TGA Frederick Taylor

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 15

TEORIA GERAL DE ADMINISTRAÇÃO

ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO CIÊNTIFICA

Frederick Winslow Taylor (1856-1915) é o fundador da teoria geral da administração (TGA), nasceu na
Filandelfia nos E.U.A, ele veio de uma familia rigida, tinha devoção ao trabalho e poupança. Iniciou sua
carreira como operário na MidvaleSteel Co. Como capataz, contramestre até chegar a engenheiro.
Formou-se pelo Stevens Institute na época rigorava o sistema de pagamento por peça ou tarefa.

Os patrões procuravam ganhar o máximo na hora de fixar o preço da tarefa, enquanto que os operários
reduziram o ritmo de produção para contrabalançar o pagamento por peça determinado pelos patrões. Isso
levou o Taylor a estudar o problema de produção para tentar uma solução que atende-se tanto os patrões
como os empregados.

No final do sec XIX no inicio do sec XX, houve uma revolução industrial (crescimento das indústrias)
que inicia na Europa, mas devido a abundância dos recursos produtivos nos Estados Unidos de América
tambêm cresce como potencial industrial. A Escola de administração ciêntifica foi iniciada na mesma
época pelo eng. americano Frederick W. Taylor é o fundador da moderna teoria geral de administração. O
nome de administração ciêntifica é devido a tentativa de aplicação dos métodos da ciência aos problemas
de administração a fim de aumentar a eficiência industrial. Ele utilizou métodos ciêntificos por isso o
nome da teoria é teoria de administração ciêntifica.

O Taylor teve vários seguidores entre eles Gantt, Gilbreth, Emerson Ford, Barth et all. E provocou
uma revolução ao pensamento administrativo e no mundo industrial de sua época. De entre os
seguidores do Taylor destacam-se Frank Liliam Gilbreth, Henry Gantt e Harrington Emmerson.

Frank e Liliam concentraram-se no estudo dos tempos e movimentos dos operários proucurando
racionalizar o trabalho e dessa forma aumentar a produtividade. Henry Gantt desenvolveu um método de
controle das operações- o gráfico de Gantt- que é considerado por muitos o percursor do modeno método
PERP ( Program Evoluation and Review Tecnic) Emerson tinha como principal preocupação
simplificar os métodos de trabalho. Com esse objectivo propôs 12 príncipios de eficiência (1913) que é
hoje considerado um clássico.

Dentre esses principios podem destacar-se os que referem a necessidade dos gestores definirem
claramente os objectivos, desenvolver e usar procedimentos standardizados e recompensar os trabalhos
em função do trabalho efectuado.

A maior preocupação do Taylor foi eliminar o fantasma do desperdicio e das perdas sofridas pelas
industrias e elevar os níveis de produtividade por meio da aplicação dos métodos e técnicas da engenharia

1
Elaborado pela doc. Samira Omar
industrial. Nunca haviam existido estudo e nem esperimento dentro das organizações, tudo era feito por
meio de esperiências de vida e observações pelo qual chamamos de conhecimento empirito. Taylor
andava dentro das fábricas com relógio na mão, caderno e caneta, fazendo suas análises, testes,
experimentos em busca de melhoramento de produção e isso foi chamado de conhecimento ciêntifico.

Ele encontrou vários problemas dentro das organizações falta de incentivo, vadiagem no trabalho,
trabalhos sem aptidão, os gestores não se relacionavam com os trabalhadores e não sabiam dividir
corretamente as actividades.

A Divisão do estudo da administração ciêntifica foi feita em 3 fases:

Na 1ª fase: Foi em 1903 na época que publicou o livro shop management- sobre técnicas de
racionalização do trabalho do operário por meio de estudos do tempo e movimentos ( Motion-time study).
Onde diz que o objectivo da administração é pagar melhores salários e reduzir custos unitários de
produção. Os trabalhadores andavam desmotivados com seus salários, eles acreditavam que seus salários
só beneficiavam aos seus patrões, por isso trabalhadores não se dedicavam as suas tarefas. Taylor achou
por bem que os funcionários tiessem participação nos lucros e aumento salarial. Esta fase refere-se
concretamente a problemas salárias , estudo do tempo e movimentos, onde ele observava quantos
movimentos eram necessários para cada tarefa. definição do tempo padrão e gestão das tarefas, e a
seleção dos trabalhadores era feita consoante o seu perfil, isso permitiu a divisão, padronização e controle
de trabalho.

Na 2ª fase: Taylor aprimora os métodos de trabalho, pensando em menos desperdicios e bons salarios, por
isso foi desenvolvido o principio de administração ciêntifica que prega a seleção e treinamento do
pessoal, com custos baixos de produção e as melhores maneiras para executar as tarefas e a cooperação
entre o patrão e os trabalhadores.

Na 3ª fase: Publicou o livro Princípios de administração ciêntifica para a sistematização dos métodos,
substituindo o conhecimento empirico por conhecimento ciêntifico de cada trabalho, seleccionar, treinar e
desenvolver o trabalhador, cooperar com trabalhadores para que eles acreditassem e fizessem seu trabalho
de acordo com o principio.

Ex: A Empresa Ford. O Taylor verificou que os operários aprendiam a maneira de executar as tarefas do
trabalho por meio da observação dos companheiros vizinhos. Notou que isso levava a diferentes métodos
para fazer a mesma tarefa e uma grande variedade de instrumentos e ferramentas diferentes em cada
operação. Como há sempre um método mais rápido e um instrumento mais adequado que os demais,
esses métodos e instrumentos melhores podem ser encontrados e aperfeiçoados por meio de uma análise

2
Elaborado pela doc. Samira Omar
científica e um acurado estudo de tempos e movimentos, em vez de ficar a critério pessoal de cada
operário. Essa tentativa de substituir métodos empíricos e rudimentares pelos métodos científicos recebeu
o nome de Organização Racional do Trabalho (ORT).

A ORT se fundamenta nos seguintes aspectos:

1. Análise do trabalho e do estudo dos tempos e movimentos.


2. Estudo da fadiga humana.
3. Divisão do trabalho e especialização do operário.
4. Desenho de cargos e de tarefas.
5. Incentivos salariais e prêmios de produção.
6. Conceito de homo economicus.
7. Condições ambientais de trabalho, como iluminação, conforto etc.
8. Padronização de métodos e de máquinas.
9. Supervisão funcional.

1. Análise do trabalho e do estudo dos tempos e movimentos o instrumento básico para se


racionalizar o trabalho dos operários era o estudo de tempos e movimentos (motion-time study). O
trabalho é executado melhor e mais economicamente por meio da análise do trabalho, isto é, da
divisão e subdivisão de todos os movimentos necessários à execução de cada operação de uma tarefa.
Observando metodicamente a execução de cada operação a cargo dos operários, Taylor viu a
possibilidade de decompor cada tarefa e cada operação da tarefa em uma série ordenada de
movimentos simples. Os movimentos inúteis eram eliminados enquanto os movimentos úteis eram
simplificados, racionalizados ou fundidos com outros movimentos para proporcionar economia de
tempo e de esforço ao operário. A essa análise do trabalho seguia-se o estudo dos tempos e
movimentos, ou seja, a determinação do tempo médio que um operário comum levaria para a
execução da tarefa, por meio da utilização do cronômetro. A esse tempo médio eram adicionados os
tempos elementares e mortos (esperas, tempos de saída do operário da linha para suas necessidades
pessoais etc.) para resultar o chamado tempo padrão. Com isso padronizava-se o método de trabalho
e o tempo destinado à sua execução. Método é a maneira de se fazer algo para obter um determinado
resultado. O estudo dos tempos e movimentos permite a racionalização do método de trabalho do
operário e a fixação dos tempos-padrão para execução das tarefas.

Traz outras vantagens adicionais, a saber:


 Eliminação do desperdício de esforço humano e dos movimentos inúteis.

3
Elaborado pela doc. Samira Omar
 Racionalização da seleção e adaptação dos operários à tarefa.
 Facilidade no treinamento dos operanos e melhoria da eficiência e rendimento da produção
pela especialização das atividades.
 Distribuição uniforme do trabalho para que não haja períodos de falta ou excesso de
trabalho.
 Definição de métodos e estabelecimento de normas para a execução do trabalho.
 Estabelecer uma base uniforme para salários eqüitativos e prêmios de produção. Frank B.
Gilbreth (1868-1924) foi um engenheiro americano que acompanhou Taylor em seu
interesse pelo esforço humano como meio de aumentar a produtividade.
 Introduziu o estudo dos tempos e movimentos dos operários como técnica administrativa
básica para a racionalização do trabalho.
 Concluiu que todo trabalho manual pode ser reduzido a movimentos elementares (aos quais
deu o nome de therblig, anagrama de Gilbreth), para definir os movimentos necessários à
execução de qualquer tarefa.
 Os movimentos elementares (therbligs) permitem decompor e analisar qualquer tarefa. A
tarefa de colocar parafusos representa sete movimentos elementares: pegar o parafuso,
transportá-lo até a peça, pocioná-lo, pegar e transportar a chave de fendaparafuso, utilizá-la
e posicioná-la na situação anterior. O therblig constitui o elemento básico da Administração
Científica e a unidade fundamental de trabalho.

2. Estudo da fadiga humana o estudo dos movimentos humanos tem uma tripla finalidade:
 Evitar movimentos inúteis na execução de uma tarefa. Execução econômica dos
movimentos úteis do ponto de vista fisiológico.
 Seriação apropriada aos movimentos (princípios de económia de movimentos). o estudo
dos movimentos baseia-se na anatómia e na fisiologia humanas. Nesse sentido, Gilbreth
efetuou estudos (estatísticos e não-fisiológicos, pois era engenheiro) sobre os efeitos da
fadiga na produtividade do operário. Verificou que a fadiga predispõe o trabalhador para:
diminuição da produtividade e qualidade do trabalho;
 Perda de tempo; aumento da rotatividade de pessoal; doenças e acidentes e diminuição da
capacidade de esforço. Em suma, a fadiga é um redutor da eficiência. Para reduzir a fadiga,
Gilbreth propôs princípios de económia de movimentos classificados em três grupos, a
saber:

4
Elaborado pela doc. Samira Omar
1. Relativos ao uso do corpo humano.
2. Relativos ao arranjo material do local de trabalho.
3. Relativos ao desempenho das ferramentas e do equipamento.
A Administração Científica pretendia racionalizar os movimentos, eliminando os que
produzem fadiga e os que não estão diretamente relacionados com a tarefa executada pelo
trabalhador.

3. Divisão do trabalho e especialização do operário


A análise do trabalho e o estudo dos tempos e movimentos provocou a reestruturação das operações
industriais nos Estados Unidos, eliminando os movimentos desnecessários e economizando energia e
tempo. Uma das decorrências do estudo dos tempos e movimentos foi a divisão do trabalho e a
especialização do operário a fim de elevar sua produtividade. Com isso, cada operário passou a ser
especializado na execução de uma única tarefa para ajustar-se aos padrões descritos e às normas de
desempenho definidas pelo método.

4. Desenho de cargos e tarefas


A primeira tentativa de definir e estabelecer racionalmente cargos e tarefas aconteceu com a
administração científica. Nesse aspecto, Taylor foi o pioneiro. Como todo pioneiro, é reverenciado
por alguns e criticado por outros Tarefa é toda atividade executada por uma pessoa no seu trabalho
dentro da organização. A tarefa cons titui a menor unidade possível dentro da divisão do trabalho em
uma organização. Cargo é o conjunto de tarefas executadas de maneira cíclica ou repetitiva.
Desenhar um cargo é especificar seu conteúdo (tarefas), os métodos de executar as tarefas e as
relações com os demais cargos existentes. O desenho de cargos é a maneira pela qual um cargo é
criado e projetado e combinado com outros cargos para a execução das tarefas

A simplificação no desenho dos cargos permite as seguintes vantagens:


 Admissão de empregados com qualificações mínimas e salários menores, reduzindo os
custos de produção.
 Minimização dos custos de treinamento.
 Redução de erros na execução, diminuindo os refugos e rejeições.
 Facilidade de supervisão, permitindo que cada supervisor controle um número maior de
subordinados.

5. Incentivos salariais e prêmios de produção

5
Elaborado pela doc. Samira Omar
Uma vez analisado o trabalho, racionalizadas as tarefas e padronizado o tempo para sua execução,
selecionado cientificamente o operário e treinado de acordo com o método preestabelecido, resta
fazer com que o operário colabore com a empresa e trabalhe dentro dos padrões de tempo previstos.
Para obter essa colaboração do operário, Taylor e seus seguidores desenvolveram planos de
incentivos salariais e de prêmios de produção. A idéia básica era a de que a remuneração baseada no
tempo (salário mensal, diário ou por hora) não estimula ninguém a trabalhar mais e deve ser
substituída por remuneração baseada na produção de cada operário (salário por peça, por exemplo): o
operário que produz pouco ganha pouco e o que produz mais, ganha na proporção de sua produção.
O estímulo salarial adicional para que os operários ultrapassem o tempos padrão é o prêmio de
produção.

6. Conceito de homo economicus


A Administração Científica baseou-se no conceito de homo economicus, isto é, do homem
econômico. Segundo esse conceito, toda pessoa é concebida como influenciada exclusivamente por
recompensas salariais, econômicas e materiais. Em outros termos, o homem procura o trabalho não
porque gosta dele, mas como um meio de ganhar a vida por meio do salário que o trabalho
proporciona. O homem é motivado a trabalhar pelo medo da fome e pela necessidade de dinheiro
para viver. Assim, as recompensas salariais e os prêmios de produção (e o salário baseado na
produção) influenciam os esforços individuais do trabalho, fazendo com que o trabalhador
desenvolva o máximo de produção de que é fisicamente capaz para obter um ganho maior. Uma vez
selecionado cientificamente o trabalhador, ensinado o método de trabalho e condicionada sua
remuneração à eficiência, ele passaria a produzir o máximo dentro de sua capacidade física.

7. Condições de trabalho
Verificou-se que a eficiência depende não somente do método de trabalho e do incentivo salarial,
mas também de um conjunto de condições de trabalho que garantam o bem-estar físico do
trabalhador e diminuam a fadiga. As condições de trabalho que mais preocuparam a Administração
Científica foram:
 Adequação de instrumentos e ferramentas de trabalho e de equipamentos de produção para
minimizar o esforço do operador e a perda de tempo na execução da tarefa.
 Arranjo físico das máquinas e equipamentos para racionalizar o fluxo da produção.

6
Elaborado pela doc. Samira Omar
 Melhoria do ambiente físico de trabalho de maneira que o ruído, a ventilação, a iluminação
e o conforto no trabalho não reduzam a eficiência do trabalhador.
 Projeto de instrumentos e equipamentos especiais, como transportadores, seguidores,
contadores e utensílios para reduzir movimentos inúteis.

8. Padronização
A organização racional do trabalho não se preocupou somente com a análise do trabalho, estudo dos
tempos e movimentos, fadiga do operário, divisão do trabalho e especialização do operário e com os
planos de incentivos salariais. Foi mais além e passou a se preocupar também com a padronização
dos métodos e processos de trabalho, com a padronização das máquinas e equipamentos, ferramentas
e instrumentos de trabalho, matérias-primas e componentes, no intuito de reduzir a variabilidade e a
diversidade no processo produtivo e, daí, eliminar o desperdício e aumentar a eficiência.

9. Supervisão funcional
A especialização do operário deve ser acompanhada da especialização do supervisor. Taylor era
contrário à centralização da autoridade e propunha a chamada supervisão funcional, que nada mais é
do que a existência de diversos supervisores, cada qual especializado em determinada área e que tem
autoridade funcional (relativa somente a sua especialidade) sobre os mesmos subordinados. A
autoridade funcional é relativa e parcial. Para Taylor o tipo de organização por excelência é a
organização funcional. "A administração funcional consiste em dividir o trabalho de maneira que
cada homem, desde o assistente até o superintendente, tenha de executar a menor variedade possível
de funções. Sempre que possível, o trabalho de cada homem deverá limitar-se à execução de uma
única função Para Taylor, "a característica mais marcante da administração funcional consiste no fato
de que cada operário, em lugar de se pôr em contato direto com a administração em um único ponto,
isto é, por intermédio de seu chefe de turma, recebe orientação e ordens diárias de vários
encarregados diferentes, cada um dos quais desempenhando sua própria função particular". Essa
concepção funcional de supervisão trouxe muitas críticas, pois se argumenta que um operário não
pode subordinar-se a dois ou mais chefe.

A divisâo do trabalho e a especialização da supervisão


A supervisão funcional representa a aplicação da divisão do trabalho e da especialização no nível dos
supervisores e chefes. A administração funcionai é um tipo de organização que permite que

7
Elaborado pela doc. Samira Omar
especialistas - e não-mestres - transmitam a cada operário o conhecimento e a orientação. Se para o
planejamento do trabalho mental e braçal e permite a utilização do princípio da divisão do trabalho,
reduzindo ao mínimo as funções que cada operário deve executar. Tende a produzir elevada
eficiência em cada operário e no conjunto deles. Na realidade, a funcionalização da supérvisão foi
uma contribuição da Administração ciéntífica e pressupõe a autoridade funcional, relativa dividida
Apesar disso, o tipo funcional de Administração foi uma revolução e, mais do que isso, uma previsão
notável, na época do rumo que os problemas administrativos e empresariais haveriam de tomar com
a crescente complexidade das empresas.

Princípios da Administração Científica


A preocupação de racionalizar, padronizar e prescrever normas de conduta ao administrador levou os
engenheiros da Administração Científica a pensar que tais princípios pudessem ser aplicados a todas
as situações possíveis. Um princípio é uma afirmação válida para uma determinada situação; é uma
previsão antecipada do que deverá ser feito quando ocorrer aquela situação.

Dentre a profusão de princípios defendidos pelos autores da Administração Científica, os mais


importantes são:

 Princípios da administração científica de Taylor Para Taylor, a gerência deve seguir quatro
princípios a saber
 Princípio de planejamento - Substituir no trabalho o critério individual do operário, a
improvisação e a atuação empírico-prática, por métodos baseados em procedimentos
científicos. Substituir a improvisação pela ciência através do planejamento do método de
trabalho.
 Princípio de preparo - Selecionar cientificamente os trabalhadores de acordo com suas
aptidões e prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo com o método
planejado. Preparar máquinas e equipamentos em um arranjo físico e disposição racional.
 Princípio do controle - Controlar o trabalho para se certificar de que está sendo executado
de acordo com os métodos estabelecidos e segundo o plano previsto. A gerência deve
cooperar com os trabalhadores para que a execução seja a melhor possível.
 Princípio da execução - Distribuir atribuições e responsabilidades para que a execução do
trabalho seja disciplinada.

2. Princípios de eficiência de Emerson Harrington Emerson (1853-1931) foi um engenheiro que


simplificou os métodos de trabalho, popularizou a administração científica e desenvolveu os primeiros

8
Elaborado pela doc. Samira Omar
trabalhos sobre seleção e treinamento de empregados. Os princípios de rendimento preconizados por
Emerson são os seguintes:

 Traçar um plano bem definido, de acordo com os objetivos


 Estabelecer o predomínio do bom senso.
 Oferecer orientação e supervisão competentes.
 Manter disciplina.
 Impor honestidade nos acordos, ou seja, justiça social no trabalho.
 Manter registros precisos, imediatos e adequados.
 Oferecer remuneração proporcional ao trabalho.
 Fixar normas padronizadas para as condições de trabalho.
 Fixar normas padronizadas para o trabalho em Si.
 Fixar normas padronizadas para as operações.
 Estabelecer instruções precisas.
 Oferecer incentivos ao pessoal para aumentar o rendimento e a eficiência.

3. Princípios básicos de Ford

O mais conhecido de todos os precursores da Administração Científica, Henry Ford (1863-1947) iniciou
sua vida como mecânico. Projetou um modelo de carro e em 1899 fundou sua primeira fábrica de
automóveis, que logo depois foi fechada. Sem desanimar, fundou, em 1903, a Ford Motor Co. Sua idéia:
popularizar um produto antes artesanal e destinado a milionários, ou seja, vender carros a preços
populares, com assistência técnica garantida, revolucionando a estratégia comercial da época. Entre 1905
e 1910, Ford promoveu a grande inovação do século XX: a produção em massa. Embora não tenha
inventado o automóvel nem mesmo a linha de montagem, Ford inovou na organização do trabalho: a
produção de maior número de produtos acabados com a maior garantia de qualidade e pelo menor custo
possível. E essa inovação teve maior impacto sobre a maneira de viver do homem do que muitas das
maiores invenções do passado da humanidade. fabricava 800 carros por dia. Em 1914, repartiu com seus
empregados uma parte do controle acionário da empresa. Estabeleceu o salário mínimo de cinco dólares
por dia e jornada diária de oito horas, quando, na época, a jornada variava entre dez e doze horas. Em
1926, já tinha 88 fábricas e empregava 150.000 pessoas, fabricando 2.000.000 carros por ano. Utilizou
um sistema de concentração vertical, produzindo desde a matéria-prima inicial ao produto final acabado,
além da concentração horizontal através de uma cadeia de distribuição comercial por meio de agências

9
Elaborado pela doc. Samira Omar
próprias. Ford fez uma das maiores fortunas do mundo graças ao constante aperfeiçoamento de seus
métodos e processos de trabalho.

A condição-chave da produção em massa é a simplicidade. Três aspectos suportam o sistema:

 A progressão do produto através do processo produtivo é planejada, ordenada e contínua.


 2. O trabalho é entregue ao trabalhador em vez de deixá-lo com a iniciativa de ir buscá-lo.
 3. As operações são analisadas em seus elementos constituintes. Para obter um esquema
caracterizado pela aceleração da produção por meio de um trabalho ritmado, coordenado e
econômico, Ford adotou três princípios básicos:
 Principio de intensificação. Diminuir o tempo de duração com a utilização imediata dos
equipamentos e matéria-prima e a rápida colocação do produto no mercado.
 Princípio de economicidade. Reduzir ao mínimo o volume do estoque da matéria-prima em
transformação, fazendo com que o automóvel fosse pago à empresa antes de vencido o prazo de
pagamento dos salários e da matéria-prima adquirida. A velocidade de produção deve ser rápida:
"o minério sai da mina no sábado e é entregue sob a forma de um carro ao consumidor, na terça-
feira, à tarde"
 Princípio de produtividade. Aumentar a capacidade de produção do homem no mesmo período
(produtividade) por meio da especialização e da linha de montagem. O operário ganha mais e o
empresário tem maior produção.

4. Princípio da exceção

Taylor adotou um sistema de controle operacional simples e baseado não no desempenho médio, mas na
verificação das exceções ou desvios dos padrões normais. Em outros termos, tudo o que ocorre dentro dos
padrões normais não deve ocupar demasiadamente a atenção do administrador. Esse deve estar
preocupado com as ocorrências que se afastam dos padrões - as exceções - para que sejam corrigidas. Os
desvios positivos ou negativos que fogem dos padrões normais devem ser identificados e localizados para
a tomada de providências.

Apreciação Crítica da Administração Científica

A denominação Administração Científica deveria ser substituída por estudo científico do trabalho. Na
verdade, Taylor foi o precursor da moderna organização do trabalho.

10
Elaborado pela doc. Samira Omar
A obra de Taylor e seguidores é susceptível de críticas, que não diminuem o mérito e o galardão de
pioneiros e desbravadores da nascente Teoria da Administração. Na época, a mentalidade reinante e os
preconceitos - tanto dos dirigentes como dos empregados - a falta de conhecimento sobre assuntos
administrativos, a precária experiência industrial e empresarial não apresentavam condições propícias de
formulação de hipóteses nem o suporte adequado para elaboração de conceitos rigorosos.

As principais críticas à Administração Científica são as seguintes:

1. Mecanicismo da administração científica A Administração Científica restringiu-se às tarefas e aos


fatores diretamente relacionados com o cargo e a função do operário. Embora a organização seja
constituída de pessoas, deu-se pouca atenção ao elemento humano e concebeu-se a organização
como "um arranjo rígido e estático de peças",ou seja, como uma máquina: assim como construímos
uma máquina como um conjunto de peças e especificações também construímos uma organização de
acordo com um projeto. Daí a denominação "teoria da máquina"

2. Superespecialização do operário

Na busca da eficiência, a Administração Científica preconizava a especialização do operário por meio da


divisão e da subdivisão de toda operação em seus elementos constitutivos. As tarefas mais simples - o
resultado daquela subdivisão - podem ser mais facilmente ensinadas e a perícia do operário pode ser
incrivelmente aumentada. Por outro lado, alcança-se uma respeitável padronização no desempenho dos
operários, pois na medida em que as tarefas vão se fracionando, a maneira de executá-las torna-se
padronizada. Essas "formas de organização de tarefas privam os operários da satisfação no trabalho, e, o
que é pior, violam a dignidade humana". O taylorismo demonstrou que a maneira espontânea com que os
trabalhadores executavam suas tarefas era a mais fatigante, a menos econômica e a menos segura. "Em
lugar dos erros do passado, o taylorismo propõe uma verdadeira racionalização; é esse seu papel positivo.
Uma nova ordem de coisas. O taylorismo propõe diminuir o número de atribuições de cada indivíduo e
especializar as atribuições de cada chefe. Isso é a negação de apreender a situação total em cada nível.
Trata-se de uma de composição analítica das funções, a recusa de reconhecer os grupos e a negação da
visão da situação a cada nível. Contudo, a proposição de que "a eficiência administrativa aumenta com a
especialização do trabalho" não encontrou amparo nos resultados de pesquisas posteriores: qualquer
aumento na especialização não redunda necessariamente em um aumento de eficiência.

3. Visão microscópica do homem

11
Elaborado pela doc. Samira Omar
A Administração Científica visualiza cada empregado individualmente, ignorando que o trabalhador é
um ser humano e social. A partir de sua concepção negativista do homem - na qual as pessoas são
preguiçosas e ineficientes - Taylor enfatiza o papel monocrático do administrador: "A aceleração do
trabalho só pode ser obtida por meio da padronização obrigatória dos métodos, da adoção obrigatória de
instrumentos e das condições de trabalho e cooperação obrigatórias. E essa atribuição de impor padrões e
forçar a cooperação compete exclusivamente à gerência". "O esquema de Taylor implica na proliferação
do trabalho desqualificado que coexiste com uma estrutura administrativa monocrática, alienante, na qual
a principal virtude é a obediência às ordens. Ao lado dessa concepção atomística do homem há outra
decorrência da visão microscópica do trabalhador. Apesar de Taylor e seguidores terem se preocupado
com a adequação dos dois elementos que constituem a essência do trabalho - as características do homem
e as características da máquina - essa preocupação inicial não chegou a confirmar-se em seus trabalhos
posteriores. Os engenheiros americanos limitaram-se às características físicas do corpo humano em
trabalhos rotineiros, com ênfase nos estudos dos movimentos e da fadiga. O trabalho do homem foi sendo
abordado como um processo acessório da máquina, substituindo a inicial a ser estudado dentro de seus
limites físicos, em termos de cargas, velocidade e fadiga. A utilização dos seres humanos na organização
limitou-se às tarefas que se executam na linha de produção e nos escritórios, abrangendo apenas as
variáveis fisiológicas. Tanto assim, a Administração Científica é chamada de teoria fisiológica da
organização. No fundo, Taylor considerou os recursos humanos e materiais não tanto reciprocamente
ajustáveis, mas sobretudo, o homem trabalhando como um apêndice da maquinaria industrial,
preocupação de se adaptarem mutuamente os recursos humanos e mecânicos. O desempenho humano
passo a ser estudado dentro de seus limites físicos, em termos de cargas, velocidade e fadiga. A utilização
dos seres humanos na organização limitou-se às tarefas que se executam na linha de produção e nos
escritórios, abrangendo apenas as variáveis fisiológicas. Tanto assim, a Administração Científica é
chamada de teoria fisiológica da organização. No fundo, Taylor considerou os recursos humanos e
materiais não tanto reciprocamente ajustáveis, mas sobretudo, o homem trabalhando como um apêndice
da maquinaria industrial.

4. Ausência de comprovação científica


A Administração Científica é criticada por pretender criar uma ciência sem o cuidado de apresentar
comprovação científica das suas proposições e princípios. Em outros termos, os engenheiros
americanos utilizaram pouquíssima pesquisa e experimentação científica para comprovar suas teses.
Seu método é empírico e concreto, no qual o conhecimento é alcançado pela evidência e não pela
abstração: baseia-se em dados singulares e observáveis pelo analista de tempos e movimentos
relacionados com o como e não com o porquê da ação do operário.

12
Elaborado pela doc. Samira Omar
5. Abordagem incompleta da organização
A Administração Científica é incompleta, parcial e inacabada, por se limitar apenas aos aspectos
formais da organização, omitindo a organização informal e os aspectos humanos da organização.
Essa perspectiva incompleta ignora a vida social interna dos participantes da organização. As pessoas
são tomadas como indivíduos isolados e arranjados de acordo com suas habilidades pessoais e com
as demandas da tarefa a ser executada. Também omite certas variáveis críticas, como o compromisso
pessoal e a orientação profissional dos membros da organização, o conflito entre objetivos
individuais e organizacionais etc.

6. Limitação do campo de aplicação

A Administração Científica também ficou restrita aos problemas de produção na fábrica, não
considerando os demais aspectos da vida da organização, como financeiros, comerciais, logísticos etc.
Além disso, o desenho de cargos e tarefas retrata suas concepções a respeito da natureza humana (homem
econômico) e se fundamenta em uma expectativa de estabilidade e previsibilidade das operações da
organização.

7. Abordagem prescritiva e normativa

A Administração Científica se caracteriza pela preocupação em prescrever princípios normativos que


devem ser aplicados como receituário em todas as circunstâncias para que o administrador possa ser bem-
sucedido. Essa abordagem prescritiva e normativa padroniza situações para poder prescrever a maneira
como elas deverão ser administradas. É uma abordagem com receitas antecipadas, soluções enlatadas e
princípios normativos que regem o como fazer as coisas dentro das organizações. Essa perspectiva
visualiza a organização como ela deveria funcionar ao invés de explicar seu funcionamento.

8. Abordagem de sistema fechado

A Administração Científica visualiza as organizações como se elas existissem no vácuo ou como se


fossem entidades autônomas, absolutas e hermeticamente fechadas a qualquer influência vinda de fora
delas. É uma abordagem de sistema fechado que, como veremos em capítulos posteriores, se caracteriza
pelo fato de visualizar somente aquilo que acontece dentro de uma organização, sem levar em conta o
meio ambiente em que ela está situada. Outra característica da abordagem de sistema fechado é a maneira
de ver tudo o que acontece dentro de uma organização sob o ponto de vista de algumas variáveis mais
importantes apenas, omitindo-se outras cuja influência não seja bem conhecida no conjunto.

13
Elaborado pela doc. Samira Omar
9. Pioneirismo na administração A Administração Científica constitui o ponto de partida da administração
nos seguintes aspectos:

1. É o primeiro esforço científico para analisar e padronizar os processos produtivos com o objetivo de
aumentar a produtividade e a eficiência.

2. Obteve enorme êxito na racionali~ação das empresas da época.

3. Complementou a tecnologia da época, desenvolvendo técnicas e métodos que racionalizaram a


produção logrando forte aumento da produtividade.

10. Conclusão

Em resumo, os alicerces fundamentais da Administração Científica foram: 1. Comando e controle. A


gerência funciona como uma ditadura benigna inspirada nos modelos militares. O gerente planeja e
controla o trabalho; os trabalhadores o executam. Em suma, o gerente deve pensar e mandar; os
trabalhadores obedecer e fazer de acordo com o plano. 2. Uma única maneira certa (the one best way). O
método estabelecido pelo gerente é a melhor maneira de executar uma tarefa. O papel dos trabalhadores é
utilizar o método sem questioná-lo. 3. Mão-de-obra, não recursos humanos. A força de trabalho é a mão-
de-obra, ou seja, a mão contratada sem qualquer envolvimento da pessoa na organização. Como a oferta
de trabalhadores era abundante, a empresa nada devia a eles, embora esperasse lealdade de sua parte.

Referências Bibliográficas

Chiavenato, I (2004) Introdução a teoria geral de administração. 7ed

14
Elaborado pela doc. Samira Omar
Teixeira, S (2013) Gestão das Organizações. 3ed

15
Elaborado pela doc. Samira Omar

Você também pode gostar