Poema
DE UM SOPRO…
um fio de água da fonte chorava, ao passar-me
rente aos pés.
deslizava na corrente, a correr para o poente.
ia terminar a sua história de amor com o mar.
rente aos pés.
deslizava na corrente, a correr para o poente.
ia terminar a sua história de amor com o mar.
De um sopro...
fiz dele o meu mensageiro das águas turvas das manhãs sós,
sem música sem odores sem nevoeiro.
sem música sem odores sem nevoeiro.
sei que nunca ouviste Bach no telúrico cheiro
da terra da semente musical, a perfurar o solo .
da terra da semente musical, a perfurar o solo .
que, pobre e solitário,
deve ser o amor num mundo sem notas, a dançar em pautas-não –musicais-
-de um universo sem sons…cosmos-aclássico!
deve ser o amor num mundo sem notas, a dançar em pautas-não –musicais-
-de um universo sem sons…cosmos-aclássico!
Não vejo a tua estrela!
À beira da janela
do teu corpo abandonei minhas roupas…
do teu corpo abandonei minhas roupas…
De um sopro...
… coberta com o lençol macio a cheirar a tangerinas
da verdade pura,
adormeci na falta de cansaço!
da verdade pura,
adormeci na falta de cansaço!
MRÇ/013
Maria Elisa Ribeiro
Maria Elisa Ribeiro
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