Tese Diogo Silva
Tese Diogo Silva
Tese Diogo Silva
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOCIÊNCIAS
TESE DE DOUTORADO
RESUMO..................................................................................................................... 1
ABSTRACT ................................................................................................................. 2
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 8
2. OBJETIVOS .......................................................................................................... 11
6. METODOLOGIA .................................................................................................... 31
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS
3. ESTADO DA ARTE
4. ÁREA DE ESTUDO
bacias: sinéclise, pré-rifte, rifte, transicional e deriva (Ponte et al., 1976; Ojeda,
1982). Desses estágios, os três últimos correspondem àqueles que ocorrem
sucessivamente em bacias que evoluem de uma fase rifte para uma fase de deriva
(margem passiva). Os dois primeiros, sinéclise e pré-rifte não ocorrem
necessariamente (Souza-Lima & Hamsi Junior, 2003).
O estágio de sinéclise (seção paleozoica) corresponde às sucessões
sedimentares relacionadas ao preenchimento de grandes depressões, em geral
associadas às bacias intracratônicas. A gênese dessas depressões pode estar
relacionada a ciclos de desequilíbrio térmico crustal (Sleep, 1971), sendo, contudo,
de origem e evolução complexa. No Brasil, destacam-se as grandes sinéclises
paleozoicas das bacias do Amazonas, Solimões, Parnaíba, e Paraná. Os
sedimentos desse estágio, que ocorrem nas bacias marginais brasileiras,
correspondem, na verdade, à extensão geográfica dessas sinéclises: assim, os
sedimentos de idade paleozoica que ocorrem em algumas dessas bacias são
relictos de bacias mais antigas, de idade paleozoica (Souza-Lima & Hamsi Junior,
2003).
O estágio de pré-rifte está provavelmente relacionado ao soerguimento crustal
resultante do aquecimento induzido pela presença de hotspots no Gondwana central
(Morgan, 1983), embora se tenha também aproveitado das antigas depressões das
sinéclises paleozoicas. A ação desses hotspots auxiliou o enfraquecimento crustal
da junção entre as placas sul-americana e africana, causando sua posterior ruptura.
O início ou final desse estágio, bem como a intensidade de soerguimento, variou de
um local a outro, porém, em geral, ocorreu entre o final do Jurássico e o início do
Cretáceo (Berriasiano a Valanginiano) (Souza-Lima & Hamsi Junior, 2003).
Associado ao soerguimento crustal ocorreu o desenvolvimento de depressões
periféricas que, junto às depressões paleozoicas, atuaram como áreas de captação
sedimentar de origem fluviolacustre. A sedimentação deste estágio é
caracteristicamente composta por sedimentos oxidados, de coloração avermelhada.
No nordeste brasileiro, a sedimentação desse estágio se desenvolveu na Depressão
Afro-Brasileira (Estrella, 1972), que englobava a região hoje ocupada pelas bacias
de Sergipe-Alagoas, Camamu e Almada, na costa sul do Estado da Bahia, incluindo
também as bacias do Recôncavo, Tucano e Jatobá e suas contrapartes africanas.
No estágio rifte, a distensão atingiu o limite elástico da crosta e, finalmente,
conduziu à ruptura da placa litosférica. Nas bacias da margem leste, o início do rifte
foi mais ou menos simultâneo, ocorrendo entre o Berriasiano e o Valanginiano (145
16
– 135 Ma, início do Cretáceo), havendo algum retardo localizado (p. ex., na bacia do
Jequitinhonha), provavelmente relacionado ao comportamento reológico crustal
diferenciado. O avanço da evolução crustal foi, contudo, distinto nas bacias situadas
mais ao sul (bacias do Espírito Santo a Pelotas), onde o estiramento crustal esteve
associado a vulcanismo basáltico já na fase rifte. Nas bacias da margem equatorial,
o rifteamento ocorreria mais tarde, entre o Barremiano e o final do Albiano (130 - 100
Ma).
Durante o estágio rifte, a sedimentação consistiu praticamente na
colmatagem da calha gerada pelos falhamentos novos ou reativados pelos esforços
distensivos que aconteceram ao longo da atual margem continental brasileira. Essa
grande calha era compartimentada em blocos altos (horsts) e baixos (grabens), que
condicionaram a sedimentação em seu interior. Os processos predominantes
estiveram relacionados a leques aluviais ou subaquosos, controlados principalmente
pelas falhas normais das bordas das bacias e sistemas fluviais predominantemente
coaxiais, ou seja, acompanhando o eixo longitudinal da estrutura rifte.
A evolução da ruptura continental esteve condicionada às direções estruturais
impostas pelo arcabouço dos crátons e das faixas móveis que serviram de
embasamento às bacias, bem como pelos principais lineamentos e falhas existentes
na região. Analisando-se a atual margem continental, nota-se que praticamente todo
o litoral leste brasileiro, desde o Rio Grande do Sul até a Bahia, desenvolveu-se
condicionado aos alinhamentos derivados da orogenia brasiliana, ocorrida no final
do Proterozoico (Almeida, 1971). O tectonismo de idade eocretácea, conhecido
como "Reativação Wealdeniana", foi responsável pela reativação tectônica das
estruturas brasilianas, gerando o rifte estreito e alongado que ocupou essa área.
A partir da Faixa de Dobramentos Sergipana, as direções estruturais passam
a ser transversais àquelas existentes a sul, de modo que a região tornou-se uma
área resistente à ruptura norte-sul. Essa região corresponde à Província Borborema,
onde destacam-se os lineamentos pré-cambrianos de Pernambuco e de Patos,
antigas falhas transcorrentes, cuja continuidade pode ser acompanhada também na
África. Essa anisotropia estrutural permitiu, dentre outras coisas, que a região
apresentasse uma subsidência muito mais lenta que as regiões adjacentes,
limitando ainda a distensão crustal da região, confinando o sistema de riftes da
margem oriental brasileira. Além disto, por ser uma área menos adequada à
propagação da ruptura, a Província Borborema permaneceu como um dos pontos
finais da ruptura crustal entre a placa sul-americana e africana.
17
O rubídio (Rb) juntamente com o lítio (Li), sódio (Na), potássio (K), césio (Cs)
e frâncio (Fr) compõe o grupo I (metais alcalinos) da tabela periódica. Trata-se de
um elemento químico que, na natureza, não forma minerais próprios. Assim sendo,
sempre é encontrado como impureza nos minerais potássicos (muscovita, biotita,
lepidolita e feldspato potássico). Esse comportamento resulta do fato do raio iônico
do Rb (1,48 Å) ser muito semelhante ao do raio do K (o do Rb é cerca de 11% maior
do que o do K). O Rb apresenta propriedades mais alcalinas do que o K, fato esse
importante quando da adsorção desses elementos pelos argilominerais. Ele
85 87
apresenta dois isótopos de ocorrência natural: Rb (isótopo estável) e Rb (isótopo
instável).
O estrôncio (Sr) é um elemento químico do grupo II da tabela periódica, que
inclui os elementos alcalinos terrosos: berílio (Be), cálcio (Ca), bário (Ba) e rádio
(Ra). O raio iônico do Sr (1,13 Å) tem valor próximo do íon Ca (0,99 Å), sendo o Sr
aproximadamente 13% maior que o Ca. Assim sendo torna-se possível a
substituição do íon Ca pelo íon Sr em minerais como plagioclásio, apatita e calcita. O
elemento Sr pode formar diversos minerais próprios, dos quais somente a
estroncianita (SrCO3) e a celestita (SrSO4) são volumetricamente importantes. O Sr
84 86 88
apresenta quatro isótopos de ocorrência natural: Sr, Sr e Sr que são isótopos
87
não radiogênicos e o Sr isótopo radiogênico.
O método radiométrico Rb-Sr baseia-se na desintegração radioativa do
87 87
isótopo Rb que se transforma em Sr. Esta desintegração radioativa se processa
segundo uma constante de decaimento λ, de valor conhecido, da ordem de 1,42 x
10-11.ano-1, que corresponde a uma meia-vida de 48,8 Ga.
O método radiométrico Rb-Sr é tradicionalmente aplicado para determinação
de idades absolutas de rochas ígneas, devido as condições de formação deste
87
material serem em alta temperatura. No caso da cristalização de um magma, o Sr
radiogênico possui considerável mobilidade, e migra entre as fases minerais
enquanto a temperatura for superior a 300 ou 350°C. Como resultado, ocorre um
fenômeno chamado “homogeneização isotópica” do Sr, o qual é interrompido pelo
resfriamento da rocha considerada. Assim, a idade Rb-Sr estará relacionada a este
processo de fechamento do sistema obtido no evento de cristalização da rocha. Uma
particularidade que deve ser levada em consideração reside no fato de que em
qualquer processo de cristalização a partir de um magma, existem quantidades de
26
Sr inicial, que conferem àquele sistema uma proporção isotópica ou razão inicial
87
Sr/86Sr. Assim, para rochas cuja razão inicial 87
Sr/86Sr for conhecida ou
convencionada, análises individuais fornecem a idade convencional da amostra.
Alternativamente, se o conhecimento das condições de geração do magma não for
preciso, não podem ser arbitradas razões isotópicas iniciais, e a idade resultará da
linha de melhor ajuste entre diversos pontos plotados num “diagrama isocrônico”
87
(Fig. 5), que possui no eixo X as razões Rb/86Sr e no eixo Y as proporções
87
Sr/86Sr das amostras consideradas.
No ambiente sedimentar, caracterizado por temperaturas mais baixas, o
comportamento dos íons de Rb e Sr é diferenciado. O Rb é mais facilmente
adsorvido pelos argilominerais, enquanto que o Sr tende a ser liberado da estrutura
cristalina dos minerais para os fluidos intersticiais. Supõe-se que esta característica
favoreça o processo de uniformização isotópica do Sr (ou seja, a homogeneização
isotópica em ambiente sedimentar), no momento da deposição dos sedimentos
numa determinada bacia (Compston & Pidgeon, 1962; Faure, 1986), condição
necessária para a datação radiométrica Rb-Sr.
Considerando-se válida a suposição da uniformização isotópica do Sr nos
sedimentos, no momento da deposição, o sucesso de uma datação radiométrica
pelo método Rb-Sr em rochas sedimentares resulta, como salientam Mizusaki (1992)
e Mizusaki et al. (1998), da obtenção das amostras com alto teor de fração argila,
composta por argilominerais expansivos como a esmectita e o interestratificado ilita-
esmectita, e de uma amostragem de preferência segundo as recomendações de
Thomaz Filho & Lima (1979).
27
Além do TDM, pode-se também utilizar o εNd relativo ao CHUR, mas neste
caso, necessita inferir uma idade ao qual este fator está sendo calculado. O εNd se
torna uma ferramenta ainda mais poderosa, quando associado ao TDM, pois com
esse fator, pode-se distinguir a origem das rochas fonte dos sedimentos. εNd
positivos geralmente são associados a rochas oriundas por fusão mantélica do
manto DM, enquanto que εNd negativo refletem rochas oriundas de fusão,
retrabalhamento ou contaminação crustal. Sendo assim, ao se ter dúvidas sobre
duas rochas de TDM idênticos que poderiam ser fontes dos sedimentos de uma
determinada bacia, pode-se analisar o εNd para verificar se há alguma diferença.
Um outro fator que pode ser utilizado na diferenciação de áreas-fonte é a
147
ƒSm/Nd, que relaciona as razões entre o isótopo radioativo Sm pelo radiogênico
144
Nd em relação ao CHUR (Equação 3):
31
6. METODOLOGIA
6.1. Amostragem e preparação das amostras
Para a amostragem utilizou-se a forma convencional proposta por Thomaz
Filho & Lima (1979), onde em cada afloramento, há a coleta de no mínimo quatro
amostras de rocha, com distanciamento de cerca de 1 m no sentido horizontal e de
10 a 50 cm no sentido vertical. As amostras coletadas foram imediatamente
acondicionadas em sacos plásticos e estes lacrados para evitar possível
contaminação e/ou perda de material.
As amostras foram descritas macroscopicamente, ressaltando-se os
seguintes parâmetros: cor, granulometria, argilosidade, saturação de água, presença
de micro-organismos, sais, carbonatos, micas, feldspatos e matéria orgânica.
Em seguida, procede-se à secagem das amostras em estufa com temperatura
controlada, atingindo, no máximo, 70°C. Tal procedi mento visa evitar riscos de
danos na estrutura e, consequentemente, possíveis mudanças nas propriedades dos
argilominerais. Segue-se a desagregação das amostras em gral de ágata, obtendo-
se assim a amostra do tipo rocha total. Onde necessário, procedeu-se a
subsequente separação dos micro-organismos por meio de técnicas de
micropaleontologia. Justifica-se a separação das carapaças dos micro-organismos,
pois estes são formados por calcita e/ou aragonita, que contêm Sr, o que possibilita
alterações nos resultados das dosagens desse elemento na amostra de rocha total.
As amostras, sob a forma de rocha total, são quarteadas para se obter
frações destinadas às análises por técnicas de difratometria de raios-X (DRX), de
fluorescência de raios-X (FRX) e de espectrometria de massas.
10
9
SiO2 %
7
y = 0,2421x + 0,4065
R2 = 0,999
6
30 32 34 36 38 40
IP cps
Figura 6 - Exemplo de curva analítica experimental do Laboratório de Fluorescência
de Raios X, utilizada para a avaliação do teor de SiO2 na análise de materiais cuja
concentração em sílica é superior a 50% do peso total da amostra (neste caso a
concentração de SiO2 esta na forma de porcentagem em massa da pastilha).
Observar o índice de correlação dos pontos experimentais de 0,999. Os pontos no
gráfico são constituídos por padrões com certificação internacional, neste caso
foram empregados os padrões JR-2, JG-2, JG-1A, AC-E, JA-1, JA-2 e MA-N.
Com base nos níveis de contagens adquiridos nas amostras e dos obtidos
através dos padrões nas curvas de calibração é avaliado, em porcentagem de
massa, as concentrações dos elementos químicos de interesse.
Por fim, o conteúdo em voláteis, que nas rochas e materiais naturais é
constituído na sua maior parte pela H2O presente nas fases minerais, é determinado
pelo método gravimétrico, denominado de perda ao fogo (PF). No método avalia-se
34
Tabela 1- Exemplo de resultados obtidos na análise de uma amostra e de sua duplicata. Os valores
de concentração estão em porcentagem, sendo que a diferença obtida mostra a reprodutibilidade
da metodologia empregada no Laboratório de Fluorescência de Raios X.
SiO2 Al2O3 TiO2 Fe2O3 MnO MgO CaO Na2O K2O P2O5 P.F. Total
amostra 70.25 12.2 0.35 5.49 0.06 0.26 2.58 2.01 5.05 0.1 0.56 98.92
duplicata 70.19 12.18 0.3 5.66 0.06 0.26 2.61 1.93 5.04 0.1 0.56 98.88
diferença 0.06 0.02 0.05 -0.17 0.00 0.00 -0.03 0.08 0.01 0.00 0.00 0.04
60
50
40
Kcps
30
20
y = 0,074x – 0,3109
10
R2 = 0,9991
0
0 100 200 300 400 500 600 700 800
Sr ppm
A fase de separação química (3) propriamente dita foi dividida em: i) coleta
das alíquotas de Rb e Sr e elementos terras raras (ETR); ii) coleta das alíquotas de
Sm e Nd.
A primeira parte (i) foi realizada nas colunas de Rb-Sr (Fig. 10) que contêm
uma resina catiônica AG–50W–X8 de 200 a 400 mesh (Fig. 11). Para tanto,
condicionou-se a resina das colunas, adicionando-se 20 ml de ácido clorídrico (HCl)
2,5N. Em seguida, acrescentou-se 1 ml da solução de amostra nas colunas
(preparada na fase 2). E adicionou-se por três vezes seguidas 1 ml de ácido
39
clorídrico (HCl) 2,5N e depois mais 12 ml do mesmo ácido. Este procedimento visa a
eluição da amostra, sendo que todos os eluidos obtidos até este momento devem
ser desprezados. Findo este processo, chamado de lavagem da amostra, iniciou-se
a coleta da alíquota de Rb em Savilex (7 ml) através de nova adição de 6ml de ácido
clorídrico (HCl) 2,5N nas colunas. Depois da coleta da alíquota de Rb no Savilex,
foram adicionadas duas gotas de ácido nítrico (HNO3) 7N. O Savilex (alíquota de Rb
+ ácido) aberto foi seco na chapa quente.
Nas colunas inicia-se nova fase de separação, quando são colocados 17 ml
de ácido clorídrico (HCl) 2,5N que serão desprezados. Concluída a passagem
destes 17 ml, pôde-se começar a coleta da alíquota de Sr pela adição de 14 ml de
ácido clorídrico (HCl) 2,5N (serão coletados em Savilex de 15 ml). No Savilex
(alíquota de Sr + ácido) foram adicionadas duas gotas de ácido nítrico (HNO3) 7N. O
Savilex aberto, foi colocado em processo de secagem.
No último processo de separação (ETR), colocou-se nas colunas 7 ml de
ácido clorídrico (HCl) 6N. Finalizada a passagem dos 7 ml, iniciou-se a coleta da
alíquota dos ETR em Savilex (15 ml) através da adição de 15 ml de ácido clorídrico
(HCl) 6N nas colunas. Finda a coleta, duas gotas de ácido nítrico (HNO3) 7N foram
adicionadas no material coletado; Savilex aberto foi colocado em processo de
secagem.
Por fim, descompactou-se a resina das colunas ao acrescentar-se 5 ml de
ácido clorídrico (HCl) 6N e agitá-las, e logo adicionou-se mais 15 ml do mesmo ácido
para a sua lavagem. Após a passagem do ácido na resina, as colunas foram postas
em repouso dentro de um tubo de ensaio com ácido clorídrico (HCl) 6N.
40
Figura 10 - Fluxograma da separação química das colunas de Rb-Sr (modificado de Silva, 2005).
A segunda parte (ii) da separação química (Fig. 12) foi realizada nas colunas
de Sm/Nd preenchidas por uma resina aniônica LN-B50-A de 100 a 200 µm (Fig.
13). O processo se iniciou quando os Savilex onde foram coletados os elementos
terras raras (ETR) ficaram completamente secos. Adicionou-se 0,2 ml de ácido
clorídrico (HCl) 0,18N no resíduo aí contido, obtendo-se a chamada solução de
amostra de ETR. Paralelamente, colocou-se 10 ml de ácido clorídrico (HCl) 6N nas
41
colunas para umedecer a resina e em seguida por duas vezes foram adicionados 2
ml de ácido clorídrico (HCl) 0,18N, com a finalidade do condicionamento da mesma.
Depois, adicionou-se 0,2 ml da solução da amostra de ETR (do Savilex) e por três
vezes seguidas, colocou-se 0,2 ml de ácido clorídrico (HCl) 0,18N e, uma vez, 14 ml
do mesmo ácido nas colunas para eluição das amostras. Terminado este processo,
iniciou-se a coleta da alíquota de Nd em Savilex (15 ml) adicionando-se 11 ml de
ácido clorídrico (HCl) 0,18N. No Savilex contendo a alíquota de Nd, colocaram-se
duas gotas de ácido nítrico (HNO3) 7N e iniciou-se a secagem.
Para a separação do Sm, foram adicionados 2 ml de ácido clorídrico (HCl)
0,5N nas colunas. Após a passagem dos 2 ml pela resina, começou-se a coleta da
alíquota de Sm em Savilex (7 ml) acrescentando-se 4 ml de ácido clorídrico (HCl)
0,5N. No Savilex contendo esta alíquota, colocaram-se duas gotas de ácido nítrico
(HNO3) 7N e como nas fases anteriores iniciou-se o processo de secagem.
Também após esta separação, a resina das colunas foi umedecida pela
adição de 10ml de ácido clorídrico (HCl) 6N e após a passagem destes, elas foram
postas em repouso dentro de tubos de ensaio com ácido clorídrico (HCl) 6N.
Figura 12 - Fluxograma da separação químicas nas colunas de Sm-Nd (modificado de Silva, 2005).
42
87
Os valores das razões isotópicas Rb/86Sr e 87
Sr/86Sr determinados na fase
de espectrometria são plotadas em um gráfico denominado diagrama isocrônico (ver
87
Fig. 5), no qual o eixo das ordenadas representa as razões Sr/86Sr e o eixo das
43
87
abscissas contém os valores de Rb/86Sr. A inclinação da reta que melhor se ajusta
aos pontos plotados neste gráfico representa a idade obtida para este sistema.
Para o cálculo da idade através do método Rb-Sr é utilizado o programa
Isoplot de Ludwig (2003, fornecido pelo Centro de Pesquisas Geocronológicas
(CPGeo) do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP), no qual a
regressão utiliza o algoritmo de York (1969), com propagação de erros segundo o
algoritmo de Titterington & Halliday (1979). Inseridos os dados das razões
isotópicas, o programa calcula a probabilidade de ajuste segundo um “Modelo 1”,
que considera que os erros associados aos valores são a única razão pela qual os
pontos se afastam da linha de melhor ajuste fornecendo então pesos para os valores
conforme o inverso do quadrado de seus erros. Se a probabilidade de ajuste do
“Modelo 1” é inferior a 15%, o programa sugere o cálculo pelo “Modelo 3”, que
considera que o afastamento dos pontos em relação à linha de melhor ajuste é
causada também por uma variável desconhecida, porém de distribuição normal dos
valores de Y (McIntyre et al., 1966).
44
7. RESULTADOS OBTIDOS
7.1. ARTIGO I
Título:
Idade deposicional da Formação Bananeiras (Bacia de Sergipe-Alagoas): uma
aplicação do método radiométrico Rb-Sr em rochas sedimentares
Autores:
Diogo Rodrigues Andrade da Silva
Ana Maria Pimentel Mizusaki
Edison José Milani
Colombo Celso Gaeta Tassinari
Publicação:
Maio de 2006
Revista:
Boletim de Geociências da Petrobras, 14 (2): 235 – 245.
Idade deposicional da Formação Bananeiras
(Bacia de Sergipe-Alagoas): uma aplicação do método
radiométrico Rb-Sr em rochas sedimentares
Depositional age of the Bananeiras Formation (Sergipe-Alagoas Basin): an attempt to apply the Rb-Sr radiometric
method to sedimentary rocks
Diogo Rodrigues Andrade da Silva | Ana Maria Pimentel Mizusaki | Edison José Milani |
Colombo Celso Gaeta Tassinari
processo de desintegração radioativa de um isó- tópicas iniciais. A idade resultará então da linha Sergipe-Alagoas (simplifi-
cado de Schaller, 1969).
topo pai ou radioativo (Rb de massa 87) que se de melhor ajuste entre diversos pontos plotados O polígono refere-se à
transforma em um isótopo filho ou radiogênico num diagrama isocrônico, que possui no eixo X localização da área de
(Sr de massa 87). Esta desintegração radioativa as razões 87Rb/86Sr e no eixo Y as proporções coleta das amostras
analisadas (mostrada na
se processa segundo uma constante de decai- 87
Sr/86Sr das amostras consideradas.
figura 1). O traço A-B
indica a posição da seção
de correlação mostrada
na figura 4.
Figure 3
Isopachs map
(in meters) of the
Bananeira Formation,
Sergipe-Alagoas Basin
(simplified of Schaller,
1969). The polygon
indicates the area where
the analyzed samples
were collected (shown
on figure 1). Trace A-B
indicates the position of
the correlation section
showed on Figure 4.
SERRARIA
BANANEIRAS
CO
ÓI
EOZ
L
PA
camente caracterizadas como folhelhos de coloração grama estatístico Isoplot (Ludwig, 2003), definin- Ludwig, 2003).
avermelhada a esverdeada. As análises pela técnica do uma isócrona que aponta para uma idade da
da difratometria de raios X (na fração fina (FF) < 2 µm) rocha em 227,1 ± 2,2 Ma (fig. 5). As amostras
permitiram identificar o predomínio do interestratifi- FB-01 C40 e FB-09 C40 não foram utilizadas para
cado ilita-esmectita com traços de ilita, esmectita e o traçado por terem razões muito próximas às
caolinita. Os resultados da aplicação da metodolo- das demais já presentes no diagrama.
Tabela 1
Razões isotópicas das
amostras da Formação
Bananeiras (Bacia de
Sergipe-Alagoas).
Os valores dos erros das
razões isotópicas estão
em SD absoluto.
Table 1
Isotopic ratios of the
Bananeiras Formation
sample (Sergipe-Alagoas
Basin). Error values of the
isotopic ratios are pre-
sented in absolute SD.
implicações te brasileiro.
O prosseguir das investigações, ampliando a
CORDANI, U. G.; MIZUSAKI, A. M. P.; KAWASHITA, K.; SCHALLER, H. Revisão estratigráfica da Bacia de
THOMAZ FILHO, A. Rb –Sr systematics of Holocene Sergipe/Alagoas. Boletim Técnico da PETROBRAS,
pelitic sediments and their bearing on whole rock dat- Rio de Janeiro, v. 12, n. 1, p. 21-86, 1969.
ing. Geological Magazine, London, v. 141, p. 233-
244, 2004. SILVA, D. R. A.; MIZUSAKI, A. M. P.; ANJOS, S. M. C.;
CONCEIÇÃO, R. V. O método radiométrico Rb-Sr apli-
FAURE, G. Principles of isotope geology. 2 ed. cado em rochas sedimentares: o exemplo da Bacia do
New York: J. Wiley, 1986. 589 p. Paraná, Brasil. Pesquisas em Geociências, Porto
Alegre, 2006. No prelo.
FEIJÓ, F. J. Bacia de Segipe e Alagoas. Boletim de
Geociências da PETROBRAS, Rio de Janeiro, v. 8, n. THOMAZ FILHO, A.; LIMA, V. Q. Datação
1, p. 149-162, 1994. radiométrica de rochas sedimentares pelíticas
7.2. ARTIGO II
Título:
Determination of depositional age of Paleozoic and pre-rift supersequences of
the Recôncavo Basin in northeastern Brazil by applying Rb-Sr radiometric
dating technique to sedimentary rocks
Autores:
Diogo Rodrigues Andrade da Silva
Ana Maria Pimentel Mizusaki
Edison José Milani
Paulo da Silva Milhomem
Márcio Pimentel
Submissão:
Fevereiro de 2010
Revista:
Journal of South America Earth Sciences
=LPEUD KWWSPDLOFOXVWHUFSUPJRYEU]LPEUDKSULQWPHVVDJH"LG
=LPEUD GLRJRURGULJXHV#FSUPJRYEU
)RQWVL]H
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-RXUQDORI6RXWK$PHULFDQ(DUWK6FLHQFHV
)RUIXUWKHUDVVLVWDQFHSOHDVHYLVLWRXUFXVWRPHUVXSSRUWVLWHDWKWWSVXSSRUWHOVHYLHUFRP+HUH\RXFDQVHDUFKIRUVROXWLRQV
RQDUDQJHRIWRSLFVILQGDQVZHUVWRIUHTXHQWO\DVNHGTXHVWLRQVDQGOHDUQPRUHDERXW((6YLDLQWHUDFWLYHWXWRULDOV<RXZLOODOVR
ILQGRXUVXSSRUWFRQWDFWGHWDLOVVKRXOG\RXQHHGDQ\IXUWKHUDVVLVWDQFHIURPRQHRIRXUFXVWRPHUVXSSRUWUHSUHVHQWDWLYHV
GH
Elsevier Editorial System(tm) for Journal of South American Earth Sciences
Manuscript Draft
Title: Determination of depositional age of Paleozoic and pre-rift supersequences of the Recôncavo
Basin in northeastern Brazil by applying Rb Sr radiometric dating technique to sedimentary rocks
Order of Authors: Diogo R Silva, Msc; Mizusaki P Ana Maria, Doctor; Edison J Milani, Doctor; Paulo S
Milhomem, Doctor; Pimentel Marcio, Doctor
Abstract: The relative dating of sedimentary rocks can be done either from fossils found in them or by
stratigraphic correlation. When they do not have a fossil content diagnostics, or when a correlation is
neither possible nor conclusive, the task of estimating the depositional age of a particular rock is not
possible. The method of Rb Sr isochrons in total rock has been successfully applied to fine-grained
sedimentary rocks in order to determine the depositional age. Despite geologically significant results,
in many cases, there still are about the extent and the interpretation of the data thus obtained. This is
because sedimentary rocks result from the mixing of detrital fragments from different sources with
different isotope systems, already containing an isotope record of the source rock. However, it is
possible to obtain the absolute age of the depositional event provided some prerequisites with regard
to sampling, granulometry, depositional environment and mineral composition of the samples,
amongst others, are observed. Samples of argillite and siltstone of the Paleozoic and pre-rift sections of
the Recôncavo Basin, stratigraphically positioned at the basal portion of the Afligidos (Cazumba
Member), Aliança (Capianga Member) and Itaparica formations, were analyzed. The isochrons thus
obtained yielded ages of 290 ± 21 Ma (Permian), 224 ± 32 Ma, and 226 ± 6 Ma (Neotriassic),
respectively, which were interpreted as being the depositional ages. Results obtained for the units of
the pre-rift section (Aliança and Itaparica formations) offer significant implications to the
paleogeographic schemes established earlier for the Recôncavo Basin and other correlated basins,
since these sedimentary units were traditionally considered as being of Neojurassic age.
Opposed Reviewers:
*Cover Letter
Thanks for your interest and please let us know if you need more information or
have any doubt.
Sincerely,
Diogo Rodrigues Andrade da Silva
Geologist, Msc
*Research Highlights
Sample Location
Sample Sedimentary Unit
1 Collection UTM N UTM E
2 Point 01 IT-01 a 10 546870 8655130 Itaparica Formation
3 Point 02 CP-01 a 12 534571 8431110 Aliança Formation – Capianga Member
4 Point 03 CP-20 a 31 533706 8642640 Aliança Formation – Capianga Member
5 Point 04 CP-40 a 50 529503 8625302 Aliança Formation – Capianga Member
6 Point 05 CZ-01 a 11 528556 8626290 Afligidos Formation – Cazumba Member
7
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9
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64
65
Table 2
Rb 87
Sedimentary Unit Sample Sr (ppm) Rb/86Sr Error 87
Sr/86Sr Error
1 (ppm)
2 01 239.85 239.85 0.6614 0.0066 0.71746 0.00005
3 03 326.15 326.15 0.5534 0.0086 0.71736 0.00002
Itaparica
4
Formation 06 70.06 70.06 3.9159 0.0386 0.72831 0.00001
5
(IT) 08 14.46 14.46 18.1422 0.3938 0.76715 0.00002
6
7 10 313.41 313.41 0.7420 0.0099 0.71771 0.00005
8 21 101.39 16.62 17.9126 0.1725 0.77707 0.00001
9 23 93.67 10.69 25.8180 0.3847 0.79995 0.00001
10
25 104.72 14.28 21.5586 0.2224 0.78826 0.00002
11 Aliança Formation
12 26 106.60 13.13 23.8824 0.3283 0.79281 0.00002
Capianga Member
13 40 91.78 30.47 8.8091 0.0779 0.74648 0.00001
(CP)
14 42 98.85 56.98 5.0662 0.0443 0.73452 0.00000
15 43 93.66 22.31 12.2991 0.1111 0.75746 0.00001
16 47 84.03 32.98 7.4495 0.1149 0.74237 0.00000
17
18 06 153.22 62.76 7.133 0.063 0.74122 0.00002
19 07 124.86 51.60 7.071 0.056 0.74094 0.00003
20 Afligidos Formation 08 128.57 57.17 6.570 0.055 0.73879 0.00002
21 Cazumba Member
09 145.53 68.30 6.223 0.052 0.73756 0.00002
22 (CZ)
10 150.16 63.94 6.862 0.058 0.74036 0.00001
23
24 11 138.77 60.45 6.707 0.055 0.73960 0.00001
25
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64
65
94
Título:
Whole rock geochemistry and isotopic compositions of Sr and Nd in pre-rift
samples of the Camamu Basin, northeastern Brazil
Autores:
Diogo Rodrigues Andrade da Silva
Ana Maria Pimentel Mizusaki
Edison José Milani
Paulo da Silva Milhomem
Koji Kawashita
Submissão:
Março de 2010
Revista:
Journal of South America Earth Sciences
Elsevier Editorial System(tm) for Journal of South American Earth Sciences
Manuscript Draft
Title: Whole rock geochemistry and isotopic compositions of Sr and Nd in pre-rift samples of the
Camamu Basin, northeastern Brazil
Order of Authors: Diogo Rodrigues Andrade da Silva, Msc; Ana Maria P Mizusaki, Doctor; Edison J
Milani, Doctor; Paulo S Milhomem, Doctor; Koji Kawashita, Doctor
Abstract: Chemical compositions in whole rock, together with isotopic correlations of Sr and Nd in
samples of sedimentary rocks, have been considered useful parameters to estimate not only their
provenance but also to make inferences about the depositional environment and weathering
processes. The sedimentary units of the basal portion of the northeastern basins of the Brazilian
continental margin, particularly those of the pre-rift sequence, have become subject of interest for a
study based on chemical and isotopic data, since they lack fossil content to establish their age. The
chemical composition in total rock in terms of major and trace elements, and Sr and Nd isotopic
compositions of five outcrops attributed to the pre-rift supersequence of the Camamu Basin was
analyzed with the purpose of characterizing and obtaining further information that would allow a
better correlation amongst the sites studied. By analyzing the chemical composition of the samples, it
was inferred that the outcrops studied represented the same sedimentary unit and that they might be
correlated to the Capianga Member of the Aliança Formation of the Recôncavo Basin. The chemical
index of alteration (CIA) showed the presence of conditions associated with a humid
tropical/subtropical climate. The use of Nd isotopes for provenance purposes indicated the
Paleoproterozoic rocks of the Sao Francisco craton as source area. This shows that the combined
chemical and isotopic analyses can be useful to characterize and correlate lithologically homogeneous
sequences.
Opposed Reviewers:
Cover Letter
Please, find attached the revised manuscript “Whole rock geochemistry and isotopic
compositions of Sr and Nd in pre-rift samples of the Camamu Basin, northeastern
Brazil”, authors: Diogo Rodrigues da Silva, Ana Maria Mizusaki, Edison Jose Milani,
Paulo da Silva Milhomen and Koji Kawashita.
The manuscript was prepared following the JSAES guide authors.
As reviewers we propose:
Thanks for your interest and please let us know if you need more information or
have any doubt.
Sincerely,
Diogo Rodrigues Andrade da Silva
Geologist, Msc
*Research Highlights
0.820
Camamu 1
0.800
Sr/ Sr
Camamu 2
86
0.780
Camamu 3
87
0.760 Camamu 4
0.740 Camamu 5
0.720
0 5 10 15 20
87 86
Rb/ Sr
Figure7
Figure8
0.83
camamu 1
camamu 2
0.80
camamu 3
Sr/86Sr
camamu 4
0.77
camamu 5
87
0.74
0.71
0 0.01 0.02 0.03
1/Sr
Figure9
Figure10
Figure11
Figure12
Table1
1
2
3
4 D:KZ>DEd dZ>DEd
SAMPLE /
5 SiO2 Al2O3 TiO2 Fe2O3 (T) MnO MgO CaO Na2O K2O P2O5 P.F. Total Y Pb Ni Co Cu Ga Sr Zr Zn Nb Rb As Cr Ba
6 CAMAMU 1
7 VA 01 56.1 19.6 1.16 11.31 0.04 1.25 0 0 2.4 0.02 7.3 99.08 81 43 60 107 55 74 40 477 108 132 428 19 266 711 89.30
8 VA 02 54.8 21.4 1.04 9.73 0.02 1.24 0.08 0 1.8 0.06 8.3 98.49 69 65 60 72 50 56 74 528 98 115 355 25 189 1082 92.01
9 VA 03 62 13.8 1.35 12.08 0.04 1.25 0 0.44 2.6 0.02 5.3 98.83 96 35 60 118 51 79 43 578 114 149 460 21 355 810 82.22
10 VA 04 57.7 20.4 1.06 9.75 0.04 1.33 0 0 2.3 0.07 7.8 100.4 88 57 60 78 54 58 86 486 142 119 400 24 226 1075 89.81
11 VA 05 55.5 21.7 0.92 8.74 0.03 1.48 0.09 0 2 0.1 8.3 98.87 85 75 15 57 53 53 105 467 140 105 354 28 167 1134 91.13
12 VA 06 57.5 20.8 1 8.73 0.04 1.32 0 0 2.2 0.06 8 99.7 76 68 16 61 50 56 75 524 138 106 373 25 166 927 90.33
13 VA 07 58.3 20.3 1.01 8.67 0.03 1.15 0 0 2 0.06 7.6 99.1 70 76 15 59 49 52 72 575 139 108 350 27 182 912 91.03
14 VA 08 55.7 21.8 0.93 8.65 0.03 1.59 0.09 0 2.2 0.11 8.2 99.28 87 53 16 57 48 53 112 453 101 103 372 22 151 1333 90.54
15 VA 09 55.4 20.3 1.16 10.9 0.03 1.61 0.08 0 2.5 0.02 7.4 99.32 87 44 60 94 53 72 49 509 113 126 447 19 243 725 88.86
16 VA 10 55.4 20.8 1.06 9.76 0.03 1.61 0.08 0 2.3 0.08 7.8 98.99 91 66 19 74 49 59 91 489 111 120 413 25 213 1030 89.59
17 VA 11 57.5 19.9 1.09 9.51 0.04 1.26 0 0 2.3 0.03 7.3 99 73 43 17 72 47 60 43 523 101 118 398 18 195 716 89.70
18 VA 12 57.9 20.9 0.93 8.01 0.04 1.28 0 0 2.2 0.1 7.8 99.06 69 46 17 49 47 49 93 468 99 97 352 20 176 1066 90.62
19 VA 13 57 22 0.87 7.59 0.04 1.34 0 0 2.2 0.11 8.2 99.29 69 56 17 46 47 46 106 446 102 92 345 22 158 1277 91.03
20 VA 14 56.6 21.5 0.99 8.74 0.05 1.66 0 0 2.6 0.07 7.8 100.1 81 47 20 62 56 53 78 469 129 104 405 20 175 952 89.30
21 VA 15 58.5 19.7 0.94 8.28 0.04 1.4 0 0 2.3 0.02 7.2 98.31 58 39 18 56 46 53 37 367 93 98 374 15 174 649 89.45
22 VA 16 57 21.6 0.91 8.12 0.04 1.38 0 0.49 2.2 0.11 8 99.89 77 59 23 53 49 50 109 464 109 92 357 23 162 1257 88.80
23 CAMAMU 2
24 VA 17 62.2 18 0.9 7.02 0.1 2.37 0 0 5.2 0.13 5.5 101.3 177 31 77 51 111 42 258 251 219 82 510 17 204 3037 77.64
25 VA 18 60.5 16 1.02 8.07 0.19 2.68 0 0 5.1 0.03 5.1 98.58 186 36 75 70 120 51 158 258 264 95 590 17 262 2707 76.00
26 VA 19 57.6 17.9 0.95 7.63 0.07 2.55 0 0 4.5 0.06 7 98.18 208 35 71 61 117 46 163 246 228 92 557 15 240 2300 79.96
27 VA 20 57.2 19.1 0.95 8.13 0.15 2.82 0 0 4.5 0.08 6.8 99.63 235 38 73 78 129 54 177 239 241 100 563 17 245 2563 81.07
28 VA 21 56.8 18.6 1.02 8.77 0.09 2.56 0 0 4.1 0.04 6.7 98.68 251 35 71 82 133 56 93 245 229 108 568 16 327 1854 81.93
29 VA 22 57.6 18.5 1.06 9.14 0.06 2.6 0 0.44 4.2 0.04 6.9 100.6 255 34 67 89 136 59 86 251 233 116 577 17 279 1788 80.11
30 VA 23 60.5 17.6 1.02 8.52 0.08 2.48 0 0.44 4.1 0.06 6.7 101.4 266 35 60 81 127 54 108 265 206 111 575 17 267 1816 79.60
31 VA 24 56.9 20.2 0.86 7.59 0.12 2.51 0 0 4 0.11 7.2 99.41 287 37 83 68 137 48 151 234 221 104 557 16 206 2703 83.45
32 VA 25 55.4 19.5 0.94 8.43 0.47 2.59 0 0.22 3.9 0.14 7.4 98.93 286 36 84 245 160 55 153 238 217 111 556 17 213 3218 82.71
33 VA 26 55.7 19.2 0.94 9.16 0.47 2.65 0 0.36 3.8 0.09 7.3 99.8 311 46 92 160 177 58 109 238 244 119 572 18 236 2624 82.07
34 VA 27 57 19.7 0.96 7.75 0.14 2.44 0 0 3.7 0.13 7.3 99.2 280 35 77 91 140 49 132 255 227 107 512 14 239 3556 84.25
35 VA 28 56.6 20 0.95 7.69 0.13 2.27 0 0.47 3.5 0.19 7.5 99.35 253 34 71 74 123 50 136 258 201 103 482 14 218 4519 83.30
36 VA 29 56 21.6 0.91 7.78 0.14 2.11 0 0 3.5 0.08 7.7 99.75 160 41 52 139 116 55 107 246 143 94 466 15 240 1904 86.01
37 VA 30 56.2 20.8 1.02 8.23 0.07 2.16 0 0 3.4 0.07 7.2 99.14 159 38 51 98 123 54 106 257 150 98 461 17 247 1615 85.78
38 VA 31 56.8 21 0.93 7.47 0.07 2.08 0 0 3.4 0.13 7.5 99.29 161 37 51 71 120 50 116 262 152 91 455 15 229 2839 86.12
39 CAMAMU 3
40 VA 32 54.1 20.9 0.89 8.77 0.03 2.33 0 0 4.4 0.11 7.8 99.15 134 40 31 62 99 61 97 246 124 95 573 18 238 3023 82.68
41 VA 33 55.7 20.6 0.9 8.47 0.15 2.4 0 0 4.3 0.15 6.8 99.4 150 45 50 71 120 60 108 243 137 93 561 19 217 3870 82.83
42 VA 34 55.2 20.9 0.92 8.62 0.04 2.57 0 0 4.4 0.1 6.9 99.68 128 36 41 70 115 61 86 238 147 91 576 16 221 2767 82.65
43 VA 35 56.4 19.9 0.9 8.35 0.13 2.62 0 0.48 4.4 0.05 7 100.2 127 36 54 79 137 58 67 235 226 91 585 16 233 2167 80.30
44 VA 36 56.5 18.8 0.96 9.32 0.33 2.89 0.08 0 4.5 0.05 6.4 99.76 142 41 62 136 177 62 73 246 268 98 614 17 247 2438 80.50
45 VA 37 57.1 20.2 0.85 7.9 0.08 2.79 0 0 4.6 0.12 6.8 100.3 167 40 73 55 148 54 130 231 336 90 582 16 223 3349 81.51
46 VA 38 57.1 18.7 0.94 9.36 0.1 2.83 0 0 4.9 0.07 6 99.92 166 43 60 91 117 62 93 240 346 96 653 18 251 2885 79.32
47
48
49
1
2
3
4
5
6
7
8
D:KZ>DEd dZ>DEd
9 SAMPLE /
SiO2 Al2O3 TiO2 Fe2O3 (T) MnO MgO CaO Na2O K2O P2O5 P.F. Total Y Pb Ni Co Cu Ga Sr Zr Zn Nb Rb As Cr Ba
10
CAMAMU 4
11
VA 39 55.1 21.9 1.01 8.38 0.02 1.91 0 0 3.4 0.11 7.6 99.42 106 87 47 58 67 54 241 270 129 87 438 27 260 1979 86.41
12
VA 40 54.5 22 0.97 8.31 0.03 2.07 0 0 3.7 0.06 7.7 99.3 110 35 53 63 77 57 157 254 145 90 467 16 267 1510 85.68
13
VA 41 56.9 19.7 0.91 7.7 0.06 2.52 0 0 5 0.08 6.1 99.35 193 27 66 57 100 49 237 240 207 92 586 12 240 2963 79.80
14
VA 42 57.7 19.3 0.9 7.73 0.08 2.6 0 0 5.5 0.06 5.7 99.6 193 31 69 60 93 47 223 239 216 91 566 13 218 2558 77.94
15
VA 43 57.9 17.9 0.91 7.77 0.08 2.63 0 0.44 6.3 0.02 4.9 98.85 168 30 71 59 80 46 160 224 221 86 573 13 218 2505 72.62
16
VA 44 59.3 18.3 0.88 7.31 0.05 2.6 0 0 6.6 0.19 5 100.1 195 27 71 49 80 44 368 239 223 89 544 12 202 5074 73.44
17
VA 45 58.4 18.2 0.94 7.88 0.1 2.73 0 0 6.3 0.02 5.1 99.6 151 33 73 62 85 50 160 232 229 86 589 13 235 2500 74.26
18
VA 46 57.7 18 0.91 7.47 0.06 2.62 0 0.43 6.4 0.06 4.8 98.44 144 26 66 51 82 47 240 238 204 84 556 11 211 2653 72.49
19
VA 47 57.8 18.1 0.87 7.76 0.25 2.54 0 0.46 6.7 0.09 4.9 99.37 143 31 72 55 88 47 247 218 208 82 591 13 204 3277 71.63
20
VA 48 56.6 19.3 0.93 7.32 0.02 2.41 0 0.4 5.4 0.12 6 98.47 105 31 54 43 72 47 299 249 179 78 580 13 216 3453 77.01
21
VA 49 57 20.3 1.02 7.33 0.02 2.32 0 0.46 4.1 0.14 6.5 99.19 123 36 59 49 81 50 300 283 176 86 524 13 245 3619 81.70
22
VA 50 56.3 19.8 1.02 8.12 0.03 2.38 0 0 4.4 0.23 6.5 98.68 177 34 61 55 92 53 411 275 195 94 564 15 244 5399 81.96
23
24 VA 51 54.3 20.4 0.93 8.06 0.48 2.5 0 0 4.7 0.33 6.8 98.44 257 34 115 80 114 47 514 252 250 99 575 16 236 8965 81.36
25 VA 52 56.1 19.3 1.06 8.48 0.1 2.57 0 0 4.9 0.05 6.7 99.26 222 29 76 68 106 57 194 259 221 106 590 15 268 2656 79.69
26 VA 53 56 20.4 0.97 7.14 0.04 2.4 0 0 4.6 0.11 6.9 98.52 213 31 69 47 88 47 311 272 183 95 527 12 221 3186 81.66
27 CAMAMU 5
28 CA 01 56.8 20.5 0.77 8.43 0.02 2.61 0.12 0 3.8 0.1 7.8 100.9 3 26 27 53 61 55 96 253 159 105 569 17 149 853 83.95
29 CA 02 56.9 20.4 0.82 8.49 0.02 2.58 0.12 0 4 0.11 7.7 101.1 150 24 27 52 56 61 195 271 151 105 588 18 153 1673 83.09
30 CA 03 56.8 20.1 0.78 8.79 0.03 2.44 0.12 0 3.7 0.13 7.9 100.8 143 29 21 57 47 54 173 261 136 103 553 18 150 2154 84.20
31 CA 04 61.1 18.1 0.86 7.63 0.09 2.04 0 0 3.3 0 7.3 100.4 105 28 18 45 43 50 121 322 112 100 465 18 137 1264 84.61
32 CA 05 60.1 18.1 0.89 7.96 0.02 2.18 0.08 0.33 3.2 0.08 7.1 100 101 34 17 45 41 54 130 349 117 101 474 18 142 1208 83.43
33 CA 06 57.9 19.6 0.82 7.08 0.02 1.96 0 0 3.1 0.13 7.9 98.55 87 22 15 36 41 48 170 338 114 94 429 14 139 1416 86.25
34 CA 07 59.4 17.4 0.91 9.04 0.02 2.13 0 0 3.6 0.1 6.6 99.15 116 39 20 62 54 57 124 309 161 114 540 21 164 1208 82.78
35 CA 08 61.6 19 0.82 5.99 0.02 2.07 0 0 3 0.14 7.3 99.82 109 36 27 24 64 41 179 355 153 92 426 12 128 1989 86.46
36 CA 09 60.8 19.2 0.82 5.88 0.02 1.93 0 0 2.9 0.13 8 99.78 88 33 25 21 47 40 165 359 116 88 399 14 124 1686 86.94
37 CA 10 59.2 19.1 0.82 6.25 0.02 1.89 0 0 3.2 0.11 7.8 98.39 99 36 17 27 37 48 185 325 129 90 451 14 120 2081 85.71
38 CA 11 56.7 18.7 0.83 8.89 0.02 2.38 0.08 0 3.6 0.08 7.8 98.93 126 33 22 60 62 56 110 273 194 107 623 22 152 1138 83.52
39 CA 12 55.7 18.8 0.84 9.39 0.02 2.18 0.08 0 3.3 0.17 8.1 98.55 155 34 23 67 70 56 298 289 171 113 534 27 149 2330 84.96
40 CA 13 59.4 19.7 0.78 6 0.02 2.24 0 0.42 3.3 0.12 7.3 99.3 101 32 28 29 48 43 194 301 158 84 478 13 124 2395 84.30
41 CA 14 58.8 19.4 0.78 6.32 0.02 2.4 0 0.37 3.5 0.12 7.1 98.85 111 33 40 33 54 46 211 298 190 85 521 14 120 2423 83.32
42
43
44
45
46
47
48
49
Table2
1
2
3
4
5
87 86 87 86 87 86 87 86
6 SAMPLE Rb/ Sr Error Sr/ Sr Error SAMPLE Rb/ Sr Error Sr/ Sr Error
7 CAMAMU 1 CAMAMU 3
8 VA-01 15.469 0.116 0.81945 0.00015 VA-32 9.41782 0.0780 0.77743 0.00003
9 VA-02 6.191 0.043 0.76890 0.00003 VA-33 9.18106 0.1465 0.77625 0.00002
10 VA-03 14.365 0.107 0.81845 0.00002 VA-34 10.81693 0.0907 0.78804 0.00002
11 VA-04 7.543 0.058 0.76933 0.00003 VA-36 13.22064 0.1476 0.80161 0.00002
12 VA-05 7.302 0.067 0.77884 0.00001 VA-37 7.00173 0.0585 0.76673 0.00001
13 VA-06 4.19 0.027 0.72500 0.00004 VA-38 10.78640 0.0946 0.78903 0.00001
14
VA-07 6.804 0.048 0.76858 0.00005 CAMAMU 4
15
VA-08 12.395 0.093 0.80415 0.00004 VA-39 2.70938 0.0207 0.73385 0.00001
16
VA-09 4.553 0.032 0.76059 0.00002 VA-40 4.51921 0.0351 0.74477 0.00001
17
18 VA-10 6.189 0.044 0.76765 0.00002 VA-41 4.06828 0.0352 0.73784 0.00000
19 VA-11 12.313 0.088 0.80169 0.00003 VA-42 4.05274 0.0345 0.74147 0.00001
20 VA-12 5.737 0.047 0.76022 0.00001 VA-43 5.88240 0.0512 0.75513 0.00002
21 VA-13 5.022 0.036 0.76387 0.00001 VA-44 2.45589 0.0213 0.73217 0.00001
22 VA-14 6.895 0.05 0.77663 0.00003 VA-45 5.97469 0.0519 0.75637 0.00001
23 VA-15 14.709 0.115 0.81239 0.00008 VA-46 3.88710 0.0336 0.74028 0.00001
24 VA-16 4.646 0.033 0.75513 0.00012 VA-47 3.97380 0.0352 0.74068 0.00001
25 CAMAMU 2 VA-48 3.25040 0.0282 0.73644 0.00000
26 VA-17 3.37586 0.0296 0.73878 0.00001 VA-49 2.87388 0.02424 0.73581 0.00001
27 VA-18 6.08820 0.0525 0.75574 0.00001 VA-50 2.18201 0.01816 0.73313 0.00000
28 VA-19 5.65505 0.0476 0.75455 0.00001 VA-51 1.82305 0.01573 0.73088 0.00000
29 VA-20 6.34870 0.0748 0.75451 0.00002 VA-53 3.11844 0.02899 0.73541 0.00001
30 VA-21 8.43510 0.0673 0.77884 0.00002 CAMAMU 5
31 VA-22 10.42728 0.0877 0.78566 0.00003 CA-01 10.24895 0.08824 0.76312 0.00001
32
VA-23 8.38790 0.0700 0.77145 0.00002 CA-02 6.76421 0.08485 0.73842 0.00001
33
VA-24 6.10938 0.0509 0.76078 0.00001 CA-03 4.97022 0.03996 0.74723 0.00001
34
35 VA-25 5.69371 0.0474 0.75896 0.00001 CA-04 7.32612 0.25619 0.76025 0.00002
36 VA-26 8.23868 0.0674 0.77485 0.00001 CA-05 7.40417 0.16504 0.74251 0.00001
37 VA-27 6.21649 0.0503 0.76401 0.00002 CA-06 3.99433 0.03054 0.73279 0.00001
38 VA-28 6.66539 0.0555 0.76430 0.00001 CA-07 6.67668 0.05331 0.74140 0.00001
39 VA-29 6.75423 0.0523 0.76818 0.00002 CA-08 6.02965 0.06585 0.78556 0.00002
40 VA-30 6.87681 0.0531 0.76881 0.00002 CA-09 4.39125 0.03402 0.73161 0.00002
41 VA-31 6.24680 0.0487 0.76605 0.00002 CA-10 4.78777 0.03921 0.73422 0.00001
42 CA-12 2.67524 0.02124 0.72494 0.00001
43 CA-13 4.37411 0.03590 0.73156 0.00001
44 CA-14 4.30932 0.03609 0.73125 0.00001
45
46
47
48
49
Table3
1
2
3
4
5
6 OUTCROP CAMAMU BASIN RECÔNCAVO BASIN*
7 RESULT Camamu 1 Camamu 2 Camamu 3 Camamu 4 Camamu 5 Capianga Cazumba Itaparica
8 SiO2 57.0 57.5 56.0 56.8 58.7 54.5 66.7 48.5
9 Al2O3 20.4 19.2 20.0 19.5 19.1 17.8 15.9 18.5
10
11 TiO2 1.0 1.0 0.9 0.9 0.8 1.1 0.8 1.2
12 Fe2O3 (T) 9.3 8.1 8.7 7.8 7.6 11.1 6.8 23.8
13 MnO 0.0 0.2 0.1 0.1 0.0 0.1 0.0 0.0
14 MgO 1.4 2.5 2.6 2.5 2.2 3.6 1.5 0.5
15 CaO 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.3 0.0 0.1
16
Na2O 0.1 0.1 0.1 0.1 0.1 0.3 0.1 0.1
17
2.2 4.0 4.5 5.2 3.4 3.6 3.0 0.6
MAJOR ELEMENT
18 K2O
19 P2O5 0.1 0.1 0.1 0.1 0.1 0.1 0.1 0.1
20 P.F. 7.6 6.9 6.8 6.1 7.6 7.3 5.0 7.5
21 Total 99.2 99.5 99.8 99.1 99.6 99.7 99.9 100.7
22 Y 78.6 231.7 144.9 166.7 106.7 125.8 277.6 49.0
23
Pb 54.5 36.5 40.1 34.8 31.4 44.5 72.8 96.0
24
25 Ni 30.8 70.3 53.0 68.1 23.4 88.9 65.1 0.0
26 Co 69.7 97.2 80.6 57.1 43.6 108.1 53.7 221.9
27 Cu 50.3 131.3 130.4 87.0 51.8 209.2 76.2 42.6
28 Ga 57.7 52.1 59.7 49.5 50.6 49.5 33.3 47.0
29
Sr 75.8 136.9 93.4 270.8 167.9 84.1 125.3 306.7
30
31 Zr 488.9 249.5 239.9 249.6 307.4 234.2 380.5 197.4
32 Zn 114.8 211.7 226.3 199.1 147.2 261.8 235.8 36.9
111.5 102.1 93.4 89.7 98.6 56.1 58.3 55.1
TRACE ELEMENT
33 Nb
34 Rb 386.4 533.4 592.0 551.3 503.6 333.1 382.6 69.8
35 As 22.1 16.1 17.1 14.3 17.1 11.2 30.4 31.6
36
Cr 199.9 243.5 232.9 232.3 139.4 236.8 107.0 415.5
37
38 Ba 978.5 2602.9 2928.4 3486.5 1701.3 724.8 670.3 504.4
39 CIA 89.9 82.4 81.3 78.6 84.5 80.9 83.7 95.9
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
Table4
idade Jurássica. Porém, segundo Arai et al. (1989) não existe elemento de datação
para assegurar a idade Neojurássica para o Andar Dom João. Neste sentido,
perseguiu-se tentativas de datar rochas desta seção como forma de se obter
determinações geocronológicas absolutas.
As idades absolutas de 224 ± 32 Ma, 226 ± 6 Ma e 227,1 ± 2,2 Ma,
(Neotriássico) agora obtidas para as formações Itaparica, Aliança (Membro
Capianga) e Bananeiras, respectivamente, trazem importantes implicações aos
esquemas paleogeográficos anteriormente estabelecidos. A seção pré-rifte das
Bacias do Recôncavo e de Sergipe eram tradicionalmente considerada como tendo
idade Neojurássica.
Já a idade de 470 ± 17 Ma obtida para as amostras da Formação Capianga
da Bacia de Camamu é considerada como um valor muito antigo para a idade
deposicional. Os resultados obtidos podem ser associados com a presença
abundante da muscovita detrítica verificada nas amostras. A mica contribui com Sr
proveniente da rocha fonte e, além disso, sua estrutura não permite a uniformização
isotópica do Sr (Mizusaki, 1992) consequentemente influindo para obtenção de
resultados anômalos. Pode-se ainda atribuir ao resultado obtido a contribuição
eventual de feldspato potássico.
Assim, com exceção da idade obtida para a unidade sedimentar da Bacia de
Camamu, os resultados geocronológicos obtidos indicam que o início da
sedimentação na ampla bacia sedimentar que se desenvolveu no nordeste
brasileiro, conhecida como “Depressão Afro-Brasileira” (Cesero et al. 1972 apud
Cesero et al. 1997) é de idade Neotriássica, possivelmente entendendo-se até o
Jurássico.
Outra possibilidade é supor-se uma associação pretérita com uma maior
extensão da bacia paleozoica do Parnaíba. Nesse contexto pode-se pensar num
esquema integrado para esta região nordeste associado aos estágios anteriores e
concomitantes ao rifteamento do Gondwana. Os eventos associados a esse
processo teriam atuado de maneira diferenciada no interior da região.
Milani & Thomaz Filho (2000) mostra que o início do rifteamento associado a
abertura do Atlântico Norte (mais ou menos a 200 Ma), quebrou a conexão entre a
sinéclise do Parnaíba com bacias análogas que hoje são observadas no noroeste da
África.
Além disso, nesta bacia há sedimentação permiana representada pela
Formação Pedra de Fogo (Dino et al., 2002). Considerando-se esta datação para a
138
Formação Pedra de Fogo, a Formação Motuca (Fig. 8) teria se prolongado até o final
do Eotriásssico. A Formação Sambaíba, sobreposta a Formação Motuca e
subjacente aos basaltos Mosquito (aproximadamente 200 Ma, Mizusaki et al., 2002)
é classificada por Lima e Leite (1978) como de idade triássica média-superior. Esta
deposição coincidiu com mudanças ambientais e tectônicas profundas na região da
Bacia do Parnaíba associadas a abertura inicial do Atlântico Norte (Vaz et al. 2007).
Eventos distensionais, remobilizações de antigas falhas e, principalmente,
magmatismo caracterizam esse período na evolução geológica da área (Almeida,
2004). Assim, no Neotriássico, há ocorrência de importante magmatismo (derrames
e soleiras) que, no caso da Bacia do Parnaíba, recebem a denominação de
Formação Mosquito.
Neste intervalo, representado por magmatismo na Bacia do Parnaíba,
posicionam-se as datações das formações Bananeiras, Itaparica e Membro
Capianga da Formação Aliança indicando que na região do futuro rifte havia
sedimentação continental. Isto poderia indicar que no Neotriássico, magmatismo
básico seria registrado naquelas porções mais afetadas pelo inicio de abertura do
Atlântico Norte com o depocentro da Bacia do Parnaíba migrando para áreas
distantes.
9. CONCLUSÕES
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