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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

"NUREMBERGA"... hoje e SEMPRE...


“NUREMBERGA”, outra vez…AINDA E SEMPRE!... mesmo que em MUNIQUE!

Este é um artigo emotivo, como exige o meu “EU” e não com a profundidade de tratamento histórico, pois não sou historiadora!
Criado em AGOSTO de 1945 por Britânicos, Franceses, Americanos e Soviéticos, tinha “O TRIBUNAL DE NUREMBERGA” a alta missão de julgar, depois da assinatura da “CARTA de LONDRES”,os criminosos nazis culpados de crimes contra a Humanidade, como foram os assassínios em massa, o extermínio de populações, a escravidão, deportação e outros desumanos actos contra gente indefesa, cujo único pecado era , pura e simplesmente, EXISTIR!
A dignidade humana condoeu-se com perseguições dos tipos político, racial e religioso, de que teve conhecimento durante o julgamento: muitos, aos mais altos níveis, sabiam de tudo o que se estava a passar na ALEMANHA DE HITLER e não agiram por cobardia, por medo das represálias do louco satânico em que ele se tinha tornado. Os réus deste julgamento foram médicos loucos, soldados”cumpridores” das ordens dos seus Comandantes, advogados transformados em carrascos, militares e informadores contra a existência de Judeus, polacos, romenos, soviéticos, negros, árabes e” etnias diferentes”. Além do mais, foram ainda acusados de terem planeado a 2ª Grande Guerra e de a terem espalhado pela EUROPA e pelo resto do mundo!
Há tanto a dizer sobre esta página macabra, que foram os crimes cometidos ao abrigo da loucura de HITLER, que, na verdade, seria este, a poder ser feito, um artigo que nunca mais acabaria. Os horrores acontecidos na Alemanha nazi foram-no,ao abrigo do ódio e do inferno da alma ressequida, de correligionários e membros do “staff” do louco ditador. Como bem recordam os amigos que lerem este simples artigo, os criminosos reconhecidos como exterminadores e genocidas, no TRIBUNAL DE NUREMBERGA, foram condenados à morte e outros a prisão perpétua.
Outros, tão cobardes em vida como na proximidade da morte, suicidaram-se, como fez Hermann Goering, com a célebre cápsula de cianeto que cada um deles guardava, religiosamente, para “AQUELE” momento, o momento da verdade em que a consciência “ainda” consegue falar.
Continua activo o Centro SIMON WIESENTHAL, na procura e captura das bestas humanas que estiveram implicadas no horror nazi. É bom que se continue a falar e a mostrar ao mundo aquelas imagens pavorosas dos presos nos Campos de extermínio. Bom seria que tudo isto fosse bem explicado às novas gerações, para ajudar a prevenir a disseminação de ideias neo- fascistas.
Quanto ao velho carrasco JOHN DEMJANJUK, afirmam os médicos que ele está em condições de ser julgado pelos crimes cometidos, coisa que se irá provar, em tribunal, mesmo que perante a sua senilidade ou mesmo apesar dela… ELE lembra TREBLINKA, DACHAU, BIRKENAU, AUSCHEWITZ, SOBIBOR, BERGEN-BELSEN…e tantos outros, às centenas, de onde saíram corpos que estão, ainda hoje, em valas comuns, escondidos debaixo das árvores das florestas da Alemanha e da Polónia…
Não aprofundo este assunto, porque, como já disse não sou historiadora e porque me dói lembrar; falo só do que conheço e do que conheço sei, por exemplo, que testemunhos de familiares de alguns sobreviventes do extermínio de judeus e outros povos, ainda hoje não conseguem ver um forno de gás , em casa,, um chuveiro ou até ir ao dentista, por se lembrarem dos milhões de dentes de oiro que os nazis amontoaram, antes de trucidarem os pobres “montes de ossos”, que queimaram nos fornos crematórios, para reduzirem a montanhas de barras de oiro, que enriqueceram contas pessoais e a indústria de armamento “nacional socialista”…de HITLER...
DEMJANJUK perdeu a cidadania americana em 2006, quando este estado correu com o seu cadáver pútrido e ambulante, para a Alemanha. A ser julgado, agora, que tem os pés para a cova, goza de um direito que ele e os outros criminosos não concederam aos pobres indefesos que mandaram matar, com todos os requintes da barbárie!
Sou tão por este julgamento, como sou pelo julgamento do soldado americano que, em Março de 2006, com 20 anos de idade, violou, assassinou e pôs fogo à família de ABEER QASSIM al- JANNABI, no IRAQUE! Quer-se justiça e atenção a casos de especial tendência nazista.
Peço desculpa por ter trazido este tema tão melindroso… Ele representa, tão-somente, o meu sentir, em relação a casos que podem ser abrangentes, em crimes contra populações inocentes. Até para nascer é preciso ter sorte e acertar no sítio…

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

“PLANTAS”DOS CAMPOS DE CONCENTRAÇÂO DE AUSCHWITZ-BIRKENAU…

Na altura em que passava mais um aniversário do “DIA-D”, dia em que as tropas aliadas desembarcaram, em 6 de Junho de 1944, na NORMANDIA, para começarem a acabar com o pesadelo NAZI-FASCISTA ,eu não quis falar disso neste sítio, porque toda a imprensa se fazia eco das recordações da História.
Mas hoje não resisto, pois vi no meu jornal que o Primeiro-ministro de ISRAEL, BENJAMIN NETANYAHU, recebeu das autoridades alemãs, um conjunto de “plantas”, desenhos, esboços e outros documentos importantes para a História deste país e do mundo, encontradas, no ano passado (não se sabe como), num apartamento, em BERLIM.
Foi há 70 anos que ADOLF HITLER provocou essa tragédia que conhecemos como “SEGUNDA GRANDE GUERRA MUNDIAL”. A EUROPA E O RESTO DE QUASE TODO O MUNDO mergulharam, então, num mar de sangue, ódio e loucura, inimagináveis. A guerra durou de 1939 a 1945, com as consequências que todos conhecemos. O desembarque das tropas aliadas, nas costas da Normandia, começou a marcar o fim do conflito, mas passaram-se, ainda, meses de grandes batalhas, até que o diabo saísse de cena, o que aconteceu com a libertação total da cidade de PARIS. Desse conflito, reemergiu uma EUROPA irreconhecível tendo o mundo ficado a conhecer o horror da verdadeira VERDADE de tragédias humanas, que alguns conheciam em surdina e das quais não falavam abertamente, tal o horror das mesmas. Refiro-me ao HOLOCAUSTO, sem adjectivos! porque não os há, para nos referirmos ao puro horror.
E vêm-me à cabeça “O Diário de ANNE FRANK”, o filme “A lista de SCHINDLER”, o nome do médico português ARISTIDES DE SOUSA MENDES, O livro de LAWRENCE REES, “AUSCHWITZ”…
Não é possível esquecer as imensas batalhas de uma resistência feroz contra o demónio, que continuava a tentar levantar a cabeça dos escombros, onde estavam os seus tentáculos!
Não interessa aqui falar dos heróis aliados, americanos e outros, do desastre de PEARL HARBOR, de ROMMEL, MONTGOMERY ou do GENERAL PATTON. INTERESSA, SÓ, recordar para não esquecer! Interessa que eu fico de bem com a minha consciência por recordar esta triste História que os grandes analistas e jornalistas já trataram, muito melhor do que eu… eu que também vi o filme de ROBERTO BENIGNI: “LA VITA é BELLA!”
Interessa também que o Homem pense que, para além das causas e das consequências, estes episódios trágicos ensombram a sua existência e a RAZÃO DE SE SER humano!
Não é preciso recordar a particularidade de todas e quaisquer tragédias, nem de colaboracionistas, nem de resistentes; não é preciso falar de batalhas imensas nem da carnificina, até que a PAZ fosse totalmente restabelecida e o diabo fosse, definitivamente, mandado para as chamas do inferno, que dizem que ele próprio ateou… Não é preciso recordar… porque tudo está presente! E, neste PRESENTE, é preciso recordar, isso sim!- que o FUTURO espreita.
Satisfaz-me saber que aqueles documentos, entregues ao senhor NETANYAHU, estarão, PARA sempre! no “YAD VASHEM”, o museu do HOLOCAUSTO, em JERUSALEM, para consulta , nomeadamente, de AHMADINEJAD, do IRÃO e do louco presidente da Coreia do Norte…
Perdoem, amigos, por vos trazer este tema.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Reencontro...no holocausto




Senti-me,hoje, emocionada, como há muito não sentia.Tocaram-me, profundamente, as imagens passadas pelos canais de TV,dos três idosos que estiveram, ao mesmo tempo, presos nos campos de concentração nazis. Quis Alguém maior do que nós, que eles sobrevivessem à sanha dos fogos crematórios para se encontrarem,agora, séc.XXI, com o apoio da Internet.
Com lágrimas de felicidade, reparei nos seus olhos brilhantes... apesar dos horrores pessoais e íntimos, vividos no meio da hecatombe hitleriana, riem com vivacidade, com uma luz feita de amor e perdão-quem sabe?-mas, acima de tudo, com olhos de amor à VIDA! E, então, falo comigo:quantas vezes, no meio do sono
sobressaltado, não se terão questionado-"Como é que eu escapei?"
Nenhum de nós tem respostas... mas senti-me sorrir quando eles sorriam, naquele caminhar, abraçados, numa íntima comunhão de alegrias, tristezas, memórias e naquele mostrar os braços, às câmaras, para que se visse bem o número de prisioneiros, que funciona como amarga recordação de tempos que nenhum de nós, seres humanos, quer voltar a ver,na nossa racionalidade emotiva, se assim posso falar.
Aquela tatuagem é a marca da VERGONHA, acontecida debaixo dos olhos de quem a conhecia e a ignorou. Por isso mesmo, não podemos,HOJE, dar tréguas à loucura nuclear, a outros campos de concentração, a outros requintados tipos de tortura.
As memórias do horror presentificaram-se em mim, que não era nascida.E provocaram em mim um cansaço que senti alastrar à mais ínfima fibra do meu ser, provocando um choro com e sem lágrimas, que me recordou o labiríntico mundo em que vivo.
Outros viram estas imagens e sinto que a comoção que nos invade, ainda agora,ao recordar o brilho do sorriso daqueles três seres, toca o fundo da alma de todos nós,com um efeito catártico, apaziguador.
Vem-me à memória o que ensinei aos meus alunos do 12ºano, ao estudarmos "Aparição", de VERGÍLIO FERREIRA, quando lhes referia a temática da existência, do ponto de vista de HEIDEGGER,no momento em que afirma que "existir é ser no mundo"...
Os comoventes olhos dos três nonagenários situam-se, no meu ver, nos ares da transcendência, porque existem, porque a morte queria-os e eles estão cá! Eles são a prova da grande Verdade Humana de que cada indivíduo é o que tem que ser! E eles SÃO! ESTÃO! PRESENTE DELES, NO NOSSO FUTURO!!!
Estou a ler e a reler e a voltar a ler "AUSCHWITZ", de LAURENCE REES,edição DOM QUIXOTE. Na página 364, leio o seguinte: "NO dia 15 de Abril de 1945, alguém ,em Auschwitz, gritou:"Libertados! Fomos libertados!"E ALICE LOK CAHANA pôs-se em pé, gritando para a irmã:"O que é a libertação? Tenho que encontrar a libertação ,antes que ela se dissipe ,por completo!"
Poderiam ter sido estes três velhinhos a lançar o mesmo grito...