Ultrassom e FES

Fazer download em pptx, pdf ou txt
Fazer download em pptx, pdf ou txt
Você está na página 1de 24

ULTRASSOM

Conceito
• O método do ultrassom surgiu nos E.U.A, no século XIX,
inicialmente utilizado como localizador para navegação pelo som
(sonar) durante a Segunda Guerra Mundial.

• Constataram que essa onda aquecia os tecidos biológicos como:


colágeno (presente no tecido conjuntivo), tendões, ligamentos e
fáscias. Sua aplicação foi adotada 50 anos depois.

• Fez-se a descoberta de seus efeitos fisiológicos térmicos (onda


contínua) e não térmicos (onda pulsada).

• O ultrassom é o nome dado às ondas sonoras inaudíveis, cujas


frequências para tratamento são feitas por meio de vibrações
mecânicas superiores a 20.000Hz.
Conceito
• O ultrassom pode ser utilizado tanto na Medicina
( diagnósticos), em terapias (tumores cancerígenos) e na
Fisioterapia como fim terapêutico. A diferença está no uso da
frequência das ondas.

• A frequência terapêutica utilizada na Fisioterapia é de 1 MHz


(ação profunda) e 3 MHz (ação superficial). As ondas do
ultrassom são geradas por transdutores, ou seja, dispositivos
capazes de transformar ou converter uma energia em outra
(energia elétrica em mecânica). Transdutores são materiais
piezoelétricos naturais (cristal de quartzo).
• A onda contínua produz mais calor decorrente da vibração das
partículas celulares, que ao entrarem em atrito produz efeito
térmico, alterando o metabolismo e a permeabilidade das
células, isto auxilia na cicatrização das feridas e diminui o
inchaço, sendo eficaz também em lesões crônicas.

• A ondas pulsadas, são emitidas em pequenos intervalos, que


não produzem calor, em decorrência das pausas entre a
transmissão das ondas que permite ao tecido dissipar o calor
recebido. Estimula a cicatrização e diminui inflamações, sendo
indicado no tratamento de lesões agudas.

Características Biofísicas
Amplitude
• Potência
• Intensidade – 0,125 w/cm²-5 w/cm²
• Velocidade
• Efeito piezoelétrico
• Impedância acústica
• Atenuação
• Reflexão
• Absorção
• Ciclo de funcionamento – período de atuação da onda, quanto maior o ciclo maior
o fornecimento de calor para o tecido. Um ciclo de 100% provoca efeito térmico e
um ciclo baixo provoca efeito não térmico.
• Área de radiação efetiva (ARE ou ERA) – área total da superfície do transdutor
onde há emissão de ondas sonoras. A ARE do transdutor deve alcançar o tamanho
total ou o mais próximo possível da fonte sonora para melhor aplicação nos
tecidos. O tamanho apropriado da área a ser tratada com ultrassom é de 2 a 3
vezes o tamanho da ARE.
• Cavitação
• Efeito tixotropo
Modo de utilização
• Uso de gel condutor diretamente na área

• Acoplar a cabeça do equipamento sob o gel, fazendo


movimentos lentos

• Os movimentos são de forma circular, em forma de 8, de cima


pra baixo, ou de um lado para o outro

• Nunca deixe parado no local

• Pode ser utilizado no modo subaquático sem o uso de gel


Tempo de aplicação
• Tempo= Área/ERA

• Largura= 5 cm

• Comprimento= 8 cm

• Então a área é 40 cm²

• ERA= 4 cm²

• Tempo de 40 minutos, o que seria 40/4= 10 minutos de


aplicação
Efeitos Fisioló gicos
Efeitos Fisioló gicos
TÉRMICO
• A aplicação do ultrassom na frequência de 1 MHz poderá
afetar tecidos localizados abaixo de 5 cm de profundidade; a
frequência de 3 MHz é eficaz para alcançar tecidos localizados
até 2 cm de profundidade.
• E para efeitos eficazes a temperatura local deve ser de 40° a
45° mantida por 5 minutos, no modo contínuo.
• Aquecer estruturas de tecido fibroso, como ligamentos e
tendões, aumentam a extensibilidade e diminui a rigidez
articular
• O aquecimento reduz a dor, o espasmo muscular e acelera a
cicatrização.
• Tecidos ricos em colágeno podem ser aquecidos seletivamente
sem que a temperatura na pele e na gordura se elevem.
Indicação
• Contraturas articulares;
• Espasmos musculares;
• Neuroma;
• Tecido cicatricial;
• Pontos-gatilho;
• Espasticidade;
• Condições inflamatórias agudas (saída em pulso);
• Condições inflamatórias crônicas (saída em pulso ou contínua);
• Lombalgias, lombociatalgias, cervicobraquialgias;
• Pós-amputação;
• Entorses;
• Neuralgias;
• Úlceras de decúbito (pulsado e a 3 MHz);
• Fibro Edema gelóide;
• Cicatrização de feridas;
• Reparos de lesões;
• Distúrbios Sistema Nervoso Simpático;
• Transtornos circulatórios
Contraindicação
• Problemas vasculares;
• Tendências a hemorragias;
• Áreas isquêmicas;
• Áreas ao redor dos olhos, crânio e coração;
• Gravidez, quando aplicadas sobre áreas pélvicas ou lombares;
• Tumores;
• Áreas anestesiadas;
• Locais de infecção ativa;
• Diabetes;
• Feridas abertas;
• Sobre o marca-passo.
Atenuação

Tecidos com alta composição de água tem baixa


absorção e tecidos com alta concentração de
proteína têm alta taxa de absorção.
Fonoforese
• É uma técnica de ultrassom que melhora a absorção de
medicamentos nos tecidos. Utiliza-se um medicamento em
forma de gel como meio de acoplamento.

• As medicações usadas geralmente são anti-inflamatórias


(hidrocortisona, cortisol, salicilatos ou dexametasona) ou
analgésicas.

• O medicamento deve ser prescrito pelo médico.


Cuidados e Precauçõ es
• Cuidado ao aplicar sobre implantes metálicos. Neste caso a
fonte sonora deve ser mantida em movimento e a área tratada
apresentar função sensorial normal.
• Cuidado ao aplicar sobre placas epifisárias de ossos em
crescimento.
• Cuidado ao aplicar na região abdominal em mulheres no
período fértil ou ao final da menstruação.
• Avaliar corretamente a situação do paciente.
• Sempre ouça os feedbacks do paciente.
• Se os sintomas não melhorarem após o terceiro ou quarto
tratamento, suspenda a modalidade.
Eletroestimulação Funcional
(FES)
Conceito
• A eletroestimulação funcional, do inglês, functional electrical
stimulation, aplica estimuladores elétricos de canal múltiplo
controlado por um microprocessador para recrutar músculos
em uma sequência sinérgica programada, onde possibilita que
o paciente execute um padrão de movimento funcional
específico.

• Simplificando, ocorre uma estimulação de músculos


desprovidos de controle motor ou com insuficiência contrátil
ou postural, com o objetivo de produzir um movimento
funcional ou substituir uma órtese convencional.

• Faz parte das correntes elétricas de baixa frequência.


Bases da excitabilidade
• A técnica FES produz uma contração por meio da estimulação
elétrica, despolariza o motoneurônio, produz uma reposta
sincronizada em todas as unidades motoras.
• Essa sincronia promove uma contração eficiente, porém é preciso
treino, para evitar que a fadiga precoce impeça a utilização
funcional do método como forma de reabilitação.
• Não se obtém um movimento funcional de um membro paralisado
por um simples pulso elétrico. É uma série de estímulos com certa
duração, seguidos por outros com frequência e duração
apropriadas.
• Os estímulos sequenciais são chamados de trem de pulso.
• Se evita a fadiga na fase de recondicionamento muscular, num
período de repouso entre dois trens, ou se possibilita o controle
das contrações musculares, e assim, obtendo movimentos pra se
locomover.
Aparelho
• Portáteis ou clínicos
• Controle de ajuste de intensidade, ataque/descida, frequência
de pulsos, duração de pulsos sustentação e repouso.
• Interruptores automáticos (dentro do aparelho); de palmilha;
e disparador manual.
• Intensidade: de acordo com o objetivo;
• Frequência: variável de 5Hz a 200Hz;
• Duração do pulso ou largura: variável de 50 us a 400 us;

• Tempo de subida do pulso: 1 a 10s.


Regula a velocidade da contração até o máximo. Tempos altos
produzem uma contração gradual lenta, tempos pequenos
produzem uma contração súbita repentina.
Aparelho
• Tempo de descida (decay): é o tempo de descida do pulso, também
de 1 a 10 s. Regula a velocidade com que a contração diminui, ou
seja, o tempo desde a máxima contração até o relaxamento
muscular;

• Ciclo on: tempo de máxima contração muscular variável de 0 a 30 s.


Regula o tempo em que a corrente circula pelo eletrodo durante
cada ciclo de estimulação;

• Ciclo off: tempo de repouso da contração muscular, variável de 0 a


60 s. Regula o tempo em que a corrente não circula pelos eletrodos;

• Sincronizado: os dois canais funcionam ao mesmo tempo no ciclo


on e off selecionados;

• Recíproco: os canais funcionam alternadamente; enquanto um está


Critérios de Avaliação
• A terapia interfere em obesos, presença de neuropatias
periféricas, distúrbios sensoriais, aceitação do paciente e
segurança do terapeuta.

• É importante um avaliação completa e minuciosa.

• Considerar a resposta do paciente à corrente, a graduação da


espasticidade e avaliação do movimento passivo com
goniômetro.
Indicaçõ es
• Facilitação neuromuscular;
• Fortalecimento muscular;
• Ganho ou manutenção de amplitude de movimento articular;
• Controle das contraturas;
• Controle de espasticidade;
• Substituição ortótica;
• Escoliose idiopática;
• Subluxação de ombro;
• Esclerose múltipla;
• Hipertrofia por desuso;
• Hemiplegia;
• Lesão medular.
Contraindicaçõ es
• Disritmia cardíaca;
• Marca-passo;
• Região dos olhos;
• Região das mucosas;
• Útero gravídico;
• Lesão nervosa periférica.
Aplicaçõ es
• Em hemiplegia
• Em lesão medular: recondicionamento muscular, transferência
da posição sentada para em pé, treinamento de posição
ortostática, treinamento de deambulação.
• No caso da lesão medular há melhora da capacidade funcional
em pacientes com lesão incompleta;
• Possibilidade de ortostatismo em pacientes com lesão
completa;
• Ativa o retorno venoso e o metabolismo ósseo;
• Melhora o trofismo do sistema tegumentar, previne retrações
músculo-ligamentares;
• Função de eliminação e respiração facilitadas pelo
ortostatismo.
Referências Bibliográficas
• Pereira, Daniela Santos de Lourenço Eletrotermofototerapia /
Daniela Santos de Lourenço Pereira. Rio de Janeiro : SESES,
2017. 136 p

• https://blogfisioterapia.com.br/ultrassom-terapeutico-conceit
o
/

Você também pode gostar