Mariza

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"Sei que anda no ar uma ansiedade por causa de um certo prémio. Posso dizer que o prémio foi para a Colombia. Parece que fiz a escolha certa em ficar aqui convosco" foi assim que Mariza levantou o Pavilhão Atlântico ontem à noite quase no fim do concerto do ano em Portugal.

Tudo começou depois da hora (estamos em Portugal) mas, começou bem. Imagens de Fados, filme de Carlos Saura, apareceram numa tela acima do palco ainda escuro. Um dueto com o flamengo Miguel Poveda encantou virtualmente. Os aplausos tinham pressa de sair e, Mariza começou a iluminar o palco. Preciosa a ajuda da Sinfonietta de Lisboa como suporte a voz poderosa de Mariza encheu o Pavilhão (apesar do mau som).


Com toda a gente rendida a Mariza começou outro show. Uma parada de estrelas começou a desfilar. Primeiro o amigo e conselheiro Carlos do Carmo fez a plateia levantar-se para o aplaudir com sentimento. Carlos do Carmos ainda é o melhor fadista masculino e os seus "hits" são os poucos que o povo português conhece de cor.

Depois a África de Mariza desfilou para deleite do público. Tito Paris foi grande e convenceu e o falador Filipe Mukenga foi uma figura vista com simpatia.

Ivan Lins atravessou o Atlântico (o oceano) para dar uma lição de classe e maravilhar todos. Sentido o abraço a Carlos do Carmo, dois amigos a cantar para o público que Mariza aqueceu. a "miuda" regressou e a sua voz voltou a reinar.

Ainda apareceu o coxo Rui Veloso para dar uns toques mas o resto da noite seria da emoção de Mariza e da emocionda gente da nossa terra. A guardar com sôdade na memória. O fado encheu o Pavilhão Atlântico.

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"Queria ser o bicho para comer o bicho que te come"


Carlão, Da Weasel

A morte da infância

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A infância morreu. Um adulto é uma criança com dores de alma. A infância morreu. Tudo passou. A recordação daquele Verão ainda vive em mim mas eu não brinco nas recordações. Aquele bolo sabia tão bem naquele momento e hoje é só mais uma rotina. Aquele objecto era tão inalcansável e hoje compra-lo sem dificuldade mas és tão mais vazio.
E as pessoas? O pai já não é o homem mais forte do mundo nem a mãe a mais bela do mundo. A luz da idade revelou-te os defeitos que sempre tiveram e ainda assim , ou por isso mesmo, ama-los mais do que nunca. Decadentes, ama-los. O amor é também espirito de missão.
Mas são os avos que mais perderam desde que a infancia morreu. Á medida que os avós se vão perdendo em si, na falta da lucidez , vai se perdendo a infancia nossa arquivada neles.
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Quão de forca há nesta gravata?

Quão de prisão há neste fato?

Quão de vazio há no peito cheio?

Quão de mim há em mim?

Do futebol português

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1- O futebol português está doente. Podre. A única esperança é que haja uma completa restruturação.


2- Os jogadores bons só cá nascem e passam para ir para melhores equipas e campeonatos. Os outros são medianos e proporcionam jogos medianos. Esses são a maioria.
Em Portugal os jogadores jogam-se para o chão e tentam sempre enganar o árbitro. Não existe respeito pelo jogo.


3- Os estádios estão vazios. Falo de estádios para 30.000 pessoas que têm em média 300. Leiria ou Aveiro. Falo de estádio que não têm ninguém que puxe pelo futebol. O povo perdeu a fé. ganhou a TV.


4- Os árbitros são muito maus. Nem um tem categoria e , dá sempre a sensação de que um ou dois clubes são beneficiados. Árbitros isentos, é o que se pede. Só isso. a corrupção reina. E, hoje em dia já não se disfarça- rouba-se à frente de todos. Qual é o mal? Não há ninguém nos estádios para ver.

5- Os dirigentes querem ser protagonistas. E são. Os jornais dão-lhes as capas. E quase todos parecem brutos e selvagens. E são.


Assim vai este país do futebol onde a esperança parece vir de Alcochete. Não chega. Quero limpeza.

Cinema

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1-Peço desculpa caros leitores (pela contagem de visitas, vocês existem mesmo) de não ter mantido o blogue com tanta assiduidade como merecem e, acima de tudo, de não ter variado muito no tema do cinema. Mas, se são leitores deste espaço também são amantes de cinema. Certo?


2- O primeior filme que critico chama-se Elizabeth- A idade de ouro. É a sequela de Elizabeth de 1998 e volta a trazer a fabulosa Cate Blanchett no papel de Elizabeth, a rainha virgem, que reinou com determinação e fez de Inglaterra uma nação valente e digan de respeito ( bélico).


3- O filme tem sido duramente criticado. Por grassos erros históticos e por falta de narrativa. Não sou historiador, não posso contra-atacar nesse campo mas vi um bom filme e que diferença me faz se Mary Stuart tem sotaque escocês e não francês? Influencia realmente o filme?

Não sou crítico profissional de cinema mas vi o filme e não me perdi na narrativa, achei-a lógica e cavalgante. Gostei.


4- É obvio que o filme gira à volta do talento imenso de Cate, mas não é esse o fado das melhores actrizes? O filme é bom, conta uma boa história, tem boa fotografia e bom guarda-roupa, tem bons actores e , para mim é um filme a não perder. Mas não me liguem muito. Não leiam criticas, vejam o filme.



5- No outro extremo está um filme muito mau. Daniel Craig e Nic Kidman não salvam a Invasão. Uma boa ideia transformada num filem rídiculo. Uma vez mais, sejam voces os juizes.