Entre Fadas e Borboletas circulamos. Neste movimento transitório, inalterável, percorremos. Entre mistérios e paraísos lilases equilibramos. Entre matizes rosas e azuis voamos. E nos canteiros perfumados cultivamos. As flores mais lindas colhemos. Rosas vermelhas ou brancas exalamos. E nas manhãs de verão, nos amamos. (Paty Padilha)
domingo, 21 de outubro de 2007
Quisera Poder Voar
Feito pássaro que foge da gaiola
E lança-se ao ar
Perdido, sem saber
Onde vai pousar
Aquele galho é seguro
Será que nele posso
Aninhar-me
Olho ao redor e enxergo
A incerteza do espaço
Cuja vastidão assusta-me
Estou inseguro
Mas a vontade de
Libertar,estimula-me
As asas estão trêmulas
Olho para trás e recuo
Vejo ao longe a gaiola
Fico tentado a voltar
As grades atraem-me
Eram seguras
Vejo a vasilha de alpiste
Vejo a água
Vejo o que foi,o meu lar
Mas vejo novamente as grades
Lá do alto vejo águas
Límpidas, cristalinas
Vejo flores. Muitas cores
Chegou o momento
Da decisão
Sinto-me frágil
E decido
Vou Voar!
(Weliane P. A. Bittar)
Sei-me inteira em cada uma das partes que me desligam e representam junto dos outros. Conheço cada nó desse misterioso fio que desemboca em teia de espelhos. Sei de cor a aspereza do tímido rebordo dos traços que me suspendem os gestos. Conheço os trajectos subitamente interrompidos por pontes que ruíram. Já percorri o itinerário mais longo entre dois pontos e nem por isso me atrasei. Estou onde devo estar. Não guardo memória dos equívocos. Assim poupo ao pensamento o desgaste dos significados inúteis. Tenho olhos rotativos que alcançam com antecedência a chegada dos temporais. Aceito-os sem surpresa e deixo-os ir sem despedidas. Arrumo a lição de cada instante no manual de sobrevivência que hospedo na pele. Interessa-me sobretudo a hora matinal do silêncio, quando se declara a limpidez da percepção.
(Maria José Quintela)
Pequena hora da noite
Fadas e Borboletas
Lá vão elas de galho em galho pousando aqui e acolá
A menina embevecida não sabe onde olhar
Tantas borboletas voando a brincar
Suas azas ao sol a brilhar
Tantas cores elas tem verde, azul, amarelo e vermelho também.
Como é lindo ver as fadinhas sorrindo a brincar
Em sua imaginação já não são borboletas
São fadas benfazejas que indicam o caminho
Passando com cuidado com medo de as machucar
Com elas se põem a falar.
Lindas fadinhas que enfeitam meu jardim
Tragam de longe um lindo príncipe pra mim
Que ele venha num belo cavalo alazão
Com roupas bordadas de ouro
E um belo coração
Que seu sorriso desperte em mim
Um grande amor que não tenha fim.
Que ele me ame e queira casar.
Afasta a feiticeira pra não atrapalhar.
E no dia do casamento uma grandes festas vai acontecer.
E as lindas fadinhas madrinhas vão ser
Que eu possa meu pedido realizar
E um grande amor eu possa achar.
E as borboletas parecem entender a sua frente voam a correr
E eis que na beira do lago começam a rodar.
E um lindo menino em uma moto ela vê aproximar.
Sorrindo os dois começam a falar.
Nascendo ali uma grande paixão.
E ate hoje os dois juntos estão.
(Mamuzinha)
Se te pareço ausente, não creias:
hora a hora minha dor agarra-se aos teus braços,
hora a hora meu desejo revolve teus escombros,
e escorrem dos meus olhos mais promessas.
Não acredites nesse breve sono;
não dês valor maior ao meu silêncio;
e se leres recados numa folha branca,
Não creias também: é preciso encostar
teus lábios nos meus lábios para ouvir.
Nem acredites se pensas que te falo:
palavras
são meu jeito mais secreto de calar.
(Lya Luft)
Se(mentes)
Asas
Eu carrego nas asas
Meus dias
Minhas noites
Meus sóis
Minhas sombras
Meu mundo
Minhas pessoas
Meus sonhos
Meus medos.
Ás vezes acho meu fardo pesado demais...
Mas dizem que nos é dado aquilo que pudemos suportar.
Me sinto pequena
Diante de tudo que carrego
E suporto
Muitas vezes calada
Sozinha
Assustada.
Mas memo assim insisto em voar
E levo adiante meu destino.
Vou com elas.
Duas.
Nunca três ou cinco.
Sempre duas.
Sempre irmanadas e companheiras.
Sempre aliadas e cúmplices de vôo.
Asas...
Não são elas os maiores convites a sonhar?
A pensar? A voar?
Vou onde meu pensamento me levar.
Se elas me foram dadas
É um disperdício não voar e arriscar.
Sou uma criatura alada das alturas...
Uma criatura liberada.
Vou me atirar no precipício da imaginação
E acreditar que ser o que sou
Me levará as alturas.
Voem!
(Carolina Salcides)
Mulher ou Borboleta?
Linda, leve, livre a levitar...
Em total sintonia com a natureza
Com o céu e com o mar
Esvoaçante e bela
Colorida e dourada de sol
Borboleta ou mulher?
Mulher ou borboleta?
Não importa
Ambas são as provas concretas
Da onipotência de Deus
Da sabedoria Dele
E do talento para moldar
Obras de arte!
(Selma Amaral Barbosa Leite)
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