TRABALHO DE EA SILVIIA 5 Grupo T-3

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Sara Domingos André

Sílvia Bernardo Pedro

Suraia Tomas Augusto

ACÇÕES PRÁTICAS (Visitas de estudo)

Licenciatura em ensino de Geografia com habilidades em ensino de História

Universidade Púnguè
Extensão Tete
2021
Sara Domingos André

Sílvia Bernardo Pedro

Suraia Tomas Augusto

ACÇÕES PRÁTICAS (Visitas de estudo)

Licenciatura em ensino de Geografia com habilidades em ensino de História

Trabalho de E.A, do Curso de


Licenciatura em Ensino de Geografia, 4º
Ano, a ser entregue ao Departamento de
Ciências Terra e Ambiente como
requisito Parcial de Avaliação.

Universidade Púnguè
Extensão Tete
2021
Índice
1.Introdução.....................................................................................................................................3

1.1.Objectivos..................................................................................................................................3

1.1.1. Objectivo geral.......................................................................................................................3

1.1.2. Objectivos específicos...........................................................................................................3

1.2.Metodologias do Trabalho.........................................................................................................3

2. Acções práticas: visitas de estudo................................................................................................4

2.1. Trabalho de campo...................................................................................................................4

2.2. Trabalho de campo e a educação ambiental.............................................................................5

2.3. Práticas que podem ser empregadas nas salas de aula..............................................................6

2.4. Relações entre o ecoturismo e a educação ambiental...............................................................7

3. Conclusão....................................................................................................................................9

4. Bibliografia................................................................................................................................10
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1.Introdução
O presente trabalho aborda sobre acções práticas: Visitas de estudo. A Educação Ambiental
surgiu como tema de interesse a partir da década de 1970 em diferentes fóruns de discussão que
perpassava por essa temática. Porém, o grande marco definidor da Educação Ambiental foi a I
Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental, realizada em Tbilisi em 1977, por
ter elaborado de forma mais sistemática as directrizes, conceituações e procedimentos para esse
novo campo. A cada dia que passa essa questão ambiental tem sido considerada como um fato
que precisa ser trabalhada com toda sociedade e principalmente nas escolas, pois as crianças bem
informadas sobre os problemas ambientais vão ser adultas mais preocupadas com o meio
ambiente, além do que elas vão ser transmissoras dos conhecimentos que obtiveram na escola
sobre as questões ambientais em sua casa, família e vizinhos. As instituições de ensino já estão
conscientes que precisam trabalhar a problemática ambiental e muitas iniciativas tem sido
desenvolvida em torno desta questão, onde já foi incorporada a temática do meio ambiente nos
sistemas de ensino como tema transversal dos currículos escolares, permeando toda prática
educacional. A educação ambiental nas escolas contribui para a formação de cidadãos
conscientes, aptos para decidirem e actuarem na realidade sócio ambiental de um modo
comprometido com a vida, com o bem-estar de cada um e da sociedade.

1.1.Objectivos

1.1.1. Objectivo geral


 Analisar as acções práticas (visitas de estudo).

1.1.2. Objectivos específicos


 Conceitualizar Educação Ambiental
 Descrever a visitas de estudos no que concerne a educação ambiental e
 Explicar a importância das visitas de estudo na compressão da educação ambiental.

1.2.Metodologias do Trabalho
Quanto aos procedimentos técnicos, para a materialização do presente trabalho, recorreu-se ao
tipo de pesquisa estudo bibliográfico.
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2. Acções práticas: visitas de estudo

2.1. Trabalho de campo


Segundo Burnham (1993), A utilização do trabalho de campo como ferramenta de aprendizagem
é de fundamental importância para que o aluno possa compreender melhor as relações existentes
entre a disciplina apresentada em sala de aula e a sua real aplicação na realidade. As noções
próprias do processo ensino-aprendizagem fornecem recursos e instrumentos para que possam
interagir com seu meio ambiente.

Portanto, o trabalho de campo se caracteriza como uma ferramenta fundamental para o aluno,
fazendo com que este tenha um maior conhecimento das questões ambientais que estão ao seu
redor, contribuindo para que desenvolva uma compreensão integrada do meio ambiente em suas
múltiplas e complexas relações. Em outras palavras, construir o conhecimento a partir da
realidade, sobre a realidade e para então transformar esta realidade.

Pode-se aproveitar também o trabalho de campo para trabalhar com os alunos os conceitos de
cartografia, iniciando com um conhecimento prévio dos mapas e a área a ser estudada, de forma
a se familiarizar com o local de estudo, fazendo com que estes possam compreender melhor as
questões que envolvem o espaço geográfico. Com isso os alunos poderão ter um conhecimento
inicial do lugar a ser visitado, identificando suas peculiaridades através dos mapas, adquirindo
capacidades de interpretar mapas e relatar em linguagem cartográfica suas experiências do
campo.

O trabalho de campo é importante para todas as áreas de conhecimento, um trabalho em conjunto


pode fazer com que os alunos venham a ter maior interesse pelas disciplinas e se bem aplicados
trarão resultados para todos os envolvidos nesta empreitada rumo ao conhecimento.

Ao abordar o surgimento da Educação Ambiental (EA), Serrano (2005) destaca que em um


primeiro momento a educação ambiental emerge como uma prática de sensibilização dos
indivíduos em relação aos problemas ambientais, porém em um segundo momento, ela se
fortalece como uma proposta educativa, iniciando seu diálogo com o campo educacional, e é
aqui que o “Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis” (fruto da Rio-92)
ganha importância, pois auxilia directamente na definição do marco político para o projeto
pedagógico da EA.
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“Este tratado procura trazer uma nova abordagem aos problemas entre a natureza e os seres-
humanos, buscando uma óptica interdisciplinar para sua análise e consequente busca por
resolução iniciando novas áreas de saberes além dos escolares, valorizando a diversidade de
culturas e dos modos de compreensão e manejo do ambiente.” (SERRANO 2005)

2.2. Trabalho de campo e a educação ambiental


Segundo Adams (2004), A função da Educação Ambiental é “promover conscientização,
conhecimento, mudança de comportamento, desenvolvimento de competências, capacidade de
avaliação e participação dos educandos”.

Segundo Adams (2004), “A educação ambiental deve ser uma concepção totalizadora de
Educação. Construída colectivamente na interacção escola e comunidade e articulada com os
movimentos populares organizados, comprometidos com a preservação da vida em seu sentido
mais profundo”.

Desta forma evidenciar no trabalho de campo a educação ambiental pode favorecer ao aluno
entender a importância que o meio ambiente possui para a manutenção do equilíbrio dinâmico
dos ecossistemas, e construir seus próprios conhecimentos a partir de suas vivências e pelas suas
reflexões, despertar para a necessidade de agir no seu ambiente, no sentido de conservá-lo.

Pelo exposto vemos a importância das aulas de campo para o aprendizado sobre as questões do
meio ambiente, pois este recurso pode dinamizar no aluno a curiosidade, estimular o espírito de
descoberta, a iniciativa, a imaginação e a vontade de criar e agir no seu lugar de vida.

As visitas técnicas são experiências práticas que possibilitam o estudo da realidade através do
deslocamento de alunos para ambientes fora de seu quotidiano (a sala de aula). Constituem
momentos que permite aos estudantes um reconhecimento do ambiente que lhe circunda e desta
forma criar um senso crítico sobre ele. Para Adams (2004), as aulas de campo são momentos em
que monitores ambientais iniciam uma interacção com os alunos, quando então, através do
diálogo e da participação dos mesmos, são fornecidas informações sobre o ambiente onde estão
inseridos.

Segundo Sansolo (1996), As visitas técnicas constituem um importante instrumento para


desenvolver o senso crítico do ser humano a partir da construção do conhecimento através da
realidade. O experimentar, o viver, o aprender, o sentir são palavras que exprimem o que essa
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prática traz de positivo consigo, e nessa linha a Educação Ambiental também trabalha, pois em
sua essência busca a mudança de atitudes e a geração de um comportamento mais responsável e
cidadão através da vivência e da quebra de paradigmas, já que não busca desenvolver o
conhecimento em partes, mas sim de forma complexa e interdisciplinar.

As práticas de visitas técnicas, em conjunto com os preceitos da Educação Ambiental podem


juntos visar indivíduos mais responsáveis perante a realidade estabelecida, compreendendo o seu
papel e sua participação para um mundo mais sustentável.

Segundo Sansolo (1996), As visitas técnicas têm o seu potencial reconhecido, à medida que
possibilitam o aprendizado em uma ambiente real através de suas dinamicidades e
peculiaridades. O aluno passa então a reconhecer e interpretar este ambiente através dos
conhecimentos adquiridos em sala e também de suas reflexões pessoais promovendo assim a
construção e o desenvolvimento do conhecimento enraizado no contexto em que estão inseridos.
Porém, como fora levantado, essas actividades ainda necessitam serem reordenadas de maneira a
priorizar aspectos como planeamento, duração, organização, métodos de avaliação, de maneira
que se busque atingir o seu potencial e se consagre como uma actividade educacional que
possibilite a emersão de indivíduos mais críticos e responsáveis perante o ambiente no qual
vivem e se estabelecem.

2.3. Práticas que podem ser empregadas nas salas de aula


 Estimular a percepção dos alunos mostrando vídeos, fotos ou indo a campo em um
ambiente “natural” como parques, rios e mar. Fazer perguntas para estimular a
imaginação e o que eles vêem e sentem nesses ambientes (ADAMS, 2004).
 Trabalhar conceitos importantes em sala e formular trabalhos como apresentações,
cartolinas e pesquisa para fixação dos temas;
 Promover a interdisciplinaridade. “O que cada disciplina escolar pode auxiliar para a
educação ambiental ser trabalhada de forma mais completa e interligada”;
 Havendo possibilidade, realizar projectos que envolvam toda a comunidade escolar,
inclusive os pais, como horta na escola, projectos que envolvam o ambiente familiar,
feiras de ciências com essa temática, (ADAMS, 2004).
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2.4. Relações entre o ecoturismo e a educação ambiental


O ecoturismo caracteriza-se por um tipo de viagem realizada em meio à natureza, que utiliza
predominantemente recursos naturais como forma de atracção turística, os quais se constituem
como matérias-primas para o desenvolvimento do ecoturismo. Trata-se de um movimento
turístico recente, que tem obtido relevâncias tanto económicas, sociais, culturais quanto
ambientais, pois como relembra Serrano (2005), mesmo antes das definições dos termos e da
comercialização de actividades relacionadas ao ecoturismo, já se destacavam algumas viagens à
natureza.

Para tanto, o ecoturismo é visto como alternativa para o desenvolvimento da localidade, assim
como, ferramenta de conservação por proporcionar receitas advindas das possíveis taxas pagas
pelos turistas, representando assim, o que Serrano (2005) salienta ser uma prática sustentável em
um contexto insustentável (o da lógica capitalista).

Serrano e Luchiari (2005) corroboram quando afirmam que os espaços que devem ser
preservados e mantidos longe dessa lógica capitalista, são considerados potencial atractivo das
regiões, por valorizarem o património ambiental, independentes das dinâmicas culturais locais.

Meio ambiente é o conjunto de elementos naturais, como o relevo, a atmosfera, a hidrografia, os


seres vivos. É o espaço onde se desenvolvem as actividades humanas e a vida animal e vegetal.

Actualmente, a sociedade vivencia um processo de mudanças que exige uma reflexão sobre o seu
processo de interacção com a natureza. Desse modo, ao processo educativo é creditada a
responsabilidade de formar indivíduos críticos, conscientes de sua realidade, capazes de interferir
na sociedade promovendo mudanças.

Para a concretização da Educação Ambiental é então de extrema importância problematizar


acercadas actividades por que optam os professores. Análise de vários projectos de Educação
Ambiental implementados em várias escolas permite constatar que as deslocações fora destas
instituições surgem com frequência elevada, encontrando os professore nelas uma forma
motivadora para a sensibilização dos alunos para os problemas do ambiente. Considera-se não
ser por acaso que tal situação severifi.ca, atendendo a que em Educação Ambiental existe a
premissa de que se aprende de forma mais significativa através da experiência directa.
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Muitos conhecimentos abordados de uma forma abstracta efémera são reactivados através do
contacto como real. Por exemplo, "durante uma visita a uma estação de tratamento de águas, os
alunos ao observarem a água suja a passar pelas grades e tanques de decantação, retêm melhor o
que significa matérias em suspensão ou matérias dissolvidas, matérias orgânicas ou matérias
minerais". Também quando se ouve falar da luta contra a erosão em geral compreende-se
melhor a utilidade de muitos conhecimentos quando nos confrontamos com a realidade. Desta
forma, Fernandes (1982) considera que a aprendizagem efectuada a partir de dados concretos
recolhidos pelos alunos na realidade circundante permite torná-la verdadeiramente
significativa. Apenas os estudantes mais jovens necessitam de provas empírico-concretas,
necessárias para a assimilação de conceitos, ocorrendo este processo quando os atributos
essenciais destes são apresentados por definição ou pelo contexto e consequentemente se
articulam directamente com a estrutura cognitiva do aluno. Consideram, por isso, que os alunos
mais velhos prescindem destas provas, relacionando directamente os atributos essenciais
apresentados à sua estrutura cognitiva.
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3. Conclusão
Findo o trabalho, concluiu-se que, a percepção e o contato com a realidade dará ao aluno uma
nova dimensão dos assuntos tratados em sala de aula, incorporando a visão de mundo do aluno
ao processo de aprendizagem. A aproximação com seu lugar de vida poderão ser vivenciados
pelo aluno, incentivando-o a utilizar diferentes saberes e integrar-se à comunidade escolar,
tirando assim da passividade diante da imagem do espaço. Para um melhor aproveitamento e
sucesso da aula em campo é necessário um planejamento prévio, onde o professor deve fazer
uma relação de sua ida ao campo com os conteúdos trabalhados acerca da temática a ser
ministrada. O conteúdo teórico deve ser ministrado em sala de aula utilizando varias aulas se for
necessário, sempre enfocando a parte da matéria que será focada e visualizada no trabalho de
campo.
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4. Bibliografia
ADAMS, B.G. Dinâmicas e actividades para educação ambiental . Novo Hamburgo: Apoema,
2004.
BURNHAM, Teresinha Fróes – Educação Ambiental e Reconstrução do Currículo Escolar.
In: Caderno CEDES. São Paulo. Papirus, 1993.
SERRANO, C. LUCHIARI, M. T. (Eco)turismo e meio ambiente no Brasil: territorialidades e
contradições. In: TRIGO, L. G. G. (Edit.) Análises regionais e globais do turismo brasileiro.
São Paulo: ROCA, 2005, p. 505-515.
SANSOLO, D. G. A importância do trabalho de campo no ensino de Geografia e Educação
Ambiental, dissertação de mestrado, Faculdade de Filosofia e letras da USP, São Paulo, 1996.

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