Sempre é tempo de refazer antigos laços e desatar velhos nós.
Devaneios tolos... a me torturar.
quinta-feira, 31 de maio de 2012
quarta-feira, 30 de maio de 2012
terça-feira, 29 de maio de 2012
sexta-feira, 25 de maio de 2012
A felicidade é leve...
Pessoas leves me assustam. Tenho medo da leveza dos sentimentos livres.
Exatamente por isso, coloco-lhes peso. Tento mantê-los sob meu controle e
não ao sabor do vento. E, sem querer, transformo até o amor, em um
fardo difícil de carregar.
terça-feira, 22 de maio de 2012
Meu poeminha do conformismo...
E, com o tempo, nos acostumamos com tudo. Com a presença dos indesejáveis e com a ausência dos imprescindíveis.
C'est la vie...
C'est la vie...
sexta-feira, 18 de maio de 2012
Reféns
Oi geeente!
No ultimo sábado, quando cheguei na rádio para trabalhar, encontrei o Eduardo escrevendo a matéria sobre a execução de um homem na Vila Verde. Como bom repórter, ele não deixou de registrar as imagens muito tristes, de cenas que, antes, eu só via nas matérias do JN. Seis tiros a queima roupa, dois na cabeça, às 8 da noite, no meio de todo mundo.
Nunca servi para fazer cobertura policial, porque fico muito impressionada. Na noite daquele sábado, estava em casa sozinha, e tive um pesadelo horrível, com homens armados, carros em alta velocidade e alguém fugindo, desesperado. Acordei apavorada, na madrugada, e escutei um barulho, do lado de fora do apartamento, que dá para um pátio, onde moram meus pais. Minha cachorrinha começou a rosnar, e eu ainda tremendo do pesadelo, resolvi ver o que era. Não sei como consegui caminhar do quarto até a sacada, onde tem uma porta de vidro para a área externa. Quando liguei a luz, pelo vidro, um homem alto, encapuzado, espiava para dentro de casa, com uma arma na mão.
A única coisa que consegui fazer foi gritar. Mas gritei tão alto, que acho que acordei metade do meu prédio.
E me acordei também! Tudo tinha sido parte do mesmo pesadelo! Estava ensopada de suor, e ao mesmo tempo, gelada, sem conseguir me mover. O coração a saltar pela boca.
Sentir medo paralisa. Quem tem muito medo, sente-se impotente, não reage, é vítima fácil, comida para os leões.
E, infelizmente, nós estamos sentindo medo. Nossas portas e janelas já não ficam mais abertas, e pensamos duas vezes antes de descer do carro para abrirmos o portão para entrar em casa. Portões eletrônicos, alarmes, seguranças particulares e câmeras batem recordes de vendas. Já não podemos circular por qualquer lugar, à noite, na nossa cidadezinha do interior. Enriquecemos, e atraímos aqueles que, buscam dinheiro, através do terror.
Observamos muitos se deixarem levar pelo vício da cocaína, do crack, das drogas pesadas, e, enquanto ficam chapados, a sociedade paga a conta aos traficantes.
Conheço pelos menos duas pessoas de meu círculo de amigos que tiveram suas casas invadidas por este tipo de marginal. Tenho conhecidos que ficaram amarrados, e sofreram violência, psicológica e física, cometida por este tipo de bandido.
Se, cada um de nós, conhece, em uma cidade de 23 mil habitantes, pelo menos duas vítimas de violência, significa que, muito em breve, as vítimas seremos nós.
Enquanto um amigo seu compra cocaína do pequeno traficante, alguém, graúdo, perigoso e disposto a tudo, direciona seu olhar para Guaporé. Porque há mercado. Há consumo.
Tente vender poncho e cobertor no Nordeste, para ver se você sobrevive. Claro que não! Então porque Guaporé atrai tantos traficantes? Quem acompanha o trabalho da polícia, sabe que, ao prender um, outros cinco aparecem. Alguém abastece essas células. Alguém cobra suas dívidas.
E o preço pode ser alto demais. Causa-me arrepios pensar nesse tipo de gente andando pela cidade. Bandidos, da pior espécie, circulando pelos bairros, cruzando com a gente nas ruas.
Reféns. Estamos nos transformando em reféns do nosso próprio poderio econômico. Uns dizem que é o preço do progresso. Mas eu acredito que, boa parte, é o preço pelas más escolhas que fizemos. Quem usa droga financia o crime. Ajuda a apertar o gatilho.
Quando era pequena, tinha muito medo de alma penada, bruxa, lobisomem, vampiro.
Hoje... tenho medo de gente!
“As grades do condomínio são pra trazer proteção. Mas também trazem a dúvida se é você que está nessa prisão.”
O Rappa
Meu limoeiro
Eu tenho um limoeiro. Vivo com minha tesoura, podando seus galhos e folhas, pra ver se ele dá maçã. Mas limoeiro dá limão.
Ou planto uma macieira, ou faço uma limonada.
(Moral da história: mesmo que com as melhores intenções, não devemos podar pessoas, tentando mudar sua natureza. Cada um é o que é. Inclusive eu.)
sábado, 12 de maio de 2012
Essa não é a minha vida
Essa não é a minha vida. Essa não sou eu.
Quem nunca escutou as célebres frases: Como ela pode deixar aquele emprego maravilhoso? Separou-se de um marido exemplar, dava a ela tudo o que precisava. Não soube criar os filhos, são verdadeiros marginais. O namorado a deixou porque era exigente demais.
Essas e muitas outras explicações resumem, em um só ponto final, algumas das situações mais traumatizantes e importantes da vida de uma pessoa. Resumidas em uma frase.
Como é fácil explicar a vida dos outros, não é mesmo?
As pessoas nos julgam apenas pelo que veem, pelo que ouviram falar, ou por aquilo que deduziram. Não nos conhecem, e jamais irão nos conhecer.
Nossa vida não é o que postamos em nossas redes sociais. Não é a alegria de um jantar em um restaurante cheio de gente. Não são as oito horas de trabalho diário. Nossa vida não é apenas a ocasião social, o beijo apaixonado em público, ou aquela vez que perdemos a cabeça e a pose, na frente dos outros.
Nossa vida é o que acontece entre cada um desses pontos finais. É a solidão, mesmo que acompanhada, as necessidades muito pessoais, e que são tão diferentes entre cada indivíduo.
Nossa vida é o final de semana que ficamos em casa, ardendo em febre, e os poucos que nos trouxeram remédios, e alento. Nossa vida é a cobrança do chefe, a sensação de desamparo, a alegria desmedida do novo amor. A tristeza por ver, aos poucos, que está perdendo o velho.
Nossa vida é o encontro de almas, e o desencontro também. É a dor de dente, a dor de barriga, a dor de amor. Todo mundo têm.
Nossa vida é o vazio existencial, e a plenitude também. É sentir-se sozinho entre filhos e marido e sentir-se acompanhado na solidão.
Somos muito mais do que os outros vêem. O marido pode ter dinheiro, mas a necessidade da esposa pode ser tempo. O emprego pode ser excelente, mas não permite que o profissional desenvolva seu potencial criativo. A mãe pode ser dedicada, amorosa, e também pode tentar dar limites, mas jamais conseguiu controlar o filho. A namorada pode ser compreensiva, mas de que adianta compreensão em um relacionamento onde não há respeito?
O que acontece dentro de quatro paredes, e o que acontece dentro de nós, não se resume em uma frase. Não cabe em uma definição e não pode ser aprovado ou desaprovado por seu julgamento.
Ninguém é apenas bom ou ruim. Repare na sua sombra. Ela só aparece quando tem sol. A luz é a bondade, a sombra é o lado obscuro da sua humanidade. Repare que muitas vezes sua luz, projeta uma sombra que, em meio à multidão, acaba atingindo alguém.
Isso acontece o tempo todo. Com ou sem intenção, você irá se atravessar na vida e no caminho de outra pessoa. Seja na disputa por um emprego, seja em um envolvimento amoroso, seja por qualquer outra situação do dia a dia.
Porém, isso não torna você apenas bom, ou apenas mau. Mostra que você é um ser humano, com todas as fraquezas, com todas as virtudes, qualidades e defeitos.
Há sim, maldade no mundo. Se não houvesse, os presídios poderiam se transformar em conjuntos habitacionais. Mas errar, todo mundo erra. E os erros são os melhores professores.
Gosto de pensar que não somos unanimidade, mas que ao longo da nossa evolução, precisamos, apenas, conquistar o respeito de quem realmente importa. Penso que para ser uma pessoa feliz, basta ter a sensibilidade de valorizar as coisas certas.
“Rir muito e com frequência; ganhar o respeito de pessoas inteligentes e o afeto das crianças; merecer a consideração de críticos honestos e suportar a traição de falsos amigos; apreciar a beleza, encontrar o melhor nos outros; deixar o mundo um pouco melhor; saber que ao menos uma vida respirou mais fácil porque você viveu. Isso é ter tido sucesso”. Ralph Waldo Emerson
sexta-feira, 11 de maio de 2012
Vergonha na cara
Oi geeente!
Recebi uma carta de um trabalhador, pai de família. O salário dele girava em torno de R$ 700. Ele conta que começou a trabalhar na empresa, viu-a crescer. Viu seus donos adquirem bens, curtirem a vida, esbanjarem em festas e aparência. Crescerem em status.
Em contrapartida, a empresa foi indo cada vez pior. Conta ele, que mesmo quando as coisas já não iam bem, a ostentação aumentava. E os funcionários preocupados, foram orientados a continuar trabalhando e se dedicando, até o fim.
Ele conta que ficou sem receber dois meses e que manteve-se trabalhando, na esperança de que, se o pior acontecesse, pelo menos o que lhe era de direito, fosse pago.
Mas não foi o que aconteceu. Ele, como todos os outros que só deixaram o barco quando o mesmo naufragou, não receberam nenhuma recompensa pela fidelidade e dedicação.
Até hoje, estão sem seus direitos trabalhistas, sem seus salários atrasados, e cheios de dívidas acumuladas.
Buscam justiça, mas creem que ela não vai chegar.
O leitor pede para não se identificar, e sinceramente, não quero saber onde ele trabalhou, qual o nome da empresa, quem são os envolvidos. Quero dizer, que essa não é a primeira, nem a última história onde a corda estoura para o lado mais fraco.
Não gostaria de ser empresária e de ter, sob minha responsabilidade, inúmeras famílias. Fico pensando nas preocupações de quem emprega dezenas de pessoas, diante de crises econômicas e dificuldades financeiras. Ninguém está livre do fracasso. Mas a diferença de caráter está na forma como cada um administra ele.
Há pessoas que, simplesmente, não se importam. Livram o seu da reta, e que se dane o próximo. Tiram todos os bens possíveis do seu nome, usam de artimanhas e que os funcionários explodam.
Endividar-se, passar por crises homéricas, se enfiar em um mato sem cachorro, é bem comum nos dias atuais. Não penso que é vergonha cair, desde que, com humildade, caráter e honra, se trabalhe para recuperar o nome, livrar-se das dívidas, e ressarcir aqueles que foram prejudicados.
O que me surpreende é a capacidade de muitos de dar o calote e fingir que nada aconteceu. Ainda se fazem de vítima.
Em maior ou menor grau, a falta de vergonha na cara vai virando moda. A perua sai enlouquecida gastando em todas as lojas. Nunca mais paga. E se ligarem cobrando, diz que vai processar!
Fulano de tal pede dinheiro emprestado pro amigo e nunca mais devolve. Perde o amigo, mas não perde a pose.
Beltrano sequer paga a conta no supermercado há meses, mas anda no carrão do ano. Não estão nem aí! Devem, não pagam, e não se importam.
Talvez por isso esteja tão difícil hoje em dia encontrar um fiador. As pessoas dão calote em pai, mãe e filhos. O tempo da palavra de honra já se perdeu de vista. Não sabem nem o que é palavra. Honra, então!
Malandro é malandro, mané é mané. Não por nada muitos “golpistas” estão falidos hoje, e amanhã estão milionários.
Feio mesmo é ser honesto. Porque honestidade hoje, rima com burrice. Aquele que não leva alguma vantagem é bobo. Trabalha a vida toda feito burro de carga e não consegue sair do lugar.
Bonito mesmo é ser malandro. Dar nó em pingo d’água, comer lagosta e beber champagne a beira mar. Se fui pobre, não lembro! Se fui honesto... deve ter sido em outra encarnação!
Enquanto ninguém tomar uma atitude para que isso mude, os bons continuarão pagando pelos maus.
“O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, e sim por aquelas que permitem a maldade”. Albert Einstein
Beijos!
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Liberdade
“Quando você conquista o direito de estar apenas com quem lhe faz bem, e agir conforme sua vontade, conquista, também, a incompreensão dos que ainda não experimentaram a incrível sensação de assinar sua própria carta de alforria”
sábado, 5 de maio de 2012
Não combina...
Não combina, não combina não: camisa branca e molho de
tomate, criança solta em loja de cristais, vender cobertor no nordeste, sapato
apertado e joanete, sorvete com molho de feijão. Não adianta, não adianta. Não
combina, não combina não. Então porque insistir, nessa nossa combinação?
Chocolate com dieta, careta, com mente aberta, desequilíbrio e bicicleta,
álcool e direção. Não adianta, não adianta mesmo. Você tenta, inventa e
reinventa. Mas... não combina, não combina não.
sexta-feira, 4 de maio de 2012
Você vale o que ganha?
Oi
geeente!
Você
vale o que ganha?
Na viagem que fiz, ao
México, eu e meu namorado (que chamarei
de Alfa, já que ele me proibiu de falar dele!! Haha), resolvemos alugar um
carro. O aluguel sairia mais barato do que os táxis que precisávamos para
circular por Cancun. Alugamos um carrinho (bem) pequeno, que se chama Atos. Na
saída da locadora, belos, faceiros e espremidos a vácuo no nosso Atos, partimos
pelas ruas da cidade. Sabe turista abobalhado, que fica olhando para todos os
lados? Pois é.
Eis
que de repente o Alfa me cutuca e diz: - Fica fria, mas acho que estamos sendo seguidos pela polícia. (Hã!?)
Eu
olhei para trás e gelei. Mas pensem em um carrão. Parecia um
Mustang, nas cores azul, branca e amarela, com enormes sirenes gritantes, que
acelerava e fazia sinal para pararmos. Não
poderia ser conosco! Não fizéramos nada errado!
Mas
ERA conosco. Do nada, o guarda tira um auto-falante da
cartola e começa a gritar. O Alfa estacionou o Atos, e eu, tremendo da cabeça
aos pés, fui verificar o que os policiais queriam. Eram dois ( que apelidei de
Fucker and Sucker), e falavam um espanhol muito rápido. Disseram que havíamos
ultrapassado o limite de velocidade, que era de 40km hora. Que recolheriam a
carteira de motorista e que retirariam a placa do veículo. Também afirmaram que
eu estava sendo filmada e que precisaria acompanhá-los até uma delegacia.
Meu
Deus! Me senti uma criminosa internacional. E lembrei do filme
Diário de Bridget Jones, em que uma confusão faz com que ela fique presa por
tráfico internacional de drogas! (Gente,
logo eu, que a coisa mais estranha que já experimentei na vida foi carne de
lagarto!)
Pois,
no meio da conversinha, o policial disse que tudo se resolveria
se eu pagasse para ele 1.200 pesos, cerca de 200 reais. PUTZ!!!!! Eles eram dois policiais corruptos, que haviam se
aproveitado da nossa insegurança quanto às leis, e nos ROUBAVAM!
Com
medo de represálias, de mofar numa cadeia mexicana cercada de cucarachas,
paguei a tal propina. Saímos indignados,
porque aqueles que deveriam nos proteger, é que eram os bandidos.
Precavidos
da ação policial mexicana, passamos a nos arrastar pelas ruas.
Circulávamos a 20km por hora. E eis, que no dia seguinte, em uma estrada,
estávamos com nosso Atos, quando Alfa me disse : - Fica fria, mas acho que estamos sendo seguidos pela camionete da
polícia! (Hã!?)
Sim,
my people! Um camionetão gigante estava em cima do nosso
microveículo, com aquele megafone de novo! E com a mesma história! Dessa vez,
eu sentei na beira da estrada e comecei a chorar. Mas pensem num choro! Uma
cara de limão azedo, um bocão gigante e lágrimas grossas a rolar pelo rosto. No final das contas, só faltou o
policial me dar dinheiro. Mandou esquecer o episódio e seguir em frente.
Eu
segui em frente, mas não esqueci. Apelidamos nosso carrinho
de “Patos”. Porque todos que alugavam veículos caíam nas garras da polícia.
Acabamos rindo muito da situação, conversando com os mexicanos que já conheciam
essa prática e andavam sempre com 5 dólares no bolso.
Mas
eu não esqueço de duas lições!
1- Ninguém resiste a uma
mulher chorando (haha)!
2- Os
policiais do México ganham pouco. Os nossos também. Mas o salário que ganhamos
não justifica a falta de caráter. Alguns políticos ganham muito, e nos roubam também. Não
generalizei. Sei que muitos, a maioria, dos policiais são corretos, têm caráter
e honra. Os bons não podem pagar pelos maus.
Como
conclusão, creio que
valemos o que praticamos, não o que ganhamos. Dinheiro não significa
caráter. Ser mal remunerado não justifica a corrupção. E quem se vende, vale menos do que ganha!
“Nosso
caráter é o resultado da nossa conduta”. Aristóteles
Arriba!
Besos! Hasta La vista!
Respire!
Às vezes basta sair pra rua. Encher os pulmões de ar puro. Olhar para o céu. Respirar. Devagar. Fechar os olhos. Purificar a alma. E tudo passa, ou pelo menos, se abranda. Nossas tristezas, nossos problemas rotineiros, são pequenos demais, diante da grandiosidade de um dia lindo. Tem coisas que você respira, puxa para dentro de si, guarda. Esquece que para ficar leve, basta expirar, relevar, e compreender, que tudo passa. É só respirar fundo, e seguir.
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