Arte e A Educação

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A ARTE E A EDUCAÇÃO

A ARTE E A SOCIEDADE QUE A PRODUZ


 Há milhares de anos o homem faz arte e, ao fazê-
la, olha o mundo ao seu redor: a paisagem, os
animais e os homens. Do seu mundo o artista tira
aquilo que, para ele e sua gente, tenha um
significado possa transmitir uma ideia, um
sentimento.

 Graças a arte, o homem elevou-se, compreendeu-


se. Criar arte não foi privilegio de um povo, de
uma época, de um meridiano, de uma cultura.
ARTE
 A possibilidade da utilização da arte como mais
um recurso para o ensino é resultado de
inúmeras indagações que formulamos na
observação desta e em busca de seu
entendimento.

 A necessidade de manifestação artística


acompanha a evolução humana desde a pré-
história.
HISTÓRIA DA ARTE
 A história da arte é o recurso mais completo para se
aplicar os conceitos da interdisciplinaridade, pois
através da análise dos objetos e imagens construídos
pelo homem, no decorrer dos tempos, podemos, além
de termos um retrato de todas as transformações,
temos os registros das descobertas que a ciência
proporcionou, que a geografia sistematizou, que a
história registrou, que a matemática desenvolveu, que
a língua se utilizou para os processos de dominação,
assim como a relaçãoA necessidade de manifestação
artística acompanha a evolução humana desde a pré-
história.
 espacial desenvolvida entre o homem, o seu tempo e
seu espaço.
PRÉ-HISTÓRIA
 A arquitetura a primeira intervenção do homem
no meio.
 Paleolítico ou idade da pedra – objetos.

 Atividades coletivas

 Desenho rápido e esquemático.

 Pintar era possuir o dominar a natureza.

 A figura femininas eram esculpidas em pedra ou


marfim – procriação.
EGITO
 Civilização de base agrária. Linho e
cereais.Domesticavam o boi e o porco.
 Desenvolveram um calendário com 12 meses de
30 dias cada um e dividiram o ano em três
estações: imundação, vegetação e a colheita.
 A centralização do poder – Faraó.

 As representações das divindades, bem como de


seus poderes e domínios, apareciam em pinturas
e relevos, aplicados em papiros, paredes dos
templos, palácios e pirâmides e também em
objetos de uso pessoal.
 Lei da frontalidade.
EGITO
 A representatividade arquitetônica no Egito –
Pirâmides.
 As esculturas egípcias representavam uma
imagem estática fiel ao modelo.
 Arte funerária – vida após a morte.

 Majestade do Faraó.
MESOPOTÂMIA
 As construções mesopotâmicas (sumerino,
babilônio, assírio e persa) eram realizadas com
tijolos de barro.
 Tijolos vitrificados, onde visualizam-se imagens
que se referiam à proteção do espaço.
 Imagens fixas nas paredes.

 A escrita com características pictográficas e


ideográficas foi desenvolvida em placas de argila
e recebeu a denominação cuneiforme.
 Intenções práticas e não estéticas. É uma arte
complexa e multiforme, que reflete a história de
uma sucessão de povos em luta pelo poder.
GRÉGIA
 Dividida em três períodos:
 Arcaico predomínio de linhas geométricas rígidas.
 Clássico marcado pela idealização da beleza e busca
da perfeição formal e
 Helenístico caracterizado por formas com aspectos
exagerados de movimentação, onde se ressalta a
qualidade expressiva dos elementos.
 Abandono da lei da frontalidade.
 Pictóricas da cerâmica.

 Desenvolvimento do teatro – educativo

 Olímpio e da busca da beleza idealizada.


ROMA

 Arquitetura marcada pelo caráter funcional, civil


e público, ou seja o urbanismo era elemento
essencial.
 Cimento e a construções de arcos.

 O estado patrocinava a arte.

 Pinturas eram utilizadas cenas épicas, paisagens,


natureza mortas, cenas da vida cotidiana.
 Esculturas – realismo,
BIZÂNCIO

 Roma nova. Esteve ligada a composição de


superfícies de mosaicos.
 Cristo foi representado como rei e Maria como
rainha. Antes da igreja cristã ser aceita pelo
grande império, os ritos pelos mártires eram
discretos.
ISLAMISMO
 Ligada as tradições turcas, árabes e persas.
 Arquitetura – mesquita – arcos em forma de
abóbadas e de ferradura.
ROMÂNICO
 Século X até meados de XII a igreja cristã buscou
afirmar o poder na sociedade e como principal
instrumento de poder o uso de pedras nas
construções de suas igrejas.
 A pintura foi utilizada em afrescos, painéis,
ilustrações e pergaminhos, possuía um traço
firme e continuo e cores intensas, apresentando
sempre um caráter doutrinador.
GÓTICO
 Século XII e o início do XIV.
 Na construção de catedrais, principalmente
espaços arquitetônicos deste período, forma
utilizados arcos em ogiva, a fim de se obter
maiores vãos.
 Vitrais iluminavam – paredes translúcidas.

 Catedrais gótica – torres laterais de grande


altura e por arcos em forma de ogiva nas suas
portas de entrada, ressaltando a grandiosidade.
 Mármore, madeira, marfim e ouro, além de
pedras preciosas.
RENASCIMENTO

 Artista ganha espaço – assinatura.


 A arquitetura foi marcada pela proporção,
simetria e modulação.
 Tinta a óleo

 Arte usada para espelhar um fragmento do


mundo.
 Gênios: Leonardo da Vinci, Michelangelo e
outros.
 Escultor: Donatello.
BARROCO
 Século XIV e XVIII.
 Brasil meados do séc. XIX igreja católica e a
protestante.
 Movimento sinuoso e retorcida das formas, pela
exuberância de detalhes e ornamentos sem
função prática.
 A pintura com intenção ornamental invade os
tetos e paredes. A arte levava o espectador a um
extremo de emoção.
 Pintura enfâse sobre a luz e a cor.

 O tom castanho predominava e era acentuado


pelo contraste claro-escuro .
ROCOCÓ

 Aristocracia francesa que exibia o seu poderio


através do excesso de decoração e da
representação fútil da vida.
 Cristais, espelhos, brilhos e formas e curvas.

 Presença dos biscuits, porcelanas.

 Tudo girava em torno da mulher.


NEOCLÁSSICO
 Séc. XIX marcado pela mistura entre
subjetividade e objetividade. O estilo neoclássico
pelo racionalismo, onde os aspectos intelectuais
em geral predominaram sobre o emocionais.
 Os pintores e escultores copiavam os baixos
relevos e as estátuas antigas para aperfeiçoar sua
técnica. Cópia exata e não a criação.
 Influencia na arquitetura dos EUA e da América.
ROMANTISMO

 Fugiu do contato com a realidade, deixando a


visão subjetiva prevalecer.
 As regras fixas e definidas deixaram de ser
usadas.
REALISMO

 Surgiu na França por volta de 1850 como reação


ao romantismo.
 Representar as imagens do cotidiano de modo
real, aproveitando as sensações da luz e da cor.
 Método da observação objetiva da ciência e tinha
a ambição de resolver os problemas social
decorrente dos progressos mecânicos.
 Realidade visivel.
IMPRESSIONISMO

 Decomposição óptica das cores, ou seja tinha um


caráter cientifico.
 Objetivo era transmitir a impressão do que se vê
e para isto, a sensação tornou-se o ponto de
partida.
 Acabaram com as regras ateliê.

 Imagem ao ar livre

 Captar a imagem passageira – pinceladas.


PÓS IMPRESSIONISMO
 Van Gogh usou a arte para expressar seu estado
emocional, abrindo espaço para o
desenvolvimento do Expressionismo.
EXPRESSIONISMO

 Munique em 1910, propondo a arte como a


expressão do mundo interior do artista.
Explorava a expressividade da imagem vista,
distorcendo a figura se necessário.
 Cores fortes. Contornos abruptos, atmosfera
densa e carregada, quase irreal.
 Candido Portinari no Brasil, na fase em que se
dedicou a representação dos retirantes
nordetisnos.
FUTURISMO

 Iniciado em 1910. Condenavam a devoção aos


antigos mestres e os elementos do passado:
exaltavam apenas o momento presente.
 Glorificaram a máquina e as realizações da
ciência moderna através do dinamismo nas telas.
ABSTRACIONISMO

 A abstração é a negação da representação


tradicional figurativa, onde o importante é a
criação a partir da imagem vista.
 Trabalha tanto com a emoção como com a razão.

 A imitação cede espaço para a expressão de


sentimentos através de cores e linhas e os temas
desaparecem importando apenas os efeitos de
tons e formas.
SURREALISMO

 Propunha a liberação das imagens do


inconsciente. O desejo era atingir a liberdade
total dos pensamentos, sem que estes passassem
por uma ordenação lógica.
 A ideia de apresentar nas telas as imagens
presentes nos sonhos.
 1924 Paris proposta a aplicação da doutrina de
Freud na arte, juntar real e irreal, exclusão da
lógica e da razão.
 Salvador Dali
POP ART
 Volta de 1950 questionou as manifestações da
cultura popular e criticou a posição do individuo
diante da sociedade de consumo.
 Folclore urbano.
EDUCAÇÃO
 A educação é, portanto, aqui entendida como um
contínuo exercício cotidiano, um trajeto
construído pela experiência da vida, e não apenas
pela aquisição formal de conhecimentos.
Paisagem pós-moderna. Assim, a educação
acontece a todo o momento, e é parte e reflexo do
corpo social.
TEORIA E PRÁTICA EM ARTE NAS ESCOLAS
BRASILEIRAS

No ensino de Arte no Brasil observa-se um enorme descompasso
entre as práticas e a produção teórica na área, incluindo a
apropriação desse conhecimento por uma parcela significativa dos
professores. Tal descompasso é fruto de dificuldades de acesso a
essa produção, tanto pela pequena quantidade de livros editados e
divulgados sobre o assunto como pela carência de cursos de
formação contínua na área.
 Nota-se ainda a manutenção de clichês ou práticas ultrapassadas
em relação aos conhecimentos já desenvolvidos na área. De todas
as linguagens artísticas, a de Dança é a que mais se recente dessa
ausência de publicações ligadas à área de Arte.
 Aquilo que se tem geralmente expressa uma visão bastante
espontaneísta e/ou tecnicista da dança, não se discutindo com a
profundidade requerida, por exemplo, as relações entre dança,
corpo, sociedade e cultura brasileiras e o processo educacional.
 PCNs
 As práticas de ensino de Arte apresentam níveis de
qualidade tão diversificados no Brasil que em muitas
escolas ainda se utiliza, por exemplo, modelos
estereotipados para serem repetidos ou apreciados,
empobrecendo o universo cultural do aluno.

 Em outras, ainda se trabalha apenas com a auto-expressão,


sem introduzir outros saberes de arte. A polivalência ainda
se mantém em muitas regiões. Por outro lado, já existem
professores preocupados em também ensinar história da
arte e levar alunos a museus, teatros e apresentações
musicais ou de dança. Essa pluralidade de ações ainda
representa experiências isoladas dos professores, que têm
pouca oportunidade de troca, a não ser em eventos,
congressos, quando têm possibilidades de encontros.
 PCNs
 A arte cumpre um papel decisivo para estimular
os indivíduos e grupos, inseridos em seus diversos
contextos sociais, na percepção de diversas
leituras e na ativação do pensamento, num
universo cada vez mais imagético, midiático e
simbólico. Tal universo não se apresenta,
algumas vezes, de forma explícita, pois a
percepção da imagem transita entre o consciente
e o inconsciente, o olho e a mente, fazendo parte
de um conjunto complexo de sensibilidades, e de
uma aprendizagem não-formal adquirida com a
experiência pessoal e significativa da própria
imagem
 Em meio à realidade (ou hiper-realidade), o indivíduo
tem dificuldade em juntar o que é cultural, no sentido
mais tradicional do termo, ao que é comercial e
publicitário – ou, o que é pior, tenta distinguir e
separar um do outro. Esforço inútil. Não há mais um
modelo que estabeleça qual a realidade correta a ser
seguida; desapareceram as balizas orientadoras do
percurso racional, que pretendia chegar no
enquadramento “eficiente” das ações do sujeito no
corpo social. “À nova inscrição da produção artística
corresponde um novo espaço estético, onde tudo pode
surgir, tudo pode relacionar-se com tudo em jogo
permanente.” (Favaretto, 1991a: 62) E na mistura
quase indistinta entre arte e não-arte, produto e não-
produto, o poder de ação de todos esses elementos fica
aparentemente minimizado, passando desapercebido
ou sendo desconsiderado pela educação formal: eis o
problema.
 O cotidiano, a educação e a cultura estão
completamente imbricados, mas essa relação é
comumente ignorada pelos sistemas estagnados de
ensino. A “didática” separação entre eles pode esconder
seus efeitos sociais. As diferenças de classe, a
discriminação, o preconceito e a intolerância são
alguns dos efeitos causados pela cegueira em relação
ao outro, em relação à produção cultural do dia-a-dia,
aos caminhos e desvios que cada pessoa experimenta
no fluxo da vida cotidiana. A educação não só está
ligada à vida, como deve ser seu espelho, na imagem
de cada acontecimento, cada descoberta; na
manifestação da arte, da música, da escrita, do outdoor
e do vendedor ambulante
 A posição redentora do professor, como único
agente detentor do saber, agora divide espaço
com o marketing, com a televisão, com os museus
e com a internet. Tal consciência não destitui o
professor de sua função – ou seu valor –, mas, ao
contrário, o integra a um campo muito maior, o
faz pensar - junto e ensinar - junto com outras
pessoas com outras experiências.

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