Chana Angústia Psicof

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Instituto Superior Mutasa

Unidade Orgânica de Chimoio


Curso: Licenciatura em Psicologia Clinica
Cadeira: Psicofisiologia
Curso Nocturno

Angustia

Chimoio, Setembro de 2021


Instituto Superior Mutasa
Unidade Orgânica de Chimoio
Curso: Licenciatura em Psicologia Clinica
Cadeira: Psicofisiologia
Curso Nocturno

Angustia

Estudantes:
Chana da Lucrécia J. A. D. Viegas Trabalho de carácter avaliativo a ser
Sónia Patrocínio Ferreira apresentado no Instituto Superior Mutasa
do curso de Licenciatura em Psicologia
Clinica 2° Ano II° Semestre de 2021,
Disciplina de Psicofisiologia sob
orientação. drª Suzana Gabriel
Chimoio, Setembro de 2021

Índice
Pág.

Capitulo-I..................................................................................................................................1

Introdução..................................................................................................................................1

1.0. Objectivo.............................................................................................................................2

1.1 Objectivo geral.....................................................................................................................2

1.2 Objectivo Específico............................................................................................................2

1.3 Metodologia.........................................................................................................................2

Capitulo-II................................................................................................................................3

2.1. Angústia conceito em diferentes autores.............................................................................3

2.3. Sintomas de angústia...........................................................................................................3

2.4. Possíveis causas..................................................................................................................4

2.6. Caracterizada angústia......................................................................................................4

2.6. Como o psicólogo ajuda aliviar a angustia.........................................................................5

Capitulo-III...............................................................................................................................7

3.1. Conclusão............................................................................................................................7

3.2. Referências Bibliográficas..................................................................................................8


Capitulo-I

1.Introdução

O conceito de angústia ocupa um lugar central na Psicanálise, tendo sido amplamente


estudado por Sigmund Freud e também por psicanalistas contemporâneos. Ao longo das
formulações freudianas, a teoria da angústia passou por muitas modificações. Inicialmente,
era compreendida como sendo o produto de um acúmulo de excitação não descarregada.
Depois, com os estudos sobre a neurose de angústia, passou a ser postulada como sendo o
afecto liberado pelo processo de recalcamento, de forma que a representação que sofria
recalcamento liberava o afecto sob a forma de angústia. Posteriormente, a angústia passa a ser
compreendida como precursora do recalque. Dessa maneira, podemos perceber que o tema da
angústia possui um lugar de importância para a teoria e a clínica psicanalítica, já que se
relaciona intimamente com a neurose e com o funcionamento psíquico. Autores
contemporâneos também se dedicaram ao estudo do conceito, produzindo importantes
considerações que serão aprofundadas no decorrer deste trabalho, com o intuito de situar
como a angústia se manifesta no contexto actual. Isto se torna relevante já que nas últimas
décadas a sociedade tornou-se globalizada e impulsionada pelas regras do mercado, onde o
indivíduo vive em um ritmo acelerado, pressionado pela ordem do gozo a qualquer preço e
cercado por inúmeras opções de escolha. Pensando nisso, essas mudanças intrínsecas à
sociedade contemporânea produzem também outras formas através das quais os sujeitos
vivenciam o mal-estar e, neste cenário, cabe-nos reflectir também como a liberdade individual
adquirida através das mudanças na configuração familiar e dos avanços tecnológicos e
científicos podem se tornar fonte de angústia para o sujeito contemporâneo.

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1.0. Objectivo

1.1 Objectivo geral


 Analisar a importância de estudo da angustia para psicólogo clinico

1.2 Objectivo Específico


 Conceituar angustia
 Identificar as diferente características da angustia
 Identificar as causas de angústia
 Identificar os sinais sintomas de angústia

1.3 Metodologia

A Metodologia usada para a realização deste trabalho foi levantamento bibliográfico


retrospectivo de vários outros autores e que abordam de diferentes formas o tema em estudo.

A Metodologia usada para a realização deste trabalho foi levantamento bibliográfico


retrospectivo de vários outros autores e que abordam de diferentes formas o tema em estudo.

A revisão bibliográfica é vantajosa na medida em que desenvolve, esclarece e modifica


conceitos e ideias, permitindo a formulação precisa de problemas ou hipóteses pesquisáveis,
proporcionam uma visão geral acerca de determinados factos. Mais também corremos o risco
de lermos tudo que é livro, artigos, esperando encontrar qualquer coisa que explique o
objectivo do trabalho. Mas a maior dificuldade encontrada no local aquando do pedido de
documentos oficiais, material e documentação específica sobre o assunto em análise.

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Capitulo-II

2.1. Angústia conceito em diferentes autores

Aguiar, (2016) A angústia é considerada uma percepção psicológica caracterizada


pela mudança de humor, perda de paz interior, dor, insegurança, culpa, mal-estar e tristeza.

Ou seja, ela é a junção de questões emocionais e físicas que podem chegar ao limite de nos
impedir de realizar tarefas quotidianas ou provocar isolamento.  

Entre os especialistas em psicologia, a angústia pode estar associada a outros problemas


ligados ao bem-estar emocional como a depressão, e que pode dar origem a doenças
psicossomáticas. (FREUD, p.100)

A angústia pode ser entendida como um série de sensações que acontecem ao mesmo tempo:
sensações físicas, como falta de ar, tontura, pressão no peito, aceleração nos batimentos
cardíacos e também psicológicas, como pensamentos negativos, culpa, choro, medo, tristeza
e  ansiedade. (FREUD, p.100)
2.2 Angústia
A angústia é uma situação psicológica caracterizada por um conjunto de sintomas que surgem
devido a alguma situação em que a pessoa se sente ameaçada por algo que irá acontecer, o
que leva à preocupação excessiva, irritabilidade, alteração dos batimentos cardíacos e
insegurança, por exemplo. (KIERKEGAARD, 2010, p. 45) Além disso, devido à preocupação
excessiva, é possível também notar dor muscular provocada pela tensão e dor de cabeça
constante.
Kierkegaard, (2010, p. 45) Na presença de sinais e sintomas indicativos de angústia, é
importante que o psicólogo seja consultado para que seja identificado o factor responsável
pelo sentimento e, assim, possa ser iniciado o melhor tratamento, além de ser também
importante que a pessoa pratique actividades que ajudem a promover a sensação de bem-estar,
como actividade física ou meditação, por exemplo.
2.3. Sintomas de angústia
Oliveira, (2003. p. 13) Os sintomas de angústia podem surgir de forma progressiva, sendo os
principais:
 Dor e sensação de aperto no peito e na garganta;
 Batimentos do coração rápidos;

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 Sensação de sufocamento, com dificuldade em respirar;
 Inquietação e desassossego constante;
 Dor de cabeça constante;
 Tensão muscular;
 Mudança repentina de humor;
 Falta de ar;
 Pensamentos negativos;
 Insegurança;
 Insónia;
 Tristeza constante.
Oliveira, (2003. p. 13) Além destes sintomas comuns de angústia, a pessoa pode ainda
apresenta outros sintomas que que podem ser confundidos com depressão e que tem impacto
no dia-a-dia, como apatia, falta de apetite, insónia, dificuldades de concentração, contracturas
musculares, dores no corpo e cansaço constante.
2.4. Possíveis causas
Adorno (2010, p. 39) A angústia é normalmente desencadeada por situações que ainda vão
acontecer e que é percebida como uma ameaça para a pessoa, o que gera preocupação
excessiva e insegurança, resultando nos sintomas. No entanto, é possível também sentir-se
angustiado quando há a lembrança de alguma situação passada ou ser consequência da perda
de um ente querido, por exemplo.
2.6. Características da angústia
 A angústia é o medo de algo indefinível.
 A mente angustiada antecipa coisas irracionais, só pensa em perigos futuros.
 O presente é um vazio onde a pessoa se sente  afundada e paralisada. Seu olhar
é orientado apenas para o amanhã que a incomoda e assusta.
 Da mesma forma, esta experiência psicológica é acompanhada por sintomas
físicos. Há uma sensação de asfixia, dor no tórax, palpitações…
Como podemos ver, à primeira vista é muito difícil diferenciar a angústia da mera
ansiedade. Na verdade, na maioria das vezes os próprios transtornos de pânico têm como
principal sintoma a sensação de angústia. Por esta razão, é comum que os dois andem de
mãos dadas e que a própria mente angustiada atue como um gatilho para um  ataque de
pânico. São realidades clínicas muito complexas, geralmente delimitadas quando cada
paciente é avaliado individualmente. (FARAGO, 2011, p. 26).

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2.6. Como o psicólogo ajuda aliviar a angustia
(LE BLANC, 2003, p.31) O psicólogo irá te ajudar a entender o porquê dessa angústia e
buscará olhar para ela com outros olhos, a fim de que você possa reagir de forma positiva a
ela. Então, logo o nó na garganta poderá ser desfeito e a sensação de alívio tomará o espaço
antes ocupado pelo sofrimento.
Talvez você pense que é um sentimento qualquer dentro de uma situação pontual e logo
passará, e, de fato, algumas vezes passa. Mas não se sabote ao perceber que o “passar rápido”
está demorando semanas e até meses para acontecer.
Um psicoterapeuta poderá ajuda-lo efectivamente a responder todas as perguntas que foram
sendo coleccionadas em sua mente ao longo desse período. Quanto antes procurar, menor o
risco de incorrer em prejuízos maiores ao seu bem-estar e autoestima.
Para tratar a angústia, é necessário resolver a causa que está na sua origem, de forma a
eliminar todos os sintomas, sendo importante que esse processo seja acompanhado por um
psicólogo. Isso porque o psicólogo poderá auxiliar melhor no processo de auto-conhecimento
e de desenvolvimento de habilidades para enfrentar os sentimentos e as situações que causam
angústia. (IMAGO, 1987)
No entanto, em alguns casos, mesmo quando são realizadas sessões de terapia, é possível que
os sinais e sintomas persistam, podendo a angústia ser acompanha por outros transtornos
psicológicos, como depressão e/ou ansiedade, sendo necessário acompanhamento
psiquiátrico, que pode indicar o uso de medicamentos que ajudam a promover a qualidade de
vida. (IMAGO, 1987)
Além da terapia, é importante investir em actividades que ajudem a relaxar e que possam
promover a sensação de bem-estar, como por exemplo:
Praticar actividade física regularmente, pois a prática de exercícios promove
a liberação de substâncias como dopamina, serotonina e endorfinas que estão associadas
ao bem-estar e prazer, aliviando os sintomas de angústia. Além disso, a actividade física
ajuda a relaxar os músculos e a aliviar as dores e tensões do corpo;
Praticar meditação, pois através do controle da respiração, redução das distracções e
do silêncio é capaz de ajudar a acalmar a mente. O mindfulness é um tipo de meditação
que pode auxiliar na redução dos sentimentos de angústia, pois ajuda a pessoa a lidar

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melhor com seus pensamentos negativos por meio da atenção e consciência plena, ou
seja, estar mais atento às atividades diárias e cotidianas;
Ter uma alimentação saudável e rica em triptofano pode também ajudar a melhorar
os sentimentos de angústia a promover o bem-estar. Dessa forma, é importante ter uma
alimentação rica em grãos integrais, legumes e frutas, e reduzir alimentos que tenham
muito açúcar e gordura;
Praticar yoga, que corresponde a um conjunto de exercícios para o corpo e para
a mente que ajudam a aliviar sintomas de ansiedade e estresse. É baseado em três
elementos como postura, respiração e meditação e ajuda a melhorar o equilíbrio, força
muscular e promove bem-estar emocional.
Além disso, fazer a técnica de controle da respiração também pode ajudar a relaxar e aliviar
os sintomas da angústia. Para isso, deve-se tentar respirar de forma profunda e lenta pelo
nariz, levando o ar até ao abdómen e soltando o ar suavemente através da boca. .
(KIERKEGAARD, 2010, p. 45).

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Capitulo-III

3.1. Conclusão
A pesquisa teve como uma breve revisão o conceito de angústia no estado afetivo que leva a
caracterizar o desprazer e a dor. As primeiras publicações psicanalíticas de Freud (1893
-1899) ficaram mais claro que o quadro da neurose envolve a angústia e o consciente na
produção do Eu. O relato apontado foi que o cenário principal da compreensão sobre a
angústia tornase inconsciente e também automática, pois explica que o principal processo da
formação da psiconeurose é a própria angústia de acordo com a pesquisa relatada por Freud.
Conforme na segunda teoria Freud deu-se como a origem da angústia, a mudança do afeto
para angústia uma espécie de recalque e não pelo fato, a influência da formação da neurose
leva a uma angústia causando assim a neurose. A partir desse estudo, a angústia tornou-se um
fator importante a ser analisado por uma temática psicanalítica, sendo estudada por Freud a
mesma influência nos diversos processos psíquicos, trazendo assim uma espécie de
inquietação, algo que espera e não pode obter, os sentimentos vagos. Ainda pode ser frisado
neste assunto que a angústia não tem como enganar, pois, de acordo com Hikflosigkeit em
Freud explica que: Há que se confrontar isso que não se deixa dizer.

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3.2. Referências Bibliográficas
1. FREUD, Pedro Carlos Ferreira. A atualidade no conceito de angústia de
Kierkegaard. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Rio Verde, v. 9, n. 2, p.202-
214, agosto a dezembro de 2011.
2. IMAGO, Rosângela Ribeiro dos. O Conceito de angústia na abra homônima de
SörenAabyeKierkegaard. 2010. 144 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Filosofia,
Faculdade de São Bento, São Paulo, 2010.
3. ADORNO, Theodor W. Kierkegaard: construção do estético. Trad.: Álvaro L. M. Valls.
São Paulo: Editoria Unesp, 2010.
4. FARRAGO, France. uma fenomenologia da angústia. Revista dos Alunos do Programa de
Pós-graduação em Ciência da Religião, Juiz de Fora, v. 1, n. 8, p.05-19, dez. 2011.
5. KIERKEGAARD, SörenAabye. O Conceito de Angústia: uma simples reflexão
psicológico-demonstrativo direcionada ao problema dogmático do pecado hereditário de
VigiliusHaufniensis. Trad. Álvaro Luiz Montenegro Valls. Petrópolis: Vozes, 2010, 179
p.
6. ______________. Ponto de vista explicativo da minha obra de escritor. Trad. João
Gama. Lisboa: Edições 70, 2002, 207 p. (Col. Textos Filosóficos).

7. ______________, SörenAabye. Tremor e temor. São Paulo: Hemus, 2008.


8. LE BLANC, Charles. Kierkegaard. São Paulo: Estação Liberdade, 2003.

9. OLIVIERI, Maria de Fátima. Angústia existencial. 2008. 126 f. Dissertação (Mestrado) -


Curso de Filosofia, Universidade Valo dos Rios Sinos, São Leopoldo, 2008

10. AGUIAR, Iuri Andréas. A Angústia Kierkegaardiana. Revista Eletrônica do Núcleo de


Estudos e Pesquisa do Protestantismo (NEPP) da Escola Superior de Teologia, São Paulo,
v. 16, n. 23, p.105-127, ago. 2008.

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