Flexibilidade Nos Idosos

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CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI

Núcleo de Educação Física a distância – NEAD

Ernestina Aparecida Lopes

A IMPORTÂNCIA DA FLEXIBILIDADE PARA OS


IDOSOS

Trabalho de graduação para conclusao do


curso Educaçã Física–Bacharel, desenvolvido
pela academica: Ernestina Aparecida Lopes
sob a Orientação da tutora: Nayara Freire da
Silva Lopes.

JANUÁRIA, NOVEMBRO DE 2021


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RESUMO

O envelhecimento é um fenômeno fisiológico que ocorre com todos os seres humanos, e se


caracteriza por um processo progressivo e lento. A cada dia percebemos um aumento do número
de idosos no mundo e no Brasil. O envelhecimento vem aumentando consideravelmente,
trazendo juntamente com ele aumento da expectativa de vida da população. O objetivo deste
estudo é verificar o grau de flexibilidade de 13 idosas praticantes e não praticantes de exercícios
físicos, evidenciando a importância da prática de exercícios físicos orientados para melhor
qualidade de vida desse público. Trata-se de uma pesquisa descritiva e quantitativa, na qual foi
composta por 13 idosas ativas e sedentárias do sexo feminino com idade entre 60 e 80 anos
participantes do Programa Saúde da Família (PSF). Na qual as idosas sedentárias obtiveram um
desempenho considerado intermediário sendo que 0(0%)dos idosos sedentários foram
classificados como excelente, 1 (14,29%) bom, 2 (28,58%) médio, 2(28,58%) regular,
2(28,58%) fraco, e os idosos praticantes de atividade física 6(100%) foram classificados como
excelente.

Palavra-chave: Idoso; Flexibilidade; Exercício físico; Qualidade de vida

ABSTRACT
Aging is a physiological phenomenon that occurs in all human beings, and is characterized by a
progressive and slow process. Every day we notice an increase in the number of elderly people in
the world and in Brazil. Aging has been increasing considerably, bringing along with it an increase
in the population's life expectancy. The aim of this study is to verify the degree of flexibility of 13
elderly practitioners and non-practitioners of physical exercise, highlighting the importance of the
practice of physical exercises improved at better quality of life for this public. This is a quantitative
research, which consists of 13 active and sedentary female, aged between 60 and 80 years old,
participating in the Family Health Program (PSF). In which sedentary elderly women obtained a
performance considered intermediate, with 0(0%) of sedentary elderly being classified as
excellent, 1 (14.29%) good, 2 (28.58%) medium, 2 (28.58%) regular, 2 (28.58% ) weak, and
elderly practitioners of physical activity 6 (100%) were classified as excellent.

Keyword: Elderly; Flexibility; Exercise; quality of life


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1- INTRODUÇÃO

O envelhecimento é um fenômeno fisiológico que ocorre com todos os seres humanos, e se


caracteriza por um processo progressivo e lento. Não se pode negar que nesse período ocorrem
várias alterações na vida do indivíduo tanto no âmbito biológico, fisiológico, psicológico como
social. Conforme Franchi; Montenegro (2005), o envelhecimento é compreendido como um
acontecimento fisiológico que pode envolver uma reação sociável ou temporal. Tornando-se ele
um método biossociológico de retrocesso, sendo capaz de ser visto em todas as pessoas,
expressando-se na perda de habilidades físicas ou funcionais ao longo da vida.
Para Rigo; Teixeira, (2005). A intensidade dessas modificações inerentes ao processo de
envelhecimento varia de pessoa para pessoa. A cada dia percebemos um aumento do número de
idosos no mundo e no Brasil, ampliando consideravelmente, a expectativa de vida da população.
A prática do exercício físico produz diversos benefícios. Através de exercícios direcionados, o
idoso trabalha o seu metabolismo de modo a fortificar ou mesmo recuperar quaisquer disfunções
decorrente da idade.
Mediante a necessidade da manutenção das capacidades físicas para o público da terceira
idade já que esta permitiram aos mesmos maior independência e autonomia para a realização das
atividades diárias. Esse trabalho justifica evidenciar prática de exercício voltado para a
flexibilidade em idosos ressaltando a importância dessa capacidade física, para um estilo de vida
saudável.
O objetivo deste estudo é verificar o grau de flexibilidade de 13 idosas praticantes e não
praticantes de exercícios físicos, evidenciando a importância da prática de exercícios físicos
orientados para melhor qualidade de vida desse público.
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2- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2 - 1 ENVELHECIMENTO
O envelhecimento é capaz de ser classificado como um acontecimento biológico orgânico,
mas que normalmente mostra um aumento da fraqueza e fragilidade, por causa da atuação dos
agravos à saúde e do estilo de vida sendo diferenciado de indivíduo para indivíduo.
“O envelhecimento representa uma etapa do desenvolvimento individual, cuja
característica principal é a acentuada perda da capacidade de adaptação” (AMÂNCIO;
CAVALCANTI, 1975, p. 01)
A Organização Mundial Da Saúde (OMS, 2005) classifica cronologicamente como idosos, as
pessoas com mais de 65 anos de idade em países desenvolvidos e com mais de 60 anos de idade,
em países em desenvolvimento.
Os efeitos causados pela velhice associados à inatividade física induzem o idoso a uma
condição degenerativa de suas capacidades físicas e ocasionam redução no desempenho
físico, na habilidade motora, na capacidade de concentração, de reação e de coordenação,
gerando processos de auto desvalorização, indiferença, incertezas que vivem esta etapa
da vida com plenitude e satisfação. Estas visões sobre a velhice dependem de fatores
determinantes sociais, emocionais e econômicos (GUERRA,2006 p. 78).
O envelhecimento é um desenvolvimento que naturalmente acontece com o passar dos anos, é
orgânico e prático, não é subsequente de distúrbios, e advém imprescindivelmente com o decorrer
dos anos. (ERMINDA, 1999).
Envelhecimento é um processo biopsicossocial, que tem seu início nas células e passa por
todos os tecidos e órgãos do corpo. Esse procedimento interfere diretamente no
funcionamento orgânico dos indivíduos, influenciando as atividades humanas. Isso reflete
o desempenho motor, na qualidade de vida e na capacidade para cuidar de si mesmo
(KUWANO e SILVEIRA, 2002 p. 99).

2.2 FLEXIBILIDADE
Corfome Dantas (1999) a flexibilidade é uma qualidade física responsável pela execução
angular máxima, por uma articulação ou conjunto de articulações, dentro dos limites morfológicos,
sem o risco de provocar lesões. Uma boa flexibilidade no idoso acarreta melhora significativa nas
mobilidade articular, influenciando beneficamente em seu cotidiano e melhorado suas atividades
diárias.
Segundo Corredor (2006) a flexibilidade é uma capacidade física que depende do trabalho do
alongamento para ser adquirida. Esta tem grande influência em diversos aspectos da motricidade
humana e tem sido objeto de várias conceituações por diferentes autores.

BARBANTI, 1979, p.132-133).Define que a: Flexibilidade é a capacidade dos homens


de movimentos com grande amplitude pendular e que ela é determinada pelos fatores; a)
formas de superfície articulares; b) comprimento de elasticidade dos músculos, tendões e
ligamentos que envolvem as articulações; c) irritabilidade dos músculos; d)
condicionamento biomecânico; e) idade; f) fatores psíquicos.
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Para Araújo (1999) a manutenção da saúde e o desempenho esportivo estão associados


diretamente a execução de movimentos simples e complexos, definidos como gesto motor, que
por sua vez, são influenciados diretamente por componentes da aptidão física como a flexibilidade.
2-3 ATIVIDADES FÍSICAS E SEUS BENEFÍCIOS
A introdução dos idosos em um planejamento assíduo de exercícios físicos colabora de
forma progressiva para que os mesmos possam ter uma qualidade de vida mais benéfica, ágil e
livre nesse período da vida, pois causa feedbacks oportunos colaborando para um envelhecimento
saudável, uma vez que diminuição das habilidades funcionais acontece em grande parte pela
inatividade física. Segundo Matsudo; Matsudo (1992), na terceira idade precisa-se manter uma
programação de atividade física melhorando as capacidades do ser humano.
As atividades físicas trazem benefícios físicos e psicológicos para os idosos, tais como:
diminuição da gordura corporal, aumento da força e da massa muscular, fortalecimento
do tecido conectivo e melhoria da flexibilidade, diminuição da pressão arterial,
diminuição da insônia, estresse, ansiedade, melhoria das funções cognitivas, auto-estima
e imagem corporal, e maior socialização. Diz que as atividades físicas realizadas
regularmente trazem também como benefícios, a redução dos níveis de triglicérides no
sangue, redução dos riscos de acidentes vasculares cerebrais e a manutenção do
funcionamento de alguns neurotransmissores. ( MCAULEY E RUDOLPH, 1995 p. 77).
A prática do exercício físico produz diversos benefícios. Através da prática direcionados, ao idoso
trabalha o seu metabolismo de modo a fortificar ou mesmo recuperar quaisquer disfunções
decorrentes com a idade.
De acordo com Corazza (2009), a finalidade de uma programação de atividade física
precisa estar pertinente com as alterações mais relevantes da evolução do envelhecimento. Sendo
assim, o planejamento de exercícios física para a terceira idade precisa estar direcionado para
melhoria da agilidade, potência, direção e celeridade.
A importância de um programa de exercícios bem elaborado deve ser enfatizada. Um
programa bem elaborado inclui exercícios aeróbios para o desenvolvimento e
manutenção do condicionamento cardiorrespiratório, controle adequado do peso,
atividades para o desenvolvimento da força e endurance muscular, além de exercícios de
flexibilidade (POLLOCK e WILMORE 1993, p.365).
Os exercícios físicos são de grande relevância especialmente quando realizado sob a supervisão
de um instrutor físico. É por intermédio dele que se pode aperfeiçoar a disposição física, uma vez
que está relacionada com a aptidão física e a execução dos exercícios físicos.
O profissional de educação física deve direcionar um programa de exercícios físicos para
idosos no intuito de melhorar a flexibilidade, força, coordenação motora, velocidade e
elevação dos níveis de resistência sempre tendo em vista as dificuldades dos idosos para
realizarem seus afazeres diários (Corazza, 2009 p.34).
O papel do profissional é intervir nesse processo de envelhecimento, contribuindo com a
prescrição de uma atividade física segura e sadia, possibilitando com que os idosos envelheçam
de maneira saudável, tornando-os menos dependentes e Proporcionando melhora na qualidade de
vida.
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3-METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa descritiva e quantitativa, na qual foi composta por 13 idosas ativas
e sedentárias do sexo feminino com idade entre 60 e 80 anos participantes do Programa Saúde
da Família (PSF) da São Sebastião Brasília -DF.O teste de flexibilidade aplicado foi proposto por
Wells; Dillon (1952) que avalia a flexibilidade da região inferior da coluna lombar e da região
posterior da coxa. Para a realização do teste de sentar e alcançar seguiu-se as seguintes
recomendações: a fita métrica foi colocada no chão e um pedaço de fita adesiva de 45,7 cm foi
fixada de forma perpendicular ao ponto 38,1 cm da fita métrica. O indivíduo na posição sentada
com a extremidade zero da fita métrica entre as pernas, e os calcanhares próximos à fita adesiva
na marca 38,1cm, separados cerca de 30,5 cm. Com as pernas estendidas e as mãos sobrepostas,
realizou-se a inclinação do tronco à frente, levando as mãos o mais distante possível. O avaliador
registra o ponto máximo em centímetros atingido pelas mãos. Antes do início do teste, verificou a
vestimenta das idosas que foram instruídas sobre como seria realizado o teste de sentar e alcançar.
A avaliação ocorreu com a realização de 3 (três) tentativas por cada avaliada considerado –se a
maior distância obtida.

4-RESULTADOS E DISCUSSÃO

Tabela 1 – Desempenho Flexibilidade

Valores Sedentários Ativas


Normais
Excelente 22cm ou + 0 (0%) 6 (100%)
Bom Entre 19 – 21 1 (14,29%)
Médio Entre 14 – 18 2 (28,58%)
Regular Entre 12 – 13 2 (28,58%)
Fraco Entre 11 ou - 2 (28,58%)

No teste de flexibilidade Banco de Wells (Tabela 1) as idosas sedentárias obtiveram um


desempenho, sendo que: 0 (0%)dos idosos sedentários foram classificados como excelente, 1
(14,29%) bom, 2 (28,58%) médio, 2(28,58%) regular, 2(28,58%) fraco, e os idosos praticantes
de atividade física 6(100%) foram classificados como excelente.
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Sedentárias

Buscando avaliar o grau de flexibilidade dos membros inferiores, as 13 idosas foam


submetidas ao teste utilizando o Banco de Wells.
Observa que a diferença entre a flexibilidade de membros inferiores em idosas ativas e
sedentárias foi significativamente grande, onde os indivíduos sedentários obtiveram
resultados em média de 12,98 centímetros, e as idosas praticantes de atividade física o
resultado foi em média de 21,1centímetros, com diferença de 8,12 centímetros comparada
uma amostra com outra.

Em um estudo realizado por Godinho (2009) no qual utilizou o banco de "Wells”, teste sentar e
alcançar, investigou a flexibilidade de 7 mulheres idosas de 60 a 80 anos que praticavam
atividades físicas diariamente, a investigação foi realizada utilizando o banco de "Wells”, teste
sentar e alcançar, obteve um resultado bastante satisfatório num total de 100% classificado como
excelente.
Conforme estudo realizado por Souza et al (2012) utilizando a mesma bateria de teste
deste estudo avaliou o Índice de Aptidão Funcional Geral, amostra foi composta por 16
voluntárias a partir de 50 anos que realizavam atividades físicas regulares há pelo menos 6
meses, três dias semanais, em seu teste de flexibilidade sentar e alcançar, obteve os
seguintes números.
Quadro 1: Classificação dos resultados do estudo realizado por Souza et al(2012).
Parâmetro Muit. Fraco Fraco Regular Bom Muito bom
Flex. 0 1 2 7 6

Em um estudo realizado por Moura (2008) com oito (n=8) voluntárias de 60 a 70 anos que não
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praticam atividades físicas regularmente, foi aplicado um teste similar ao realizado neste estudo,
porém com a utilização do banco de Wells e obteve os seguintes resultados.
Quadro 2: Classificação de idosas que não praticam atividades físicas.Moura (2008).
Parâmetro Muit. Fraco Fraco Regular Bom Excelente
Flex. 6 1 0 1 0

Ao fazer uma comparação com os dados encontrados nesta pesquisa no quadro 1 e 2 constata-
se uma elevada diferença, verificou se no quadro 2 nível muito fraco em relação a maior parte
das idosas estão com um baixo índice de flexibilidade enquanto as idosas do quadro 1 estão
concentrada no nível bom, pois as mesmas realizam atividades regular pelo menos 3 vezes na
semana.
Diversos estudos evidenciam a relevância da flexibilidade e de seu treinamento (POLLOCK
1998, GLEIM & MAHUGH, 1997) demonstrando serem efetivos na melhoria das capacidades
funcionais. Atualmente existe ainda a preocupação na promoção da saúde vinculada à manutenção
ou melhoria de uma vida fisicamente ativa e independente (ACHOUR, 1995). Pensando desta
maneira, a flexibilidade possui relação direta com o movimento humano, sendo passível de
adaptações fisiológicas e mecânicas com o treinamento (ALTER, 1996
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5-CONCLUSÃO
O presente estudo evidenciou que a flexibilidade é uma qualidade física básica essencial para
a vida das pessoas. É um fator importante para a autonomia dos idosos, tendo efeito direto na
qualidade de vida, e está presente, não somente nos esportes, mas também no trabalho, nas
atividades de lazer, nas atividades de higiene, vestir, locomover. Enfim, desde as atividades mais
rudimentares às mais complexas, indivíduos com baixa flexibilidade possuem dificuldades para
desempenhar essas atividades.

As pessoas idosas, sofrem algumas alterações com envelhecimento, que acarretam em perdas,
como diminuição da flexibilidade. O desenvolvimento de tais atividades torna-se ainda mais
complicado, quanto menor for o nível desta capacidade, maior a dificuldade e desconforto para
realizar as atividades rotineira por mais básicas e simples que algumas destas possam ser. Praticar
exercício físico objetivando melhorias no desempenho funcional é um fator importante para o grupo
etário e, para potencializar os resultados, é primordial que o idoso tenha acompanhamento de um
profissional de Educação Física. Sendo assim a prática de exercícios regular contribui para a
melhoria da flexibilidade, tornado os idosos mais autônomos nas suas atividades diárias.
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REFERÊNCIAS

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