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Ano 3 - N 13 Maio/Junho 2010

HIGIENIZAO DAS MOS COMO PROFILAXIA DAS INFECES HOSPITALARES: Uma Reviso Rodrigo Assis Neves Dantas1 Daniele Vieira Dantas2 Ana Elza Oliveira de Mendona3 Isabel Karolyne Fernandes Costa4 Marlia de Moura Caf Freire5

RESUMO Temos como objetivos deste estudo: pesquisar nas bases de dados eletrnicas disponveis, artigos cientficos que abordem a relao entre as infeces hospitalares (IH) e a lavagem das mos; identificar o enfoque de cada estudo. Para tanto, realizou-se uma reviso de literatura nas bases de dados eletrnicas: LILACS, SCIELO e BDENF. A princpio foram encontrados 72 estudos, dos quais 70 foram selecionados, dentre estes, artigos completos e revises sistemticas. Dos estudos selecionados, 58,6% abordou a importncia da lavagem das mos como profilaxia das IH; 7,1% enfatizaram o uso de novas tcnicas e 15,7% a utilizao de novos produtos; e 18,6% ressaltam a atuao dos profissionais de sade frente a esse desafio. Cnclui-se que h uma deficincia de artigos cientficos que abordem a temtica estudada, e muito menos, artigos que relacionem todas as seguintes variveis: profilaxia das IH, uso de novas tcnicas, de novos produtos, e que inclua a atuao dos profissionais de sade. Palavras chave: infeco hospitalar, lavagem das mos, publicaes, enfermagem. ABSTRACT We have the objectives of this study: searching the electronic databases available scientific articles that address the relationship between hospital infection (HI) and washing of hands, identifying the focus of each study. Therefore, we carried out a review of literature in electronic databases: LILACS, SciELO and BDENF. Initially found 72 studies, of which 70 were selected, among them, complete articles and systematic reviews. Of the selected studies, 58.6% addressed the importance of hand washing or the prevention of HI, 7.1% emphasized the use of new techniques and 15.7% in the use of new products, and 18.6% stressed the role of health professionals face this challenge. Cnclui that there is a deficiency of scientific papers on the theme studied, much less, items that relate all of the following variables: prevention of HI, using new techniques, new products, and include the performance of health professionals . Keywords: hospital infection, hand washing, publications, nursing.
1. Enfermeiro. Mestre em Enfermagem pelo Programa de Ps-Graduao em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (PGENF/UFRN). Especialista em Urgncia e Emergncia pelas Faculdades Integradas de Patos (FIP/Natal/RN). Enfermeiro Intervencionista do SAMU Metropolitano/RN e Docente da Graduao em Enfermagem da FACEX. Rua: dos Potiguares, 2323, Residencial Victria, Bl 01, Ap 402, Lagoa Nova, CEP: 59054-280, Natal/RN. E-mail: [email protected] 2. Enfermeira. Mestranda em Enfermagem pelo PGENF/UFRN. Bolsista do CNPq. Especialista em Enfermagem em Dermatologia pelas FIP/Natal/RN. Rua: dos Potiguares, 2323, Residencial Victria, Bl 01, Ap 402, Lagoa Nova, CEP: 59054280, Natal/RN. E-mail: [email protected] 3. Enfermeira. Mestre em Enfermagem pelo PGENF/UFRN. Docente da Graduao em Enfermagem da FACEX e Capit do Hospital da Polcia de Natal/RN. E-mail: [email protected]

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4. Enfermeira. Aluna especial do PGENF/UFRN. Enfermeira do SAMU Metropolitano/RN. E-mail: [email protected] 5. Enfermeira. Especialista em Urgncia e Emergncia pelas FIP/Natal/RN. Docente da Graduao em Enfermagem da FATERN e FARN. E-mail: [email protected]

INTRODUO

Os vrus, bactrias e fungos causadores de doenas existiam h milhes de anos, antes mesmo que o homem povoasse a terra. Com o crescimento da populao e a ampla ocupao do planeta, acarretou a ampliao dos contatos interpessoais o que teve papel decisivo na disseminao de doenas (FREIRE, 2005). Nesse contexto, a problemtica da infeco agravou-se, com o passar dos sculos, atravs do agrupamento em hospitais. Inicialmente essas instituies eram tidas como casas de caridade, na medida em que se restringiam a atender invlidos e excludos, posteriormente passaram a ser locais de cura, favorecendo o conhecimento do corpo biolgico. Entretanto, a conduta e a postura dos profissionais de sade interferem nos mecanismos naturais de defesa orgnica, favorecendo a aquisio de infeces hospitalares (FREIRE, 2005). Segundo o Ministrio da Sade (MS), Infeco Hospitalar (IH) refere-se a qualquer infeco adquirida, institucional ou nosocomial, aps a internao do paciente e que se manifeste durante sua permanncia no hospital ou mesmo aps a alta, uma vez que possa ser relacionada com a hospitalizao (BRASIL, 1998). Ressaltamos que, desde a promulgao da Lei do Ministrio da Sade N 9.431, de 06 de janeiro de 1997, todos os hospitais brasileiros so obrigados a constiturem uma Comisso de Controle de Infeco Hospitalar (CCIH), que deve elaborar o Programa de Controle de Infeces (PCI), definido como um conjunto de aes desenvolvidas deliberada e sistematicamente. Esse programa tem como objetivo reduzir ao mximo possvel a incidncia e gravidade dessas infeces, repercutindo diretamente na melhoria da qualidade dos servios prestados pelo hospital (ANVISA, 2000). Estudos de ocorrncia de IH so importantes, na medida em que so causas freqentes de complicaes e morte. Cerca de 5% dos pacientes admitidos em hospitais gerais contraem infeco durante a internao, nos pases desenvolvidos. As estatsticas internacionais de incidncia mostravam na dcada de 80 taxas variveis de 3,5 a 15,5%, com letalidade entre 13% a 17%, nos Estados Unidos, e uma prevalncia de 9,2% nessa mesma dcada no Reino Unido (LACERDA, 2000).

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Ano 3 - N 13 Maio/Junho 2010 J nos pases latino-americanos, essas taxas variavam de 5% a 70%. No Brasil, apesar de no existirem estatsticas nacionais que revelem a magnitude real do problema, estima-se que entre 6,5% e 15% dos pacientes internados contraem um ou mais episdios de infeco, e que entre 50.000 e 100.000 bitos anuais estejam associados a sua ocorrncia. (CHOR; KLEIN; MARZOCHI, 1990, LACERDA, 2000). Os custos dessas infeces impem um encarecimento do atendimento, na medida em que causa aumento da demanda teraputica (gastos com antibitico), da permanncia hospitalar e da morbi-mortalidade. Esses custos so classificados pelo MS como: custos diretos, que esto intimamente relacionados s despesas do paciente com IH; indiretos, que so resultantes da morbidade, como afastamento de trabalho, seqela de alguma doena ou mesmo morte e os custos inatingveis, impossveis de serem medidos economicamente, pois compreendem os distrbios provocados pela dor, mal-estar, isolamento, angstia e pelo sofrimento experimentado pelo paciente no ambiente hospitalar (SILVA, 2000, CAVALCANTI; HINRICHSEN, 2004). A dor e o sofrimento causados a um paciente e sua famlia imensurvel, pois a hospitalizao acima do esperado, no podendo reassumir suas atividades profissionais, diminui a qualidade de vida, alm do grande nmero de mortes prematuras. Somado a tudo isto, as infeces hospitalares repercutem num menor aproveitamento dos leitos hospitalares, pois aumentam o perodo de internao, diminuindo a rotatividade dos leitos, agravando sua demanda reprimida no pas e, por conseguinte afetando a eficincia de todo o sistema de sade (FERNANDES; RIBEIRO FILHO; BARROSO, 2000). Nessa perspectiva, a IH representa importante problema de sade pblica, tanto no Brasil quanto no mundo e constitui risco sade dos usurios dos hospitais que se submetem a procedimentos teraputicos ou de diagnstico. Sua preveno e controle dependem, em grande parte, da adeso dos profissionais da rea da sade s medidas preventivas (LACERDA, 2003). Oliver Wendel Homes, em 1843, sugeriu que os mdicos, inconscientemente, eram a maior causa de complicaes infecciosas da parturiente e recm nascido, decorrente das mos no higienizadas. Em adio, Ignaz Philipp Semmelweis estabeleceu a primeira evidncia cientfica de que a lavagem das mos pudesse evitar a transmisso da febre puerperal, ao utilizar uma soluo de gua clorada e sabo para a lavagem das mos dos profissionais que prestassem cuidados aos pacientes. Conseguiu reduzir de 18,27 para 3,07% o nmero dessas infeces, dentro de dois meses (ARMOND, 2001).

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Ano 3 - N 13 Maio/Junho 2010 Como medida de controle de infeco lavagem de mos no , portanto, recomendao recente. Deve ocorrer antes e aps o contato com o paciente, antes de calar as luvas e aps retir-las, entre um paciente e outro, entre um procedimento e outro, ou em ocasies onde exista transferncia de patgenos para pacientes e ambientes, entre procedimentos com o mesmo paciente e aps o contato com sangue, lquido corporal, secrees, excrees e artigos ou equipamentos contaminados por esses (BRASIL, 1998, NEVES et al, 2006). Considerando os dados estudados pelos autores consultados e a minha vivncia profissional como enfermeira assistencial de UTI neonatal e UTI adulto, observei a extrema relevncia da profilaxia das IH atravs do ato da lavagem de mos, tornando este trabalho significativo devido probabilidade de infeco hospitalar ser maior nesses setores. Outro fato importante a resistncia dos profissionais da rea de sade em se adaptarem a adeso da lavagem de mos antes e aps os procedimentos assistenciais. Durante nossa vivncia em UTI neonatal percebemos que a prtica de lavagem de mos mais aceita pelos profissionais em geral do que entre a equipe que atua na UTI adulto. Diante dessa argumentao e baseado no pressuposto de que a profilaxia da IH se d, entre outros, atravs da lavagem das mos, insero de novas tcnicas, novos produtos e atuao dos profissionais de sade em centros teraputicos, buscamos responder as seguintes questes de pesquisa: A profilaxia das infeces hospitalares relacionadas lavagem das mos est sendo explorada, de maneira significativa, pela comunidade cientfica? Quais os aspectos relacionados a da lavagem das mos e infeco hospitalar so mais abordados nos estudos selecionados?

OBJETIVOS

Estudar nas bases de dados eletrnicas da Biblioteca Regional de Medicina (BIREME) a relao da infeco hospitalar e lavagem das mos com vistas a: Explorar na literatura os principais enfoques dos artigos, que relacionam a infeco hospitalar lavagem das mos, disponvel em base de dados eletrnicas. Identificar os aspectos relacionados a lavagem das mos e infeco hospitalar mais abordados nos estudos selecionados. www.interscienceplace.org pginas 85-103

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METODOLOGIA

A pesquisa do tipo exploratrio descritivo com dados prospectivos e abordagem quantitativa, realizada nas bases de dados eletrnicas disponveis no BIREME. O estudo descritivo, segundo Cervo; Bervian (1996) tem como objetivo observar, registrar, analisar e correlacionar os fatos ou fenmenos sem manipul-los. Descreve com preciso a freqncia com que o fenmeno ocorre, sua relao e conexo com outros. O enfoque quantitativo permite uma coleta sistemtica de informao numrica, mediante condies de muito controle, analisando essas informaes atravs de estatstica (POLIT; BECK; HUNGLER, 2004). A pesquisa foi realizada nas bases de dados eletrnicas da Literatura Latino-americana e do Caribe em Cincias da Sade (LILACS), da Base de Dados de Enfermagem (BDENF) e do Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), consultados atravs do site da Biblioteca Virtual em Sade (BVS) da Biblioteca Regional de Medicina (BIREME). A coleta de dados foi realizada durante os meses de Outubro de 2008 e Maro de 2009, fazendo um vasto levantamento bibliogrfico nas bases de dados eletrnicas citadas anteriormente. Para a pesquisa dos artigos cientficos utilizamos dois descritores relacionados lavagem de mos X infeco hospitalar, foram encontrados 72 (setenta e dois) artigos. Durante a seleo dos artigos foram considerados os seguintes critrios de incluso: estar escrito na lngua portuguesa, inglesa ou espanhola e que abordem a temtica estudada em seres humanos. Foram excludos 2 (artigos) em que a temtica estava focalizada em animais. Os dados foram analisados pela estatstica descritiva e apresentados em forma de tabelas e grficos, para tanto utilizamos o software Microsoft-Excel XP.

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Ano 3 - N 13 Maio/Junho 2010 APRESENTAO DOS RESULTADOS

Objetivando uma melhor compreenso do estudo, apresentaremos os resultados dos subgrupos propostos nas bases de dados pesquisadas em cinco etapas: na Literatura Latinoamericana e do Caribe em Cincias da Sade (LILACS), na Base de Dados de Enfermagem (BDENF), no Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), os subgrupos pesquisados nas trs bases de dados eletrnicas do BIREME: LILACS, BDENF e SCIELO e, por fim, os artigos cientficos nas trs bases de dados eletrnicas do BIREME: LILACS, BDENF e SCIELO.

5.1 SUBGRUPOS PROPOSTOS NAS BASES DE DADOS PESQUISADAS

5.1.1 Na Literatura Latino-americana e do Caribe em Cincias da Sade (LILACS)

Os subgrupos propostos pesquisados na base de dados eletrnica da LILACS encontram-se distribudos na Tabela 1.

Tabela 1. Distribuio dos artigos pesquisados por subgrupos na base de dados da Literatura Latino-americana e do Caribe em Cincias da Sade (LILACS).

LILACS SUBGRUPOS Profilaxia das IH Novas tcnicas Novos produtos Atuao dos profissionais de sade TOTAL

ARTIGOS PESQUISADOS N 27 5 9 9 50 % 54,0% 10,0% 18,0% 18,0% 100,0%

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Ano 3 - N 13 Maio/Junho 2010 Conforme podemos observar na Tabela 1, a maioria dos artigos cientficos pesquisados dizem respeito a profilaxia das IH (54,0%) utilizando a tcnica de lavagem das mos, em seguida foram abordados atuao dos profissionais (18,0%) e novos produtos (18,0%), as novas tcnicas de lavagem de mos contaram com 10,0%. Buscando uma melhor demonstrao propomos a Figura 1.
60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0%
Profilaxia das IH Novas tcnicas Novos produtos Atuao dos profissionais de sade

54,0%

18,0% 10,0%

18,0%

SUBGRUPOS

Figura 1. Distribuio dos artigos pesquisados por subgrupos na base de dados da Literatura Latino-americana e do Caribe em Cincias da Sade (LILACS).

5.1.2 Na Base de Dados de Enfermagem (BDENF)

Para a base de dados BDENF encontramos os seguintes percentuais para os subgrupos pesquisados em nosso estudo (Tabela 2).

Tabela 2. Distribuio dos artigos pesquisados por subgrupos na Base de Dados de Enfermagem (BDENF).

BDENF SUBGRUPOS

ARTIGOS PESQUISADOS N %

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Ano 3 - N 13 Maio/Junho 2010 Profilaxia das IH Novas tcnicas Novos produtos Atuao dos profissionais de sade TOTAL 13 0 2 4 19 68,4% 0,0% 10,5% 21,1% 100,0%

De acordo com a Tabela 2, 68,4% dos artigos pesquisados dizem referem-se a profilaxia das IH empregando a tcnica de lavagem das mos, 21,1% ressalta a importncia da atuao dos profissionais, 10,5% novos produtos e no foi encontrado artigos que abordassem novas tcnicas de lavagem de mos. Como revela a Figura 2 abaixo.
68,4% 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0%
P rofilaxia das IH

21,1% 10,5% 0,0%


Novas tcnicas Novos produtos Atuao dos profissionais de sade

SUBGRUPOS

Figura 2. Distribuio dos artigos pesquisados por subgrupos na Base de Dados de Enfermagem (BDENF).

5.1.3 No Scientific Eletronic Library Online (SCIELO)

Na base de dados do SCIELO foram encontrados os seguintes valores pertinentes aos subgrupos do nosso estudo (Tabela 3).

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Ano 3 - N 13 Maio/Junho 2010 Tabela 3. Distribuio dos artigos pesquisados por subgrupos na base de dados do Scientific Eletronic Library Online (SCIELO),

SCIELO SUBGRUPOS Profilaxia das IH Novas tcnicas Novos produtos Atuao dos profissionais de sade TOTAL

ARTIGOS PESQUISADOS N 1 0 0 0 1 % 100,0% 0,0% 0,0% 0,0% 100,0%

Segundo dados da Tabela 3, somente foram encontrados artigos cientficos que abordavam a profilaxia das IH empregando a tcnica de lavagem das mos (100,0%). De acordo com a Figura 3, a seguir.
100,0% 100,0% 80,0% 60,0% 40,0% 20,0% 0,0%
Profilaxia das IH Novas tcnicas Novos produtos Atuao dos profissionais de sade

0,0%

0,0%

0,0%

SUBGRUPOS

Figura 3. Distribuio dos artigos pesquisados por subgrupos na base de dados do Scientific Eletronic Library Online (SCIELO).

5.1.4 Os subgrupos pesquisados nas trs bases de dados eletrnicas do BIREME: LILACS, BDENF e SCIELO www.interscienceplace.org pginas 85-103

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Nas trs bases de dados pesquisadas LILACS, BDENF e SCIELO foram encontrados os valores a seguir referentes aos subgrupos estudados. Como demonstra a Tabela 4.

Tabela 4.

Distribuio dos artigos pesquisados por subgrupos nas bases de dados LILACS, BDENF e SCIELO.

LILACS, BDENF e SCIELO SUBGRUPOS Profilaxia das IH Novas tcnicas Novos produtos Atuao dos profissionais de sade TOTAL

ARTIGOS PESQUISADOS N 41 5 11 13 70 % 58,6% 7,1% 15,7% 18,6% 100,0%

A Tabela 4 demonstra a resultante da pesquisa dos subgrupos, 58,6% dos artigos dizem respeito a profilaxia das IH usando a tcnica de lavagem das mos, a atuao dos profissionais de sade contou com 18,6%, novos produtos e novas tcnicas de lavagem de mos representaram 15,7% e 7,1%, respectivamente. A Figura 4 representa os valores descritos.

18,6%

15,7% 7,1%

58,6%

Profilaxia das IH Novos produtos

Novas tcnicas Atuao dos profissionais de sade

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Ano 3 - N 13 Maio/Junho 2010 Figura 4. Distribuio dos subgrupos nas bases de dados LILACS, BDENF e SCIELO.

5.1.5 Os artigos cientficos nas trs bases de dados eletrnicas do BIREME: LILACS, BDENF e SCIELO

Os artigos cientficos pesquisados esto dispostos na trs bases de dados eletrnicas LILACS, BDENF e SCIELO como demonstra a Tabela 5.

Tabela 5. Distribuio dos artigos pesquisados segundo as bases de dados LILACS, BDENF e SCIELO.

BASES DE DADOS SCIELO BDENF LILACS TOTAL

ARTIGOS PESQUISADOS N 1 19 50 70 % 1,4% 27,1% 71,4% 100,0%

Como revelado na Tabela 5, a base de dados da LILACS foi a que apresentou o maior resultado quantitativo para o nosso estudo (71,4%), em segundo lugar vem base de dados do BDENF com 27,1% dos artigos pesquisados, em seguida o SCIELO com 1,4% do total dos trabalhos.

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LILACS

71,4%

BDENF

27,1%

SCIELO

1,4%

0,0%

20,0%

40,0%

60,0%

80,0%

Figura 5. Distribuio dos artigos pesquisados segundo as bases de dados LILACS, BDENF e SCIELO.

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Ano 3 - N 13 Maio/Junho 2010 CONCLUSES

Quanto aos principais enfoques dos artigos cientficos, na literatura, que relacionam a infeco hospitalar lavagem das mos, disponvel em base de dados eletrnicas.

A maioria dos artigos cientficos pesquisados nas trs bases de dados eletrnicas (LILACS, BDENF e SCIELO), dizem respeito a profilaxia das IH usando a tcnica de lavagem das mos contando com 58,6% dos estudos. Na base de dados da LILACS, a profilaxia das IH utilizando a tcnica de lavagem das mos correspondeu a 54,0%, no BDENF 68,4% e no SCIELO 100,0%.

Quanto aos aspectos relacionados a lavagem das mos e infeco hospitalar mais abordados nos estudos selecionados.

Os aspectos relacionados a lavagem das mos e infeco hospitalar mais abordados nos estudos selecionados foram a profilaxia das IH (58,6%), a atuao dos profissionais de sade (18,6%), novos produtos (15,7%) e novas tcnicas de lavagem de mos (7,1%). A base de dados da LILACS foi a que apresentou o maior resultado quantitativo para o nosso estudo (71,4%).

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