais. Esse nível compreende o quinto estágio,
há a maturação da moralidade de controle e de lei democraticamente
aceita, e uma consciência relativista de valores pessoais e opiniões com
o objetivo de se chegar a um consenso. O sexto estágio corresponde à
moralidade de princípios individuais de consciência, de acordo com os
princípios éticos, princípios de justiça, de reciprocidade, de igualdade
de direitos humanos e respeito pela dignidade humana.
Objetivos
AULA 6 99
TÓPICO 1
Motivação para aprendizagem
O bjetivo
• Conhecer a importância da motivação para a
aprendizagem
con scien te da v ida, o self exige recon h ecim en to, próprias capacidades; a credibilidade de suas
in tegraçãoe realizaçãodoin div ídu oqu e aom esm o capacidades o conduz a um estado satisfatório de
tem po en tra em con flito com a v ida lim itada e autoestima.
con scien te, oEGO. Para Bzuneck (2001), a autoeficácia
difere das expectativas pesquisadas sobre
motivação, tais como autoconconceito,
autopercepção, competências e capacidades, porém a autoeficácia e essas
expectativas não são antagônicas, pois atuam como complementos. Para melhor
entender as crenças de autoeficácia e as expectativas de resultados, citaremos um
exemplo dado por Bzuneck (2001, p.118). No processo de aprendizagem escolar, um
aluno com acentuadas crenças de eficácia para fazer uma certa redação pode não ter
expectativas positivas de que o professor irá valorizar sua performance, ou seja, serão
baixas suas expectativas de resultados.
O bjetivo
• Conhecer e considerar as características que
definem um ser criativo no processo educacional.
O bjetivo
• Refletir sobre as causas que dificultam a
aprendizagem
capacidade dosu jeitoem tran sform ar, apren der encontrar alunos mais rápidos na leitura, na
e se in tegrar n a sociedade. memorização, no vocabulário nas atividades, e
outros com ritmo menor; há ainda os que não
respondem aos estímulos dados pelo educador.
REFERÊNCIAS 113
CURRÍCULO
Maria Vanda Silvino da Silva
CM
MY
CY
CMY