terça-feira, 21 de maio de 2019

Poema REGººººººº!

Poema
DE UM SOPRO…
um fio de água da fonte chorava, ao passar-me 
rente aos pés.
deslizava na corrente, a correr para o poente.
ia terminar a sua história de amor com o mar.
De um sopro...
fiz dele o meu mensageiro das águas turvas das manhãs sós,
sem música sem odores sem nevoeiro.
sei que nunca ouviste Bach no telúrico cheiro
da terra da semente musical, a perfurar o solo .
que, pobre e solitário,
deve ser o amor num mundo sem notas, a dançar em pautas-não –musicais-
-de um universo sem sons…cosmos-aclássico!
Não vejo a tua estrela!
À beira da janela
do teu corpo abandonei minhas roupas…
De um sopro...
… coberta com o lençol macio a cheirar a tangerinas
da verdade pura,
adormeci na falta de cansaço!
MRÇ/013
Maria Elisa Ribeiro

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