Fisioterapia Na Espasticidade

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FISIOTERAPIA

NA
ESPASTICIDADE

Neurologia
Prof. Jean Charles S. Santos
TÔNUS MUSCULAR
• É a quantidade ou grau de tensão do músculo em repouso.

• As características visco-elásticas intrínsecas do músculos


são responsáveis pela tensão do tônus muscular em repouso
normal;

• Os reflexos de estiramento não contribuem para ele, mesmo


na posição ereta relaxada, nesta posição nos dependemos
primeiramente da carga sobre o esqueleto e das
propriedades visco-elásticas, os músculos ficam
moderadamente ativos ou ficam ativos intermitentemente.
• Por exemplo:
• Quando fica-se ansioso, o tônus aumenta e os reflexos de
estiramento ficam mais reativos.
MOVIMENTAÇÃO PASSIVA
Na movimentação passiva num indivíduo normal,
duas resposta podem ser notadas:
1. Uma resistência forte e breve ao movimento, gerada
por circuitos medulares que são ativados pelos
aferentes do fuso muscular e do órgão tendinoso de
Golgi;

2. A segunda resposta é tônica, provê menos resistência


e é ajustada pelos comandos motores descendentes e
os proprioceptores musculares (fuso e Golgi), atuam
em conjunto para regular o tônus muscular.
HIPERTONIA
•É a resistência anormalmente alta ao estiramento
passivo, ocorre:
1. Lesões crônicas de motoneurônio superiores;
2. Alguns distúrbios dos gânglios da base;
3. Espasticidade;
4. Rigidez;
Espasticidade
Conceito
Desordem motora caracterizada pela hiperexcitabilidade
do reflexo de estiramento velocidade dependente, com
exacerbação dos reflexos profundos e aumento do tônus
muscular.

A espasticidade é um sinal de lesão do Sistema


Nervoso Central, potencialmente incapacitante,
podendo produzir dificuldades funcionais,
deformidades e dor.
FISIOPATOLOGIA – Explicação 1
• Os comandos motores descendentes são interrompidos por
lesão aguda do motoneurônio superior, o motoneurônio inferior
afetado fica temporariamente inativo, sendo essa condição
chamada CHOQUE ESPINHAL OU CHOQUE CEREBRAL;

• Durante a fase de choque os reflexos de estiramento ficam


inativos e os músculos hipotônico, pois foi perdida a facilitação
dos motoneurônios inferiores pelas vias ativadoras
descendentes;

• Na recuperação do choque, os interneurônios e os


motoneurônios inferiores retornam suas atividades, porém essas
atividades não estão mais modulada pelos motoneurônios
superiores;
FISIOPATOLOGIA – Explicação 2
• Ocorre uma lesão do moto neurônio superior, da via

córticoretículo-bulbo-espinal, e resulta a uma


hiperexcitabilidade neuronal (alfa e gama).

• A perda da influência inibitória descendente resultará em

aumento da excitabilidade dos neurônios fusimotores


gama e dos moto-neurônios alfa.
.
FISIOPATOLOGIA – Explicação 3
• Os neurônios cujos axônios descem do cérebro e do
tronco encefálico para fazer sinapses com os
motoneurônios inferiores (ALFA e GAMA) são
motoneurônios superiores;
• As lesões dos motoneurônios superiores têm quatro
efeitos principais sobre a atividade motora:

1. Reflexos cutâneos anormais.


2. Sequenciamento anormal da ativação muscular.
3. Paresia.
4. Espasticidade.
AVALIAÇÃO

• Inspeção do tônus

• Avaliação da ADM

• Reflexos tendinosos

• Limitação funcional

• Grau de espasticidade(escala de ASHWORTH)


AVALIAÇÃO DA ESPASTICIDADE
Escala de ASHWORTH
Grau Descrição

0 Tônus normal

1 Leve aumento do tônus muscular com mínima resistência no fim


do movimento

2 Leve aumento do tônus muscular com mínima resistência em


menos da metade do movimento

3 Aumento mais marcado do tônus muscular na maior parte do


movimento, mas a mobilização passiva é efetuada com facilidade

4 Considerável aumento do tônus muscular, mas a movimentação


passiva é efetuada com dificuldade

5 Segmento afetado não cede ao movimento de flexão ou extensão


SINAIS CLINICOS ASSOCIADOS

• Aumento do reflexo de estiramento

• Aumento dos reflexos tendinosos Profundos

• Clônus

• Sinal de Babinski

• Sinergismo em massa

• Fraqueza e atrofia muscular


Outros sinais clínicos associados

• Inadequação do recrutamento na geração de força

• Lentificação dos movimentos

• Perda do controle dos movimentos seletivos e perda da

destreza

• Alteração na elasticidade muscular

• Contraturas.
TRATAMENTO CLINICO

• Agentes farmacológicos. Ex. BACLOFEN

• Quimiodesnervação dos músculos (injeções de fenol).

• Utilização de injeções de toxina botulínica.

• Tratamento cirúrgico.
Princípios de Tratamento

• Não existe um tratamento de cura definitiva da lesão;

• O tratamento é multifatorial, visando diminuição da


incapacidade;

• O tratamento deve estar inserido dentro do programa


de reabilitação;

• O tempo de tratamento deve ser baseado na


evolução funcional
Metas do Tratamento

• Inibir o tônus excessivo ao máximo;

• Dar ao paciente sensação de posição normal e


movimento normal;

• Facilitar os padrões de movimentos normais


TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
Recursos fisioterapêuticos

• Termoterapia;
• Hidroterapia;
• Eletroestimulação;
• Órteses;
• Massoterapia;
• Acupuntura:
• Crioterapia:
• Estimulação sensorial:
• Cinesioterapia:
• Técnicas especiais.
TERMOTERAPIA
• Hipotermo - Calor superficial
• Objetivo:
• Diminuição da excitabilidade nervosa e
muscular.

• Recursos
• Infra Vermelho;
• Compressas quentes;
• Imersão em agua morna;
PISCINA TERAPÊUTICA
• Na agua não haverá os efeitos da gravidade, têm-se a

descompressão articular, a facilitação na realização dos


movimentos, os efeitos decorrentes da agua aquecida
sobre o sistema nervoso.

• Hidrocinesioterapia;

• Metodo Halliwick e Bad Ragaz;


ELETROESTIMULAÇÃO
• F.E.S.
• OBJETIVO
• Aumentar a ADM e reaprendizagem motora;
• INTENSIDADE
• Suficiente para auxiliar o inicio do movimento ou completar o
arco total;
• TEMPO DE ON
• iniciando ou completando o movimento;
• TEMPO DE OFF
• suficientemente grande para permitir uma nova participação:
• COLOCAÇÃO DOS ELETRODOS: nos músculos paréticos ou
agonistas do movimento.
ORTESES
Órtese posicional para inibição da
flexão do punho

• Orteses de facilitação
MASSOTERAPIA

• Massagens relaxantes no musculo espástico;

• Massagens estimulantes nos músculos sadios.


CRIOTERAPIA
• Com o resfriamento prolongado, há diminuição da atividade do
fuso por aumentar seu limiar de disparo, a neurotransmissão
de impulsos, tanto aferente como eferente, é diminuída.
(Umphred, 1994).

• Ocorre a diminuição dos reflexos osteotendinosos e cutâneos

Em(Rodrigues
um estudo & Guimarães,
feito 1998).
Rood, quando se utiliza um cubo de gelo passado
com pressão por 3 a 5 segundos ou usado em estimulo de varredura
sobre o ventre muscular,
• Inicialmente provoca aestimulo
o gelo aumenta descarga por fusal
desencadear padrões
e a diminui em
motores,
seguida (Umphed,
por essa 1994 ; Rodrigues
razão não pode & Guimarães,
ser utilizado1998).
de forma breve
por provocar contração muscular. *

• =observação =
FORMAS DE CRIOTERAPIA
1. Compressas do tipo panquecas sobre músculos
espástico;
2. Crioestimulação sobre os músculos sadios;
3. Crioimersão;

PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS


Estimulação Sensorial
• Rood;
• Eutonia
ACUPUNTURA
• Acus – agulha
• Punctura – punção
• Consiste na inserção de agulhas muito finas, na
profundidade de alguns milímetros, em pontos da pele
especificamente determinados. As agulhas são deixadas
no local por alguns minutos e depois removidas.
CINESIOTERAPIA

• ALONGAMENTOS;
• MOBILIZAÇÕES;
• POSICIONAMENTOS;
METODOS ESPECIAIS
• METODO F.N.P.
• METODO BOBATH:
• Técnica de reabilitação neuromuscular que utiliza os reflexos e os estímulos
sensitivos para inibir ou provocar uma resposta motora, sempre respeitando os
princípios da normalização do tônus e da experimentação de um movimento ou
de um controle estático normal.
Objetivos:
adequar o tônus postural;
melhorar o controle postural;
favorecer a simetria corporal;
estimular reações de equilíbrio;
aprimorar o caminhar;
aprimorar atividades motoras (brincar, comer...);
inibir reflexos;
TECNICA DE INIBIÇÃO
• Shake;

• Tapping;

• Inibição

• Deslizamento

• Outros tipos

• Ponto – controle ou pontos - chaves;

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