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FDS

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À beira do fim-de-semana clamo por revolução. É já no sábado que o despertador será obviamente demitido das suas mais básicas funções para hibernar até segunda que vem. Os lençois e mantas que me cobrem ser-me-ão fiéis até quase ser tarde e não me trairam com as súplicas do tens que trabalhar. O computador que ligarei será bem mais velho e menos potente do que o da empresa mas será meu e terá um qualquer DVD que me acorde. Ele os beijinhos de quem estiver ao lado. Que felizemente costuma ser a certa há muitos meses. Depois uma bandeja chega à cama com pão de leite ou croissant que pão ou cereais descansam em paz até à jorna do trabalho.
Só se um bom programa me esperar é que os pés frios pisam o chão até onde me arranjo. Um bom filme. Uma partida de futebol. Uns gins. Uns amigos. O que for. Mas é em casa que há magia. Liberdade condicional. Mas nunca condicionada. Que chegue o fim-de-semana. Que se dê folga ao trabalho. Às derrotas do Sporting. À dieta.

Descobrir Ângelo de Lima

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Cozido

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Num dos restaurante do às vezes havia hoje, para o repasto, cozido à portuguesa ou como lhe chamei sempre cozido de couve. Na senda da dieta, como se não comer fizesse alguém feliz, peguei nos grandes pedaços de cenoura e lembrei-me de quem sabia fazer aquele prato. As couves de um verde triste, tombadas pelo quente caldo lembram-me a Avó Rosa, exímia na arte de matar a fome com classe, exímia na arte de ser avó.

Como se não fosse tudo a lembrar-me dela. É.

Eugénio de Andrade

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Passamos pelas coisas sem as ver, gastos, como animais envelhecidos: se alguém chama por nós não respondemos, se alguém nos pede amor não estremecemos, como frutos de sombra sem sabor, vamos caindo ao chão, apodrecidos.

Um dia

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Se um dia

Hei-de ser

Do escuro mais escuro

Que seja

Hoje

Do brilhante mais brilhante

Do claro mais lúcido

Da luz mais tranquila