"As minhas palavras têm memórias ____________das palavras com que me penso, e é sempre tenso _________o momento do mistério inquietante de me escrever"
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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
POEMA: MEMÓRIA
MEMÓRIAS
Dentro de mim canta um melro
que voejava feliz na infância
e se sentava depois, na ameixieira do quintal.
Fez ninho na minha memória…
Ouço-o sempre que quero esquecer
a “Árvore” monumental e desligar-me dos sons
dessa época crucial…
No seu bico guarda os momentos dos instantes
que não volto a viver.
O pensamento persiste em chamar ao presente
uma aguarela impressionista-sonora que teima
em ver o Outrora-do-mundo-das-verdades-oníricas!
Mas a vida esqueceu-se de brincar dentro das realidades do
mundo da criança que quer esquecer…
Sem pejo, pegou em mim e levou-me do mundo querido
permitindo que o meu vestidito branco fosse poluído.
Passei, depois, por crepúsculos embrulhados no celofane
do toque- do-sino -da-tenra idade…
E morreu o velho quintal…
Perdeu-se a árvore do canto do melro…
Estava só e desamparada, jorrando lágrimas que vinham
do coração do orvalho…Não dei por nada…
Mas sei que morreram com ela as horas da catequese…
…dos “Pai-Nosso” e das “Avé-Maria”…
Hoje, rezo amiúde , o “Acto de Contrição”, com a alma
recheada de raízes da árvore do velho-ido quintal
da velha ameixieira-enxame-de-odores-da-inocência-floral!
Dentro de mim, há rumores de um melro
que cantava na infância-Outra-era…
Dentro de mim, guardadas estão as lágrimas do meu Então
e cheiro o sol noutros matizes…nos ares que respiro-suspirando-por-ti…
…nas flores que sorriem ao abrirem-se, sensuais, à sede das abelhas…
…nos regatos que deslizam, a cantar…
… nas montanhas que se oferecem ao luar…
Memórias…Vida sem a qual não Somos…
R-C13N-19-Fev/012 (vds)
Marilisa Ribeiro
terça-feira, 19 de julho de 2011
POEMA: "UM CANSAÇO DESCANSADO...
UM CANSAÇO DESCANSADO…
Adormeci no cansaço descansado
de teus olhos brilhantes de prazer…
Sono repousado…ansioso por acordar
aos acordes de tuas mãos,
dedilhando o meu fragor!
A sensual passagem do amor pelas horas
dos meus minutos,
a viver,
permanece no espaço onde vivemos,
a morrer…
Das pontas de teus dedos desprendem-se
os elementos da vida: a Terra, que desbravaste…
o Fogo com que o fizeste…a Água que transpiraste…
…todo o Ar que respiraste…
Há em meu corpo um bosque onde te perdeste
ao encontrar-me…
Em teu cabelo, há avenidas traçadas
por minhas mãos, excitadas…
Passeio, sensual, pelo teu suor viril…
O amor não tem idade precisa!
Como as pedras brutas do Planeta,
espera por ser perfeito,
trabalhado com sageza.
Entrego-me em tuas mãos,
escultor dos meus defeitos vitais,
esperando que os aperfeiçoes um pouco mais…
Um raio incandescente continua a incendiar
a pérola vulvar que abriu a concha, ao nadar…
Pelo instinto, segue o odor doce da cereja
na frescura de pêssego do exotismo
das nozes maduras ,que ostento…
Se abres a boca, Amor, sou chocolate desfeito,
perdido nos teus sentidos…
E vivo a nossa vitalidade…
…a que vem do nosso Dentro…
…a que nos leva ao Fora…ao Momento!
Marilisa Ribeiro
C11L-(ERTS)-130/Maio/011
Adormeci no cansaço descansado
de teus olhos brilhantes de prazer…
Sono repousado…ansioso por acordar
aos acordes de tuas mãos,
dedilhando o meu fragor!
A sensual passagem do amor pelas horas
dos meus minutos,
a viver,
permanece no espaço onde vivemos,
a morrer…
Das pontas de teus dedos desprendem-se
os elementos da vida: a Terra, que desbravaste…
o Fogo com que o fizeste…a Água que transpiraste…
…todo o Ar que respiraste…
Há em meu corpo um bosque onde te perdeste
ao encontrar-me…
Em teu cabelo, há avenidas traçadas
por minhas mãos, excitadas…
Passeio, sensual, pelo teu suor viril…
O amor não tem idade precisa!
Como as pedras brutas do Planeta,
espera por ser perfeito,
trabalhado com sageza.
Entrego-me em tuas mãos,
escultor dos meus defeitos vitais,
esperando que os aperfeiçoes um pouco mais…
Um raio incandescente continua a incendiar
a pérola vulvar que abriu a concha, ao nadar…
Pelo instinto, segue o odor doce da cereja
na frescura de pêssego do exotismo
das nozes maduras ,que ostento…
Se abres a boca, Amor, sou chocolate desfeito,
perdido nos teus sentidos…
E vivo a nossa vitalidade…
…a que vem do nosso Dentro…
…a que nos leva ao Fora…ao Momento!
Marilisa Ribeiro
C11L-(ERTS)-130/Maio/011
domingo, 20 de março de 2011
POEMA: NAUTILUS...
FOTO GOOGLE
Mitifiquei o amor no momento da trasfega
de uma confluência cósmica.
O tremor dos astros, atónitos, aliou-se,
para fazer cair meu ninho sobrenatural,
no imortal ensejo de fugir à refrega.
A Lua, ciosa, segurou o seu brilho natural,
que costumava plasmar em teus olhos…
Amedrontada, escondi-me numa concha de nácar
que gritava sons de Mar, para me apaziguar.
Encontrei –me numa convulsão de assimetrias
de emoções, que inibiu a força das minhas ilusões…
A utopia não aconteceu…a retesia continuou
para desespero da alma… que não acreditou…
Na cosmogenia da vida, procuro o telurismo meu
que, de súbito, desapareceu, tornando-me vulnerável.
Planos inclinados do Universo procuram a desesperada alquimia,
na Geometria das operações imperfeitas…
Tintas da cor do mar, apagaram os tons descríveis do teu olhar…
Os cheiros das vidas marinhas devolveram-me a sintonia!
O vulcão dentro de mim, alma –poesia que me alimenta,
força-me a estar atenta …
Coros de deuses e anjos, desalinhados, desafinados da harmonia
hierárquica mística, preparam-se para ouvir o nascer do dia.
Febo, robusto, aparece, imortal, por cima
da montanha vermelha, coberta de lava resvalante…
Apolo, pega na sua flauta de PAN e, a seu lado,
toca as notas da mais bela melodia, no alvor de um novo dia!
É a Vida do HOMEM-SER a acontecer!
Do alto do firmamento inquieto,
detecto uma fina voz, de estrela perdida do “rebanho “ de luz,
confusa com a fúria dos elementos, que lutam pela vida!
Que resta ao Homem, na agonia que os próprios astros consomem,
em desusada euforia?
Atravessa-me um brilho natural, uma luz de luar amigo…
…o que tratou do meu abrigo numa concha de madrepérola…
…no fundo de um mar de magia, com meu cunho de aura-fogo!
Cala-se a Noite. Não toma partido no meu encontro-vida!
Tem medo que me desfaça, tal NÁUTILOS atirado contra a carcaça
portentosa, da imersa montanha, poderosa…
E…
acordo do pesadelo!
A meu lado…
uma concha deslumbrada,
cintilante,
cambaleia
no seu odor de água salgada…
C11L- (MQC)-69/ MRÇ-2011
Mitifiquei o amor no momento da trasfega
de uma confluência cósmica.
O tremor dos astros, atónitos, aliou-se,
para fazer cair meu ninho sobrenatural,
no imortal ensejo de fugir à refrega.
A Lua, ciosa, segurou o seu brilho natural,
que costumava plasmar em teus olhos…
Amedrontada, escondi-me numa concha de nácar
que gritava sons de Mar, para me apaziguar.
Encontrei –me numa convulsão de assimetrias
de emoções, que inibiu a força das minhas ilusões…
A utopia não aconteceu…a retesia continuou
para desespero da alma… que não acreditou…
Na cosmogenia da vida, procuro o telurismo meu
que, de súbito, desapareceu, tornando-me vulnerável.
Planos inclinados do Universo procuram a desesperada alquimia,
na Geometria das operações imperfeitas…
Tintas da cor do mar, apagaram os tons descríveis do teu olhar…
Os cheiros das vidas marinhas devolveram-me a sintonia!
O vulcão dentro de mim, alma –poesia que me alimenta,
força-me a estar atenta …
Coros de deuses e anjos, desalinhados, desafinados da harmonia
hierárquica mística, preparam-se para ouvir o nascer do dia.
Febo, robusto, aparece, imortal, por cima
da montanha vermelha, coberta de lava resvalante…
Apolo, pega na sua flauta de PAN e, a seu lado,
toca as notas da mais bela melodia, no alvor de um novo dia!
É a Vida do HOMEM-SER a acontecer!
Do alto do firmamento inquieto,
detecto uma fina voz, de estrela perdida do “rebanho “ de luz,
confusa com a fúria dos elementos, que lutam pela vida!
Que resta ao Homem, na agonia que os próprios astros consomem,
em desusada euforia?
Atravessa-me um brilho natural, uma luz de luar amigo…
…o que tratou do meu abrigo numa concha de madrepérola…
…no fundo de um mar de magia, com meu cunho de aura-fogo!
Cala-se a Noite. Não toma partido no meu encontro-vida!
Tem medo que me desfaça, tal NÁUTILOS atirado contra a carcaça
portentosa, da imersa montanha, poderosa…
E…
acordo do pesadelo!
A meu lado…
uma concha deslumbrada,
cintilante,
cambaleia
no seu odor de água salgada…
C11L- (MQC)-69/ MRÇ-2011
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
POEMA: SANGUE DE MARESIA...
FOTO GOOGLE
SANGUE DE MARESIA…
Corre-me nas veias, sangue com odor a maresia…
Não há vida que sorria
Ao povo que do mar nasceu,
Se não puder ver surgir
As águas do viver seu…
Engolem-se lágrimas,
Sorve-se a Esperança trazida
Em garrafas de Vida…
MAS…SEM MAR, NÃO HÁ VIDA!
Personagem presente, na ausência…
Nostalgia à deriva nas ondas da evidência,
És tu, mar-oceano ,o lado lúdico
Da impaciência
Do viver do exilado, do outro lado da Terra!
Está em guerra, o português,
Sempre que, longe da Pátria,
Não pode molhar os pés
Nas lágrimas do marulhar,
Do seu bocado de Mar…
Terra molhada de peixe, a escorrer
Água salgada!
Desterro de quem viu a vida naufragada
Nos óleos orientais,
Das palmeiras perfiladas…
Cruzados do achar um outro mundo
Com mar…
Soluços de impaciência!
MAR- MÚSICA a marulhar, no ir e no vir,
No sangue a fluir,
No partir e no chegar…
Azul-vermelho da Vida do povo do navegar…
Andrajoso, corajoso,
Ansioso por se DAR,
O povo do meu país come as lágrimas do suar…
Mar-sofrimento- poesia!
Verdade do dia-a-dia!
Sinto-te a vida a pulsar,
No beijo da ardente Despedida…
Lábios-vida… ressonância bíblica…
Bebida do sofrer na água inesgotável, arável…
Fonte da Imagem-pátria-florida!
Maria Elisa Ribeiro
C7G-44/29 (mds) -FEV/010
SANGUE DE MARESIA…
Corre-me nas veias, sangue com odor a maresia…
Não há vida que sorria
Ao povo que do mar nasceu,
Se não puder ver surgir
As águas do viver seu…
Engolem-se lágrimas,
Sorve-se a Esperança trazida
Em garrafas de Vida…
MAS…SEM MAR, NÃO HÁ VIDA!
Personagem presente, na ausência…
Nostalgia à deriva nas ondas da evidência,
És tu, mar-oceano ,o lado lúdico
Da impaciência
Do viver do exilado, do outro lado da Terra!
Está em guerra, o português,
Sempre que, longe da Pátria,
Não pode molhar os pés
Nas lágrimas do marulhar,
Do seu bocado de Mar…
Terra molhada de peixe, a escorrer
Água salgada!
Desterro de quem viu a vida naufragada
Nos óleos orientais,
Das palmeiras perfiladas…
Cruzados do achar um outro mundo
Com mar…
Soluços de impaciência!
MAR- MÚSICA a marulhar, no ir e no vir,
No sangue a fluir,
No partir e no chegar…
Azul-vermelho da Vida do povo do navegar…
Andrajoso, corajoso,
Ansioso por se DAR,
O povo do meu país come as lágrimas do suar…
Mar-sofrimento- poesia!
Verdade do dia-a-dia!
Sinto-te a vida a pulsar,
No beijo da ardente Despedida…
Lábios-vida… ressonância bíblica…
Bebida do sofrer na água inesgotável, arável…
Fonte da Imagem-pátria-florida!
Maria Elisa Ribeiro
C7G-44/29 (mds) -FEV/010
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Poema DOURO-VINHO-VIDA
FOTO MINHA
POEMA
DOURO_ VINHO_VIDA
Desmaia-se de amor ante a visão do Douro!
Graças por existires, serpente ondeada!
Colinas em socalcos, vista deslumbrada,
Olhos na verdura das margens serpenteadas,
Eis-me que m’empolgo com as uvas doiradas!
O sol queima, onde os vindimeiros,
Corpo alquebrado,
Conduzem os cestos quase corados,
Ao centro de todo o mistério:
O cemitério das uvas!
Espremidas até à medula
De seus corpos coloridos,
Dão-se ao cálice doirado,
Que bebem as almas feridas!
Natureza agreste, que tudo deste, em troca do trabalho
Com que foste servida, pelo homem que cavou, sensível,
Os socalcos, por onde, hoje, passa a modernidade.
E em cada barrica de vinho do Douro há vida, saudade,
Tradições, histórias, dores e alegrias, cheias de humanidade.
Nas encostas, nas margens do Douro serpenteante,
Dominam os verdes mais variados,
Mas também a harmonia das rochas empedernidas,
Que falam Filosofia!
Fazem parte das “mortes” de Ontem;
Fazem parte da vida de Hoje…
E nenhuma delas foge
Pois estão no seu elemento natural:
Alto-Douro, região de Portugal!
2007 CAD1--1-07A
POEMA
DOURO_ VINHO_VIDA
Desmaia-se de amor ante a visão do Douro!
Graças por existires, serpente ondeada!
Colinas em socalcos, vista deslumbrada,
Olhos na verdura das margens serpenteadas,
Eis-me que m’empolgo com as uvas doiradas!
O sol queima, onde os vindimeiros,
Corpo alquebrado,
Conduzem os cestos quase corados,
Ao centro de todo o mistério:
O cemitério das uvas!
Espremidas até à medula
De seus corpos coloridos,
Dão-se ao cálice doirado,
Que bebem as almas feridas!
Natureza agreste, que tudo deste, em troca do trabalho
Com que foste servida, pelo homem que cavou, sensível,
Os socalcos, por onde, hoje, passa a modernidade.
E em cada barrica de vinho do Douro há vida, saudade,
Tradições, histórias, dores e alegrias, cheias de humanidade.
Nas encostas, nas margens do Douro serpenteante,
Dominam os verdes mais variados,
Mas também a harmonia das rochas empedernidas,
Que falam Filosofia!
Fazem parte das “mortes” de Ontem;
Fazem parte da vida de Hoje…
E nenhuma delas foge
Pois estão no seu elemento natural:
Alto-Douro, região de Portugal!
2007 CAD1--1-07A
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
"Quero voltar a FEZ..."
FOTOS GOOGLE
E que sucede, quando, de repente,nos dá para questionarmos os horizontes de que fizemos parte?
Momentos de reflexão!- recurso inevitável às memórias da vida!- viagens que aconteceram no nosso"perder países, sendo outro, constantemente..."( PESSOA)
O Tempo é uma noção muito relativa...Passamos, por vezes, a barreira dos nossos limitados recursos e pomo-nos a caminho, numa incessante "Peregrinação" a "SANTIAGOS de COMPOSTELA", espalhados pelo Universo...
O que é "um dia passado"...é coisa que não tem o mesmo significado para os diferentes viventes...
Passei, ao longo da vida, por sítios onde permaneci para o Eterno...Estou lá!- e de lá desaparecerei, quando for cumprida a minha vontade derradeira de ser lançada ao MAR... que se estende por todo um MUNDO, na pessoa dos Oceanos e das Barragens do YANG-TSÉ, no GOLFO DO PANAMÁ, nas vielas de água de VENEZA...na pessoa de uma estrela que vai nadando ...nadando...nadando...
Tenho aprendido tanto... que se revela tão pouco no momento da VERDADE!
Enriqueço-me conhecendo seres humanos, crenças, religiões, usos, costumes e tradições...e continuo a entender que, com quem menos aprendo é com a hipocrisia e a maldade ignorante do povo do meu país...Há tanta gente tão má!...
Não esqueço- porque ainda lá estou!-o misterioso místico do cheiro árabe de MARROCOS...mais precisamente, de FEZ...
Outros se terão encantado com a moderníssima AGADIR...a fabulosa RABAT... a "perdição" de MARRAQUEXE...
Eu perdi-me no encantamento dos cheiros exóticos e do sabor a mundo secreto do deserto...da FRENTE POLISÁRIO de LIBERTAÇÃO DO POVO SARAUÍ...Perdi-me no odor da prisão onde morreu o INFANTE...outra história que a HISTÓRIA não sabe contar...
Povo que se esconde no ar livre dos mercados "orientais"...turbantes negros de perdição ...olhos mouros verdes do ar do mar e dos desertos ,a um passo de camelo...
Homens de sonho e pesadelo...calças negras como a dureza do viver atormentado por um ideal...desejados, na beleza do porte ancestral da DIGNIDADE humana!
E tenho o cérebro nas mãos...ansioso por escrever depressa o que tem que desanuviar a minha alma, desfeita em pó de areia...
Na velha Medina, enjoada com a mistura de odores saídos das "vendas", dos restaurantes, das perfumarias e dos curadouros de peles... da multidão nas labirínticas ruelas com seus cheiros naturais, encontrei o meu "MINOTAURO", em forma de uma tal dor de cabeça, que me fez vomitar...
Vi a sensualidade dos que me olhavam, velhos e novos, num tom de adoração pela brancura avermelhada da minha pele...Mulher diferente...irradiando o exotismo da parte ocidental do mundo...acompanhada por um guia do Hotel...Cerimoniosa e respeitosamente, cediam a passagem a este pobre ser, que não via a hora de deixar de ver serpentes, barracas de missangas, de ouro e outras "iguarias", drogas autênticas para os olhos das mulheres...Coisa estranha! nunca senti o perigo de que tanta se fala...E era mais nova...fulgurante no meu orgulho de SER -num-permanente- devir...
A VERDADE da verdade de outros povos passa por mim, fixando-se no meu sangue!
Voltarei a MARROCOS...quero voltar a sentir o AMOR que perdeu a vida dos meus antepassados...no deserto ...em AlCáCER_QUIBIR...
QUERO, AFINAL, O MUNDO NOS TEUS OLHOS, VIDA A SORRIR!
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Poema: NOITE DE ENGANOS...
FOTOS GOOGLE
Os meus sonhos,
trocou-os a NOITE,dona e senhora,
sem pedir permissão!
Eram sonhos lindos, cheios de EMOÇÃO!
Enganou-me!
Falei-lhe de AMOR, de magia
e duma estranha melancolia,
que o Vento trazia no VENTRE...
Ajudada pela LUA, sua companheira eterna,
no silêncio escuro de uma luz que me não vê,
que me não sente,
que os sonhos meus não lê, trocou o meu aspirar
a seu bel prazer, sem em mim pensar...
Minh'alma, sozinha na noite escura do NADA,
permanece a meu lado, esperando ,comigo,
o momento do Sonho a VIVER...
As estrelas ,luminosas,
esbatem o seu brilho
no escuro do meu Sofrer,
a esperar...
Oiço um lento cavalgar...
Meu coração acelera...
É o meu SONHO a Vencer
na Noite da longa espera!
Vou no dorso de PÉGASO...
voo nas asas do VENTO!
Lesta, avança a Magia
direita ao teu Pensamento...
Meus sentidos(doce espera...)
livres na VIDA -POESIA,
não querem ouvir mais nada,
que palavras de sensual melodia...
Geme a noite, em perene frustração.
VENCI...DESTA VEZ, EU...!
Realiza-se magia no som da minha respiração,
na vivência desta Urgência...
...no fascínio da ILUSÃO!
Acomodo-me...abarco teus braços...suo de cansaço...
dou-me à Imaginação...
Mª ELISA C8H- 115/26-JNH/010
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Poema:LUA MÁGICA
(foto google)
“LUA mágica...
Noite escura…
Rompendo
por detrás das nuvens
carregadas,
surge uma luz,
em crescendo…
Lentamente
aparecendo,
inunda de luz a Terra.
Não olha à PAZ ou à GUERRA!
Vê apenas o caminho,
que vai cortando,
de mansinho,
até pôr os pés no chão…
Lua do meu coração!
Levantas-te ,
suave e lenta,
chegando até bem pertinho…
VEM !
Acompanha-me a casa!
reacenderei a brasa
que espera por aquecer.
Aí, ficarei a ver,
a força do meu viver
até outro amanhecer...
E ,de mansinho,
ela segue o meu caminho...
Espera o meu adormecer,
para me ver renovar
a magia do luar, com que pretendo viver!
Lua altaneira...
De uma ou doutra maneira,
mestra e mensageira do amor,
veremos o abrir da flor...
Ficaria ,aqui, contigo,
se não fosses um perigo...
O teu suave brilhar
Dá-me asas, ao pensar
no que poderia ser,
ter-te aqui , no meu abrigo...
Não! não venhas comigo...
C6F-98/11- MAIO/09
“LUA mágica...
Noite escura…
Rompendo
por detrás das nuvens
carregadas,
surge uma luz,
em crescendo…
Lentamente
aparecendo,
inunda de luz a Terra.
Não olha à PAZ ou à GUERRA!
Vê apenas o caminho,
que vai cortando,
de mansinho,
até pôr os pés no chão…
Lua do meu coração!
Levantas-te ,
suave e lenta,
chegando até bem pertinho…
VEM !
Acompanha-me a casa!
reacenderei a brasa
que espera por aquecer.
Aí, ficarei a ver,
a força do meu viver
até outro amanhecer...
E ,de mansinho,
ela segue o meu caminho...
Espera o meu adormecer,
para me ver renovar
a magia do luar, com que pretendo viver!
Lua altaneira...
De uma ou doutra maneira,
mestra e mensageira do amor,
veremos o abrir da flor...
Ficaria ,aqui, contigo,
se não fosses um perigo...
O teu suave brilhar
Dá-me asas, ao pensar
no que poderia ser,
ter-te aqui , no meu abrigo...
Não! não venhas comigo...
C6F-98/11- MAIO/09
segunda-feira, 14 de junho de 2010
POEMA: O banho de VÉNUS...
Fotos google
O banho de VÉNUS…
Pele nacarada maciez adocicada
beijada quase mordida excitada
pela espuma do mar bravio possante
apaixonado pelo NADA em OFERTA…
Caravelas desejadas ansiadas ansiosas
por voltas tão numerosas como ondas
furiosas desse mar azul prateado luzente
partem do Antigamente…
Marinheiros embrutados andrajosos
calosas mãos já bronzeadas queimadas
na solidão do Sol escaldante
lançam as redes do navegante…
Suspiros meus- Ai, meu DEUS-por tristonho navegar
Nas brancas areias molhadas pelo Mar de NEPTUNO
azedo desejoso de dominar seu mundo…
VÉNUS de véus transparentes provocantes reluzentes
segue branqueando o corpo macio perlado de desvario…
E ele, o MAR, perde-se neste corpo a brilhar
no fogo da NOITE que quer apagar…
EOLO, cúmplice também desata a soltar
os véus da deusa alheada que sente um vento…
…mais nada!
Num banho de maresia coberta de água-espuma
rebola em areias meigas matizadas
(ora de cá, ora de lá)
esperando o doce dia em que OUTRA VIDA virá…
C8H-(mst) 50/11- MAIO/10
terça-feira, 18 de maio de 2010
"DIA INTERNACIONAL DOS MUSEUS"
FOTOS GOOGLE
Nos dias que correm , raro é o dia que não seja dedicado a qualquer coisa, pessoa ou assunto.E esta minha afirmação nada tem de utópico ou depreciativo; bem pelo contrário!Há coisas, assuntos, obras no mundo em que vivemos, que é necessário ter bem presentes, mesmo que só de vez em quando, como é o caso dos "Dias internacionais",para não esquecermos a condição humana, que é feita de actos sobre actos e de eras sobre eras. Por esse motivo, museu é sinónimo de CULTURA!
Sophia de Mello Breyner disse :"É A CULTURA QUE ENSINA O HOMEM A ESCOLHER, A CRIAR E A CONSTRUIR A PRÓPRIA VIDA, EM VEZ DE A SUPORTAR".
Numa sociedade como aquela em que vivemos, onde "vale ter olho vivo e pé ligeiro", onde o materialismo impera sobre todos os outros valores éticos e vence a ideia do"ganhar o mais que se possa", numa total ideia de inversão dos valores que nos foram incutidos, a nós! os mais idosos!não conseguimos encontrar respostas para o caos , a não ser que o mundo se vire "de pernas para o ar"!
Os Museus são ,para uns, um amontoado de antiguidades-melhor dizendo-velharias;felizmente que ,para outros, são autênticas provas de vida, porque são relíquias acumuladas do PASSADO e sem PASSADO, não há vida, não há memórias, não há POVO que possa ser digno de o ser!
Uns mais vistosos que outros, uns mais recheados que outros, eles são ,acima de tudo, PROVAS DE VIDA!Vida que se viveu, em alguma parte ou época deste mundo, nalgum recõndito lugar, em termos de usos, costumes, tradições, artefactos de toda a ordem...VIDA, sobretudo!de quem os manuseou, os pensou, lhes deu forma os pensou e os criou.Não há nada nos museus que não seja fruto do Pensamento e das Emoções de um qualquer ser humano.
Nesse aspecto , ao entrar num Museu ,em qualquer parte do mundo, faço-o por gosto e por respeito, pois estou num espaço cheio de VIDA!
Ali está uma PINTURA célebre e junto a ela a aura de quem a legou para a posteridade...E, juntinho àquele carro velho, àquela estátua, àquele livro... "está" a projecção misteriosa do ser que os criou...Neste sentido: não existiriam nem "OS JERÓNIMOS" , nem o "TAJ MAHAL", nem a CaTEDRAL DE MILÃO, sem que alguém os pensasse, os projectasse e ,depois, sem a vida das mãos de quem os construiu!
Como se vê, o PASSADO fez o PRESENTE, que há-de continuar no FUTURO!
Bom seria que fosse mais acessível, em todos os termos,a visita a qualquer museu, pois teríamos gente mais culta ,mais activa ,intelectualmente falando e mais sensível aos problemas de conservação dessas riquezas todas.
Poderia dizer muito mais, pois não me cansaria de escrever sobre o tema.
Fico-me por aqui, por lembrar o dia que ,hoje, se comemora, esperando que muitos amigos tenham o dia livre ,para visitar o "refúgio de VIDA" da vossa Terra!
Etiquetas:
dia internacional,
museus,
retábulos,
vida
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
POEMA: "Viagens entre o sol e a Lua..."
FOTOS GOOGLE
Chega a noite.
A Terra concilia-se com o céu;
Cobre-se com um suave véu
e descansa.
Voltará a dealbar,
assim que a noite passar…
O SOL É IRREQUIETO… ORA FOGE, ORA APARECE…
Chega, enfim, a manhã
do dia do meu viajar
nas asas do pensamento,
lesto, como todo o vento
que não pára de soprar!
Não me despego da terra,
das ruas da minha infância,
do sino da aldeia velha,
que toca já na distância…
Gotas de chuva bendita
caem, de mansinho,
sobre a terra aflita…
Os telhados das montanhas
vistos do meu viajar,
são escuros, esverdeados,
até que chegue o luar!
Segue-me a luz das estrelas,
cansada de cintilar!
E eu movo meu pensamento
por entre elas , a pairar…
Sou, por momentos, senhora de toda a terra!
Vejo a paz e vejo a guerra,
fujo da dor e da fome…
Debruço-me da janela
que me leva aos oceanos…
Peregrino, lentamente,
por entre sulcos da mente.
Pelos vales e desertos, que ainda não conheci,
pela luz que irradia e ainda não encontrei,
está minha vida segura por um fio de luar
que me empenho a reforçar!
A aurora
húmida e fria,
entrega-me a um pedaço de céu
que eu sei que não é só meu…
Espreguiço-me do torpor em que estive mergulhada!
Recebo os raios de Sol
que despertaram meu ser.
E juro!
Vou continuar a VIVER!
C7G- (vds)-36/101- Jan/010
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Sol,
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Viagem do pensamento,
vida
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
POEMA: vida,minha medida...(MOD)
fotos google
Deixo a noite escura das dúvidas,
Fiéis companheiras de indesejados segundos,
Amargurados minutos,
Aflitas horas do meu Estar…
Tempestades inesperadas desferem raios
De todas as cores, pelos céus iluminados…
Um azul-roxo diferente
Atormenta, como o solene despertar de uma aurora boreal.
Pensamento em fuga, que procuras
Vielas escuras para te esconderes
Da mão que quero dar-te,
Na noite da minha solidão!
É já dia!
O Sol clareou os devaneios do pesar
Com raios de brilho, a cintilar!
APOLO,
Deus da minha claridade afundada na Emoção,
Impele-me a ver,
Para além da humana escuridão.
E toco a harpa do meu interior
Com vontade de cantar o AMOR!
Dedilho cordas de pura magia
Nos lampejos do alvorecer
Da minha audaz harmonia…
Os acordes divinais do meu íntimo ,a sorrir,
São a força da Natureza, majestosa,
A abrir para a vida…
…MEDIDA DA MINHA MEDIDA…
C7G- (MOD)-28/28-DEZ/09
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Poema do ciclo "Místicos"
Leve brisa cheirosa perpassa no ar que a traz.
Sinto que me acaricia e até a pele arrepia,
com a sensação do toque que a traz,
a reboque dos lamentos do ar fugaz.
Ó supremo respirar! Estou viva, claramente!
Sinto que, por vezes, minto, a mim própria, sem perdão!
Acontece, quando pressinto que, em tudo o que o mundo dá,
existe, sempre um “senão”…
Receio-te, verdade insofismável ,
porque és determinada, fatal !
Não foste nem serás amável…
Determinaste que sou mortal!
Como se pode pensar, poder um dia perder
o sol que brilha em nós, como noite de luar?
Desejava que a tal verdade pudesse, um dia,
experimentar o humano sofrimento…
Quem dera que ela soltasse o doloroso lamento,
que acabo de soltar…
Pudesse alguém imaginar…
Cad.1A -51/07
Sinto que me acaricia e até a pele arrepia,
com a sensação do toque que a traz,
a reboque dos lamentos do ar fugaz.
Ó supremo respirar! Estou viva, claramente!
Sinto que, por vezes, minto, a mim própria, sem perdão!
Acontece, quando pressinto que, em tudo o que o mundo dá,
existe, sempre um “senão”…
Receio-te, verdade insofismável ,
porque és determinada, fatal !
Não foste nem serás amável…
Determinaste que sou mortal!
Como se pode pensar, poder um dia perder
o sol que brilha em nós, como noite de luar?
Desejava que a tal verdade pudesse, um dia,
experimentar o humano sofrimento…
Quem dera que ela soltasse o doloroso lamento,
que acabo de soltar…
Pudesse alguém imaginar…
Cad.1A -51/07
terça-feira, 10 de novembro de 2009
POEMA DO CICLO "VIDAS"
foto google
Duas rosas vermelho-vivo
Cruzam-se, no meu jardim.
De tal modo se tocam
Que lembram os beijos que dão,
Os que se amam, sem fim…
Fogosas, raivosas nos espinhos que as protegem,
Vivem da” seiva terra”, coberta de “húmus-vida”…
Sinto-me como uma delas!
Anseio pela boca, que se aproxima
Na candura do rubro amor,
Que procura a sua flor…
Espero…
E sem saber, sinto este acontecer.
Minha rosa escarlate escorre orvalho,
Para a terra…
A vida ameaça ressurgir…
Eu... estou pronta a sentir!
CAD6F -18 (46) – JAN/09
Duas rosas vermelho-vivo
Cruzam-se, no meu jardim.
De tal modo se tocam
Que lembram os beijos que dão,
Os que se amam, sem fim…
Fogosas, raivosas nos espinhos que as protegem,
Vivem da” seiva terra”, coberta de “húmus-vida”…
Sinto-me como uma delas!
Anseio pela boca, que se aproxima
Na candura do rubro amor,
Que procura a sua flor…
Espero…
E sem saber, sinto este acontecer.
Minha rosa escarlate escorre orvalho,
Para a terra…
A vida ameaça ressurgir…
Eu... estou pronta a sentir!
CAD6F -18 (46) – JAN/09
domingo, 11 de outubro de 2009
"VIAGEM" COMIGO... NA NOITE...
À minha frente, um canal...
Águas quase paradas, neste anoitecer sereno dum dia de Abril...
O dia, fogoso, obrigou-me a procurar a sombra frondosa de uma árvore, ali no jardim, em frente à varanda do quarto do hotel, onde estarei por dois dias.
Esta é uma viagem ocasional, como muitas que se fazem na vida...de surpresa.
Estamos cá... Existimos existindo, para além de qualquer previsão...
E se, na verdade, "O homem é o futuro do homem<", nada mais correcto do que esta atitude de expectativa.
Luzes na cidade, na fronteira entre o sonho e a realidade,indicam-me um caminho a seguir...
Em cima da ponte que liga as margens do canal decido-me por uma diferente tomada de posição:no ancoradouro, tiro o bilhete para uma pequena viagem de barco durante a qual vejo o mundo a viver, do modo que se vive nas margens dos rios ou dos canais, numa cidade como esta.
São poucos os passageiros...Estou longe do bulício, da azáfama do dia-a -dia, das vidas que me rodeiam.
De repente, através da janela, vejo, ao longe, um monte de luzes sumptuosas, diferentes, quase irreais, reflectidas nas águas do grande fio de água!
E, no canto onde me encolhia, alguém reparando no meu silêncio estupefacto, ante a profusão de claridade quase mística, que o suave deslizar do barco permitia, disse-me, gentilmente:
-"É o Palácio de Santo Estêvão... é difícil não o ver , todos os dias, como se fosse ,sempre! a primeira vez..."
Nunca cá esteve, pois não?"
Tentei ,educadamente,(até porque não me apetecia entabular conversação!) responder, dizendo:
-"É verdade...nunca tinha visto uma paisagem nocturna, tão assustadoramente imponente...Agradeço a amável informação...Penso que é preciso voltar cá de dia...A vida, o mundo, surpreende-nos a todo o momento!"
Volto-me, novamente, para o palácio. Imagino grandiosidades d'outras eras... Quase apetece saltar para o meio daquela "estrada" iluminada e percorrer caminhos de mim...O lento torpor da navegação encontrou-me na meditação...O faustuoso palácio lá ficou, pomposo e sereno, a aguçar a imaginação, no esplendor dos candeeiros de cristal reflectidos no canal..
Era luz dos tempos que eu absorvia, à medida da fantasia e do mistério do momento.
Ao voltar da minha pequena viagem," encontrei" outros portos, outros ancoradouros por onde se perderam outros portugueses, d'outros tempos...e vi-me, como eles, em hora de tristes despedidas...
Da varanda do meu quarto, antes de adormecer, ao sabor do último cigarro, saudei as estrelas que me davam a mão, numa luz de cumplicidade...
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
JANIS JOPLIN(1943-1970)
Passou no dia 4 ,mais um ano desde que morreu a mulher, a artista, o furacão dos palcos...cénico e da vida!
Eu era Professora já, amava já a sua voz e a aura de quase mistério que cobria a sua vida, pondo-a, apesar de tudo ,a descoberto. "OH, LORD, WON'T YOU BUY ME/ A MERCEDEZ BENZ...?/Foi um tempo de perdas irreparáveis ,no panorama musical dos anos 70: JIMMY HENDRIX, JANIS JOPLIN, JIM MORRISON...
A vida conturbada, excessiva, o uso das drogas que continuam a matar quem não se apercebe das armadilhas da vida, levaram estes valores da música universal do prazer do nosso convívio, cedo demais. E daí, talvez não! porque as suas canções, que os imortalizaram, continuamos a trauteá-las!
Inesquecíveis vultos dessa FALA universal, que é a música, viveram no "FIO DA NAVALHA"(como o título e o conteúdo da obra de SOMMERSET MAUGHAM),quais ídolos com pés de barro, que se sumiram na voragem do "selecto" ,que era o mundo do espectáculo a cheirar a droga e excessos. NÃO, não estou a condenar! Quem sou eu, pobre de mim? ESTOU COM PENA DE OS TER PERDIDO TÃO CEDO, DO MEU CONVÍVIO!
A VOZ inesquecível e o rouco inconfundível de JANIS, projectaram para mais longe o rock, a pop music, os "blues", que ganharam vitalidade com a energia desta mulher- animal de palco, uma energia quase "escandalosa" para os tempos em que se quis emancipar das mentalidades arcaicas da sua terrinha, no TEXAS...Arcaicas, falsas, vitorianas comandadas por pseudo- "igrejas", da moral e dos bons costumes...
Era no palco que a sua atitude quase de "loba da vida", se soltava e nos contagiava, embora em Portugal ainda não se sentisse ,em pleno, por causa óbvia:o período salazarista, do império do "DEUS-PÁTRIA- FAMÍLIA"
Nsse acontecimento musical que mudou o mundo, que foi o festival de WOODSTOCK lá estavam THE WHO, SANTANA,JOAN BAEZ, JANIS, JIMMY HENDRIX...
RESTA-NOS A SAUDADE que mitigamos ouvindo-os nos nossos velhos discos de vinil, com os sentidos despertos à vida que as suas canções deixaram, para a posteridade...RECORDAM.."SUMMERTIME"..."MARY JANE"..."PIECE OF MY HEART"...?
sábado, 5 de setembro de 2009
Poema do ciclo "MODERNISMO"
FOTOS DO GOOGLE
Persegue-me o Sol,
nos longos dias de Verão.
Não preciso de o procurar,
pois ele sabe onde encontrar-me,
naquela claridade da harmonia
do temperado estio , que alivia.
Néctar de frutos ansiosos por amadurecer,
és ,também, “Astro-Rei”,
a vitamina do nosso”CRESCER-SER”!
Seiva máxima de qualquer terra a germinar…
E eu, que sou LUA,
sinto-me tua, na aura do amanhecer…
E cresço, crescendo… em CRESCENTE!
SOL e LUA…
Oh, DEUS! Sou gente…
agente da VIDA perene
que, ao receber a LUZ e o calor,
é seara que produz,
cOM AMOR!
C6F -141/13- AGT/09
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
Poema do ciclo "MODERNISMO"
fotos:Google
Cismo muralhas
Submersas nos mares
De épocas duras, passadas.
Emergem ,de repente,
No espaço do meu “EU-SER”…
Sofro com este sismo ,
que fractura o meu viver!
Pedras soltas alinham-se, sem eu querer,
Reflectindo a ousadia de ESTAR…
Águas puras do Pensamento vagabundo
Erguem-se, purificando o momento do meu PENSAR!
São cascatas da VERDADE das muralhas…
Lavo-me nelas, confiando limar as falhas,
Arestas da minha vida
Pelas quais ando a penar…
Procuro espaços livres, sem fragmentos doridos!
É difícil encontrá-los entre muros tão altivos,
Que expõem pedras agrestes, batidas pelo ar do Tempo!
Heróis de tempos esquecidos… lutaram tristes batalhas!
Íngremes escarpas das vividas ameias…
Teias do Tempo permanecem vivas
Nas mágoas das lascas ali sofridas…
E eu, Cavaleiro da era da força do Pensamento,
Permaneço…ali… atento…
Ó Vento!
Ó Ar!
Ó Céu!
Não tenho nada de meu…
C6f -35/12 –AGT/09
sexta-feira, 31 de julho de 2009
Poema do ciclo "Outono e natureza"
És, Douro, serpente ondulante por entre penhascos;
Mexes-te, preguiçoso, quase de, rastos,
Procurando trilhos onde a terra o permite…
És, Douro, o canto solto nas gargalhadas
Ouvidas nas escarpas perfiladas,
Onde mulheres e homens esforçados
Limpam as videiras, prenhes de bagos.
Cobre a verdura, as encostas dos vales
Por onde te expandes e ajuda-te a percorrer,
Lenta, as rochas onde te espreguiças
Quando, por fim, te moves.
Tu és, Douro,
Serpente encantada onde a vida chora,
Ferida, teus esforços tão constantes!
O vinho,
Sangue vermelho contido,
Dá-te, na vida, o cheiro flutuante
De cada socalco…canteiro florido!
Julho/08-Ce5/40/08E
Mexes-te, preguiçoso, quase de, rastos,
Procurando trilhos onde a terra o permite…
És, Douro, o canto solto nas gargalhadas
Ouvidas nas escarpas perfiladas,
Onde mulheres e homens esforçados
Limpam as videiras, prenhes de bagos.
Cobre a verdura, as encostas dos vales
Por onde te expandes e ajuda-te a percorrer,
Lenta, as rochas onde te espreguiças
Quando, por fim, te moves.
Tu és, Douro,
Serpente encantada onde a vida chora,
Ferida, teus esforços tão constantes!
O vinho,
Sangue vermelho contido,
Dá-te, na vida, o cheiro flutuante
De cada socalco…canteiro florido!
Julho/08-Ce5/40/08E
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Poema do ciclo "Vida"
(foto do google)
É chegado o momento
por que esperámos,
tu e eu...
Dói...não dói?
É o medo
que nos corrói!
COMO É QUE VAMOS FAZER,
para a vida acontecer?
Jovens, puros, confiantes...
nada será como "dantes"!
Desabrochou esta flor
que vivemos com AMOR!
E é tal o nosso fervor
que o momento ansiado
desaparece, esfumado,
Em ondas do nosso tremor.
Depois...
tu, um Homem!
E eu...Mulher!
C6F-39-MRÇ/09
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