Cultura Da Gare História e Cultura Das Artes

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 21

Tiago Portela 12.

Disciplina: História e Cultura das Artes


Escola: Externato Infante D. Henrique
Professora: Andreia Marques

2023/24
Indíce
1- Introdução
2- História da Gare
3- O Romantismo
4- O Neoclassicismo
5- O Racionalismo
6- O Realismo
7- O Impressionismo
8- O Impressionismo e o Pós-Impressionismo
9- Arquitetura Romantista
10- Exemplo da Arquitetura Romantista
11- Pintura Romantista
12- Exemplo da Pintura Romantista
13- O “Mundo Novo”
14- Arquitetura da gare
15- Aspectos Importantes da Arquitetura da
Gare:
16- Escultura
17- Arquitetura da gare em Portugal
18- Conclusão
19- WebGrafia
Introdução
A gare é um espaço incrível cheio de histórias.
É mais do que apenas um local para apanhar
um comboio, é onde pessoas se encontram,
dialogam, e compartilham momentos únicos.
Ao explorar a gare, descobrimos não só a sua
arquitetura especial, mas também as
experiências emocionantes que acontecem lá
dentro. É como se cada plataforma guardasse
segredos e memórias de viagens passadas.
Neste trabalho, vamos visitar os antigos
tempos e aprofundar o nosso conhecimento
pela gare, vamos descobrir juntos a magia
que faz dela um lugar tão especial.
História da Gare
A história da gare acontece no século XIX, quando os
comboios a vapor começaram a ligar cidades distantes,
evoluindo o transporte. As primeiras gares, simples e
funcionais, surgiram para atender às crescentes
necessidades de viagens. Com o tempo, esses lugares
evoluíram para se tornarem verdadeiros centros de
atividade. Durante a Revolução Industrial, as gares
desempenharam um papel crucial no desenvolvimento
económico, facilitando o transporte de mercadorias e
impulsionando o comércio. No final do século XIX, as
gares passaram por uma revolução estética,
incorporando elementos arquitetónicos
impressionantes. A Belle Époque testemunhou a
construção de gares grandiosas, refletindo o orgulho e a
prosperidade das nações. A Belle Époque foi um período
de cultura cosmopolita na história da Europa, que
começou no fim do século XIX, com o final da Guerra
Franco-Prussiana, em 1871, e durou até a eclosão da
Primeira Guerra Mundial, em 1914. A expressão
também designa o clima artístico do período em
questão. Durante as guerras mundiais, as gares foram
pontos estratégicos, muitas vezes acabaram por sofrer
danos, mas eram sempre rapidamente reconstruídas
como símbolos de resiliência. No século XXI, embora o
transporte moderno tenha evoluído, as gares
permanecem como testemunhas históricas e vitrines
culturais, mantendo viva a herança do passado
enquanto continuam a conectar pessoas e lugares.
O Romantismo
O Romantismo teve inicio no século XIX, era um movimento
artístico e cultural que celebrava a emoção, a individualidade
e a expressão pessoal. Valorizava as paixões humanas, e
buscava escapar das restrições formais do Neoclassicismo.
Foi também caracterizado por uma demanda nas emoções,
na individualidade, na natureza e no escape do
racionalismo. Os românticos acreditavam na liberdade
criativa, encorajando assim a exploração dos sentimentos
profundos e da subjetividade. A natureza desempenhava um
papel fundamental, sendo usada como uma fonte de
inspiração. Artistas românticos viam na natureza não apenas
uma beleza estética, mas também uma força enorme que
refletia as emoções humanas. Os elementos naturais eram
frequentemente usados como metáforas poderosas nas
suas obras. O amor, idealizado e associado à paixão, era um
tema recorrente, os românticos exploravam os altos e baixos
dos relacionamentos, muitas vezes retratando o amor como
uma força enorme. A busca pela originalidade e
autenticidade incentivava os artistas a explorar a sua
singularidade, destacando assim a importância do eu
interior. O Romantismo também abraçava o exótico e o
misterioso, inspirando-se em culturas distantes e explorando
temas folclóricos. A literatura romântica mergulhava em
contos góticos, explorando o sobrenatural e o desconhecido.
Este movimento influenciou não apenas as artes visuais e a
literatura, mas também a filosofia, a política e o pensamento
social. A sua herança continua a ressoar na criatividade
contemporânea, lembrando-nos da importância de abraçar
as experiências humanas, valorizar as emoções e buscar a
autenticidade em todas as formas de expressão.
O Neoclassicismo
O Neoclassicismo surgiu no século XVIII, foi um
movimento artístico e cultural que buscou inspiração
na arte da Grécia e Roma antigas. Valorizava a razão, a
ordem e a clareza, dando menos valor ás emoções
exuberantes do Barroco e do Rococó. Na pintura
neoclássica, predominavam composições equilibradas
e temas históricos. A arquitetura seguia princípios
simétricos e formas geométricas, buscando reviver a
grandiosidade das civilizações clássicas. Na literatura,
o Neoclassicismo priorizava a clareza e a moralidade,
inspirando-se nos escritos da Grécia e Roma. O
movimento refletia uma época de racionalismo e
reverência pelo passado clássico. Buscava transmitir
mensagens claras e universais, evitando os excessos
ornamentais. O Neoclassicismo exerceu uma forte
influência nas artes e na arquitetura, moldando a
estética de seu tempo e deixando um legado
duradouro.
O Racionalismo
O Racionalismo surgiu nos séculos XVII e XVIII, foi um
movimento que colocou a razão como guia principal
do conhecimento e do pensamento. Destacou a
importância da lógica, da evidência empírica e do
método científico na compreensão do mundo. Na
filosofia, o Racionalismo acreditava na capacidade da
razão humana de descobrir verdades universais e
fundamentais. Filósofos como Descartes enfatizavam
o uso do raciocínio lógico como meio de alcançar o
entendimento. Na arquitetura e no design, o
Racionalismo buscava simplicidade e funcionalidade,
evitando assim excessos decorativos. O Racionalismo
teve um impacto significativo no desenvolvimento da
ciência, da filosofia e da arquitetura, influenciando a
forma como as pessoas abordavam o conhecimento e
a construção do mundo ao seu redor. Esse
movimento destacou a importância da razão como
uma ferramenta essencial para compreender e
melhorar a realidade.
O Realismo
O realismo foi um movimento artístico que surgiu no
século XIX e teve o seu auge na segunda metade do
mesmo século, procurava retratar a realidade de
forma objetiva e fiel, muitas vezes, buscava retratar a
vida de forma fiel e honesta. Ao contrário do
idealismo romântico, os artistas realistas, como
Courbet, preferiam representar a realidade
quotidiana, muitas vezes dando mais foco em temas
da classe trabalhadora. As pinturas realistas eram
marcadas por detalhes minuciosos e uma atenção
especial à representação precisa de pessoas e
ambientes. Os artistas realistas destacavam as
condições sociais e económicas da época, buscando
assim refletir as verdades da vida. O movimento
realista não apenas influenciou a pintura, mas
também estendeu-se para a literatura, teatro e outras
formas de expressão artística. Ao desafiar as
convenções idealizadas, o realismo trouxe uma
abordagem mais crua e autêntica à representação
visual e narrativa, deixando um impacto duradouro na
forma como percebemos e representamos o mundo
ao nosso redor.
O Impressionismo
O impressionismo foi um movimento artístico
revolucionário que surgiu no século XIX, destacando-
se pela abordagem inovadora na pintura. Os artistas
impressionistas, como Monet e Renoir, procuravam
capturar a essência de um momento, dando mais
importância á luz e a atmosfera em vez de detalhes
precisos. Na cultura da gare, os impressionistas
poderiam se concentrar nas efemeridades do
momento, como comboios a chegar ou a ir embora, a
atmosfera luminosa da estação em diferentes horas
do dia e as reflexões de luz nas linhas. Com pinceladas
soltas e cores vibrantes, os impressionistas criavam
obras que pareciam capturadas no calor do momento.
A técnica de "plein air," pintar ao ar livre, permitia-lhes
explorar a mudança das condições de luz em
diferentes horas do dia. Temas quotidianos, como
paisagens, cenas urbanas e retratos, eram
frequentemente escolhidos para transmitir a vida
quotidiana com uma sensação de frescor e vitalidade.
Este movimento revolucionou a arte, desafiando
assim as tradições académicas e abrindo os caminhos
para abordagens mais livres e expressivas que
influenciaram gerações futuras. O impressionismo
continua a ser celebrado pela sua capacidade única de
transmitir a fugacidade e a beleza dos momentos
efémeros.
O Impressionismo e o Pós-
Impressionismo
Impressionismo:
Ênfase na Luz e Atmosfera: Os impressionistas, como
Monet e Renoir, focavam em capturar a luz e a
atmosfera momentânea nas suas pinturas.
Pinceladas Rápidas: Usavam pinceladas rápidas e soltas
para criar uma sensação de movimento e capturar cenas
ao ar livre.
Cenas do Cotidiano: Preferiam retratar cenas do
quotidiano, como paisagens, pessoas e momentos do dia
a dia.
Cores Vibrantes: Utilizavam cores vibrantes e
frequentemente não misturavam as tintas diretamente
na paleta, deixando que se misturassem na tela.

Pós-Impressionismo:
Experimentação com Formas e Cores: Os pós-
impressionistas, como Van Gogh e Cézanne, foram
além, experimentando com formas e cores de maneiras
mais expressivas.
Estilo Pessoal e Emocional: Cada artista tinha um estilo
pessoal e buscava transmitir emoções nas suas obras.
Exploração de Símbolos e Estruturas Geométricas: Van
Gogh usava cores intensas e formas exageradas para
expressar sentimentos, enquanto Cézanne explorava
estruturas geométricas nas suas pinturas.
Diversidade de Temas e Estilos Individuais: Ao contrário
do Impressionismo, o Pós-Impressionismo abraçou uma
maior diversidade de temas e estilos individuais.
Arquitetura Romantista
A arquitetura romântica surgiu no século XIX, foi marcada
por uma expressividade que buscava transmitir emoções e
contar uma espécie de histórias através dos edifícios.
Inspirada pelos ideais do movimento romântico, essa
abordagem arquitetónica diferia das formas mais rígidas do
Neoclassicismo. As técnicas românticas abraçavam uma
variedade de estilos, desde o revivalismo gótico até o
medievalismo, refletiam a busca por uma autenticidade
histórica. Edifícios românticos muitas vezes apresentavam
detalhes ornamentados, arcos apontados e torres
imponentes, evocando um sentido de mistério e
grandiosidade. Falando mais uma vez da natureza que
desempenhou um papel crucial como fonte de inspiração,
refletiu-se em elementos como jardins paisagísticos e o uso
de materiais naturais. A relação entre a arquitetura e o
ambiente circundante era uma característica proeminente,
com edifícios muitas vezes projetados para se integrar
harmoniosamente à paisagem. Além disso, a arquitetura
romântica incorporava frequentemente elementos
simbólicos, transmitindo narrativas através de esculturas,
vitrais e detalhes arquitetónicos. Influenciando não apenas
as construções públicas, mas também residências, a
arquitetura romântica capturava a sua imaginação através
dos seus designs ecléticos. Esse movimento deixou uma
espécie de herança duradoura, contribuindo assim para a
diversidade arquitetónica e cultural do século XIX, ao mesmo
tempo em que inspirou futuras gerações de designers a
explorar a interseção entre forma, função e emoção.
Exemplo da Arquitetura
Romantista
Um exemplo internacional notável de arquitetura ferroviária
romântica é a Gare de Lyon em Paris, França. A Gare de Lyon,
em Paris, é uma estação ferroviária famosa e encantadora.
Construída no final do século XIX, apresenta uma fachada
diferenciada com detalhes românticos, incluindo esculturas
representando diferentes destinos servidos pela ferrovia.
Destaca-se pela sua arquitetura grandiosa com relógios
adornados e esculturas ornamentadas. Inaugurada em 1900, a
estação é um ícone histórico que combina funcionalidade e
beleza. Os seus salões espaçosos e vitrais elaborados criam uma
atmosfera única. A Gare de Lyon não é apenas um centro vital de
transporte, mas também uma obra de arte que preserva a rica
herança arquitetónica de Paris.
Pintura Romantista
A pintura romântica surgiu no século XIX, foi uma
expressão artística que abraçou as emoções e a
individualidade. Diferenciando-se da rigidez
neoclássica, os artistas românticos buscavam
transmitir sentimentos profundos através de suas
obras. As técnicas variavam, mas muitos pintores
românticos exploravam pinceladas expressivas e
cores vibrantes. Mais uma vez a natureza
desempenhava um papel fundamental até mesmo na
pintura, servindo como inspiração para paisagens
majestosas e atmosferas evocativas. A luz e a sombra
eram cuidadosamente manipuladas para criar efeitos
dramáticos. A literatura e a mitologia eram fontes
frequentes de inspiração, com pintores como
Delacroix explorando temas épicos. O Romantismo
também abraçava o exótico, retratando cenas de
outras culturas e períodos históricos. A
individualidade do artista era valorizada, e muitos
românticos buscavam retratar as suas próprias
emoções e visões pessoais. A pintura romântica não
capturou apenas momentos de beleza, mas também
transmitiu a complexidade das experiências humanas,
deixando assim uma relíquia duradoura na história da
arte.
Exemplo da Pintura
Romantista
"A Gare Saint-Lazare," uma pintura impressionista de
Claude Monet, é um excelente exemplo que retrata a
estação de comboios parisiense de maneira única. Monet
captura a atmosfera movimentada da estação com
pinceladas soltas e cores vibrantes. A fumaça das
locomotivas e a mistura de luz e sombra criam uma
sensação dinâmica na tela. A obra revela a habilidade de
Monet em capturar a essência do momento, em vez de
se concentrar em detalhes precisos. As reflexões na água
e a representação impressionista do vapor do comboio
destacam a técnica distintiva do artista. "A Gare Saint-
Lazare" é um exemplo magistral da abordagem única de
Monet ao impressionismo, onde a captura da luz e do
movimento se torna mais significativa do que a
representação literal. A pintura convida os espectadores
a mergulhar na energia efervescente da estação de
comboios parisiense.
O “Mundo Novo”
A expressão "Mundo Novo" e está associada às
transformações significativas e à sensação de novidade que
as estações de comboios trouxeram para o mundo durante
o período da Revolução Industrial. Inicialmente, nas
primeiras eras das ferrovias, o termo refletia a revolução no
transporte, inaugurando uma era de mobilidade sem
precedentes. A chegada dos comboios representava a
abertura de novas possibilidades, conectando comunidades
distantes e transformando a experiência humana. Contudo,
ao longo do tempo, a expressão "Mundo Novo" na cultura da
gare ganhou camadas mais profundas. Passou a simbolizar
não apenas a mudança física de lugares, mas também a
transformação social e cultural que acontecia nas
plataformas e nos salões das estações. A diversidade de
pessoas, a troca de ideias e a interação entre diferentes
estratos sociais contribuíam para a criação de um "Mundo
Novo" de experiências e perspectivas.
A fusão entre funcionalidade e estética era testemunha de
uma era em que as cidades expandiam-se, o comércio
prosperava e as fronteiras desvaneciam-se. Com avanços
tecnológicos e uma perspectiva mais globalizada, as estações
ferroviárias permanecem como centros de convergência,
onde o antigo e o moderno se entrelaçam. Elas representam
não apenas um ponto de partida ou chegada, mas um local
de constante renovação, onde o mundo ao nosso redor se
redesenha continuamente. Assim, a cultura da gare continua
a evocar a promessa de um "Mundo Novo", onde as histórias
desdobram-se e as conexões multiplicam-se, mantendo viva
a tradição de inovar e da descoberta associada a esses
lugares tão emblemáticos.
Arquitetura da gare
A arquitetura da cultura da gare desempenha um
papel importante na identidade e no significado
dessas estações ferroviárias. Ela reflete não apenas a
função prática do local, mas também a importância
social e cultural atribuída a ele. As gares têm uma
grande diversidade de estilos, desde as mais antigas e
ornamentadas até as mais modernas e eficientes.
Algumas são como castelos urbanos, com detalhes
encantadores como vitrais coloridos e arcos
majestosos. Outras são exemplos de design
contemporâneo, com linhas simples e eficazes. O
“layout” das gares é feito para facilitar a vida dos
passageiros. Plataformas organizadas, bilheteiras
acessíveis e espaços amplos de espera, todos esses
aspectos tornam a experiência mais agradável.
Algumas gares, com o seu tamanho imponente,
parecem verdadeiras obras de arte, fazendo assim
parte das cidades onde estão situadas. A arquitetura
da cultura da gare, assim, é uma expressão viva da
nossa capacidade de viajar, conectar e explorar,
refletindo a beleza única da jornada e a importância
das histórias que cada estação tem para contar.
Aspectos Importantes da
Arquitetura da Gare:
1. Estilo Arquitetônico:
1. Diversidade de estilos arquitetónicos, desde clássico até
contemporâneo.
2. Detalhes Ornamentados:
1. Presença de elementos decorativos, como vitrais,
esculturas e arcos.
3. Funcionalidade e Layout:
1. Design funcional otimizado para a movimentação eficiente
de passageiros.
2. Organização lógica de bilheteiras, plataformas e áreas de
espera.
4. Imponência e Monumentalidade:
1. Algumas gares são verdadeiros monumentos
arquitetónicos, transmitindo grandiosidade.
5. Integração Urbana:
1. Projeto que integra-se harmoniosamente ao ambiente
urbano circundante.
6. Inovação Tecnológica:
1. Adoção de tecnologias modernas para eficiência
energética e conveniência dos passageiros.
7. Adaptação Evolutiva:
1. Capacidade de adaptação ao longo do tempo, refletindo
as mudanças sociais e tecnológicas.
8. Espaços Públicos Amplos:
1. Presença de áreas públicas espaçosas para acomodar o
fluxo de passageiros.
9. Fusão Arte-Funcionalidade:
1. Combinação de elementos artísticos à funcionalidade,
criando ambientes esteticamente agradáveis.
10. Significado Histórico:
1. Algumas gares carregam significado histórico,
preservando a memória enquanto continuam a
desempenhar um papel ativo.
Escultura
A escultura na cultura da gare adiciona beleza e
significado aos espaços de transporte. Nas estações
ferroviárias, podemos encontrar uma variedade de
esculturas, desde obras modernas e abstratas até peças
tradicionais e representativas. Essas esculturas muitas
vezes contam histórias, retratam temas relacionados à
viagem, conexão e história ferroviária. Podem incluir
figuras humanas, animais, carruagens ou elementos
abstratos que capturam a essência do movimento e da
jornada. Além de decorativas, as esculturas na gare têm
o poder de transformar o ambiente, criando assim
pontos de interesse visual e adicionando uma dimensão
artística à funcionalidade do espaço. Algumas estações
apresentavam estátuas e monumentos específicos.
Podiam ser dedicadas a figuras históricas, patronos do
transporteferroviário, ou mesmo personagens
emblemáticos que simbolizavam a experiência da
viagem. Em algumas instâncias, as estações de
comboios tornaram-se em espaços de exposição
artística, onde esculturas eram exibidas para o público
que transitava pelo local. Essas esculturas podiam variar
de peças comemorativas a obras contemporâneas que
dialogavam com acultura da época. As esculturas nas
estações de comboios refletiam uma variedade de
estilos artísticos. Desde o neoclássico até o moderno,
escultores exploraram diferentes formas de expressão
para representar acultura da gare.
Arquitetura da gare em
Portugal
A Estação de São Bento, no Porto, é uma joia arquitetônica, é
um ótimo exemplo na cultura da gare. Inaugurada em 1916,
com a sua entrada neoclássica e imponente, revela uma
elegância atemporal. O verdadeiro destaque é o interior, com
aproximadamente 20.000 azulejos que narram a história dos
transportes e eventos históricos de Portugal. Ao adentrar a
estação, somos acolhidos por um hall luminoso, onde os
azulejos criam uma narrativa visual única. Essas peças artísticas
transmitem não apenas a evolução dos meios de transporte,
mas também uma identidade cultural do país. A atmosfera da
Estação de São Bento transcende a mera funcionalidade,
transformando-a em um espaço que celebra a história e a
beleza, reforçando assim o papel crucial das gares na
preservação da cultura e na conexão de gerações. Este é um
testemunho da magia que a arquitetura da cultura da gare
pode criar, transportando-nos para além do tempo e
conectando-nos a uma herança rica e visualmente
deslumbrante.
Conclusão
Para concluir esta exploração sobre a "Cultura da Gare", é inegável que
tenhamos traçado um itinerário fascinante pelos corredores da arte,
arquitetura e escultura, onde as estações de comboio se destacam como
testemunhas visuais da dinâmica de uma era em constante movimento.

A pintura, com as suas diversas técnicas que incluem o romantismo, o


realismo e o impressionismo, proporcionou-nos visões distintas da vida
nas gares. Artistas como Monet e Degas, com as suas pinceladas
evocativas, capturaram a essência fugaz da luz, do movimento e das
emoções que pulsam nas estações, enquanto realistas como Raffaëlli
trouxeram uma representação detalhada e precisa da rotina diária e das
condições sociais nesses locais cruciais de movimentação.

A escultura emergiu como um elemento fundamental na construção da


atmosfera única desses espaços. Desde estátuas comemorativas até
ornamentos que simbolizavam o progresso, as esculturas tornaram-se
narrativas visuais que transcenderam a mera estética, transmitindo
significados profundos associados à cultura ferroviária. O papel
simbólico dessas peças esculpidas não só enriqueceu visualmente as
estações, mas também acrescentou camadas de significado, reforçando
a importância histórica e social desses centros de transporte.

Já na arquitetura, as estações de comboio tornaram-se marcos visuais


de uma era caracterizada por inovações, mudanças sociais e uma nova
compreensão do espaço e do tempo. A arquitetura das gares, desde o
romantismo até o ecletismo e a influência do Art Nouveau, refletiu não
apenas a evolução técnica, mas também a busca por capturar o espírito
vibrante da época. Os detalhes ornamentais, a grandiosidade
arquitetônica e a diversidade de estilos confluíram para criar não apenas
pontos de partida e chegada, mas verdadeiros símbolos de progresso,
conectando cidades e pessoas de maneiras antes inimagináveis.

Ao tecermos estas diferentes formas de expressão artística e


arquitetônica, entendemos que a cultura da gare não é meramente um
fenômeno histórico; é um testemunho visual do impacto das ferrovias
na sociedade. Conectar não apenas destinos, mas também a história, a
tecnologia e as experiências humanas, a cultura da gare permanece
como um marcador visual e simbólico de uma era que viu o surgimento
de novas perspectivas e entendimentos.
WebGrafia

Google

Manual e Caderno da Disciplina

Youtube

Wikipédia

Tiago Portela Nº25

Você também pode gostar