DIDACTICA

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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA


Faculdade de ciências de educação
Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia

O Uso de Meios Ilustrativos como Factor Motivador nas Aulas de Geografia

Costantino Damião Pololo 41231450

Maxixe, Maio 2023


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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA


Faculdade de ciências de educação
Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia

O Uso de Meios Ilustrativos como Factor Motivador nas Aulas de Geografia

Trabalho de campo a ser submetido na


coordenação do Curso de Licenciatura em
Ensino de Biologia da UnISCED.

Tutor: Lambane Lucas Lambe

Costantino Damião Pololo 41231450

Maxixe, Maio 2023


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Índice
0.1.Introdução...............................................................................................................................3

0.2.Objectivos...............................................................................................................................3

0.2.1.Geral....................................................................................................................................3

0.2.2.Específicos...........................................................................................................................3

0.3.Metodologia............................................................................................................................4

1.0.Referncial teórico...................................................................................................................5

1.1.Ensino de geografia................................................................................................................5

1.2.Motivação...............................................................................................................................5

1.2.1.A motivação no processo da aprendizagem........................................................................6

1.3.O uso de recursos didácticos na motivação dos alunos..........................................................7

1.3.1.Maquete...............................................................................................................................8

1.3.2.Cinematográfica...................................................................................................................8

Considerações finais...................................................................................................................10

Bibliografia.................................................................................................................................11
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0.1.Introdução
Parte a pressuposto de que a motivação é a exposição de motivos, causas, ou seja, motivar
significa, despertar o interesse, o entusiasmo por algo que estamos fazendo ou que iremos
fazer, a partir daquele momento em que se desperta o interesse do aluno, a actividade a se
realizar será significante. Sendo que a geografia antes era considerada como uma matéria sem
muita anuência, passou a ter uma referência diferenciada.

Entretanto, a motivação dos alunos tem um importante desafio a defrontar, pois tem
implicações directas na qualidade do envolvimento do aluno com o processo de ensino e
aprendizagem e, no caso do ensino de Geografia, o desafio do educador está em transmitir o
conhecimento de forma integrada, inserindo o aluno dentro do contexto geográfico local e
territorial.

É neste contexto que surge o presente trabalho do módulo de Didáctica Geral, que tem como
tema: O Uso de Meios Ilustrativos como Factor Motivador nas Aulas de Geografia, que
objectiva compreender o uso de meios ilustrativos como factor motivador nas aulas de
geografia.

Desta feita, o professor de Geografia deve contribuir para a superação das dificuldades no
ensino de uma ciência em constante movimento, fazendo com que o aluno adquira um
entendimento crítico do espaço, das sociedades e do ambiente; reconhecendo e compreendendo
o papel da dinâmica da natureza, através de conceitos e categorias geográficas, assim
possibilitando uma aproximação dos educandos à realidade vivida, sua compreensão e
diferentes formas de intervenção no espaço em que actuam.

0.2.Objectivos
0.2.1.Geral
 Compreender o uso de meios ilustrativos como factor motivador nas aulas de geografia.

0.2.2.Específicos
 Apresentar os conceitos básicos de motivação e ensino de geografia;
 Descrever os meios ilustrativos como factor motivador nas aulas de geografia;
 Identificar alguns exemplos dos meios didácticos a usar nas aulas de geografia.
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0.3.Metodologia
Tendo em conta que a metodologia é a aplicação de procedimentos e técnicas que devem ser
observados para construção do conhecimento, com o propósito de comprovar sua validade e
utilidade nos diversos âmbitos da sociedade.

Então para a concretização deste trabalho de campo, recorreu-se método bibliográfico que
consistiu na leitura de várias obras que debruçam sobre o conteúdo em pesquisa. Como
descreve Richardson (1999, p. 25) que é o estudo desenvolvido a partir de material já
elaborado, principalmente livros e artigos científicos. Grande parte dos estudos exploratórios é
desenvolvida a partir de fontes bibliográficas e são importantes para o surgimento de novos
caminhos para as pesquisas empíricas.
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1.0.Referncial teórico
1.1.Ensino de geografia
Piffer (1999) diz que a Geografia social uma ciência baseada na acção, não é o “espaço” a
principal unidade de análise, mas a “acção” e o “acto”.

Para Morais (2005, p.31) a geografia é o estudo da superfície terrestre, descrição da Terra,
estudo da paisagem, estudo da individualidade dos lugares, estudo da diferenciação das áreas,
estudo do espaço, estudo das relações entre o homem e o meio ou, entre a sociedade e a
natureza, a acção humana na transformação do meio, a relação que existe entre os dados
humanos e os naturais.

Desta feita, a Geografia é uma ciência da acção, de uma acção subjectiva que deve ser
destacada numa pesquisa geográfica, onde deve ser considerada a dimensão espacial, mas ela
não é a causa dos eventos, nem da acção.

Para Pontuschka, Paganelli e Cacete (2009), a Geografia, enquanto disciplina, possibilita aos
alunos uma visão mais crítica de mundo, uma percepção mais aberta da realidade que os cerca.
Isso gera uma capacidade, indiscutivelmente maior, de transformação social. Assim,
compreender a geografia enquanto ciência, e fazê-la na prática, é munir-se de armas muito
poderosas no processo de transformação social.

Portanto, o ensino de Geografia deve ser encarado como uma busca, na prática, das respostas
para as questões relacionadas ao tempo, ao espaço e ao lugar, sem esquecer-se dos aspectos
culturais de cada povo. Segundo Santos (2009, p. 37) “uma nova Geografia defronta-se, então,
com a realização de uma perspectiva cultural, em que as escalas de sua efetivação encontram-
se bastante distanciadas de sua possibilidade de ocorrência”.

1.2.Motivação
De acordo com Chiavenato (1994) a motivação é o desejo de exercer altos níveis de esforço em
direcção a determinados objectivos organizacionais, condicionados pela capacidade de
satisfazer objectivos individuais.

Robbins (2002) a motivação é o processo responsável pela intensidade, direcção e persistência


dos esforços de uma pessoa para alcançar uma meta. A intensidade refere-se ao esforço que a
pessoa despende, sendo um dos elementos que mais nos referimos quando falamos em
motivação.
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Para Vergara (2003) define a motivação como sendo o desejo inconsciente de obter algo ou
como um impulso para a satisfação, em geral visando o crescimento e desenvolvimento pessoal
e, como consequência o organizacional.

Dos conceitos acima apresentado pelos autores, entende-se que, a motivação existe dentro das
pessoas e se dinamiza através das necessidades humanas, uma vez que, todas as pessoas tem as
necessidades próprias e são semelhantes quanto a maneira pela qual fazem as pessoas
organizarem seu comportamento para obter o sucesso.

1.2.1.A motivação no processo da aprendizagem


Segundo Bianchi (2008, p. 21) a motivação na aprendizagem é extremamente necessária e
precisa ser trabalhada no contexto em que os alunos estão.

Pozo (2002, p. 146), é enfático ao afirmar que a motivação pode ser considerada como um
requisito, uma condição prévia da aprendizagem. Sem motivação não há aprendizagem.

Portanto, no contexto da sala de aula a motivação possui características peculiares porque


sempre requer do aluno actividades de natureza cognitiva, como, prestar atenção, integração de
informação, raciocínio e resolução de problemas. É dai que Da Silva (2014, p. 19) postula que
os professores precisam saber motivar os alunos para que eles tenham interesse pelas aulas.

De referir que, não pode considerar a motivação como algo de universal e de aplicação directa
pois que, cada aluno possui características próprias, inerentes à sua personalidade e ao meio
onde ele se movimenta e cresce, logo é necessário um conhecimento prévio e individual para
se poder definir o que se considera motivador em cada caso específico.

Desta feita, o professor conduz a sua tarefa em sala de aula irá reflectir-se na aprendizagem dos
alunos, isto é, há uma retroalimentação que tanto pode ser negativa como positiva. Deste
modo, a motivação na aprendizagem não pode ser negligenciada.

Segundo Tayama (2012, p. 2), para que o professor desempenhe com excelência a prática
docente, ele também deve estar motivado e se qualificando, para estar sempre construindo e
reconstruindo novas competências, mobilizando desta forma seus saberes para garantir o
envolvimento no processo ensino-aprendizagem, desenvolvendo a docência com qualidade e
significância ao contexto vivenciado.
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Assim, no PEA, há uma necessidade de alunos e professores motivados para as actividades que
desempenham, pois que isto lhes servirá como combustível para a consecução de metas
predefinidas.

1.3.O uso de recursos didácticos na motivação dos alunos


Partindo a pressuposto de que pela natureza a criança não trabalha, é necessário que o
professor lhe suscite o interesse e o motive para aprendizagem. Segundo Aguayo (1963) afirma
que o PEA resulta de um conjunto de relações interpessoais entre professor e aluno
condicionadas por factores intrínsecos e extrínsecos à própria escola.

Cavalcanti (2010), o conteúdo de ensino em sala de aula requer do educador uma opção
metodológica que favoreça a aprendizagem do aluno. Assim, no ensino de Geografia as
representações gráficas e cartográficas são importantes no ampliamento dos conhecimentos
espaciais do quotidiano dos alunos. Os desenhos, cartas mentais, croquis, maquetes, plantas e
mapas, podem ser tidos em conta para auxiliar o PEA.

Nesta linha Falavigna (2009), complementa dizendo que o uso de meios como os livros
didácticos, imagens de satélite, músicas, mapas gráficos, poemas, filmes, videoclipes,
fotografias jogos entre outros e, bem empregados e utilizados com propostas adequadas em
sala de aulas, cria uma maior participação entre professor e aluno.

Desta feita, o professor ao elaborar um conteúdo com esses recursos deve estar bem informado,
buscar meios adequados através de propostas pedagógicas para tornar a aprendizagem mais
completa.

Segundo Castoldi e Polinarski (2009, p. 689) uma aula aliada a recursos didáctico pedagógicos
torna-se mais motivadora/interessante e menos cansativa, quando comparada com a aula
expositiva tradicional, normalmente utilizada nas salas de aula do ensino fundamental, médio e
até superior.

Com isso, o ensino de geografia é importante que o professor utilize os recursos didácticos
com a capacidade de usa-los como instrumentos que levem aos alunos a capacidade de
desvendar e compreender a realidade do mundo, dando sentido e significado à aprendizagem.

Em seguida citamos alguns exemplos quanto ao usa destes meios ilustrativos para a motivação
dos alunos na sala de aulas de geografia:
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1.3.1.Maquete
Segundo Santos (2009, p. 14) por meio de uma maquete é possível ter o domínio visual de todo
conjunto espacial; por ser um modelo tridimensional, favorece a relação entre o que é
observado no terreno e no mapa.

A utilização de maquete no ensino de geografia tem como intuito geográfico de auxiliar em


algumas dificuldades metodológicas iniciais de aprendizagem espacial do aluno, portanto, o
professor utiliza a construção como algo concreto nas aulas práticas, com a finalidade de
realizar uma leitura didáctica dos elementos naturais e sociais que formam o espaço
geográfico.

Com isso, na construção da maquete acontecem às acções concretas dos alunos, representando
as transformações realizadas pelos indivíduos que habitam, vivem e transformam o espaço
geográfico, além de possibilitar o entendimento das relações quotidianas existentes na
sociedade.

1.3.2.Cinematográfica
É de extrema relevância retratar que a utilização de filmes como pratica educativa é que, pelas
imagens, os alunos podem apenas visualizar elementos do espaço geográfico, mas, também,
experimentar narrativas bem elaboradas capazes de estimular diversas leituras do mundo e
concatenar ideias e experiências, facilitando a compreensão dos conteúdos abordados na sala
de aula.

Para Chanpoux (2007), o uso de recursos mediáticos evoca diferentes processos cognitivos,
resultando diferentes padrões e modelos de aprendizagem.

A utilização dos filmes na sala de aula requer alguns cuidados importantes como afirma
Stefanello (2011, p.116) “[...] quando utilizamos filmes como recurso metodológico precisou
verificar que tipos de imagens eles contêm, no sentido de atentar a que informações elas se
referem”.

Para Cavalcante (2009),

O importante no uso de filmes em sala de aula – seja um documentário ou uma ficção, seja uma
longa ou curta metragem – é ter muito claro o que queremos com a apresentação do filme, que
função ele terá na aula. Algumas coisas óbvias devem ser ditas: o professor nunca deve exibir
filmes que não o tenha assistido, mesmo quando é uma sugestão dos alunos – pode-se correr o
risco de mostrar alguma coisa não adequada. (p. 2)
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Entretanto, a motivação no ensino de geografia é primordial na construção do conhecimento


geográfico, pois substitui um ensino tradicional e estático em aulas dinâmicas e produtivas.
Pois, o objectivo maior do ensino é a construção do conhecimento mediante o processo de
aprendizagem do aluno.
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Considerações finais
Após a realização do presente trabalho de campo da cadeira de Didáctica geral, que versa sobre
O Uso de Meios Ilustrativos como Factor Motivador nas Aulas de Geografia, concluiu-se que,
o ensino de geografia deve dar a oportunidade uma visão crítica do conteúdo apresentado para
comparar o meio usado com a realidade do mundo moderno, diferenciando a compreensão e os
benefícios que o conhecimento geográfico pode transmitir, como o uso de mapas e sua
interpretação, além da leitura dos factos que transformam a sociedade.

Também é de extrema importância desvendar que no ensino de geografia o motivador precisa


ter em conta o meio de ilustração didáctica com aspectos relacionados à interacção do aluno
com o lugar e o mundo, colocando o cidadão neste universo.

Com isso, chega-se a conclusão de que a motivação nas aulas de geografia tem um carácter
estratégico que busca além de transmitir conhecimento ao aluno, ajuda-o a compreender a
estruturação e a organização do espaço geográfico em que ele vive constrói/reconstrói.
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Bibliografia
1. Cavalcante, M. B. (2009). No escurinho da classe – o filme como recurso didáctico na
escola.
2. Cavalcanti, M. B. (2010). As Geotecnologias no ensino da Geografia no século XXI. Saber
Académico
3. Champoux, J. E. (2007). Film as a Teaching Resource. New México: The University of
New Mexico
4. Chiavenato, I. (1994). Gerenciando pessoas. 3ª ed, São Paulo: Makron Books
5. Da Silva, S. (2014). Redes sociais digitais e educação. Revista Iluminart
6. Falavigna, G. (2009). Inovações centradas nas multimídias repercussões no processo
ensino aprendizagem. Porto Alegre.
7. Morais, M. V. A. R. (2005). Os usos e aplicações do Google Earth como recurso didáctico
no ensino de Geografia. PerCursos
8. Piffer, O. (1999). Geografia no Ensino Médio. São Paulo: IBEP
9. Pontuschka, N. N.; Paganelli, T. L.; Cacete, N. H. (2009). Para ensinar e aprender
Geografia. 3ª ed. São Paulo: Cortez
10. Pozo, J. I. (2002). Aprendizes e Mestres: A Nova Cultura da Aprendizagem. Porto Alegre.
11. Richardson, R. J. (1999). Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Editora Atlas
12. Robbins, S. P. (2002). Comportamento Organizacional. 9ª edição. Prentice Hall, São Paulo
13. SANTOS, C. A maquete no ensino de geografia. Santo André: Record, 2009
14. Stefanello, A. C. (2011). Estudo da ocorrência de superfícies de aplanamento em
transectos no sector oriental do Estado do Paraná. Tese (Doutorado). Curitiba: UFPR
15. Vergara, S. C. (2003). Gestão de pessoas. 3ª edição, Editora Atlas, São Paulo

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