Devaneios tolos... a me torturar.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Sexy ou Vulgar?


“É encantador ver corpo e alma despidos de roupas e preconceitos. Causa repulsa o corpo e alma vestidos de vulgaridade e falta de amor próprio.”

Outro dia fui atacada por um tarado. Nem vou contar a história, mas no resumo da ópera o cara me passou uma cantada tão inconveniente e veio cheio de mãos pra cima de mim, que dei um empurrão e quase derrubo o vivente.

Diante de tamanha falta de noção, de educação e de senso do ridículo, fiquei pensando: -Será que dei algum motivo para tal liberdade?

Estava justamente pensando sobre isso, quando um leitor da nossa coluna sugeriu que eu abordasse o tema SEXY ou VULGAR?

Está aí uma linha quase invisível, e que às vezes sem querer, ultrapassamos.

Fico observando as meninas da cidade. Algumas entram a vácuo nas roupas e saem com os peitos tão à mostra, que parece que eles gritam: Ei estamos aqui! Nos engulam com os olhos!


Ou então aquela calça “suplex” tão atoladinha que a divisão entre os dois lados da bunda fica parecendo o Grand Canyon dos Estados Unidos.

As piriguetes não sentem frio. Pode estar nevando que o bom e velho piercing de guerra vai balançando na bordinha de catupiry noite afora nas boates e pubs da cidade e região.


Mas aí eu pergunto... quem nunca cometeu nenhum desses crimes que mostre as pernas em uma micro saia justa!

Sim... o que é bonito tem mais é que ser mostrado. Mas será que precisa ser esfregado na nossa fuça? Não!!!!!!!!!!!! E acho que aí é que está o limite entre o sexy e o vulgar.

Sexy é um decote para mostrar o colo. Vulgar é um decote, costas de fora, micro saia com fenda na bunda e bota cano alto branca com salto agulha.

Sexy é um vestido curtinho. Vulgar é um vestido curtíssimo, com a ocupante sentada de perna aberta, sem calcinha, louquinha para que um “paparazzo” faça uma foto da floresta amazônica.

Sexy é gostar do corpo, destacar o que é bonito, usar o que lhe cai bem. Vulgar é andar sempre com roupas tamanho Extra P, com banha caindo pra tudo que é lado, com lordose na coluna de tanto empinar a bunda, calcinha micro fio dental enfiada bem lá!

Sexy é ser simpático, sorridente, bem humorado, aprazível, uma companhia agradável e leve. Vulgar é ser atirada, dar em cima de todo mundo, querer ser o centro das atenções a todo o custo, e bancar a conquistadora barata, rodando mais que um bambolê.

Sexy é tomar uma bebidinha socialmente, paquerar discretamente, jogar charme sutilmente. Vulgar é entortar o caminhão, se entupir de manguaça, dançar até o chão, ter tido um caso com todos os meninos da turma e nas festas encarnar a Tati Quebra Barraco descendo até o chão de minissaia.

Sexy é ser sexy sem querer ser sexy
. Vulgar é tentar ser sexy, sem ser.

Mais uma vez cheguei à mesma conclusão: tudo depende da ATITUDE e da INTENÇÃO.

Você se veste assim porque gosta, porque se sente bem, ou porque quer agradar aos OUTROS?

Você é uma pessoa popular e simpática porque é da sua natureza, ou só quer APARECER?

A intenção define quem é quem. A atitude confirma tudo.

Entenderam?

Alguns vão entender. Outros, vão confundir as coisas e por isso vão acabar achando que toda a mulher adora uma cantada grosseira, uma passada de mão na bunda ou um comentário vulgar.

É aí que os homens se enganam
. Para quem não é vulgar, esse tipo de coisa não é um elogio... é uma OFENSA!

E era isso.

sábado, 25 de abril de 2009


De todo o meu passado
Boas e más recordações
Quero viver meu presente
E lembrar tudo depois...

Nessa vida passageira
Eu sou eu, você é você
Isso é o que mais me agrada
Isso é o que me faz dizer...

Que vejo flores em você!...

sexta-feira, 24 de abril de 2009


A dor que desatina sem doer...

Arranquei uma unha quando bati com o pé na porta da cozinha.
No início eu senti um formigamento. Depois vi o sangue no piso branco. Vermelho vivo.
Depois veio a dor.
E doeu. Aquilo me deixou sem ar, e não havia almoçado, então foi fácil ver o mundo rodar. Perdi o equilíbrio, a cor do rosto e fiquei com o lábio arroxeado.
Chorei.
Há tempos não chorava de dor.
Tomei um remédio, fiz um curativo. Alguns minutos de dor pulsante. Passou.

Ontem à noite um fato desencadeou a lembrança de uma dor antiga. Voltou com tudo. O buraco no estômago. Os olhos carregados de lágrimas grossas. A falta de sono. A tristeza. O vazio.

Aquilo ficou ali... por um tempo e se escondeu de novo.
Mas não passou.

Com a ferida do pé quase cicatrizada, apertei a ponta do dedo machucado pra ver se conseguia fazer reviver a dor sentida pela ferida real. Nada.

Busquei então a lembrança do machucado da alma. Voltou. Com tudo.

Sempre estará lá. Essas dores são assim, nunca se vão.

Um amor que não aconteceu. O filho que não nasceu. O sonho que não se viveu. O lugar que não se conheceu. O adeus que não conseguimos dar.

Não chegamos a tempo.

A dor do que nunca se fez visível dói muito mais do que qualquer outra.
Dói porque não passa. Dói porque o tempo não volta.
Dói porque a oportunidade foi desperdiçada. A luta foi inglória, na batalha, você foi derrotada.

Portanto, faça acontecer.
Doa a quem doer. Não faça como eu.
Porque nada dói mais do que aquilo que você não viveu.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

O AMOR QUE ME CABE... E NÃO CABE EM MIM...


Você gostaria de ter um amor que fosse estável, divertido e fácil. O objeto desse amor nem precisaria ser muito bonito, nem rico. Uma pessoa bacana, que te adorasse e fosse parceira já estaria mais do que bom. Você quer um amor assim. É pedir muito? Ora, você está sendo até modesto.O problema é que todos imaginam um amor a seu modo, um amor cheio de pré-requisitos. Ao analisar o currículo do candidato, alguns itens de fábrica não podem faltar.


O seu amor tem que gostar um pouco de cinema, nem que seja pra assistir em casa, no DVD. E seria bom que gostasse dos seus amigos. E precisa ter um objetivo na vida. Bom humor, sim, bom humor não pode faltar. Não é querer demais, é? Ninguém está pedindo um piloto de Fórmula 1 ou uma capa da Playboy. Basta um amor desses fabricados em série, não pode ser tão impossível.Aí a vida bate à sua porta e entrega um amor que não tem nada a ver com o que você queria. Será que se enganou de endereço? Não. Está tudo certinho, confira o protocolo. Esse é o amor que lhe cabe. É seu. Se não gostar, pode colocar no lixo, pode passar adiante, faça o que quiser. A entrega está feita, assine aqui, adeus.


E agora está você aí, com esse amor que não estava nos planos. Um amor que não é a sua cara, que não lembra em nada um amor idealizado. E, por isso mesmo, um amor que deixa você em pânico e em êxtase. Tudo diferente do que você um dia supôs, um amor que te perturba e te exige, que não aceita as regras que você estipulou. Um amor que a cada manhã faz você pensar que de hoje não passa, mas a noite chega e esse amor perdura, um amor movido por discussões que você não esperava enfrentar e por beijos para os quais nem imaginava ter tanto fôlego. Um amor errado como aqueles que dizem que devemos aproveitar enquanto não encontramos o certo, e o certo era aquele outro que você havia solicitado, mas a vida, que é péssima em atender pedidos, lhe trouxe esse e conforme-se, saboreie esse presente, esse suspense, esse nonsense, esse amor que você desconfia que não lhe pertence.


Aquele amor em formato de coração, amor com licor, amor de caixinha, não apareceu. Olhe pra você vivendo esse amor a granel, esse amor escarcéu, não era bem isso que você desejava, mas é o amor que lhe foi destinado, o amor que começou por telefone, o amor que começou pela internet, que esbarrou em você no elevador, o amor que era pra não vingar e virou compromisso, olha você tendo que explicar o que não se explica, você nunca havia se dado conta de que amor não se pede, não se especifica, não se experimenta em loja – ah, este me serviu direitinho!Aquele amor corretinho por você tão sonhado vai parar na porta de alguém que despreza amores corretos, repare em como a vida é astuciosa. Assim são as entregas de amor, todas como se viessem num caminhão da sorte, uma promoção de domingo, um prêmio buzinando lá fora, mesmo você nunca tendo apostado.


Aquele amor que você encomendou não veio, parabéns! Agradeça e aproveite o que lhe foi entregue por sorteio.


Martha Medeiros

Relaxa... e me deixa...


Você não consegue disfarçar... o interesse que tem por mim.

A maneira como fica a espreitar... a minha vida...

Eu sei, eu sinto, eu percebo... que você busca respostas para suas dúvidas, querendo não descobrir o que há muito tempo já sabe.

Eu não quero influenciar nada em sua vida. Nem sequer quero fazer parte dela.

Se ultrapasso o seu destino, sem querer, saiba, não é nada pessoal.

Às vezes as paralelas se cruzam, afinal.
Não se preocupe... não sou sombra para o sol brilhante de sua felicidade. Nem quero este seu sol pra mim...

Não percebeu? Que eu brilho SOZINHA?

Relaxa...

quarta-feira, 22 de abril de 2009


Nada Além...

Você não quer ver nada além do seu umbigo
E eu quero ver o que há depois do perigo
Você acha que ninguém sofre mais do que você
Talvez porque não saiba ao certo o que é sofrer
Ando pelas ruas cheirando a fumaça dos motores
Enquanto você fantasia suas dores de amores

Você não quer ver nada além
Que ninguém ensina nada a ninguém
Você não quer ver nada além
Que ninguém ensina nada a ninguém

Você não quer ver nada além do seu mundinho
E eu prefiro escrever meu próprio caminho
Você acha que ninguém sofre mais do que você
Talvez porque não saiba ao certo o que é sofrer
Você sonha ser princesa em castelos fabulosos
Enquanto eu vago na cidade entre inocentes e criminosos

Você não quer ver nada além
Que ninguém ensina nada a ninguém
Você não quer ver nada além
Que ninguém ensina nada a ninguém

Fique com os seus bonsais, seus haicais
Sua paz, suas flores, seu jardim de inverno
Se isso é céu
Eu prefiro meu inferno

Porque você não quer ver nada além
Que ninguém ensina nada a ninguém
Você não quer ver nada além
Que ninguém ensina nada a ninguém

Frejat.

terça-feira, 21 de abril de 2009

A vida em seu formato mínimo


O amor em minúscula...

Visitei uma exposição de Bonsai neste feriado...
E sempre me encantei com esta técnica de delimitar ao mínimo o desenvolvimento de uma grande árvore. A mesma forma, a capacidade de viver muitos e muitos anos, em seu formato mínimo.

Eram Bonsais de carvalhos, três marias, figueiras... alguns com mais de cinqüenta anos, e menos de meio metro.

Aquelas árvores frondosas, com seus frutos, flores e raízes reduzidas a miniaturas sem perder absolutamente nada de sua beleza e encanto.

Fiquei pensando que nós também podemos ser assim. Mas somente aqueles que sabem se adaptar.

Desde sempre predomina a teoria de que o mais forte sobrevive... mas acho que hoje sobrevive o mais flexível. O mutante, o adaptável.

Tenho tentado ser assim. Não importa quão grande ou pequeno o terreno onde eu seja convidada a fincar raízes, ocupo com meu potencial, o espaço a mim reservado.

Muitas vezes tenho ganas de crescer, ultrapassar a fronteira do meu espaço reservado... mas preciso respeitar também o limite do outro.
Ser livre é um pouco disso também... é ser quem você é, no espaço que lhe cabe.

É como o amor em minúscula... o maior dos sentimentos, que cabe no breve espaço de beijar.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Quem você odeia?


Hoje vou ter que admitir que nem sempre sou uma pessoa boazinha e querida... às vezes sou tomada por sentimentos mesquinhos e pequenos...


Todo dia eu abria os olhos e pensava em todas as maldades possíveis para aquela estrupícia que um belo dia resolveu cruzar meu caminho.
Imaginava ela com um furúnculo infeccionado e purulento na bunda. Imaginava ela perdendo todos os dentes da boca e tendo que usar chapa.
Imaginava ela operando as hemorróidas sem anestesia.

Imaginava ela batendo o carro em uma Ferrari. Ela sendo a culpada e não tendo seguro.
Imaginava eu com um bonequinho vudu enfiando agulhinhas nos olhos dela. Imaginava ela tirando a roupa toda cheia de celulite naquela bunda mole e descobrindo que tinha cancro, sífilis e gonorréia (é possível tudo isso junto???)

Bom a verdade é que eu odiava ela. Desejava o mal dela. E todo o dia quando a via passar por aí, como se nada estivesse acontecendo, com aquela cara de sonsa, eu pensava: -Droga! Meus desejos não se realizam. Droga, Deus está contra mim. Droga! Eu uma pessoa tão boa, inteligente, interessante, culta, etc, etc, etc... estou aqui, morrendo de ódio, enquanto ela não está NEM AÍ!!!!

Sim queridos e queridas. Quem você odeia, não está nem aí! Está até se divertindo, afinal, é o centro das suas atenções. Fica aí ocupando sua mente, prejudicando você!

A raiva, o ódio, o desejo de vingança são comparados a um pequeno câncer. Se você o alimentar... ele vai se espalhando. Vai se infiltrando em todos os seus órgãos. Vai deixando você doente. Vai matando você.

Odiar alguém é o pior sentimento que pode existir, para o outro, mas principalmente para você mesmo.

Um belo dia, depois de conquistar um novo emprego, receber uma declaração de amor, planejar uma viagem fantástica... percebi que não odiava mais ela.
Aliás... percebi que nem lembrava mais da existência dela. Para mim, se ela estivesse fazendo um tratamento de canal ou curtindo férias nas Bahamas... NÃO FAZIA DIFERENÇA NENHUMA!

E aí, percebi que não odiava ela porque ela era feliz. Odiava, porque EU ESTAVA INFELIZ!

Essa é a razão para cultivarmos ódios e rancores. Infelicidade, despeito, inveja.
Que sentimentos mesquinhos. Que sentimentos que não nos levam a lugar nenhum.
Quando você descobrir qual o caminho para a SUA felicidade, e perceber que ele independe dos OUTROS, mas depende de suas ESCOLHAS e ATITUDES, vai se libertar do ódio e vai ver como a vida é muito, muito mais leve sem ele!

Falo isso porque estou preocupada com a inveja, com o ódio e com a violência.

Guaporé deixou há muito tempo de ser aquela cidadezinha maravilhosa. Deixou de ser possível sairmos sem fechar portas e janelas.

Outro dia, encontrei o portão aberto atrás do meu apartamento. O portão dá para o pátio da casa dos meus pais. Naquela noite, alguém entrou pelo meu portão e roubou o CD do carro do meu irmão.

Esse portão dá acesso ao terreno bem do lado de um prédio em construção na cidade. E nesse prédio, fico sabendo que outro dia, um dos trabalhadores da obra foi morto a pauladas e facadas.

Não parece real.

Sei que a Campanha da Fraternidade deste ano fala sobre injustiças que geram violência. Aí pensei: toda a vez que você se sente injustiçado, você alimenta sentimentos de vingança, ódio ou revanche.

As pessoas normais, como nós, ficam apenas nos planos macabros que descrevi no primeiro parágrafo. Mas muita gente, cada vez mais gente, parte para a violência.

E a violência está se espalhando cada vez mais. Entrando em nossas casas. Invadindo nossas cidades e pior, se instalando em nós.

Por isso, repito: o ódio (qualquer forma de ódio), não pode nos levar por nenhum caminho que seja bom.

Guaporé está afundando em drogas. Olhe ao redor, duvido que você não tenha um amigo ou conhecido que não “cheire cocaína para curtir”. Curtir o que?

O que está faltando para sermos felizes? O que nos falta para sermos satisfeitos? O que nos leva a buscarmos caminhos que não nos levam a lugar algum?

Jovens roubam e invadem as residências em busca de qualquer coisa que possam trocar pelo crack. A polícia prende um e já outros dez estão vendendo e distribuindo porcarias por aí.

A diversão de muitos adolescentes é invadir as escolas e quebrar tudo. Fazendo xixi e outras porcarias nos computadores das escolas... por “diversão”.

Quem trabalha com a notícia e acompanha de perto fatos como esses que eu citei, realmente se preocupa.

Não sei que caminhos estamos tomando. Mas espero, sinceramente, que não seja um caminho sem volta.

De qualquer forma, sou totalmente favorável à frase que diz: “Você deve ser a mudança que deseja ver no mundo.”

Se não começarmos por nós mesmos, essa mudança jamais será possível.

E era isso.

Para ler... gente, estou lendo “O Silêncio dos Amantes”, de Lya Luft. São passagens abordando assuntos difíceis da vida de cada um de nós. Amor, perdas, morte, aborto, deficiências físicas, suicídio e muitos outros assuntos que são tabus, tocados de forma tão sensível e verdadeira que realmente é algo perturbador.

Também li: Harry Potter e a Câmara Secreta. Adoro esse bruxinho!!! É uma leitura para todas as idades. A escritora não perde a mão e os livros são todos ótimos!

Mas mudando de assunto...

À pedidos: As viuvinhas alegres de Guaporé...
Os fofoqueiros de plantão da cidade não poupam ninguém! O alvo de fofocas agora são viúvos e viúvas. Ou eles se mascaram e saem à meia noite aprontando todas ou então... são vítimas das más línguas dos mal amados! O Pop não poupa ninguém aqui na terrinha! Será que os viúvos e viúvas tem tanta disposição assim?
Ora bolas... vamos esquecer um pouquinho a vida dos outros?

quarta-feira, 15 de abril de 2009

O RETRATO...




Vocês leram a magnífica obra de Oscar Wilde "O Retrato de Dorian Gray"? Se não o fizeram... por favor o façam.

Não vou contar sobre o livro, mas ele nos faz refletir sobre quem somos, além das aparências. Nosso rosto, nosso corpo, mostram uma imagem que nem sempre pode ser real e verdadeira. Se alguém pintasse um quadro com a sua verdadeira face, como ela seria?



" A máscara diz mais do que a face." - Oscar Wilde



" A única maneira de libertar-se de uma tentação é entregar-se a ela. Resista, e sua alma adoecerá de desejo das coisas q ela a si mesma se proibiu, com o desejo daquilo que suas leis monstruosas tornaram monstruoso e ilícito." Oscar Wilde em o Retrato de Dorian Gray

segunda-feira, 13 de abril de 2009


Oi geeeente!!!!!! Tudo bem com vocês? Hoje vou dizer uma coisa que considero importante:
Valorize as pessoas que estão perto de você e que você ama. Não esqueça dos amigos. Não poupe elogios, abraços e beijos bem dados.


Nunca deixe pra amanhã, nem pra depois de amanhã o que você pode dizer de BOM hoje. E deixe para amanhã, depois de amanhã ou nunca... coisas não tão boas.
Se você não tem absolutamente nada de bom a falar sobre alguém. Simplesmente não fale dessa pessoa.


E homenageie muito, todos os dias, em vida... aqueles que merecem suas homenagens!
Falo isso, porque considero justas as homenagens pós morte, mas mais justas ainda são as homenagens em vida!!!

Homenagens...

Gente, tenho acompanhado uma série de homenagens em Guaporé... alguns são a favor, outros nem tanto. Não importa... homenagear não ofende, né?

Então, aproveitando a oportunidade... gostaria de homenagear o Dr. Yvo Pintanguy, pra ver se consigo uma plástica completa, de graça, do mindinho até o último fio de cabelo... Daquele tipo de remoçou a Vera Fischer em 20 anos. Me contaram que toda a vez que ela tenta fechar a boca... tem um outro lugar nos países baixos que abre... tamanha esticada na pele da criatura...

Mas pensando bem... merecida mesmo a é homenagem sincera, por aquele que fez algo por mim sem pensar em recompensa...
Então homenageio meu namorado, que me “adotou” quando eu tinha bigodinho, peito ovo frito, sobrancelha de taturana e cabelo Chitãozinho e Xororó! Será que foi amor à primeira ( e tenebrosa) vista? Ou será que ele era tão interesseiro que vislumbrou a mulher “felomenal” que eu me transformaria? Rsrsrsrsrssrrsrs

Homenagear ou não homenagear... eis a questão!

Se não posso ser quem sou... o que me tornarei?

Outro dia cheguei em casa do trabalho, sentei no sofá, liguei a TV e fiquei olhando para o teto.
Fiquei ali... um bom tempo.
Depois me dei conta de que ultimamente é o que tenho feito e muito. Muito além do que devia.
Guaporé não é uma cidade fácil... se você sai na rua bem arrumada... está caçando.
Se você sai esculachada, está falida, depressiva, foi chifrada ou algo do tipo.
Se você se diverte, ri e é simpática... é bêbada, oferecida e piranha.
Se é séria, é antipática, metida e “se acha”.
Diante de uma série de interpretações erradas do que fazemos, como agimos e o que nos motiva a agir desta forma, temos duas opções:

1- Não levar em consideração o que os outros pensam e falam e viver a vida feliz com quem somos e como somos.
2- Não sair mais de casa e ficar com a TV ligada, olhando para o teto.

E aí? O que me sugerem?

Genteeee!!!! Essa é o máximo! A Jaque que me enviou!
Eu simplesmente detesto o tipo de gente que vive falando que casamento não é bom.... pois o diabo não se casou e Jesus morreu solteiro.
Mas... Casamento é tudo de bom! E claro, claro que pode dar certo!
Temos um exemplo disso!

“Minha mulher e eu temos o segredo para fazer um casamento durar:Duas vezes por semana, vamos a um ótimo restaurante, com uma comida gostosa, uma boa bebida e um bom companheirismo. Ela vai às terças-feiras e eu, às quintas. Nós também dormimos em camas separadas: a dela é em Fortaleza e a minha, em SP. Eu levo minha mulher a todos os lugares, mas ela sempre acha o caminho de volta. Perguntei a ela onde ela gostaria de ir no nosso aniversário de casamento, "em algum lugar que eu não tenha ido há muito tempo!" ela disse. Então, sugeri a cozinha. Nós sempre andamos de mãos dadas... Se eu soltar, ela vai às compras! Ela tem um liquidificador, uma torradeira e uma máquina de fazer pão, tudo elétrico. Então, ela disse: "nós temos muitos aparelhos, mas não temos lugar pra sentar".Daí, comprei pra ela uma cadeira elétrica. Lembrem-se: o casamento é a causa número 1 para o divórcio. Estatisticamente, 100 % dos divórcios começam com o casamento. Eu me casei com a "senhora certa".Só não sabia que o primeiro nome dela era "sempre".Já faz 18 meses que não falo com minha esposa. É que não gosto de interrompê-la. Mas, tenho que admitir: a nossa última briga foi culpa minha. Ela perguntou: "O que tem na TV?" E eu disse: Poeira.”
O texto é do maravilhoso Luis Fernando Veríssimo.

Mas mudando novamente de assunto... comprei na Shock um livro que devorei em poucas horas. O Leitor.
Meu pai!!!! Fiquei atordoada com o livro. Começa com um jovem de 15 anos se envolvendo com uma mulher mais velha. Com ela, ele aprende a amar. Tem experiências que marcam sua vida para sempre. Mas misteriosamente ela desaparece de sua vida, e só ressurge anos depois, quando o jovem está cursando direito e acompanha um julgamento contra quatro mulheres acusadas de homicídio durante o período nazista. Elas eram soldados nos campos de concentração. E uma delas é a mulher com a qual ele havia se envolvido.
No julgamento ele descobre uma vergonha, um segredo, ainda mais terrível do que ser acusada de assassinato.
E nós, com ele, vamos nos deixando envolver e vamos nos questionando coisas sobre nossas vidas, nossos sentimentos, nossas vergonhas e nossas VERDADES. Sobre o que deixamos de explicar e sobre o que deixamos de entender. Um livro maravilhoso. Perturbador. De Bernhard Schlink, e que virou filme, também divino, estrelado por Ralph Fiennes e Kate Winslet.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

O SILÊNCIO DOS AMANTES


Quando se abriu um vazio em mim... ele entrou. Fui eu quem deixou aquela porta aberta, mas ele era tão improvável para mim, que nunca me passou pela cabeça que um dia pudesse ficar definitivamente.
E definitivamente ele nunca ficou. Mas nunca mais saiu.
Nunca pensamos em ficar. Nunca pensamos em nos deixar.
Anos a fio, com a vida acontecendo lá fora... e a nossa vida, tão nossa, acontecendo, morrendo e renascendo a cada novo encontro... dentro de nós.
Será eterno, porque nunca será concreto. Mas quem se importa?

...


Isso me atormentou durante muito tempo. Me sentia culpada. Hoje acredito que não saber é o que torna a vida possível.

...

Embora parecesse satisfeito com a vida simples que vivia... por dentro, algo o consumia.

...

Vou abrir a porta e ele vai entrar. Vai me abraçar, sorrir pra mim, pegar minha mão. E quem sabe, pela primeira vez, vamos de verdade falar. Ou calar. Num silêncio melhor do que qualquer palavra.

terça-feira, 7 de abril de 2009


VOCÊ NAMORA????!!!!!



Outro dia, conversando com um amigo meu, perguntei a ele se ele estava namorando. Ele riu e disse: - Pelo que sei, estão namorando comigo!

Fiquei pensando como é fácil estar acompanhado. Quase todas as pessoas estão acompanhadas, ou tem alguém para chamar de "seu". Dificil mesmo é ter um namorado de VERDADE!


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Quem não tem namorado é alguém que tirou férias remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabira, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão é fácil. Mas namorado mesmo é muito difícil.
Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio, e quase desmaia pedindo proteção. A proteção dele não precisa ser parruda ou bandoleira: basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.Quem não tem namorado não é quem não tem amor: é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento, dois amantes e um esposo; mesmo assim pode não ter nenhum namorado. Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema, sessão das duas, medo do pai, sanduíche da padaria ou drible no trabalho.
Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar lagartixa e quem ama sem alegria.
Não tem namorado quem faz pactos de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade, ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de curar.
Não tem namorado quem não sabe dar o valor de mãos dadas, de carinho escondido na hora que passa o filme, da flor catada no muro e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque, lida bem devagar, de gargalhada quando fala junto ou descobre a meia rasgada, de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia, ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo, tapete mágico ou foguete interplanetário.
Não tem namorado quem não gosta de dormir, fazer sesta abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele; abobalhados de alegria pela lucidez do amor.
Não tem namorado quem não redescobre a criança e a do amado e vai com ela a parques, fliperamas, beira d'água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da Metro.
Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos, quem não se chateia com o fato de seu bem ser paquerado. Não tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem curtir quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais.
Não tem namorado quem ama sem se dedicar, quem namora sem brincar, quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele.
Não tem namorado que confunde solidão com ficar sozinho e em paz. Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.
Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando 200Kg de grilos e de medos. Ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesma e descubra o próprio jardim.
Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenção de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteio.
Se você não tem namorado é porque não enlouqueceu aquele pouquinho necessário para fazer a vida parar e, de repente, parecer que faz sentido...


* Artur de Távola

domingo, 5 de abril de 2009



Eu sempre amei Cazuza... acho que ele morreu cedo, pra não morrer jamais!


Beijo é o "fósforo aceso na palha seca do amor".


"O tédio é o sentimento mais moderno que existe".


Como é estranha a natureza
morta dos que não tem dor.
Como é estéril a certeza
de quem vive sem amor...

Cazuza

Nada nesse mundo é nunca mais...

Cazuza

Cantando agente inventa.
Inventa um romance, uma saudade, uma mentira...
Cantando a gente faz história.
Foi gritando que eu aprendi a cantar:sem nenhum pudor, sem pecado. Canto pra espantar os demônios, pra juntar os amigos.
Pra sentir o mundo, pra seduzir a vida.

Cazuza

O amor é o ridículo da vida. A gente procura nele uma pureza impossível, uma pureza que está sempre se pondo. A vida veio e me levou com ela. Sorte é se abandonar e aceitar essa vaga ideia de paraiso que nos persegue, bonita e breve, como borboletas que só vivem 24 horas. Morrer não doi.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Os elefantes da vida...


Mas que inferno!!!!
Porque será que o tal do elefante incomoda muita gente???? Tem até musiquinha falando que um pobre elefante incomoda muita gente. Dois então... incomodam muito mais!

A mim, os elefantes não incomodam. Eles chamam atenção, é verdade. Nunca passam despercebidos. São sempre grandes atrações, onde quer que estejam.

Mas eles nasceram assim. Não precisaram passar a perna em ninguém para serem elefantes. Não deram um golpe, não pisaram em ninguém. Não roubaram, não mataram.
Levam suas vidas enquanto elefantes. E ainda assim... Incomodam MUIIIITA gente!

Mas porque estou falando isso? Porque sinto às vezes que incomodamos muita gente. Você aí... passando os olhos por estas letrinhas... sabe e sente que também incomoda muita gente...

Pessoas bem sucedidas, belas, bem vestidas. Pessoas que se dizem pra frente, despachadas, que se dizem de sucesso pessoal e profissional. Que se dizem felizes.

E que se “incomodam” com meros elefantinhos como nós.
E o pior: não precisamos fazer nada para provoca-las. O simples fato de existirmos, já as incomoda.

E então elas não nos poupam: inventam histórias, espalham boatos, criam fofocas, nos metem em confusão. Nos perseguem com covardia, porque na rua nos sorriem e desejam bom dia.

Ora bolas... se incomodamos, no mínimo é porque por sermos nós mesmos, ocupamos espaços, que de repente essas pessoas gostariam de ocupar. Se incomodamos, talvez seja porque dinheiro não compre prestígio, simpatia, talento e felicidade.

Se incomodamos, deve ser porque, de alguma forma nosso brilho próprio ofusque estes pequenos satélites. Nós meros elefantes... que incomodamos muita gente, precisamos continuar com nossas vidas, procurando ao máximo nos desviar do caminho ( e da energia negativa) daqueles que se sentem incomodados conosco.

Porque elefantes, apesar do tamanho todo... tem medo de RATOS!

E tenho dito. 1!


Mas mudando de assunto...

Tem gente inconveniente né!!!!

Dou o recado porque um leitor me chamou a atenção do grande número de pessoas que adora uma brincadeira completamente sem graça! Gente... possuímos dois ouvidos e uma boca... porque será?

Não vamos perder a preciosa oportunidade de ficarmos CALADOS!

Você acha que quem engorda ficou em casa nos últimos 15 dias se entupindo de porcarias pra ganhar peso? CLARO QUE NÃO!
Então, nos poupem do infeliz comentário: - Nossa, como você engordou!

Você acaba de brigar com o namorado, mas mesmo assim os dois precisam se fazer presentes em uma ocasião social. Os dois já chegam de tromba, quando aquele amigo engraçadinho chega e solta a pérola: - Ué... mas ontem sua namorada não era loira?

Você está a mil no trabalho. Centenas de coisas para fazer em apenas 60 segundos. O telefone toca. Você atende... –Alô!
O amigo do outro lado da linha:- Quem fala?
Você: - É a Michele.
O imbecil do amigo:- Grande coisa!
Grrrrrrrrrrrrrrrrr!!!!

Gente, socorro! Se eu estou com uma espinha na ponta do nariz e tentei disfarçar, é porque sei que está horrível. Se prendi meu cabelo em um rabo de cavalo, é porque solto parecia a juba de um leão black power. Se coloquei uma blusa mais larga, é porque ganhei malditos quilos no último mês... Ninguém precisa ficar comentando o ÓBVIO!

E tem mais: - Se a pessoa é mais fofinha e ela está de bata... não OUSE perguntar se ELA ESTÁ GRÁVIDA!!!!

E tenho dito. 2!

quinta-feira, 2 de abril de 2009



"Cada um tem de mim exatamente o que cativou." (Chaplin)

quarta-feira, 1 de abril de 2009


O CEGO QUE NÃO QUER VER...


Boa parte das pessoas inteligentes, que marcam suas épocas de alguma forma, sempre tiveram suas mentes bastante afetadas pelos questionamentos, pela insatisfação, pela busca de respostas, pelo não contentamento com o que é pronto, puro e simples. Li um livro, em que a personagem em questão foi pra Índia, afim de curar a alma. Chegando lá, descobriu que sem sofrer, sem questionar, sem querer comprar, sem se apaixonar, sem se machucar, sem desejar.... seria realmente FELIZ?

Acho que não...

Penso que amo o estado das coisas nos lugares errados. Adoro a confusão que faz com que nossa mente trabalhe vertiginosamente... nos tornando sensíveis, humanos, amáveis ou não, mocinhos e bandidos da nossa história o tempo todo.

Nunca gostei daquele que finge que não vê... muito embora não seja eu quem deva abrir os olhos das pessoas.

Se você soubesse de uma informação que acabaria com a "felicidade" de alguém, você contaria?

Eu não...

Eu sei... é egoísmo... mas talvez algumas pessoas adorem viver no faz de conta. E mesmo sabendo, fingem que não sabem.

Por exemplo... se seu namorado lhe trai há anos, e mesmo assim você é feliz... Você acha que quando souber do fato, aquela felicidade vivida até então terá sido pura ilusão? Ou terá sido uma felicidade real?

Até que ponto somos realmente felizes?

Até que ponto nossos castelos não são de areia?

Até que ponto fingimos suportar o que não está certo, como sendo certo?

Até que ponto nós nos enganamos e enganamos aos outros?


Quando seremos julgados por isso?


Somos culpados, ou simplesmente somos... humanos?


"Tenho pena de quem vendo, finge que não vê. Sabendo, finge que não sabe. Não estando... Finge estar tudo bem. Instaisfeito... Finge que é satisfeito. E ainda finge que é feliz... "

Cazuza.