Epistemologia
Epistemologia
Epistemologia
Vale a pena ressaltar que, neste ato, as determinações do objeto não são retiradas ao
mesmo, apenas são apreendidas, sendo que o objeto não entra fisicamente na consciência do
sujeito, mas sim a imagem do objeto. Além disso, enquanto que o objeto é passivo nesta
relação, pois sai inalterado, o sujeito é enriquecido, pois introduziu na sua esfera as
características do sujeito. Por outras palavras, o conhecimento é a determinação do sujeito
pelo objeto.
Tipos de Conhecimento
Há três tipos de conhecimento: o conhecimento prático, o conhecimento por contacto
e o conhecimento proposicional.
O saber prático refere-se á capacidade que um indivíduo tem para realizar uma certa
atividade, sendo essa atividade o seu objeto.
Por fim, o conhecimento proposicional tem a ver com saber que certas proposições
(pensamentos expressos for frases declarativas), são verdadeiras, sendo essas o seu objeto.
Embora, pensemos que as nossas crenças são verdadeiras, caso contrário não as
teríamos, elas podem não sê-lo efetivamente: temos de admitir que a falsidade das crenças é
uma possibilidade. Neste sentido, e sabendo que o objeto do conhecimento são proposições
verdadeiras e que não é possível conhecer o que é falso, a segunda condição obrigatória para
que haja conhecimento é a verdade das crenças: se é conhecimento, é verdadeiro. Mas, ainda
não é requisito suficiente.
O terceiro e último requisito do saber é a justificação adequada das crenças. Por outras
palavras, temos de justificar a veracidade das proposições em que acreditamos, com uma
justificação adequada e baseada na razão. Se dizemos que os átomos têm um núcleo com
cargas positivas e cargas neutras, simplesmente porque gostamos da ideia de o núcleo do
átomo ter carga positiva, então não temos conhecimento, pois embora a nossa crença seja
verdadeira, não é justificada adequadamente. No entanto, se afirmarmos a veracidade dessa
mesma proposição porque lemos artigos científicos que explicam e comprovam o assunto,
então temos uma crença verdadeira e justificada na razão, isto, é temos conhecimento.
Por outro lado, a posteriori significa “posterior à experiência”. Este é o tipo de saber
proposicional que só se pode adquirir pela experiência: empírico. Estes conhecimentos não são
universais, pois admitem exceções, nem são necessários, mas sim contingentes, isto é, podem
ser verdadeiros ou falsos e negá-los não implica entrar em contradição (exemplo do avião no
céu e na terra).
Ceticismo:
Os céticos moderados consideram que há certas áreas do saber proposicional que não
são possíveis de conhecer, efetivamente, mas há outras áreas nas quais consideram ser
possível o conhecimento. Por exemplo, um cético moderado pode duvidar da possibilidade do
conhecimento na Estética e na Arte, mas na Biologia e na Matemática não.
Já os céticos radicais são mais extremistas, tal como indica o nome (ceticismo radical).
Estes põem em causa a possibilidade de todo e qualquer conhecimento, ou seja, o ceticismo
radical é global.
Pirro, o primeiro cético radical, acreditava que, como não é possível o sujeito
apreender efetivamente o objeto, devemos recorrer à suspensão de juízo, isto é, não acreditar
nem deixar de acreditar numa ideia. Deste modo, alcançaremos a ataraxia, ou seja, a
tranquilidade da alma, a ausência de perturbação.
1 – Podemos crer que as nossas crenças são verdadeiras, quando, na verdade são
falsas;
Em suma,