Entre Fadas e Borboletas circulamos. Neste movimento transitório, inalterável, percorremos. Entre mistérios e paraísos lilases equilibramos. Entre matizes rosas e azuis voamos. E nos canteiros perfumados cultivamos. As flores mais lindas colhemos. Rosas vermelhas ou brancas exalamos. E nas manhãs de verão, nos amamos. (Paty Padilha)
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
Sugestão
Faça o seguinte:
Assopre o pensamento triste,
deixe escorrer a última lágrima,
conte até vinte.
Abra então a janela,
aquela que dá para o vôo dos pardais,
procure a luz que pisca lá na frente
(evite as sombras que ficaram lá para trás).
Ao encontrá-la,
coloque-a dentro do peito
de tal jeito, que possa ser notada
do lado de fora.
Acrescente agora uma pitada de poesia,
do tipo que passa por nós todos os dias
e nem sequer consegue ser notada.
Aumente o brilho
com toda a intensidade
de que um sorriso é capaz.
A felicidade é o seu limite,
e o paraíso é você mesmo(a) quem faz.
(Flora Figueiredo)
Há certas almas
Há certas almas
como as borboletas,
cuja fragilidade de asas
não resiste ao mais leve contato,
que deixam ficar pedaços
pelos dedos que as tocam.
Em seu vôo de ideal,
deslumbram olhos,
atraem as vistas:
perseguem-nas,
alcançam-nas,
detêm-nas,
mas, quase sempre,
por saciedade
ou piedade,
libertam-nas outra vez.
Ela, porém, não voam como dantes,
ficam vazias de si mesmas,
cheias de desalento...
Almas e borboletas,
não fosse a tentação das cousas rasas;
- o amor de néctar,
- o néctar do amor,
e pairaríamos nos cimos
seduzindo do alto,
admirando de longe!...
(Gilka Machado - in Sublimação, 1928)*
Assim eu sou...
Tenta esquecer-me não vai conseguir
ao menos na memória vai me ter
e ainda que entristeça não me ver
algumas lembranças o farão sorrir
não tente me prender eu te amo, mas quero liberdade
tenho sede de aprender e fome de viver
Deixe-me ser o que sou só aprendemos sentindo
Não tente me mudar
Deixe-me ser o que sou
o que sempre fui e tudo que possa ser
Sou como as águas de um rio
que seguem rumo ao mar sou como as borboletas
que precisam voar vou fluindo pelo caminho
seguindo rumo a uma direção
Sei o quero, tenho um objetivo final
mas percebo tantas outras coisas no percurso
e me permito parar ou acelerar acredito que nada é casual
tenho em mim muitas imagens
muitas cores, aromas, sabores, sensações, sons
a noite me cubro com um manto de estrelas e luar
de dia tenho o sol a me banhar
sinto o vento percorrer-me por inteira
sinto o cheiro das flores, da terra, do ar
guardo em mim mistérios, força, magia,
sedução, fragilidade, perspectivas, fantasia
vejo asas sobre mim e em mim e sigo assim
até onde puder chegar busco conhecimento e evolução
quero se melhor a cada dia
se quiser juntos podemos seguir
se não está pronto pode ficar
respeito seu tempo e sei esperar
mas não espero parada não
vou continuar levando-te no coração
tenho ainda um longo caminho
tenho tanto a conhecer não me impeça de crescer
Me deixa cantar,dançar, correr, gritar, sorrir,
chorar, sofrer, amar... viver
A vida de um rio é nunca parar
A de uma Borboleta é se transformar
Assim eu sou...
(Agnalda Carneiro)
Traquinas Fadas
Que as Fadas do paraíso
Iluminem
Seu fim de semana,
Cantem ao seu coração
Traquinagens em
Forma de canção.
Que elas brinquem
Em seus sonhos,
Coloquem em seu rosto
A magia...
Cubram de cores sua vida
Seja noite ou seja dia.
E tragam o brilho do amor
Guiando o teu caminho,
E a suavidade das rosas
Em seu coração,
Seja um carinho.
E essas fadas-sapecas
Deixem seu mundo
Encantado,
Façam seus dias
Iluminados...
E seu fim de semana
Mágico e abençoado!!
(Sirlei L. Passolongo)
Tudo que eu sei...
Eu quero estar onde quiser
Caminhar mil milhas
Ou não sair do lugar
Se assim desejar...
Coisas que eu aprendi
Olhando o outro lado
Vendo em replay
Cenas do filme imaginado
Meu mundo é o meu quarto
De cabeça pra baixo
Gosto de mudar
Tudo de lugar
Só pra contrariar
Pra confundir
Pra despistar...
Nem sempre abro a porta
Esqueço a chave
No meio da minha confusão
Me tranco em mim...
Entro em contato
Com o pensamento que está
Lá dentro...
Loucos , líquidos...
Areia movediça
Onde guardo meus medos
Meus vícios....
A cada viagem
Me afundo
Nesse mundo
E voltar parece
Tão absurdo
Que já nem sei
O que é mais real
Isso é tudo que eu sei...
(Raiblue)
Fadas, quem são elas?
A literatura da Idade Média e os contos infantis maravilhosos, nos ensinam que as fadas são seres femininos dotados de poderes sobrenaturais. Fisicamente, aparecem sempre com traços de uma jovem dama de beleza excepcional, ricamente vestida com trajes cujas cores dominantes são o branco, o ouro, o azul e sobre tudo o verde. Sua varinha mágica com uma estrela na ponta é símbolo de seus poderes mágicos. Está ainda dotada de uma sedução a qual mortal nenhum pode resistir. As crianças a adoram como sua mãe; os jovens se apaixonam perdidamente por ela e lhe consagram corpo e alma.
A fada é o ideal feminino, símbolo do "anima", que encarna a virgem, a irmã, a esposa e a mãe. É a mulher por excelência, perfeita e inacessível. É também um agente da Providência, que distribuiu riqueza, fecundidade e felicidade, ajudando os heróis em perigo e servindo de inspiração para artistas e poetas. A fada, é ainda, uma fiandeira do destino, como as Parcas romanas e as Moiras gregas. São elas que tecem o fio da vida e assistem o nascimento das crianças humanas para presenteá-los com dons. São elas também, quem rompem esse fio e anunciam a morte dos seres humanos, antes de levá-los a seus palácios encantados, no País das Fadas.Mas a fada, é por último, uma divindade da natureza, associada especialmente as árvores, aos bosques, as águas das fontes e das flores dos jardins. Aqui elas já aparecem com um aspecto não tão nobre e altivo das damas surgidas nas novelas da Idade Média e sim com a forma de uma pequena criatura, apenas vestida com telas translúcidas em tons pastel e dotada de asas de libélula.
Como podemos acompanhar, muito já se fantasiou a respeito das fadas, mas pergunta-se: mas quem são e como são realmente as fadas?
As fadas são uma raça de donzelas quase imortais, às quais os primitivos nativos da Itália davam o nome de "Fatae". O culto medieval siciliano das fadas, bem documentado pela Inquisição Espanhola, estava associado à Deusa Diana, que os italianos há muito tempo já chamavam de "A Rainha das Fadas". Diana era cultuada na Itália no Lago Nemi, onde outrora existira seu templo (500 a. C.)
As fadas italianas formavam grupos chamados de "Companhias" como a "Companhia dos Nobres" e a "Companhia dos Pobres". Tanto os homens quanto as fadas pertenciam a estas "Companhias", que eram essencialmente matriarcais, embora se encontrassem nelas elementos masculinos. Essas fadas, possuíam o poder de abençoar os campos, curar doenças e atrair a boa sorte. Somente através de preciosos presentes, podia-se aplacar a ira de uma fada e livrar-se de seus encantamentos. Tais oferendas só seriam aceitas se depositadas através das mãos de mulheres humanas.
Porém, o mais antigo registro das fadas, retratadas como pequenos seres alados, surgiram na arte etrusca à cerca de 600 a. C., na forma de "Lasa", espíritos do campo e das floresta. As Lasa eram descritas como pequenos seres humanos alados que flutuavam sobre um recipiente com incenso ou sobre uma bacia votiva. Estas primeiras fadas, estavam também associadas ao culto dos ancestrais e eram encontradas nos templos etruscos. Estavam ainda, identificadas com a vegetação e com todos os segredos da Natureza.
A palavra "fairy" (inglesa), conhecida hoje é bem recente e foi usada, as vezes, para denominar mulheres mortais que haviam adquirido poderes mágicos, tal como a usou Malory para Morgan le Fay. Mas "fairy" originalmente significava "fai-erie", um estado de encantamento e se transferiu do objeto ao agente. Se dizia que as próprias fadas desaprovavam essa palavra e gostavam de ser chamadas com termos eufemísticos como: "Os Bons Vizinhos" ou "Boa Gente". Ao longo das Ilhas Britânicas se utilizam muitos nomes para as fadas.
A palavra francesa "fai", procedia originalmente do italiano "fatae", as damas feéricas que visitavam as famílias quando havia um nascimento e se pronunciavam sobre o futuro da nova criatura, tal como faziam as Parcas.
As imagens das fadas só vieram a surgir na arte celta após a ascensão do cristianismo, ou seja, depois da ocupação romana.
Hoje, acredita-se que o povo de Tuatha de Danann está associado ao Reino das Fadas. Isto se deve a sua misteriosa aparição às Ilhas Britânicas envoltos em brumas. Lá encontraram o povo Fir Bolg, os quais derrotaram na batalha de Moytura. Posteriormente, quando os celtas invadiram a Grã-Bretanha (600-500 a.C.), os Tuatha De Danann desapareceram nos montes e bosques. Esta é a origem da crença de que as fadas habitam as áreas rurais. As lendas dos mitos celtas foram preservados em textos como "Mabinogion", o "Livro Branco de Rhyderch" (1300-1325) e o "Livro Vermelho de Hergest" (1375-1425).
Todas as culturas européias, entretanto, possuem folclore envolvendo fadas. E, apesar das crenças sobre as fadas diferirem de uma cultura para outra, há dois conceitos básicos universais a todos: a distorção do próprio tempo e as entradas ocultas ao mundo das fadas.
http://www.rosanevolpatto.trd.br/fadas
A Dança
"Louvado seja a dança
Ela libera o homem
Do peso das coisas materiais
E une os solitários
Para formar sociedade
Louvado seja a dança
Que exige tudo e fortalece
A saúde, uma mente serena
E uma alma...
A dança significa transformar
O espaço, o tempo e o homem,
Que sempre corre perigo,
De se perder ou ser somente cérebro
Ou só vontade ou só sentimento.
A dança porém exige
O ser humano inteiro
Ancorado no seu centro
E não conhece a vontade
De dominar gente e coisas
E que não serve a obsessão
De estar perdido no seu ego.
A dança exige a o homem livre e aberto
Vibrando na harmonia de todas as forças
Ó homem, ó mulher, aprenda a dançar senão os anjos no céu
Não saberão o que fazer contigo!"
(Santo Agostinho)
Existem pedras;
Não desista de andar...
Existem barreiras;
Não desista de passar...
Existem os nós;
É preciso desatar...
Existe o desânimo;
É a pior coisa que há...
A estrada é longa;
Não desista de chegar...
Existe o cansaço;
É preciso caminhar...
Existe a derrota;
Você nasceu para ganhar...
Existe o amor;
É fundamental amar...
O único momento que temos
para construir um mundo melhor,
é o momento presente!
(AD)
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