Barbie
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Barbie
AVALIAÇÃO SUBJETIVA I
Homeostase: No início do filme, o fato de Ken e Barbie não terem genitálias é usado
como alívio cômico. No entanto, a última situação da trama acompanha a boneca, que
agora abraçou sua humanidade, indo ao ginecologista. Essa cena pode ser vista como
uma representação da busca de Barbie pela homeostase psicológica, pois ela está se
adaptando e encontrando equilíbrio em sua nova realidade humana. A homeostase na
psicologia se refere à tendência de um indivíduo buscar equilíbrio emocional e mental.
Nesse contexto, Barbie está se esforçando para alcançar um estado de equilíbrio em
sua vida emocional e física no mundo real.
A ação efetiva é vista então como a busca pela satisfação de uma necessidade
dominante. Se por algum, ocorre a quebra do equilíbrio homeostático, e a pessoa fica
incapaz de modificar seu meio para satisfazer esta necessidade dominante podemos
nos deparar com uma neurose. Isso aconteceu com Barbie quando ela se deparou que
estava no mundo completamente diferente do seu. A mesma coisa se aplica ao
contato, por si só não é bom nem mau, entretanto, algumas de suas formas não são
saudáveis. Mesmo o contato com pensamentos pode ser disfuncional e se assemelhar
ao pensamento esquizofrênico.
Contato e fuga,
"Portanto, nem todo contato é saudável, nem toda fuga é doentia. Uma das
características do neurótico é não poder fazer bom contato , nem organizar bem a sua
fuga. Quando deveria estar em contato com seu meio, sua mente está em qualquer
outro lugar e assim não pode se concentrar. Quando deveria fugir, não pode"
(PERLS,1973, p. 35). Pegando essa definição de Perals a respeito do contato/fuga,
lembramos de como a Barbie se sentiu ao visitar o mundo real, onde ela foi
desmerecida e todo o plano que ela tinha na cabeça a respeito de conseguir voltar ao
seu “normal”, não estava funcionando, e ela começa a demonstrar não saber o que
fazer, ou seja, ela não consegue realizar nem o contato, nem a fuga.
Self: Cenas: As cenas que quero trazer são duas, a 1° cena se refere a um dos
momentos finais do filme em que a Barbie vê todos os seus amigos se sentido bem
consigo mesmos, se achando em si e no “mundo”, mas ela não consegue se enxergar
na visão que ambos tiveram no “mundo” da Barbie; a 2° cena se refere ao momento
final do filme em que a sua criadora a chama para conversar, refletir e lhe mostrar
sobre sua possível escolha que era de se tornar humana e ela lhe apresenta a vida
como é, onde os seres humanos passam por situações de vida e ao final eles morrem
e ela consegue entender o que é ser humana e concorda com essa ideia de se tornar
humana afinal ela só queria “viver.”
O self tem relação com essas cenas pois o self pode ser considerada como a fronteira
do organismo, “lugar” que delimita o indivíduo, isolando-o do meio, e ao mesmo tempo
colocando-o em contato com o mesmo ( KIYAN, 2001, pg.170 ) , trazendo a relação da
Barbie não se sentir parte daquele ambiente em que seus amigos estava, não se
reconhecendo mais como boneca.
O self aparece com uma intensidade ou uma precisão variável conforme os momentos:
assim, às vezes, eu não me reconheço em uma reação que não é habitual em mim,
como quando um momento de afeto “me invade”. (SLIDE PROFESSORA)
Trazendo a ideia novamente de que a Barbie não se sentia mais como uma boneca e
queria ser humana, onde sua vida antiga não fazia mais sentido. Em outros momentos,
meu self “se dissolve” numa intensa “confluência, dança, êxtase, orgasmo... ou, ao
contrário, num estado de “férias” interior, de “vazio fértil”, antes da emergência de uma
nova figura que mobiliza minha atenção. (SLIDE PROFESSORA)
Trazendo a ideia de como a Barbie desvendou que queria ser humana através da
conversa com sua criadora e de um relapse de vivências dos seres humanos que viu
trazendo assim dança e êxtase para sua vida , onde a vida humana tomou sua atenção
e ela se encontrou.
Então o'que podemos ver dessas duas cenas são o id, eu e a personalidade que
fazem parte do self onde ambas se estabelecem de tal maneira:
Id: Necessidades que Barbie queria passar novamente como humana (choro, alegria,
raiva e etc.)
Eu: Escolha da Barbie de ser humana.
Personalidade: Como a Barbie se enxerga humana e passando por todos esses
processos que citei no id ao se tornar humana.
Referencias: