Trabalho - Luis Bytner
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além dos objetos que estão diante dos nossos olhos, SE queremos dirigir o entendimento para
além de TODA experiência dada – isso levaria o entendimento à maior e mais extrema
ampliação possível.
B673
A sistematicidade do conhecimento, ou seja, a sua concatenação a partir de um princípio é o
que a razão é o que a razão faz sobre o entendimento.
Um sistema concatenado segundo leis necessárias.
Se fizer um exame do conjunto completo dos conhecimentos do nosso entendimento, verifica-
se que a razão produz a sistematicidade do conhecimento, a concatenação a partir de um
princípio.
A razão busca naturalmente o conhecimento do incondicionado, mesmo que não seja possível
ao ser humano conhecê-lo empiricamente, porque empiricamente só se conhece os fenômenos
da experiência sensível. Porém, essa busca é necessária, porque pressupõe que exista um
princípio transcendente e esse princípio é o que sistematiza toda a cadeia de causalidade.
Portanto, a razão produz, segundo Kant, a sistematicidade do conhecimento, a concatenação
dele a partir de um princípio e uma unidade que pressupõe uma ideia. Essa ideia, por sua vez,
é a forma de um todo do conhecimento, e esse todo antecede as partes e permite a
determinação de seu lugar e da sua relação com as demais. “De acordo com isso – afirma
Kant – essa ideia postula a unidade completa do conhecimento do entendimento, graças à qual
ele deixa de ser um mero agregado contingente e se torna um sistema concatenado segundo
leis necessárias” (KrV, B673). Ou seja, estabelecer a unidade completa do conhecimento do
entendimento é o que torna possível àquele que pretende conhecer a natureza a compreensão
de suas leis necessárias. Esses conceitos da razão não surgem da natureza – e aqui se
apresenta mais uma implicação do giro copernicano -, mas a investigamos segundo as leis que
nós mesmos
ESTRUTURA
Resumo, no estilo de um artigo
Introdução com uma apresentação do papel da crítica ao elevar a filosofia ao status de uma
ciência, que apesar de não ter um objeto, é, a partir dela, sistemática.
Segundo B869 (na doutrina do método) a crítica é o que torna a filosofia um sistema da razão
e a eleva ao patamar de uma ciência. Esse sistema é denominado metafísica. A crítica é,
portanto, propedêutica do sistema e faz parte dele.
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Há uma divisão clara que acontece com a crítica: de um lado estão as ideias da razão, que são
transcendentais e não podem ser utilizadas para explicar a realidade, e de outro estão os
fenômenos, que servem como fundamento do conhecimento por permitirem ir além da mera
hipótese. Os fenômenos, formas puras da sensibilidade, se inscrevem no espaço-tempo,
enquanto constituem a possibilidade da experiência sensível (cf. Marcondes, 1997, p. 209), já
as ideias da razão disso prescindem. Qualquer condição de possibilidade real de conhecimento
verdadeiro deve considerar a premissa do espaço-tempo, pois é somente assim que se
concretiza a relação entre sujeito e objeto que caracteriza o entendimento. Assim sendo, de
acordo com o cogito kantiano, o sujeito deve poder acessar aquilo que pretende conhecer
através da experiência, e o que ocorria à metafísica tradicional – dogmática – era a pretensão
do conhecimento das coisas em si, ou seja, as suas essências, mas isso não é possível, pois o
que é incondicionado não se inscreve na cadeia de causas e efeitos.
Só é objeto se estiver inscrito no espaço e no tempo, dessa forma, só existe conhecimento,
enquanto aquilo que se caracteriza a partir da relação sujeito-objeto, se os objetos forem
possíveis de serem percebidos pela intuição. A realidade em si mesma pode ser pensada, mas
não pode ser conhecida – númeno (realidade em si), fenômeno (experiência).
O eu é a unidade originária da consciência. Ordenação e unificação.
RESUMO
INTRODUÇÃO
Há, sobretudo, logo no início do apêndice, uma afirmação do filósofo que deixa claro
o seu posicionamento com relação à metafísica e que é de extrema importância para a
compreensão de todo o seu sistema, em suas palavras:
Portanto, se ele afirma que a busca por aquilo que está fora do alcance do conhecimento, além da
cadeia de causalidade (o incondicionado), é uma disposição natural da razão humana, se torna evidente
que a sua intenção não é destruir toda a metafísica, mas a sua empreitada tem o objetivo de
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
KANT, I. Crítica da Razão Pura. Tradução: Fernando Costa Mattos. São Paulo:
MEDIAfashion, 2021. Coleção Folha Os Pensadores, v. 19. Título original: Kritik der reinen
Vernunft.
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