Apostila Parte 1 - Arte Moderna

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APOSTILA DE ARTES – 2º SÉRIE DO ENSINO MÉDIO

PARTE 1 - ARTE MODERNA


Termo que refere-se às expressões artísticas surgidas no final do século XIX, após a invenção da fotografia (1825), e que
se estenderam até a metade do século XX com o fim da segunda guerra mundial (1945). Na arte moderna vê-se a
influência da Revolução Industrial, das máquinas a vapor, do aumento das velocidades, da fotografia, do cinema, do avião,
do estudo da mente entre outros elementos que contribuíram para a mudança do pensamento e das atitudes.
CINCO PRINCIPAIS VANGUARDAS EUROPEIAS MODERNISTAS
EXPRESSIONISMO - Busca expressar sentimentos e emoções do autor, com visão trágica do ser humano. Seus artistas exageram
e distorcem os temas, revelando o lado pessimista da vida, como forma de refletir a angústia existencialista do indivíduo alienado,
fruto da sociedade moderna, industrializada. Principais características: Uso forte e puro da linha e da cor, em formas retorcidas e
agressivas, denotando o estado de espírito do artista. Foi um dos primeiros movimentos a focar em aspectos subjetivos. Surge
oficialmente na Alemanha em meados de 1905, porém, Edvard Munch, considerado o precursor do Expressionismo, pinta sua obra
mais importante, (O Grito) já em 1893. Nomes do movimento: Paul Klee, Wassily Kandinsky, Modigliani, Portinari e Anita Malfatti.
O GRITO (1893 - Edward Munch)

CUBISMO - O cubismo é um movimento artístico que surgiu nas artes plásticas no início do século XX, tendo como principais
fundadores Pablo Picasso e Georges Braque. O quadro "Les demoiselles d'Avignon" (1907), de Picasso, é conhecido como
marco inicial do cubismo. Principais características: tratamento geométrico das formas da natureza e volumes; todos os
ângulos do objeto no mesmo plano; predomínio das linhas retas, cubos e cilindros; renúncia da perspectiva e do claro-escuro;
abandono das distinções entre forma e fundo ou qualquer noção de profundidade; temas envolvendo naturezas mortas
urbanas e retratos distorcidos. Nomes: Pablo Picasso, Georges Braque; Fernand Léger; Diego Rivera e Tarsila do Amaral
LES DESMOISELLES D’AVIGNON (1907 - Pablo Picasso)

DADAÍSMO - De caráter ilógico, o movimento era irreverente e espontâneo, pautado na irracionalidade, na ironia, na liberdade, no
absurdo e no pessimismo, com o intuito principal de chocar a burguesia da época e criticar a arte tradicionalista, a guerra e o
sistema. Teve seu início em Zurique (Suíça), em 1916, durante a 1ª Guerra Mundial, no Cabaret Voltaire. Formado por um grupo
de escritores e artistas plásticos liderados por Tristan Tzara, Hugo Ball e Hans Arp, foi considerado um movimento antiartístico,
uma vez que questiona a arte. A palavra “dada” vem do francês, e significa "cavalo de madeira", porém foi usada para também
ilustrar a falta de sentido que pode ter a linguagem na fala de um bebê (Da-dá) . Nomes: Raoul Hausmann e Marcel Duchamp,
responsável pelo conceito de Ready Made, que é o transporte de um elemento da vida cotidiana para o campo das artes.
O CRÍTICO DE ARTE (1919 - Raoul Hausmann)

FUTURISMO - surgiu na Itália, em 1909, com o Manifesto Futurista do poeta Filippo Marinetti. Os adeptos do
movimento rejeitavam o moralismo e o passado, e suas obras baseavam-se fortemente na velocidade e nos
desenvolvimentos tecnológicos do final do século XIX. Seu slogan era "Liberdade para as palavras".
Características: uso de cores vivas e contrastes; Sobreposição de imagens; traços e pequenas deformações para
passar a ideia de movimento e dinamismo; valorização do industrialismo e da tecnologia, bem como os parâmetros
repousados no movimento, na velocidade, na vida moderna, no militarismo e ruptura com a arte do passado.
Umberto Boccioni e Giáccomo Balla são alguns dos importantes artístas desse movimento.
AUTOMÓVEL EM ALTA VELOCIDADE (1913 - Giaccomo Balla)

SURREALISMO - nasce em Paris na década de 1920, no período entre as duas Grandes Guerras Mundiais.
Fortemente influenciado pelas teorias psicanalíticas de Sigmund Freud (1856-1939), enfatiza o onírico, o mundo da
fantasia, dos sonhos e o papel do inconsciente na atividade criativa valorizando a loucura e o impulso de registrar
tudo o que lhe vier à mente, sem se preocupar com a lógica. Um dos seus objetivos foi produzir uma arte que,
segundo o movimento, estava sendo destruída pelo racionalismo. O poeta e crítico André Breton era o principal
líder e mentor deste movimento. E nas artes plásticas, os nomes são Max Ernst, René Magritte e Salvador Dalí.
A PERSISTÊNCIA DA MEMÓRIA (1931 -Salvador Dali)

A FONTE – MARCEL DUCHAMP (análise)


Em 1917, o artista Marcel Duchamp expõe sua obra intitulada “A Fonte”, no qual se tratava de um simples e
comum urinol branco invertido. Com esta atitude provocativa, Duchamp acabou estabelecendo um debate entre
Arte e Conceito, onde dizia que para ser um artista não era necessário ter um dom ou habilidade para produzir
belíssimas pinturas ou esculturas, e sim apresentar a todos algo totalmente diferente, novo e inesperado. De
forma sarcástica e irônica, o artista criticou os conceitos de arte de uma sociedade cultural. A partir do momento em que
Duchamp retirou aquele simples objeto do cotidiano , inverteu sua posição e colocou-o em uma exposição, dando-lhe outro
significado. A inversão corresponde à inversão de sentido, o chamado READY MADE (do inglês, “Já feito”).
Duchamp não teve o objetivo de fazer alguém considerar o mictório como obra de arte, mas sim mudar o pensamento
padrão que as pessoas normalmente costumavam a ter para desenvolver uma visão diferente do normal, contradizendo o que
grande parte da sociedade considerava ser arte. O objetivo dele foi justamente causar esta provocação, fazendo as pessoas
pensarem no real sentido da arte, já que todo acervo artístico que nos foi legado passou a ser considerado arte, porque
alguém no passado o disse e nós nos habituamos a admiti-lo. Este questionamento trouxe uma discussão à tona e,
praticamente, retirou da mão dos críticos de arte a prerrogativa de definir o que é arte para o público leigo. Não por acaso, ele
afirmaria mais tarde, sua mais importante frase: "será arte tudo o que eu (o expectador) disser que é arte".

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