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segunda-feira, 10 de maio de 2010

Poema:Charneca misteriosa"...(on)


Fotos google




Estende-se a charneca quase até ao mar.
Sensual,espreguiça-se , para lá chegar.
O dia flameja e o regato, perto,
molha-lhe os pés para a consolar!

colinas crestadas pelo sol a queimar,
espalham gemidos, sofridos ais,
lamentos derramados no negro lago de areias
cinzentas, queimadas, sedentas.

Antiguidade...raças...fazendas...
desfazem-se lendas a soluçar, nesta charneca
ansiosa por chegar ao mar!

Povo de barcos! Povo de charcos
impregnados de mistérios loucos!

Povo da Terra! Povo do Mar!
Fogo na água do navegar!

Espírito perdido no sossego do vento sibilante...
Espírito de púrpura em era distante...

Volto à charneca, erótica ,sensual;
Alinho as árvores num esforço mental
e vejo rolas,abelhas,borboletas, aves,
vivendo da ficção do mundo natural.

Vestida de verde,verde tão real , a charneca
aparenta inocência, na perfeição,
esquecendo vidas de animais- vidas naturais!
Acomodou-se, como é normal!-
já não quer o mar...
Cinge-se, cúmplice, à terra ribatejana
da qual é raínha, senhora, dama...


C7G-(on)-39/105/Maio-o10