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RESUMO
Palavras-chaves: Idoso. Atividade Física. Quedas. Teste de Time Up and Go. Teste de Alcance Funcional.
ABSTRACT
The occurrence of falls is a characteristic of aging, representing a reason for concern for the elderly, as they
can result in physical incapability and loss of independence. This paper aims to assess the propensity to fall
in the elderly who do physical activities and to compare it to the propensity of the ones who do not. We
used two tests to capture the real conditions of the interviewed groups. The timed up-and-go (TUG) test
and the functional reach one, applied to 30 elderly people over 60, divided into two groups, group 1 (the
ones who do) and group 2 (the ones who do not do physical activity). The results demonstrated the
effectiveness of physical activity in preventing falls in the old age. We obtained the following results in the
research: in the timed up and go test, we observed a better performance in second in doing test in the ones
who do physical activity when compared to the ones who do not, whereas in the functional reach test, the
ones who do physical activities demonstrated a better reach than the ones who do not. Through this study
we can confirm that elderly people who do physical activities have better physical resistance and
independence than the ones who do not, having less propensity to fall.
Key-words: The elderly. Physical Activity. Falls. Timed Up and Go Test. Functional Reach Test.
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INTRODUÇÃO
As quedas estão presentes na vida da maioria dos idosos. Sua ocorrência gera
uma série de fatores que implicam a uma desmotivação e insegurança, além de ser uma
das causas de morbidade e mortalidade na terceira idade. A busca pela qualidade de vida
está cada vez mais presente em nossas vidas, à segurança e independência do idoso são
fundamentais para que ele possa realizar suas atividades de maneira tranquila e sadia.
A atividade física proporciona ao idoso uma melhor qualidade de vida e o
possibilita realizar todas as suas atividades de vida diária. Pessoas sedentárias
apresentam uma série de problemas, não só pela idade, mas sim pelo desuso de suas
funções fisiológicas. A manutenção do corpo humano é fundamental para uma maior
expectativa de vida.
Dessa forma, surge-se o seguinte questionamento: A atividade física exerce uma
relação benéfica nas condições de saúde da população idosa e pode contribuir para uma
menor incidência de quedas nesta população?
Este trabalho demonstra por meio de pesquisas qualitativas a realidade dos idosos hoje,
como vivem e qual a diferença entre os praticantes e os não praticantes de atividades
físicas. Visando ampliar o conhecimento e acrescentar novas informações ao meio
acadêmico.
O processo do envelhecimento é uma das preocupações nos dias de hoje, o
aprofundamento dos estudos para a prevenção de suas consequências, é de total
importância para a busca por uma qualidade de vida melhor. Este estudo foi realizado
para aprofundar os conhecimentos sobre a incidência de quedas, e teve como principal
objetivo avaliar a propensão de quedas em idosos que praticam atividades físicas e
compará-la com a dos que não praticam.
O envelhecimento é um termo utilizado para descrever as mudanças
morfofuncionais ao longo da vida, ocorridas após a maturação sexual e que de forma
progressiva altera a capacidade de resposta dos indivíduos ao estresse ambiental e à
manutenção da homeostasia para manter as funções fisiológicas do corpo decorrente a
tais mudanças. (BONARDI et al, 2007).
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O processo de envelhecimento e sua consequência natural, a velhice, são uma
das preocupações da humanidade desde o início da civilização, porém, no século XX
iniciou uma grande quantidade de avanços nas pesquisas sobre o envelhecimento, até
mesmo de forma passiva pelo grande aumento do número de idosos no mundo
intensificando a necessidade de se obter maiores conhecimentos relacionados ao
assunto. (PAPALÉO, 2002).
No Brasil, os idosos representam 8,5% do total da população. Caso sejam mantidas
as taxas atuais de crescimento, é bem provável que até 2025 o país contabilize
aproximadamente um quinto de sua população no grupo de idosos. Isso gera demandas
para os Sistemas de Saúde e Previdenciário e também para toda a sociedade, dadas as
características e necessidades especiais desse segmento, demonstram a necessidade da
prática de atividade física. (SILVA et al, 2008).
Segundo Fiedler et al (2008), a população idosa no Brasil está cada vez maior e a
expectativa de vida tende a crescer cada vez mais, porém, infelizmente, isso não significa
que os idosos estejam vivendo com qualidade. Por todas as alterações que fazem parte
do processo fisiológico de envelhecimento, os idosos requerem maiores cuidados e
atenção, tanto a nível físico quanto psíquico.
Por tudo isso se faz necessário a realização de atividades que favoreçam o bem-
estar geral, proporcionando melhora no convívio social, na autoestima e nas atividades
diárias de maneira geral. (RUSCH et al, 2008).
As alterações fisiológicas do corpo humano em consequência a idade geram
grandes problemas na saúde pública e expande-se rapidamente entre os idosos.
Conseguir a solução para reverter este quadro não foi possível ainda, resta compreender
as alterações e suas consequências na vida do idoso para formular medidas terapêuticas
ou preventivas para solucionar estes problemas. (RUSH, 2008).
O envelhecimento pode ser uma série de processos que acontecem nos
organismos vivos e que, no decorrer do tempo, leva a perda da adaptação à alteração
funcional e consequentemente à morte. O processo de envelhecimento ocorre com as
mudanças dos órgãos e sistemas por unidade de tempo, que acarretam um crescimento
após os 40 anos de idade. Essas mudanças são diferentes em homens e mulheres, nas
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mulheres o processo de envelhecimento ocorre mais rápido, entre 45 – 60 anos.
(FERREIRA, 2005).
As reações fisiológicas das pessoas da terceira idade são mais variadas do que as
reações dos indivíduos mais jovens. Essas são processos dinâmicos e progressivos, onde
ocorrem alterações morfológicas, funcionais e bioquímicas, causando a redução da
capacidade de homeostática a situações de sobrecarga funcional, alterando
progressivamente o organismo, deixando-o mais susceptível as agressões do ambiente.
(GUIMARÃES et al, 2004).
Com o envelhecimento há redução do conteúdo de água de tendões e ligamentos
e, como decorrência, aumento da rigidez dessas estruturas. E em consequência, o ritmo
de reconstrução dos tendões e ligamentos também diminui com a idade. Alterações
significativas ocorrem nas cartilagens articulares, que vão sofrendo processo
degenerativo, acarretando redução da resistência elástica e, em última análise, perda
gradativa de suas propriedades elásticas e da capacidade para resistir à deformação.
(GUCCIONE, 2002).
Desta maneira, no tecido cartilaginoso ocorre um desequilíbrio entre os
componentes articulares, resultando na desidratação da cartilagem e deixando-a menos
flexível, favorecendo consequentemente o aparecimento de patologias degenerativas.
(BARTOLOMEU, 2006).
Com o envelhecimento ocorre uma diminuição lenta e progressiva da massa
muscular, sendo o tecido nobre substituído por colágeno e gordura. A sarcopenia é a
perda de massa muscular com o envelhecimento, isto tem sido mostrado pela excreção
de creatinina urinária que reflete o conteúdo de creatina nos músculos e massa muscular
total, diminuindo cerca de 50% entre 20 e 50 anos. Depois dos 30 anos ocorre uma
diminuição da secção transversal dos músculos, há uma maior densidade muscular e
maior conteúdo gorduroso intramuscular. O número de fibras musculares no idoso é 20%
menor do que no adulto, sendo este declínio mais acentuado em fibras do tipo II.
(FERREIRA, 2005).
O sistema visual é o mais importante, e pode suprir toda a falta de outros
estímulos sensoriais. Através dele pode-se obter informações de localização e distância
dos objetos em determinado ambiente, tipo de superfície onde será realizado o
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movimento e o posicionamento do corpo em relação ao meio físico. As consequências
originadas pela idade incluem acuidade, sensibilidade ao contraste e percepção de
profundidades reduzidas e dificuldade em se adaptar no escuro. (FIEDLER E PERES,
2008).
O sistema vestibular funciona em conjunto com os dois anteriores, se dividindo
em três partes: um componente sensorial, um processador central e um componente de
controle motor. O sensorial está localizado no ouvido interno, detectando movimentos
cefálicos e sua orientação no espaço. O processador central localiza-se na ponte, o
cerebelo recebe e integra esses sinais e os combina com as informações visuais e
proprioceptivas, e as envia ao componente motor que é responsável pelos músculos
oculares e medula espinhal. O sistema vestibular auxilia na solução de problemas
conflitantes, que ocorrem quando a um estímulo impreciso entre as informações visuais e
proprioceptivas. Estudos comprovaram que indivíduos que caem tem relação com
sensibilidade cutânea, propriocepção e acuidade visual diminuídas. (SIQUEIRA, 2007).
Quedas podem ser definidas por um deslocamento não intencional do corpo
para um nível inferior a posição inicial, sendo incapaz de haver uma correção em tempo
hábil, sendo determinada por circunstâncias multifatoriais que compreendem a
instabilidade. (RIBEIRO, 2008).
As quedas em idosos são indicadas como uma grande causa de morbidade e
mortalidade, para poder compreender seus complexos fatores biomédicos, fisiológicos,
psicossociais e ambientais. O fato das quedas representarem uma dificuldade do corpo
em se manter ereto, mas não significam um déficit na integridade do sistema de controle
postural, e sim uma impossibilidade de satisfazer as demandas intrínsecas ou extrínsecas
da mobilidade dentro de ambientes específicos. No sistema sensorial, a capacidade visual,
a sensibilidade contraste e a percepção de profundidade agravam-se com a idade.
(RIBEIRO, 2008).
Segundo Aragão (2004), instabilidade é a falta de capacidade para corrigir o
deslocamento do corpo, durante seu movimento no espaço, acarretando o risco de
queda, que não é simples definir o que realmente leva a uma queda. Elas nem sempre
resultam em contato súbito e violento com o piso ou com a mobília. São às vezes
precedidas por movimentos vacilantes, agarrando-se a pessoa nos móveis ou contra a
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parede, antes de cair ao chão. Outras vezes, o indivíduo acaba deitado no piso ou no solo
de maneira lenta, mas incontrolável.
Os idosos mais susceptíveis a quedas são aqueles que apresentam alguma
enfermidade, especialmente as que levam a alterações da mobilidade, equilíbrio e
controle postural, sendo a ocorrência de quedas diretamente ligada proporcionalmente
ao grau de incapacidade funcional do idoso. (GUIMARÃES et al, 2004).
Segundo Cardoso (2008), os idosos podem ser acometidos por muitas patologias
específicas (ortopédicas, neurológicas, biomecânicas, cardiopulmonares) que contribuem
para alterações da marcha, mas o idoso geralmente se apresenta com múltiplos
problemas. As patologias individuais podem resultar em um padrão típico de desvio da
marcha, mas muitos adultos idosos apresentam uma ou mais alterações comuns da
marcha.
Os fatores intrínsecos e extrínsecos são o ponto de partida para que a queda seja
ocasionada. Se ocorrer uma lesão posterior, é determinado por outros fatores como a
área de impacto durante a queda, resposta de proteção do organismo e massa óssea. As
causas que provocam as quedas são múltiplas e podem ser agrupada em fatores
intrínsecos e extrínsecos. (SILVA et al, 2008).
Menezes e Bachion (2008), os fatores intrínsecos encontram-se as alterações
fisiológicas pelas quais o idoso passa, condições patológicas e efeitos adversos de
medicações ou uso concomitante de medicamentos. Entre eles destacam-se: acuidade
visual, déficit auditivo, fraqueza muscular, instabilidade postural, hipotensão ortostática,
sistema nervoso, doença cérebro vascular e neurológica, demência, hipertensão arterial,
uso de medicamentos.
Entre os fatores extrínsecos destacam perigos ambientais e calçados
inadequados. Entre eles destacam-se: carpete, cadeiras, camas muito altas, pisos
molhados, calçados inadequados, pouca iluminação, escadas, falta de corrimão.
(RIBEIRO, 2008).
Os principais fatores de risco para quedas em pessoas idosas são: idade
avançada, sexo feminino, função neuromuscular prejudicada, presença de doenças
crônicas, história prévia de quedas, prejuízos psicocognitivos, poli farmácia, uso de
benzodiazepínicos, presença de ambiente físico inadequado, incapacidade funcional e
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hipotensão funcional. O risco de cair aumenta com o acumulo desses fatores resultando
que as quedas possam ser o efeito acumulado de múltiplas debilidades. (FIGUEIREDO et
al, 2007).
Segundo Mcardle (2003), a capacidade física cresce rapidamente durante a
infância e atinge seu máximo entre o final da adolescência e os 30 anos. A partir daí a
capacidade funcional declina progressivamente acompanhada ao estilo de vida
apresentado. Os exercícios físicos tem a capacidade de contrabalancear os efeitos típicos
da velhice, e o foco estará voltado em um futuro próximo em deixar as doenças como um
alvo da velhice e sim a uma vida mais tranquila e saudável em busca do máximo em que
ela nos tem a oferecer.
As quedas podem ser minimizadas com a prática de exercícios físicos, ela tem
sido comprovada como responsável por uma melhora na saúde global dos idosos, tendo
em vista como uma atividade de grande prevenção para as quedas, dando mais
autoconfiança e seguranças nas atividades de vida diária do idoso. Além da prevenção de
quedas, os exercícios físicos atuam ampliando o contato social do idoso minimiza os
riscos de doenças crônicas, melhora a autoestima favorecendo uma boa condição física e
mental, garantindo uma boa realização das atividades funcionais, além de promover uma
independência e qualidade de vida ao idoso. Diversos tipos de patologias encontradas no
idoso estão associados ao sedentarismo. (GUIMARÃES et al, 2004).
Segundo Safons et al (2006), a atividade física demonstra uma grande melhora na
qualidade de vida do idoso, ela contribui diretamente na redução de déficits motores e
sensoriais, além de minimizar os efeitos dos medicamentos originados ao decorrer dos
anos, os efeitos do envelhecimento está associado ao desuso das funções fisiológicas, má
mobilidade e falta de adaptação. Para uma boa manutenção do corpo é preciso levar em
consideração a força muscular, potência aeróbica e equilíbrio.
Para realização de exercícios que promovem o aumento da força muscular,
podem ser utilizadas diversas técnicas, variando a frequência, número de exercícios,
séries, repetições, equipamentos e intensidades. Além da prevenção de diversas
patologias como a osteoporose e a obesidade, uma melhora na musculatura e sua
manutenção, preservam as integridades fisiológicas do corpo humano que é responsável
pela postura e sustentabilidade do peso corporal às adaptações impostas pelos
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diferentes tipos de ambientes e irregularidades predispostos. É difícil delimitar um padrão
para realização das atividades, cada caso apresenta sua necessidade, a única orientação é
cautela e utilização de uma intensidade leve ou moderada. (POWERS E HOWELY, 2000).
As reduções nas funções centrais e periféricas estão relacionadas a utilização e
transporte de oxigênio que são influenciados pelo declínio relacionados a idade. A
frequência cardíaca ocorre um declínio no exercício máximo que representa uma
modificação na função cardiovascular observada com envelhecimento. Este efeito da
idade reflete em fluxo medular reduzido da atividade simpática (estimulação beta
adrenérgica deprimida) que ocorre de maneira semelhante em homens e mulheres. A
idade não exerce qualquer efeito significativo sobre a frequência cardíaca em repouso.
Por causa de uma frequência cardíaca mais baixa o débito cardíaco diminui tipicamente
com a idade em ambos os sexos, praticantes ou não de alguma atividade física.
(MCARDLE, 2003).
Tanto a capacidade vital quanto o volume expiratório forçado diminuem com a
idade. O volume residual aumenta e a capacidade pulmonar total permanece sem
nenhuma alteração. Isto ocorre devido a relação do volume residual/capacidade
pulmonar total, resultando que menos ar pode ser trocado em cada respiração. A
ventilação expiratória máxima diminui com a idade. (WILMORE E COSTILL, 2001).
Todas as alterações pulmonares que acontecem com o processo do
envelhecimento são causadas essencialmente, pela perda de elasticidade do tecido
pulmonar e da parede torácica. No entanto as pessoas mais velhas apresentam somente
uma discreta diminuição da capacidade pulmonar total. O principal limitador do VO²max
parece ser a diminuição do transporte de oxigênio aos músculos. (REBELLATO E
MORELLI, 2007).
A força máxima diminui de modo constante com o envelhecimento. As perdas de
forças relacionadas à idade são resultantes de uma perda significativa de massa muscular.
(LACOURT E MARINE, 2006).
As pessoas normalmente ativas apresentam um desvio em direção a uma maior
porcentagem de fibras musculares de contração lenta à medida que elas envelhecem, em
decorrência de uma redução da quantidade das fibras de contração rápida. O número
total de fibras musculares e suas seções transversas diminuem com o decorrer da idade,
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mas com a prática de alguma atividade física, esse processo de diminuição se estagna ou
fica lento. (REBELATTO E MORELLI, 2007).
O envelhecimento diminui a capacidade do sistema neuromuscular de detectar
um estímulo e de processar informações para produzir respostas. A prática de exercícios
não consegue interromper o processo natural de envelhecimento biológico, mas ele pode
reduzir o seu impacto sobre o desempenho, pois ela exige um maior recrutamento das
fibras musculares levando a ruptura das fibras de actina e miosina, que em junção com os
aminoácidos em na fase de recuperação leva à regeneração, originando fibras maiores e
mais fortes. A necessidade que atividade física exerce sobre a ação do músculo gera a
condução de impulsos nervosos mais rápidos o que leva há uma adaptação e manutenção
da função neuromuscular. (WILMORE E COSTILL, 2001).
Para captação dos dados necessários para realização deste trabalho, foi utilizado
um questionário (ANEXO), o qual procurou abranger todas as informações que poderiam,
de maneira direta e indireta, ocasionar quedas, e para confirmação da pesquisa foram
realizados testes específicos para qualificação da mobilidade funcional do idoso.
O questionário contém perguntas de cunho pessoal e relacionadas a incidências
de quedas ocorridas no ultimo ano.
Foi por meio da execução de dois testes, Time Up and Go e Teste de Alcance
Funcional, que as capacidades funcionais dos idosos foram observadas.
Participaram da pesquisa 30 pessoas de ambos os gêneros, com idade superior a
65 anos; 15 praticantes e 15 não praticantes de atividades físicas, escolhidas por
conveniência.
Esta pesquisa foi realizada em Colatina no estado do Espírito Santo, em uma sala
fechada, com piso plano e antiderrapante, uma cadeira de plástico resistente sem apoio
de braços e com os pés antiderrapantes, cronômetro e fita métrica de 1,50m. Todos os
participantes concordaram livremente em participar desta pesquisa e assinaram um
termo de consentimento livre e esclarecido.
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
Pôde-se observar que a prática de atividades físicas está mais presente nas faixas
de 60 a 70 anos de idade, e que essa preocupação é aumentada na faixa etária de 71 a 80
anos e reduzida quando chega na faixa etária de 81 à 90 anos de idade. Desta maneira,
observa-se a que ao chegar aos 70 anos eles apresentam uma preocupação pela
debilidade que os começa a acometer, e aos 80 essa preocupação desaparece, devido à
baixa estima ou comprometimento da saúde que não é propícia a realização de nenhuma
atividade.
A preocupação com a busca pela prevenção de patologias e melhor qualidade de
vida é observada no gênero masculino.
As atividades físicas praticadas pelos idosos foram constatadas em 33% dos
participantes e, devido à praticidade e comodidade, a caminhada é a preferência, levando
em conta que não depende de recursos financeiros para ser realizada, dependendo
apenas de um local adequado para sua prática, sendo seguida de 27% a Hidroginástica,
20% a Musculação, 13% o Pilates e apenas 7% praticantes de Yoga.
Na incidência de quedas dos idosos avaliados no último ano, foi observado que
no grupo composto pelos praticantes de atividades físicas, seis idosos não sofreram
quedas no último ano, enquanto nove sofreram de 1 a 3 quedas. Em contrapartida no
Grupo 1, composto pelos não praticantes de atividade física, foi constatado que, 7
sofreram de 1 a 3 quedas, número esse que representa 47%, 4 sofreram de 4 a 6 quedas
representando 27% e 4 sofreram de 7 a 10 quedas, 27%.
Por meio da média retirada do tempo de execução do teste de Time Up and Go e a
distância em centímetros do teste de Alcance Funcional dos 30 participantes da avaliação,
cada qual de acordo com o seu grupo, foi observado que o Grupo 2 composto pelos
praticantes de atividades física realizaram o teste em média em 10 segundos, e o Grupo 1
composto pelos não praticantes levaram 14 segundos em média para execução do teste
Time Up and Go. No teste de Alcance Funcional, foi constado que o Grupo 1 obteve a
média de 16 cm de alcance funcional, e o Grupo 2 alcançou 29 cm.
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Os testes de mobilidade funcional estão intimamente ligados com a velocidade
de marcha, sendo que as velocidades lentas de marcha estão relacionadas com a
instabilidade postural. (BONARDI, 2007).
Com os testes executados a pontuação tem uma grande relação com o equilíbrio,
velocidade de marcha e a capacidade funcional que estão relacionadas diretamente com
a propensão de quedas. No teste Time Up and Go, observou-se que os tempos reduzidos
na realização dos testes indicam que eles praticam algum tipo de atividade física, sendo
que os não praticantes esse tempo aumenta. Na realização do teste de alcance funcional,
foi observado um melhor alcance por aqueles que praticam algum tipo de atividade física.
Cunha (2002) concorda que a atividade física diária e o exercício contribuem para
a prevenção de quedas, pois em todos os seus estudos com relação ao assunto de
exercício e quedas, quando considerados em conjunto sugerem um programa de
exercícios que aumente significativamente a força e mantenha uma composição e o peso
corporal eficiente para locomoção e que também melhore o equilíbrio,
consequentemente deve-se diminuir o número de quedas observadas nas pessoas mais
idosas.
Guimarães et al (2004) e Faber (2006), afirmam e concordam que a atividade
física é uma atividade terapêutica que melhora a mobilidade física a instabilidade postural
e estão diretamente relacionadas com a diminuição do número de quedas.
Ribeiro (2008) confirma e demonstra através de estudo que as quedas são
frequentes entre os idosos e trazem consequências que alteram negativamente a
qualidade de vida dos idosos. Sua ocorrência pode ser evitada com medidas preventivas
adequadas, identificando causas e desenvolvendo métodos para reduzir a sua ocorrência,
proporcionando assim uma melhor qualidade de vida para os idosos.
A atividade física é uma modalidade terapêutica que melhora a mobilidade física a
instabilidade postural, que estão diretamente relacionadas com a diminuição de quedas.
Os testes realizados certificaram que a prática de atividade física tem uma importância na
redução da incidência das quedas. Menezes e Bachion (2008) concordam e acrescentam
que a necessidade de ter uma estratégia de promoção de saúde, prevenção de agravos e
reabilitação devem ser tomadas para que se viva mais e melhor.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo permitiu concluir que a atividade física exerce uma relação benéfica
nas condições de saúde da população idosa e pode contribuir para uma menor incidência
de quedas nesta população.
Apesar de já ser comprovado em inúmeros estudos que a prática de atividade
física minimiza os efeitos do envelhecimento, o sedentarismo tem aumentado muito na
atualidade, contribuindo para acelerar as perdas funcionais no idoso. Neste estudo foram
observadas de maneira subjetiva uma maior mobilidade e menor propensão de quedas
em idosos que apresentam prática de atividade física.
Um programa de exercícios físicos bem direcionados e eficientes para os idosos
deve ter uma meta para a melhora da capacidade física do indivíduo, diminuição a
deterioração das variáveis de aptidão física como resistência cardiovascular, força,
flexibilidade e equilíbrio.
Através dos testes realizados, pode-se observar uma diferença entre os
praticantes e os não praticantes de atividade física, demonstrando realmente a sua
importância, que foi a diminuição da incidência de quedas relatada pelos idosos não
sedentários, preocupados com a melhor qualidade de vida.
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REFERÊNCIAS
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12, p.68-72, Abr/Jun de 2004.
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fatores intrínsecos para quedas, em idosos institucionalizados. Ciência e Saúde Coletiva.
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McARDLE, William D. KATCH, Frank I. KATCH, Victor L. Fisiologia do Exercício: energia,
nutrição e desempenho humano. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2003.
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12. P.62-76. 2008.
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SAFONS et al. Efeitos do ‘Programa Melhor Idade Brasil Telecom’ de Condicionamento
Físico sobre a força dos membros inferiores de praticantes idosos. Revista Digital –
Buenos Aires. Brasília, n.98, Julho, 2008. Disponível em <HTTP://www.efdesportes.com>.
Acesso em: 18 Nov. 2007.
WILMORE, Jack H. Fisiologia do Esporte e do Exercício. 2. ed. São Paulo: Manole, 2001.
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ANEXO I - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS
2 – Qual Gênero?
( ) Masculino
( ) Feminino
Qual?________________________________
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