Wall-E

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É fácil comparar Wall-E ao ET de Steven Spielberg. São seres (seres porque um é um extraterrestre e outro uma máquina) surpreendentemente encantador quando o seu aspecto físico indicia apenas algo estranho. São seres que conquistam a admiração e confiança dos humanos com quem partilham o ecrã. Acima de tudo são seres que conquistaram legiões de fans, entre as massas que vão ao cinema e os mais duros críticos.
Mas, enganem-se os que vêem Wall-E como uma cópia de ET. A nova estrela da Pixar tem uma identidade própria. Wall-E é uma figura e um bom filme da mais refinada animação, ET é um filme de imagem real, se bem que tenha variados efeitos secretos. Wall-E passa uma imagem ecológica, ET passa uma imagem de possibilidade de amizade entre mundos.
Na primeira cena temos uma imagem da Terra, num zoom vemos uma grande cidade, noutro vemos grandes prédios, no seguinte vemos que esses prédios são cubos de lixo compacto. Descobrimos depois que o único ser que limpa o planeta todo é Wall-E, um robô de 700 anos que vive uma solitária existência. Após as centenas de anos em que Wall-E passou a limpar, os seres humanos refugiaram-se no espaço a bordo duma gigantesca nave espacial. Após centenas de anos Wall-E, último da sua espécie desenvolveu uma personalidade. A sua personalidade serve-lhe para ganhar amizade por uma barata (metáfora de sobrevivente no planeta) e um gosto por musicais.
Um dia a sua existência muda quando conhece e se apaixona por EVE, uma jovem e moderna robô que tem a missão de encontrar vida na Terra para que os humanos possam regressar.
Wall-E é uma obra-prima. Visualmente é o melhor filme de animação até à data. Tem a qualidade deliciosa de serem feitos diálogos com grunhidos e outros sons que não a fala. E, tem um argumento, tão inteligente como divertido.

Quem só está bem na caminha não deve ir aos Jogos

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Portugal tem desiludido nos Jogos Olímpicos de Pequim. Até agora, e, acredito até ao fim, a única medalha conquistada foi a da brava Vanessa Fernandes, no triatlo. No resto das modalidades apenas fracas participações e muita desilusão.

Como ponto prévio afirmo que só há tanta desilusão porque há demasiada ilusão. Os notáveis casos de Carlos Lopes, Rosa Mota, Fernanda Ribeiro, Nuno Delgado e Vanessa Fernandes são exepções e não a regra. Portugal é um pequeno país cujo o interesse no desporto parece cingir-se ao futebol. Não podemos exigir ouro se não damos as mesmas condições de treino que ateltas de paises como EUA ou Austrália oferecem. Temos direito a sonhar e a ter esperança mas não podemos esperar ser tão bons em todas as modalidades como as potências.

É legítimo esperar ouro de atletas reputados como Naide Gomes ou Francis Obikwelu mas também é legítimo que eles falhem sem devam ser crucificados por isso.

O problema que saltou à vista mais que nunca nestes Jogos não foi a fraca participação da comitiva, foi a leviandade como vários atletas abordaram a sua eliminação.

Não se pode admitir enviar para a China, com altos custos para o país, atletas que não tem uma mentalidade vencedora e um sentido de dever e honra por representarem Portugal. Não se pode admitir que Marco Fortes se justifique dizendo que não lhe correu bem a prova porque foi de manhã e nessa altura está bem é na caminha, não se pode admitir que outros fulanos se justifiquem com o medo de verem o Estádio Olímpico cheio ou outros dizerem que não foram feitos para tão altos voos.

Não podemos exigir dezenas de medalhas porque não temos as condições que paises maiores e mais ricos têm mas podemos ter fé e devemos exigir respeito dos atletas que podendo ser elminados devem sempre ter em mente que lhes tão a pagar e bem para estarem a competir no maior acontecimento desportivo do mundo.

Exige-se total dedicação, respeito e consciencia que há dez milhões de pessoas que querem apenas que os atletas se esforcem tanto como consigam.

Francis Obikwelu desiludiu mas teve a humildade de pedir desculpa aos portugueses por gastar à toa o dinheiro dos contribuintes que lhe derama oportunidade de estar ali. Francis afirmou que aquele era o seu trabalho e deveria ter feito melhor. É isso que se quer, que se encare o desporto que se vai defender como um trabalho e se respeite as cores que se vestem.

Obrigado

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Obrigado por estes onze meses. Arrisco-me a colococá-los no topo dos melhores da minha vida. És, sendo tu, e apenas isso, tudo o que quero. Obrigado por estares mesmo ao meu lado, quando eu chorei: das vezes em que me abraçaste quando chorei para fora e das vezes em que percebeste que tinhas que o fazer mesmo eu só chorando litros para dentro.

Obrigado pelas semanas no Alentejo quando tudo era negro e tu soubeste ser claridade. Obrigado pelas massagens nos dias de stress. Obrigado pelo apoio incondicional e por acreditares em mim mesmo quando nem eu acreditava. Obrigado por todo o amor, isto agradece-se? Acho que sim. Obrigado.

Mas, obrigado, também, por essa gargalhada, por esse sorriso.


PS: Adoro fazer-te festas no cabelo, adoro a tua expressão quando sentes os meus dedos a acarinhar-te. Aninhas-te e assim adormeces. Depois comtemplo-te. Ver-te a dormir é uma bela visão.