Devaneios tolos... a me torturar.

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Dolce far niente...

“Apesar de tudo, tenho achado ultimamente a vida muito boa de ser vivida.”

Caio Fernando Abreu

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Muito prazer, Lilith



Muito prazer, sou Lilith.

A primeira mulher de Adão.
Talvez não seja tão famosa quanto Eva. Talvez você nunca tenha ouvido falar de mim. Mas meio anjo, meio demônio, estou aqui desde o paraíso.
Tudo bem, talvez você me conheça como serpente. Ou tentação.

Também fui criada por Deus, e dele ganhei o dom do livre arbítrio. Não nasci da costela de Adão, e sim do mesmo pó que o Criador utilizou para cria-lo.
Nunca me conformei em ficar por baixo. Nem em importância. Nem em na hora do amor.
Por muito tempo fui discriminada, mas talvez tenha sido a pioneira das mulheres de hoje.
Talvez a história não me dê páginas de glória, e o censo populacional não realize a contagem de quantas são as minhas filhas por aí.
Mas... somos muitas. Diria que somos maioria.

 
Mulheres que não aceitam a história contada de forma a nos condicionar a seres inferiores, subjugados. Sexo frágil.
Nossos caminhos não são certos, ou errados, são apenas caminhos livres, cheios de encruzilhadas, onde optamos por ditar nossas regras, amar sem limites, nos sentirmos amadas. Não somos perfeitas. Somos humanas, pagando o preço por nossos caminhos tortos.
Nós, Liliths somos os demônios que habitam o imaginário de todos os homens que desejam e sonham com mulheres donas de si. E por isso mesmo, jamais dominadas.
Seu julgamento não nos atinge. Muito menos seu olhar acusador.

Sabemos bem... que  todo o homem finge desprezo, por aquilo que não pode possuir.



* Lilith é referida na Cabala como a primeira mulher do bíblico Adão, sendo que em uma passagem (Patai81:455f) ela é acusada de ser a serpente que levou Eva a comer o fruto proibido.

No folclore popular hebreu medieval, ela é tida como a primeira esposa de Adão, que o abandonou, partindo do Jardim do Éden por causa de uma disputa sobre igualdade dos sexos, chegando depois a ser descrita como um demônio.

Ela é também associada a um demônio feminino da noite que se originou na antiga Mesopotâmia. Talvez dada a sua longa associação à noite, surge sem quaisquer precedentes a denominação screech owl, ou seja, como coruja. Na Suméria e na Babilônia ela ao mesmo tempo que era cultuada era identificada com os demônios e espíritos malignos. Seu símbolo era a lua, pois assim como a lua ela seria uma deusa de fases boas e ruins. Alguns estudiosos assimilam ela a várias deusas da fertilidade, assim como deusas cruéis devido ao sincretismo com outras culturas.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

O ano que não passou...

Oi geente!
Como estão, nesta época do ano?
Eu estou levando tudo a ponta de faca.
Tô o cão chupando limão azedo; se bobear eu mordo.



Parece que meu corpo já não comporta mais todos os compromissos que acumulei ao longo dos meus 30 anos de vida. Grande obra, essa nossa, de trabalhar feito camelo no deserto, e conseguir arrecadar, na bagagem, uma vida engessada por contas a pagar, horários a respeitar, explicações a dar.

Estou vivendo todos os dias como se fosse o último dia da minha vida. Chego em casa morta, e percebo que só cumpri uma rotina. Ei... Quero fazer a diferença! Quero ter uma ideia brilhante! Quero, em uma sexta feira qualquer, ver o sol se pôr de frente para as Pirâmides do Egito!! Ou simplesmente ver o sol morrer atrás do Cristo, em Guaporé, curtindo um momento raro de paz total.

O acúmulo de trabalho, todas as preocupações e uma coleção de fatos estressantes transbordam de mim por todos os poros. Sou a verdadeira bomba relógio ambulante. Se você me olhar estranho, eu choro.

Será que é possível voltarmos no tempo, ao invés de avançarmos? Meus amigos de infância se tornaram empresários, e agora precisamos agendar com a secretária, um espaço na agenda apertada, para 2011...

Nós, que embarcávamos em um carro abarrotado rumo ao Planeta Atlântida, agora temos casa da praia, e um caseiro tomando conta dela. Por que não temos tempo para desfrutar.

Tomávamos banho de rio, passávamos os domingos no Bíscaro, e agora construímos nossas piscinas, que servem somente para dar o trabalho de mantê-las limpas.

O que nós fizemos com nossa liberdade?

Trocamos por milhões de telefonemas a dar, visitas a fazer, clientes a conquistar, bens de consumo a pagar... e esquecemos de viver.

Vejo minhas amigas empenhadas em suas profissões, trabalhando além do horário normal, aos sábados, domingos, feriados.
Já não passamos mais finais de semana juntas. Ninguém consegue conciliar horários.


É difícil crescer, amadurecer. Queremos tanto nossa independência financeira, e o que fazemos com ela? Nos escravizamos.

Listas imensas de compromissos. Um ou outro, momento de despreocupação e lazer.

Se pudesse pedir algo ao Papai Noel, pediria que me desligasse da tomada.

Por favor, me desconectem, me sequestrem e me levem para uma ilha paradisíaca, onde só haja, sol, mar, uma rede e muuuita comida. ( E eletricidade pra eu fazer chapinha no cabelo... tá e uma gilette, pra depilar, senão viro a macaca Xita!)

Não quero ir para 2011. Me nego. Quero voltar lá para a década de 80, quando era uma adulta de brincadeira, com uma linda casinha no meio do mato, e brincava que crescer... seria tão mais fácil!

Por favor, se alguém quiser ficar comigo, aqui mesmo em 2010, me avise. Adoraria brindar acompanhada, o ano que não passou!



quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Hoje o tempo voa, amor...



Oi geeente!

Esse ano passou mais rápido que a semana!
Será que o tempo está passando mais depressa, ou sou eu, que ando em um ritmo acelerado demais?

Não sei se acontece o mesmo com vocês, mas tenho a terrível sensação de que a vida está passando na velocidade da luz. Tenho a mania de fotografar tudo, e depois voltar àqueles bons momentos, porque em tempo real, a gente pisca, e eles acabam.

As viagens, as festas, os encontros... tudo o que esperamos com ansiedade e emoção, voa tão rápido, que parece que nem aconteceu.

Mais um ano inteiro passou e eu estou aqui digitando a coluna. As férias estão chegando, e assim como vão chegar depressa, vão passar também.

Nem consegui me organizar e realizar aquelas velhas promessas de ano novo. Não guardei dinheiro, não larguei da coca-cola, não comecei a frequentar uma academia, não perdi dois quilos, não tive um filho, não escrevi um livro e não plantei uma árvore.

Eu não fiquei rica. Sequer fiz um plano de saúde (vergonha nacional).

Eu nem sei porque planejo tanto a vida, se todos os bons momentos sequer foram planejados.

Vou adotar a doutrina Zeca Pagodiana e deixar a vida me levar, mas, sinceramente, acho que ela está me levando rápido demais.

Meu rosto no espelho não é mais o mesmo dos 18 anos. A pele muda, a gente muda. Mas a cabeça não. Que porcaria! Fomos programados para não envelhecer, dentro de nós.

E dizem que o ser humano é a máquina mais perfeita que existe. Uma ova! O corpo da gente vai mudando, mas a forma de ver a vida não. Somos crianças, com os mesmos medos e os mesmos sonhos, entra ano, sai ano. Só que num corpinho beeem usado, plastificado e botoxado.
Parei outro dia em frente à praça e fiquei olhando um bando de aves em revoada.

E pensei:
Que bom seria ser passarinho. Acordar de manhã e ter como única preocupação em mente, a dúvida:
- Para onde voarei, livre, hoje?

Amigos... todos estamos mais reflexivos ao encerrar 2010. E a única coisa que deixo como mensagem é: “Se o tempo passa depressa, devemos nos esforçar para viver com intensidade e felicidade.”



Porque, como disse Clarice Lispector...

“Um belo dia... se morre.”

Declaração de amor: quero dizer, neste momento derradeiro do ano de 2010, que amo escrever neste espaço. E principalmente, quando escrevo coisas azedas, faço com a intenção de que as pessoas saiam da inércia e façam alguma coisa. Deixem os discursos de lado, e partam para a prática. Falei de muitas coisas, e de muitas pessoas. Se alguém acha que falei mais mal dos outros do que de mim, se engana.

Quem me lê, me conhece. E sabe que me autodetonei o ano todo, para ter moral para criticar o que julgamos ser equivocado em Guaporé. E geralmente, as críticas, sempre com intuito construtivo (e algum deboche), foram feitas por leitores, que não são cegos nem surdos, para seus problemas pessoais e para os problemas coletivos de Guaporé. Continuem meus amigos em 2011. Continuem escrevendo, com sugestões e pautas. Este espaço foi feito para mostrar que ninguém é perfeito... nem eu. (por incrível que pareça! Hahaha)

"Hoje o tempo voa, amor.
Escorre pelas mãos.
Mesmo sem se sentir..."
* Lulu Santos

sábado, 11 de dezembro de 2010

Mais louco é quem me diz... que não é feliz!



"Sim, você é louco, louquinho.
Mas vou lhe contar um segredo: as melhores pessoas são assim."
*  Alice no País das Maravilhas


Nunca me achei totalmente normal. A vida nunca foi simples para mim. Tem gente que enxerga as cores exatamente como elas são: preto, branco, vermelho. Eu sempre consegui ver nelas, as nuances. Por isso, vou além dos fatos, sempre procuro saber o que vem por trás deles.
Isso me tornou muito mais tolerante. E faz com que me sinta um pouco cúmplice de todos aqueles que também não se julgam "tão normais assim".
Fraquezas, erros, tropeços, vitórias, conquistas. Sempre contei com todos estes ingredientes em minha vida. E não nego nada que tenha feito parte da minha história.
Respeito os diferentes, não discrimino os que não se encaixam nos estereotipos ideais da sociedade.
Não sou do tipo que discute gostos, cores e amores.
Detesto os medíocres. Os dissimulados. Os que não se assumem. Os que se enxergam perfeitos. Os que julgam os outros, com medo de olhar para dentro de si.

Não mato, não roubo. Não desejo o mal pra ninguém.  
Fora, isso, já cometi todos os pecados do mundo.

Bom humor e leveza em 2011!

Oi geeente!!!

(Foto Giovani Dalmás)

Então é Natal...e eu já fiz minha cartinha para o Papai Noel dos Correios!

Sou uma pessoa que não pensa em si...sempre coloca os outros em primeiro lugar (haha). Então, meus pedidos beneficiam toda uma comunidade. Espero que alguém adote minha cartinha...

Querido Papai Noel dos Correios, sei que o senhor não é Santo Expedito, mas por favor, tente realizar meus singelos pedidos...

Eu desejo muito que em Guaporé nós tenhamos muitas festas para ir. E que não tenhamos ao mesmo tempo a eletrofunk no Better, o rock metálico na Psy, o pagodinho no Trip, o sertanejo no Texas, tudo-ao-mesmo-tempo-agora. Para que no ano que vem, e nos próximos, ainda tenhamos todas essas casas noturnas funcionando por aqui.

E que os lindos, solteiros, bem sucedidos, fiéis, procurando um amor, e que tenham mais de 25 anos, saiam dos seus esconderijos e voltem a frequentar a night.

Que o maior show internacional de 2011 não seja Dado Veiga e D’Alessandro (nada contra eles, que são ótimos).

Gostaria muito de acompanhar, no Ginásio Municipal (aquele que ia começar em 2010), mais uma vitória do Guaporé Futsal, na conquista de um título.

E que tenhamos, nos jogos, mais gatas de micro vestido à vácuo e salto 20, pra distrair a torcida adversária. ( E toda a torcida do flamengo também).

Que em 2011, a BV Financeira, em um gesto generoso, perdoe todos os financiamentos a perder de vista que adquirimos, principalmente na compra de nossos Audis e BMWs (ou KAs hehe).

Que o Autódromo Nelson Luis Barro, circuito Vitacir Paludo, torre Aurélio Batista Félix, sedie a Stock Car, e se bobear, a Fórmula 1.

Que Renato Portaluppi, na conquista de um campeonato pelo Grêmio, declare em entrevista ao Fantástico que é guaporense.

Que as reuniões para se falar mal dos outros às seis da manhã nas esquinas da Praça, tomando aquele cafézinho e lendo o I.R., seja um hábito tombado patrimônio histórico-cultural da cidade.

Que o Totó depile pelo menos as costas, pra fazer cena de amor com a Mariana Ximenes.

Que os homens continuem cuidando da mulher do próximo, e continuem esquecendo de cuidar da deles.

E que as mulheres, ao invés de ficarem se preocupando em falar mal umas das outras, se preocupem em defender a categoria, em nome da boa e velha guerra dos sexos.

Que o meteoro (não o da Paixão pelo-amor-de-Deus), que caiu sobre os dinossauros, caia sobre todas as pessoas que desejam o mal dos outros e inventam histórias sem pé nem cabeça sobre personalidades invejadas da cidade.

E que essas personalidades continuem dando muito pano pra manga, deixando as barangas morrendo de inveja.

Que eu receba o convite para o casamento do Completo.

Que o Márcio Carpenedo traga a Beija Flor pra desfilar na Avenida, e eu possa finalmente ficar pelada, já que tá na moda. E se tá na moda, eu quero também!! (Já viram duas mulheres sem roupa na Sílvio Sanson, só em 2010, sério!)

Que a Rita finalmente encontre um nome menos chocante pro piu-piu, sempre presente na coluna dela! (hahaha)

Que o Átyla mantenha a Coluna Final de Semana, depois dessa!
Amém!


Que tenhamos todos muito bom humor para mais 365 dias nessa cidade maravilhosa, cheia de encantos mil, onde somos felizes e sofremos ao mesmo tempo! Viva esse purgatório da beleza e do caos!

E pra mim...


Eu desejo que em 2011 minha vida continue sendo... cuidar da sua!! (haha)



Beijos meus amores!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O mau hábito da fofoca

Oi geeente!!! Como estão todos?




Amados, lindos! Estou passada com uma epidemia que atinge a cidade. Sabe aquelas viroses que deixam todo mundo no banheiro? Sim, aqui deflagrou-se a incontinência verbal. Uma diarréia verborrágica.
Sintam o drama: domingo de tarde um amigo de umas amigas minhas estava na praça central, curtindo uma folga. Eis que no grupo de mulheres ao lado, ele escuta os nomes destas minhas amigas.

E para cada uma delas, sem dó nem piedade, são dirigidos elogios nada positivos. Ele ficou lá, ouvindo o falatório e observando que o “falar mal dos outros” virou a atividade física com mais adeptos por aqui. É um tal de exercitar a língua, que chega a dar medo!

Tem gente que fez tanto músculo na linguinha, que precisa amarrar o queixo, porque ele não aguenta o peso da danada!

Isso é muito comum na terra do “nada útil para fazer”.

Como já abordei aqui incontáveis vezes, cada um de nós, pelo menos uma vez, já ficou sabendo por terceiros, de pessoas nos esculachando publicamente. Aqui, nem Santo Antônio, o padroeiro, escapa. A última que ouvi falar dele, é que ele tinha sequestrado o Menino Jesus, e está pedindo resgate para devolver o guri no Natal!

Rogai por nós, senhor!

Mas como este espaço precisa ter alguma utilidade pública, vou dividir com vocês uma técnica antifofoca que adotei para minha vida.

1° passo:

- Alguém vem contar um babado forte da cidade. Você, então, deve se perguntar:

- Conheço a pessoa em questão? Vi ela fazendo o que estão falando? O que ela fez, de alguma forma prejudica minha vida ou o planeta Terra?

2° passo:

Se as respostas forem negativas, simplesmente peça educadamente para o fofoqueiro de plantão mudar de assunto. E comece a falar sobre a importância da preservação das jaguatiricas mirins para o equilíbrio do ecossistema da mata atlântica.

Simples assim.
Aí, cortaremos pela raiz o telefone sem fio e nos pouparemos de assuntos desagradáveis, fúteis e vazios.



Agora, alguém pode me explicar porque parece tão difícil colocar isso em prática?

Quem fala muito dos outros, sempre acaba revelando o tipo de pessoa que é. Tem um dito popular que explica bem isso:

"Quando Pedro fala de João, conhecemos melhor Pedro que João."
Na boca de gente ruim... ninguém presta!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Quero ser Naomi Campbell. Mas quero AGORA!

Oi geeente!




Jesus amado! O verão chegou e com ele, todas as aberrações e neuroses femininas.

Eu vou contar para vocês a saga de uma guerreira.

Lindas e lindos: É só a temperatura subir um pouco, que o povo se anima. E a gente quer virar gata!!

Invariavelmente é assim, todo o verão.

Eu, uma famosa boca de ouro, encho a pança o inverno inteiro e quero virar a Naomi Campbel em 15 dias: magra feito um poste e pretinha feito carvão.

Definidos os dois objetivos máster de minha vida (emagrecer e dourar) parti para a guerra:

Para conseguir perder os quilos adquiridos no período de hibernação do inverno, comendo muito mondongo, resolvi comprar uma esteira. Desacreditada por meus amigos e familiares, insisti que usaria o equipamento diariamente.

E claro, todos discordaram. Pois todos os dias eu faço lá meus 20 minutos, e corro pelo menos uns 10. Resultado: pernas da Valeska Popozuda, um aumento significativo na retaguarda e um quilo a mais na balança. FALA SÉRIO! Eu queria ficar magra e pequena e não virar uma lutadora de sumô!

Bom, para ficar cor de chocolate, resolvi me deitar no sol. Resultado: fui fritada literalmente pelo alto índice de radiação. Desconfio que o buraco na camada de ozônio esteja localizado bem EM CIMA do meu quintal. Virei um pimentão de perna grossa.

Então, nessa minha saga para ficar morena-magra-gata, o que me acontece? Virei uma pernuda estilo mulher melancia, lutadora de sumô, cor de camarão, com bolinhas pretas espalhadas pelo corpo, resultado das manchinhas deixadas pelo sol. Ainda bem que o poá está na moda no verão!

Ser mulher é MUITO difícil.

Gente, o que quero dizer com toda essa história trágica: a moda de ser magra e bronzeada nos escraviza, nos emburrece e faz com que tomemos umas atitudes ridículas.

Vi muitas meninas vermelhas feito peru por aí! E muitas das minhas amigas estão se alimentando de energia solar e tomando suco de luz, para emagrecer.

Porque nos escravizamos com padrões? Porque não nos aceitamos e amamos como somos? Porque a estética vem antes da saúde?

O verão é o máximo, lindo, cheio de vida! Mas também é cheio de calças suplex brancas, micro saias, gente torrada de sol, gente que bebe demais achando que está arrasando, e gente que chega a beijar os postes das ruas, de tanta vontade de “se dar”.

Nós mulheres esquecemos de curtir o melhor da estação, pensando nos quilinhos a mais e na gordurinha localizada...

Enquanto os homens barrigudinhos tomam aquela cerveja gelada, comendo picadinho de salame, queijo e pepino, se divertindo horrores enquanto observam nós, mulheres, levarmos nossa bunda para passear na Silvio Sanson!

Quer saber? Agora, vou sentar na sacada do clube, pedir um filé a parmegiana beeem caprichado, rir com minhas amigas tomando uma cerveja preta beeem gelada, que adoro... e aproveitar o verão feito um macho! (hahaha)

E que se dane!

E a esteira? Bom... vai virar um belo cabide de bolsas.

Falando sério: pesquisas indicam que as mulheres brasileiras estão entre as mais insatisfeitas com seus corpos. Se tem pernas grossas, querem finas. Se tem finas, querem grossas. Seios grandes? Querem pequenos. Seios pequenos? Silicone neles. Somos as que mais gastam dinheiro com cirurgias estéticas. E no índice das mulheres mais felizes do mundo, infelizmente, não estamos entre as mais bem colocadas. O que precisamos para sermos felizes está dentro, e não fora. Somos o que habita nosso corpo, e não nosso corpo em si. Para que as pessoas percebam e valorizem isso, primeiro, nós precisamos perceber e valorizar!

Um beijo pra vocês! Me escrevam:

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O que querem as mulheres?


Oi geeeente!



Lindos, amados, sarados e idolatrados homens! Vocês aí do time de futebol. Vocês da sacada do clube. Vocês aí, no autorama da Best... na frente da Ditália...

Respondam para mim...

Afinal... o que querem as mulheres?



Sério gente, essa pergunta não tem resposta. As mulheres querem paixão. E paixão é desejo. Desejo termina quando o que é desejado é conquistado. E as mulheres passam a desejar outra coisa.

Mas... nesse momento, por exemplo, o que eu quero?
- Brigadeiro quentinho pra comer de colher.

Ah... um sonho de consumo?
- Dinheiro suficiente para conhecer o mundo. Os lugares mais lindos e exóticos.

Para minha vida?
Paz, saúde e muito amor.

Para os desafetos?
A fogueira.

Para quem amo?
O melhor que se pode desejar.

Assim somos nós mulheres. As pessoas mais felizes do mundo em um shopping. As mais infelizes do mundo em uma desilusão de amor.

Temos asas e elas nos levam ao mais alto do céu, e ao mais profundo do inferno. O que queremos de verdade? Ser felizes.


Costumo dizer que homens são cães. Mulheres são gatos.

Homens felizes abanam o rabo. Homens enfurecidos, mostram os dentes. Homens tristes fazem cara de coitados. Homens arrependidos, enfiam o rabo no meio das pernas e nos lambem os pés.

São fáceis de decifrar e o que sentem, claramente fica estampado em suas expressões faciais. Mentira de homem tem perna curta. Mentira de mulher pode durar uma vida inteira. E até mais.

As mulheres são felinos.

Nunca sabemos realmente o que se passa no interior delas. Por fora, a calmaria de um lago. Por dentro, a fúria de um tsunami.

Gatos e mulheres são seres independentes, muito embora possam parecer completamente ligados a seus donos. Gatos são imprevisíveis, e podem liberar instintos ferinos a qualquer momento. Acredito que nenhum gato é completamente domesticado. Podem torna-lo dócil, mas jamais irão roubar sua alma livre, seu espírito selvagem.

Felinos são assim. Mulheres também. Gatos se lambem ao tomar banho em cima do muro em uma noite de luar. As mulheres também lambem suas feridas, curam seus males, dão a volta por cima e ressurgem, após seus dramas, independentes, misteriosas, donas de si, e indecifráveis.


Somos a esfinge. Decifra-me, ou te devoro.


E vocês, homens dos nossos corações... são invariavelmente devorados. Quer por nosso amor... quer por nosso desprezo.

O que querem as mulheres? Na verdade nem nós sabemos.


Mas continuem tentando descobrir...



“E ninguém tem o mapa da alma da mulher.”
Zé Ramalho

quinta-feira, 18 de novembro de 2010


Um ponto final também é um ponto de partida. Basta dar um passo à frente.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Inimiga íntima



Oi geeente!


Quero confessar que me sinto muito à vontade com vocês. Sério, considero todos meus amigos de verdade. A ponto de contar uma coisa que às vezes, tendo esconder de mim mesma.

Tem uma mulher aqui em Guaporé que me odeia. E é incrível a força que ela tem para influenciar na minha vida. Vou citar só alguns exemplos das maldades que ela faz, e o pior: se julga dona da razão.

Se estou contente, porque alguém elogiou meu trabalho, ela já critica, dizendo que meus textos são ruins, minhas ideias são erradas, e as pessoas de modo geral, pensam que eu só escrevo para aparecer.

Se gostei de uma roupa, ou me achei bonita em alguma ocasião... Lá vem ela criticando o vestido, a maquiagem, o cabelo. Lembrando que eu engordei, que minha pele está péssima, que minhas olheiras parecem dois socos, um em cada lado do rosto. E que eu nem deveria sair mais de casa.

Se alguém fala mal de mim, ela já vai logo dizendo que sim, é verdade, as pessoas tem razão de falar. Afinal, com certeza eu não presto, sou maldosa, linguaruda, fútil, e me meto onde não sou chamada.

Se alguém me elogia, lá vem ela dizendo que provavelmente só recebi o elogio porque sou oferecida, não me dou ao respeito, ou a pessoa quer alguma coisa em troca. Elogio sincero, com certeza eu não mereço.

E assim, de influência negativa em influência negativa, essa criatura mina a minha auto-estima e me joga na cama por uma semana, sem querer ver nada, nem ninguém.

É ela quem me manda não ir à festa. Não aceitar o convite para jantar. Não encarar o novo desafio profissional. É ela, essa sem-vergonha, que me planta no chão. Não me deixa voar.

Sério, eu sei que este é um sentimento muito ruim. Mas eu detesto essa criatura. Queria que ela sumisse, evaporasse, tomasse veneno, morresse. Não ia fazer falta. Falta nenhuma.
Eu sei que muitas pessoas podem não gostar de mim. Mas essa inimiga íntima me o-d-e-i-a. E o pior: conhece todos os meus pontos fracos e atinge cada um deles de forma mortal e certeira.

O nome dela? Michele Lunardi.



Eu saio de casa todos os dias de armadura de aço e lança na mão para vencer o mundo. E não consigo derrotar meu lado excessivamente crítico. Não consigo vencer a MIM MESMA!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A arte de iludir


Oi geeeente!!! Tudo?


Gente amada. Fique espantada com uma plaquinha que li aqui na cidade.

Estava passando em frente a um templo, enfim, um lugar onde as pessoas se reúnem para rezar e li, em letras garrafais:

Afaste-se do mal. Cure as doenças. Dores da alma, problemas nos negócios, em família, no amor. Curamos câncer, AIDS, depressão. Venha se salvar.”


Hã?

Meus queridos, quem colocou aquela cartaz, no mínimo deveria ser preso. E quem segue os rituais para se curar da AIDS, também.

Acredito em Deus, respeito todos os cultos e credos. Se você acredita em uma pedra, e a fé empurra você pra frente. Ótimo.

Agora, enganar o povo prometendo resolver todos os problemas em um passe de mágica, é coisa para a polícia resolver. Cadeia neles.

É incrível como nos iludimos e nos apegamos às mais doidas soluções para os problemas. Eu, quando adolescente, era apaixonada pelos Menudos (lembra daquilo? Eles estavam fazendo um show quando caiu o meteoro que acabou com a era dos dinossauros... sim, sou daquele tempo...).

Bom, mas meu sonho era casar com o Ricky Martin. Fui à cartomante, macumbeira e pai de santo. Li cartas, búzios e tarô. Claro que o Ricky Martin não ia cair no colo de uma adolescente magrela, com cabelo Chitãozinho e Xororó e que ainda tinha bigodinho. (Bendita depilação a laser, senão eu seria a Frida Kahlo guaporense haha)

E o pior: se todas as simpatias que fiz para atrair o Ricky Martin para os meus braços dessem certo... hoje eu teria um gato, lindo e G-A-Y do meu lado. Viram? Tudo que vem fácil demais sempre tem um preço. Eu adoro os gays, mas eles são apenas amigos das mulheres.

O que estou querendo dizer é que nossas paixões nos arrastam para coisas absurdas.

No amor, tem gente que passa a vida toda vivendo de migalhas, se apegando nos raros bons momentos de uma relação, sem enxergar o todo. Sem ver a realidade.

Outros, são apaixonados pela vida, pela sede de viver, e na iminência da morte, desesperados, muitas vezes interrompem tratamentos sérios, apostando em curandeirismo, em rezas e cultos para se livrar de doenças, que sabemos, precisam da medicina e não de rituais macabros. Creio que, nesses casos, a ciência é o braço de Deus.

A fé remove montanhas, os milagres existem. Eu acredito nisso. Mas é preciso dar uma mãozinha para que eles aconteçam.

É muito triste, e muito cruel se aproveitar da dor e da ignorância das pessoas. Usar de suas fragilidades e doenças. De suas paixões e fraquezas.

E não estou falando só dessa igreja que “cura” a Aids. Estou falando de todos nós, que usamos nosso poder de sedução para atrair nossas vítimas e nos aproveitar delas. Usamos o amor do outro em benefício próprio, sem respeitar o sentimento alheio.

Agora, no caso de manipulação em massa, como fazem líderes religiosos fanáticos, políticos corruptos e ditadores, aí, já é demais. Na minha humilde opinião...
Ninguém pode brincar de ser Deus.

“Quanto maior a mentira, maior é a chance de ela ser acreditada.”

A frase, de Adolf Hitler, nos mostra como as promessas e mentiras podem iludir e motivar os atos mais irracionais.

Falando nisso, tem alguma igreja que cure a conta bancária vermelha? haha

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Se você vem...

"Se tu vens às quatro da tarde, desde às três eu começarei a ser feliz."

O Pequeno Príncipe

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Eu tenho a força!



Oi geeeente!


Pelos poderes de Greyscow, EU tenho a FORÇA!


Quem não assistiu He-Man? Eu, particularmente, brincava que era a She-Ha. Lembram? A tradicional frase que o Príncipe Adam usava para obter o poder, destacava a força.

Me peguei perguntando se o poder corrompe. Ou melhor, se o poder corrompe a todos.

Nunca fui pelo uso de força, nem a força bruta, que acredito ser a defesa dos bichos, e não das pessoas, nem pela força do grito. Outro dia, devido às línguas ferinas de pessoas da cidade, me desentendi com uma moça. Engraçado que só nos entendemos quando paramos de falar alto.

Eu que sou totalmente contra o grito e a ofensa, quando ouvi minha voz mais alta do que o necessário, me desconheci. Talvez porque “achava” que estava com a razão, me dei o direito de pensar que “eu tinha a força”.

Engraçado que terminei a discussão com a força de um pedido de desculpas, e o poder de um sorriso.

Quanta gente bem criada, chique e no salto alto que resolve as coisas através da humilhação, do grito, do desacato, da calúnia e da mentira. Às vezes percebo que o poder, talvez não corrompa uma pessoa, talvez mostre quem ela verdadeiramente é.

Conheci um rapaz simples, humilde, que sofreu muito na vida, e que era uma simpatia... antes de se tornar policial militar. Para ele, a função conquistada, e o poder que lhe foi conferido, não o tornou uma pessoa melhor, com a consciência de que ele serve à sociedade, precisa defende-la. Deu a ele a impressão de que ele tinha a força.

Nas abordagens, ao invés de usar da gentileza, para demonstrar que podíamos confiar nele, que ele era um representante da paz e da justiça, ele usava do poder da lei para ser grosseiro, humilhar os demais, ser intransigente, debochado, e fazer uso abusivo da autoridade que tinha.

Pessoas assim ganham fama na cidade, e acabam por generalizar toda uma categoria. Como sempre, os bons pagam pelos maus.

Falo isso como um exemplo, não como uma crítica, porque aqui mesmo na cidade conheço o comandante da Brigada, o Capitão Oliveira, e um policial muito querido, o Vilmar, que são exemplos de como o poder pode transformar para melhor.

Mas em todos os setores da sociedade, do público ao privado, dentro do Executivo, do Judiciário, do Legislativo, da empresa, da entidade, dentro de casa mesmo, conhecemos exemplos de pessoas corrompidas pela sede de poder.

Sinto medo de estar nas mãos de alguns despreparados que aprovam leis, governam cidades, estados, nações. Sinto medo da pessoa mau caráter e de má índole, que está entre aqueles que devem promover segurança e nos defender dos “criminosos”.

Daqueles que imprimem no seu povo, nos seus comandados ou seguidores, o poder como forma de dominar.

Não permitem a liberdade de expressão, a liberdade de discordar, a liberdade de ser diferente.

Tenho medo do poder.

E sinceramente, no meu caso, morro de medo do poder das palavras. Será que elas têm me transformado em alguém melhor, ou simplesmente, em mais uma pessoa hipócrita?



“Se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder."

(Abraham Lincoln)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Uma cicatriz

" Peço-lhe neste instante que faça o favor de concordar comigo, que uma cicatriz nunca é feia.
Isto é o que aqueles que produzem cicatrizes querem que pensemos.
Mas você e eu temos que fazer um acordo e desafiá-los.
Temos de ver todas as cicatrizes como algo belo.

Combinado?

Este vai ser nosso segredo.
Porque, acredite em mim, uma cicatriz não se forma num morto.
Uma cicatriz significa: Eu sobrevivi."



* Trecho do emocionante livro "Pequena Abelha", de Chris Cleave.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Espelho, espelho meu...

Oi geeeente!!!




Tudo? Estava eu me roendo de inveja do gaúcho que ganhou mais de 100 milhões na mega-sena, quando lembrei que nunca joguei, em toda a minha vida.



Aí, achei muito original a ideia de um guaporense, que disse que se tivesse ganho aquela grana toda, ficaria bem quietinho e montaria na cidade uma fábrica de velas. Um mês depois, apareceria de carro novo. Seis meses depois, de casa nova. Um ano depois, compraria uma super moto, um carrão para a mulher, um camionetão pro filho, e sairia seis meses em viagem de volta ao mundo.

Quando retornasse a Guaporé, haveria uma fábrica de vela para cada mil habitantes. E ele seria taxado, no mínimo, de traficante.

Ele tem razão. Guaporé, infelizmente, é uma cidade que possui, segundo dados estatísticos comprovados na pele, a maior concentração de invejosos por metro quadrado.

Ô gente pra colocar olho gordo na vida alheia. E não é só o pobre que inveja o rico, não. Isso até seria aceitável. Mas e quando acontece o contrário? O rico e poderoso, perseguindo o menor e mais fraco? A grande indústria, exterminando a pequena? A mega empresária acabando com aquela costureira que resolveu montar confecção própria? Isso sem falar na inveja nas entidades, clubes e sociedades, no trabalho, entre “amigos”, na área afetiva, nos partidos políticos, entre outras.

Aqui, quase todo mundo já ouviu falar mal de si mesmo. Sim, é comum escutarmos: “Fulana falou isso, isso e mais isso de ti”. Se fosse pela língua alheia, Guaporé poderia ser considerada a segunda versão de Sodoma e Gomorra.

Aí, meus queridos, só Jesus salvaria!
A verdade é que não é assim, não! A grande maioria das fofocas é inventada ou aumentada pela língua dos invejosos. Eu queria fazer o teste e verificar, em 50 anos, como Guaporé se desenvolveria, se todos os invejosos fossem exterminados.
Mas amados meus... quem, quem nunca foi contaminado pelo câncer da inveja? Eu sou picada por essa cobra (uiiii!!! haha) quase que diariamente! Quando me vejo colocando olho gordo, ou desejando o mal de alguém, automaticamente me corrijo. Inveja faz mal para quem sente, muito mais do que para quem é alvo dela.

Conheço pessoas tão obsecadas em destruir outra, que vivem 24 horas por dia cuidando da vida do alvo de seu ódio. São mulheres lindas e bem sucedidas que perderam seus amados para a concorrência. São homens dor de cotovelo que viram suas amadas bater asas e voar pro terreno do vizinho. São empresários que não suportam não serem os únicos. São políticos que não querem perder o lugar no partido, líderes que vêem seu lugar ameaçado, jovens que não conseguem ver o grupo rival se divertir... e por aí vai.

Li um texto do Dr. Luis Fernando de Campos Velho, que explica a inveja. Ele diz que todos nós, quando somos gerados, quando nascemos, amamos profundamente nossas mães. Fazemos delas nossos objetos de adoração e desejo. Afinal, dependemos dela para vivermos. Então, percebemos que temos que dividi-la com o mundo. Nos sentimos roubados. E a partir daí, sentimos o amargo gosto de invejar quem nos “roubou”.

“As privações, quando excessivas, são sentidas como um roubo, do mesmo modo que, no adulto, o afastamento de alguém muito amado e necessitado, pode provocar despeito e espírito de vingança. Portanto, uma sequência de duras feridas prepara o cenário para a manifestação da inveja.

O invejoso busca incorporar a pessoa invejada, geralmente revestida por fetiches, como a beleza, a riqueza, o poder ou o prestígio. Diferente é a admiração, em que ocorre uma sadia identificação com a pessoa admirada, e pode ser um ponto de partida para o crescimento individual. O antídoto para a inveja é o amor.”

E isso é bem verdade. Liberte-se da inveja. Ame de verdade. Seu amado ama outra e te faz sofrer? Procure alguém que ame VOCÊ de verdade, ao invés de voltar suas forças para destruir a rival. A grama do vizinho é mais verde? Quem sabe seu jardim precise ser regado? Seu negócio não vai bem? Mude de ramo, ou use da criatividade para crescer.
Enquanto você ficar aí, invejando a felicidade do outro, não terá tempo para correr atrás da sua.

 
Eu particularmente, quando me sinto invejada, ou sinto inveja de alguém, paro, fecho os olhos e rezo. Peço sinceramente para encher meu coração e meus pensamentos de coisas boas, para que eu possa focar meus melhores sentimentos naquilo que conquistei e naquilo que ainda vou conquistar. E vou dizer pra vocês: dá certo. Eu mudei muito nos últimos anos. E pretendo continuar mudando, sempre para melhor.

E você?

“O número dos que nos invejam confirma as nossas capacidades.”

Oscar Wilde



E pra fechar... “De inveja não morro... mas mato um bocado!” Hahaha

Me escrevam: [email protected]

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

De volta ao começo...

Oi gente.

(Sim, nada de “Oi geeeeente!!”)



Hoje estou cansada.
Acho que as vezes você se sente assim também. Olhe ao redor. Observe as pessoas que costumam estar presentes em festas e eventos da cidade. Reparem suas roupas, maquiagem, seus sorrisos e seus assuntos.
Reparem a beleza e o vazio de suas atitudes. Reparem como dançam e balançam seus copos cheios. Reparem nos seus papos vazios.
Todos se conhecem, se misturam e são homogêneos em suas diferenças. Praticamente todo mundo tenta ser igual.
“Me espanta que tanta gente, minta descaradamente, a mesma mentira.”- diriam os Engenheiros do Havaí.
As vezes penso na futilidade das coisas e das relações. Percebo como há uma necessidade de superexposição. São 32 dentes aparecendo o tempo todo. Cabelo impecável. Amigos descolados. Roupas novas. Muito gloss e purpurina. O grande lance é ser amigo satélite de um astro maior, e sugar luz de sua popularidade, afinal é preciso brilhar
Ora, todos temos brilho próprio. Basta sabermos fazer nossa luz acender.

Fico pensando onde estão os amigos de infância, aqueles que andaram de bicicleta e que caíram de árvores com você? Onde está a melhor amiga que ficou do seu lado, quando você sofreu a primeira decepção amorosa de sua vida? Onde estão seus colegas de escola, seus amigos de faculdade? Seus amigos de verdade?

Perderam-se entre escolhas fundamentais entre o ser, e o ter. Entre o sentir e o aparentar.

Eu tenho conhecido tanta gente, tenho conversado sobre tantos assuntos, tenho sido tantas Micheles diferentes, que me perdi de mim mesma.

E noto que tem muita gente se perdendo. O que está valendo é quem está melhor vestido, quem tem o melhor carro, quem tem o maior número de amigos, quem faz a melhor festa, quem fala mais alto, quem tem mais programas na agenda, quem fica menos em casa.

Quero parar e respirar.

Quero que me convidem pra ficar em casa. Para ver um bom filme. Para ler um bom livro. Quero ter um amigo que compartilhe o silêncio. Quero ter paz na solidão.

Quero ficar de pijama. Chinelo de dedo. Cabelo desarrumado.
Quero sentar na varanda, observar a primavera, e se puder, acampar no meio do mato. Quero conviver mais com bicho do que com gente. E de preferência, não, não quero saber das novidades.
Não quero que me desejem, nem que me achem bonita, nem inteligente. Não quero que pensem nada sobre minha aparência. Só quero perto de mim pessoas que saibam quem eu sou, e não como eu sou. E que estejam do meu lado quando meu rosto enrugar e minha bunda cair.
Chega de grupos de homens e mulheres que riem muito, que tem opiniões sobre tudo, mas que no silêncio, se constrangem, e se transformam em estranhos.
O que percebo são sorrisos amarelos, amizades com laços frágeis e sem nós. Nada os prende de verdade.
Muita teoria, pouca prática.

 
A moda é falar sobre quem está com quem, quem traiu quem, deixando de lado assuntos que realmente importam. Falamos tanto dos outros, para evitarmos olhar e falar sobre nós mesmos.
Pense bem, se você for realmente falar de você, alguém vai escutar?

 
É preferível cuidar da vida dos outros, assim você esquece a sua. Vamos fingir ser alegres. Vamos fingir ser bem enturmados. Vamos fingir ser felizes.


 
Por falar nisso, com que roupa você vai sair hoje?



Gente, escrevi isso, como uma crítica geral a todos nós, que as vezes, deixamos escapar entre os dedos o que realmente importa. E aí, quando for tarde demais para resgatarmos esses valores, nenhum prozac dará jeito!



Para finalizar, nossa frase semanal... vamos evitar ficar como o amigo aí embaixo:



“Sou tão solitário que falo com meu caderno. Ele não fala, mas com aquele monte de orelhas ele presta uma atenção...”

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O que você quer, de verdade?

Oi geeente!



O que você quer, de verdade?

Tudo bem meus lindos e minhas lindas? Nooossa, a repercussão da coluna sobre a roupa da mulherada abalou geral. Muitas pessoas comentaram comigo, umas concordando, outras discordando. E viva a democracia!

Mas eu gostei do resultado, principalmente porque abriu uma brecha pra eu explicar uma coisa: 99,9% dos personagens que aparecem por aqui são inventados. São ilustrações usadas para que eu possa me fazer compreender, chocar, fazer rir, fazer pensar, revoltar, ou fazer com que as pessoas se identifiquem (ou não) comigo.

Sou paga não para falar de uma pessoa, criticar alguém, ou aplaudir alguém. Mas sim para analisar tendências e comportamentos. Ações que causem reações na sociedade.

Esse blá-blá-blá introduz o que eu quero dizer hoje:

O que você faz, a forma como se comporta, a forma como você se veste, se diverte, convive com seus amigos, reflete o que você quer e quem você é de verdade?

Uma moça aqui da cidade saia escondido com um cara há cerca de 2 anos. Eram os melhores amantes, o sexo era demais, o fato de não revelarem o romance, de saírem juntos só no final da festa e só se encontrarem no motel era excitante. Ela realmente gostava muito dele, não saía com mais ninguém e contava os dias para que ele propusesse um namoro. Mas pensava que o que mais o deixava apaixonado era o segredo, o frio na barriga, a cumplicidade. De repente ele apareceu namorando sério. E deixou dela.

Ela, desesperada, perguntou: O que eu fiz de errado? Porque você fez isso comigo?

Ele respondeu: - Jamais poderia imaginar que você queria alguma coisa séria. Sempre achei que fosse só uma curtição pra você.
Outra amiga foi em uma loja e resolveu ser moderna, sexy e inovar no visual. Realmente vestiu uma roupa que não condizia com a personalidade dela. E ficou muito, muito chateada quando os homens começaram a agir como se ela fosse uma mulher fácil. Ela deu a entender, com o estilo provocante que usou, que realmente estava em busca de diversão, companhia, sexo. Porque provocava esse desejo nos homens.

O que estou tentando explicar é que tudo bem se você adora um romance de uma noite. Ama se sentir desejada pelos homens. Ou acha realmente que uma relação só por prazer seja o sonho de consumo da mulher moderna. O importante é ser feliz.

O problema, é que a grande maioria das mulheres não acha isso. A grande maioria quer receber uma ligação no dia seguinte, e ainda se derrete ao receber flores.
Mas, para parecer modernas, independentes e descoladas, elas não deixam transparecer isso.

Talvez a igualdade dos sexos esteja nos transformando “na aparência”, em quem não somos. Infelizmente estamos mascarando nossos reais desejos, atrás de comportamentos que julgamos atuais. Beber, dançar freneticamente, ir a festas praticamente todas as noites, sair com diversos homens, sem compromisso está virando regra, não exceção entre as mulheres.

Mas no final da festa, deitamos nossa cabeça no travesseiro e choramos, sozinhas, o nosso vazio e a nossa solidão.

Seja verdade. Seja você mesmo. Ser solteira por opção, só vale se a solteirice lhe fizer feliz. Senão, não é cafona, nem ultrapassado procurar alguém para amar e respeitar.

“Cada um sabe a dor e a delícia, de ser o que é.”

 
Se você é recatado, se você é tímido, se você é caseiro, tudo bem. Talvez você não seja o mais popular, o mais divertido, o mais moderno. Mas se for amado, vai ser pelo que você verdadeiramente é. E não precisará representar nenhum personagem. Fale o que você sente. Aja de forma que suas atitudes lhe tragam felicidade. Não queira ser quem você não é, e jamais se veja obrigado a imitar o comportamento dos outros.

"Assim que você confiar em si mesmo, você saberá como viver."

(Goethe)

 
Bom meus amores, por hoje era isso. Escrevam, sugiram pautas, falem mal dos outros, ou falem mal de mim, mas falem... através do e-mail: [email protected]

Aguardo sugestões de pauta!
E pra fechar, quem acha que nossa coluna não tem nada de útil, eu deixo o pensamento da semana:

Papo construtivo é conversa pra arquitetos.

Beijos!

domingo, 26 de setembro de 2010

Meus bons amigos...

A todos os meus amigos, de perto, de longe, que dividem a mesma opinião que eu, que discordam de mim, me ensinando a abrir a mente, entender, perdoar e principalmente, enxergar o que é realmente importante.








Loucos e Santos

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.

Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.

Deles não quero resposta, quero meu avesso.

Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim.

Para isso, só sendo louco.

Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.

Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.

Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.

Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.

Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.

Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.

Não quero amigos adultos nem chatos.

Quero-os metade infância e outra metade velhice!

Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.

Tenho amigos para saber quem eu sou.

Pois os vendo, loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

(Oscar Wilde)

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A moda do pouco pano



Oi geeeeente!

Oi meus amados lindos!
Como foi a semana de vocês? Se divertiram? Eu estou mais sociável ultimamente, e tenho sido presença um pouco mais constante na night da terrinha.
O pouco que tenho saído, já tem sido o suficiente para me deixar com os cabelos em pé, com a onda de piriguetismo que toma conta do guarda-roupas da mulherada. Isso não é coisa de Deus! hahaha
Quero deixar bem claro que respeito estilo e personalidade de cada um. Tem gente que sai de casa pra provocar mesmo. E se sente muito bem mostrando barriga, peito, coxas. Tudo bem.
O que tem me espantado é que pessoas que não tem esse perfil, estão tendo surtos psicóticos dentro de microtubinhos e simplesmente estão encarnado as piri-piri-piriguétes, achando que levariam nota 10 no quesito tendência, da consultora de moda Glória Kalil.


Eu estou apavorada.
Amiga: super-curto tá na moda. Mas nem por isso você precisa usar um top como vestido. Na inauguração do Better, uma menina de uns 18 anos, eu calculo, resolveu embarcar na moda tubinho-plataforma-salto 20.

A pobrezinha passou a noite inteira indecisa entre se equilibrar no salto, puxar o vestido para baixo, ou dançar mostrando a bunda. Foi uma decisão difícil, mas ela optou pelo número 2.

Lá pelas tantas, ela esqueceu do problema do vestido que subia, e mostrou para a galera que usava uma calcinha linda de rendinha branca, com os dizeres na frente “SEXY MACHINE”!
E outra gente, esturricada dentro de um tubinho, com espartilho trinta números menor do que o manequim dela, tentava desesperadamente respirar! A coitada foi pra festa com um tubo de oxigênio pendurado nas costas!


A cafonice impera porque as pessoas já não sabem mais como chamar a atenção para o visual, e começam a perder o senso do ridículo! É tanto decote garganta profunda, tanta saia microscópica e tanto salto nas alturas do Everest, que daqui a uns dias a moda é sair ao contrário. Sim, a mulher se vira do avesso e sai por aí mostrando seus órgãos internos. Literalmente.
Para fechar com chave de ouro minha noite de observação da terrinha, encontrei uma menina que estava com aqueles discretíssimos sapatos com plataforma de madeira, na cor vermelha, micro saia branca, meia de renda preta e blusa pink néon. Cada dedo do pé e da mão tinha um fluorescente de uma cor diferente. Até aí tudo bem, cada um usa as cores que gosta. O problema é que “eu acho” que ela estava usando um absorvente. Porque a saia branca, curta e colada marcava um “volume” muito estranho. Aí eu calculei: ou a mocinha está menstruada, ou então ela necessita urgentemente de uma cirurgia para mudança de sexo.
Amigas e amigos! A vulgaridade é que é fora de moda. O menos é mais! Mostrou as pernocas lindas? Não precisa mostrar também o peito. Apostou num vestido justérrimo? Abaixa, faz movimentos em casa, para ver se ele não é desconfortável e se não vai ficar subindo o tempo todo. Mulher tirando a calcinha da bunda é feio. Parece que está com pó de mico na perseguida.

Que é isso minhas lindas?
Guaporé possui mulheres chiquérrimas, e na festa mesmo eu vi muitas. Sabem se vestir com sensualidade e estilo, mantendo a classe e a elegância, sem deixar de estar na moda e de serem notadas.
“Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.” Martha Medeiros

Cuidado, isso pega: sério gente, quando você vê a grande massa se comportando de uma maneira coletiva, a tendência é você se contaminar também. Naquela noite, estava saindo de casa com uma saia larguinha, mas curta. Quando coloquei um sapatão nas alturas, alguém me alertou: - “Michele, está bonito. Mas repara bem, muito piriguetismo não faz teu estilo.”

E é verdade gente. Eu acho que não existe idade para usar o curto, para usar o justo, para usar o sexy. Mas saber dosar entre o sexy e o over, que descamba para o vulgar, é que faz toda, toda a diferença. Lá fui eu... trocar de sapato...

But... Caso seu objetivo seja chocar e virar a Lady Gaga guaporense, então amada, faz carão, aposta numa Poker Face, investe num Bad Romance e se joga!

Fui!
Me escrevam: [email protected]

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Sunshine

Sou alegre, na maior parte do tempo.

E canto essa alegria pelas ruas.

Meu sorriso é fácil, leve e aberto.

Meu abraço é apertado e meu beijo, demorado.

Eu caminho demonstrando a leveza que sinto dentro de mim.

E isso independe de balança.
Amo muitas pessoas. De verdade. Como se fossem únicas no mundo.

E me sinto muito amada, profundamente, por pessoas que também me fazem sentir única no mundo.
Olho para mim e vejo beleza. Engraçado, ela reflete nas fotos e no espelho.

Mas é uma beleza que o tempo não apaga: a beleza de ser gentil. De ser amiga. De ser verdadeira. De não negar meus sentimentos. Não sufocar meus desejos. A beleza de ser entrega. A beleza de ser inteira.

Nossa, como sou abençoada. Como sou iluminada.

 
Opa... descobri porque você não gosta de mim.

 
É porque você não tem toda essa riqueza que eu tenho.

E isso, não está fora. Não se compra, não se vende, não se empresta. Não está em nenhum lugar do mundo, que não, dentro de nós mesmos.

Saiba que posso tocar você com minha luz.

Mas jamais permitirei que me toque com suas trevas.