Barbie

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UniAteneu - Campus Grand Shopping - Manhã

FRANCISCA GERLIENE NOBRE DE OLIVEIRA - 20222117112


MARIA CLEA DE SOUZA - 20222118270
PATRÍCIA DE SOUSA MACHADO SILVEIRA - 20222118248
RAFAEL TAVARES DE CARVALHO 20221112877
SARA RAIANE SOUSA NUNES - 20222117419
STEPHANIE PEREIRA DOS SANTOS - 20222116931
VITOR MANOEL ARAÚJO DA SILVA - 20221116447

AVALIAÇÃO SUBJETIVA I
Homeostase: No início do filme, o fato de Ken e Barbie não terem genitálias é usado
como alívio cômico. No entanto, a última situação da trama acompanha a boneca, que
agora abraçou sua humanidade, indo ao ginecologista. Essa cena pode ser vista como
uma representação da busca de Barbie pela homeostase psicológica, pois ela está se
adaptando e encontrando equilíbrio em sua nova realidade humana. A homeostase na
psicologia se refere à tendência de um indivíduo buscar equilíbrio emocional e mental.
Nesse contexto, Barbie está se esforçando para alcançar um estado de equilíbrio em
sua vida emocional e física no mundo real.

Doutrina holística: A cena em questão destacado é de quando a personagem barbie,


sai da realidade humana e volta a antes barbielândia, e até então kenlândia e lá
descobre a revolta dos kens, tornando as barbies submissas e sem poder algum mais!
Após ela ver toda a mudança, a mesma desaba em uma profunda tristeza e fica
completamente sem reação, desaba e deita no chão e em momento algum quer sair, e
permanece em uma "crise existencial" onde desiste de tudo e não tem reação nem
estímulos para nada! Nesta parte do filme se observa em ação o conceito da doutrina
holística, onde a mesma defende o conjunto da mente com o corpo como um
organismo completo, e "rompe" o pensamento cartesiano de que a mente está
separada do corpo! Na cena em questão, a crise existencial que a barbie sofre, impacta
seu corpo, suas reações e motivações, tendo no decorrer do filme, com a ajuda de
suas amigas o encorajamento a revolução e mudança, assim a mesma se ergue, se
motiva e reage diante da situação vivida e dá a volta por cima tanto externamente na
barbielândia, quanto internamente, nela mesma!

Limites de contato: Vimos que no filme da barbie quando ela se encontrava na


barbielândia ela se comportava conforme o meio em que ela estava inserida, sendo o
centro das atenções, vivendo no mundo das fantasias em que tudo era alegria, beleza,
e que imperava o domínio feminino, sem problemas, tristezas e tudo mais. Contudo,
quando ela foi para o mundo real e teve esse choque entre seu mundo e o mundo real,
a barbie teve emoções diferentes e viu até a necessidade de ir a uma ginecologista.
Daí percebemos claramente que a forma como se relaciona com seu meio afeta seu
comportamento. O homem e o meio se criam mutuamente em um processo dialético. O
modo como o ser humano funciona no seu meio é o estudo do que ocorre na fronteira
de contato entre o indivíduo e seu meio. Os pensamentos, emoções, ações e
comportamentos são a maneira de vivenciar e encontrar estes fatos limítrofes.

A ação efetiva é vista então como a busca pela satisfação de uma necessidade
dominante. Se por algum, ocorre a quebra do equilíbrio homeostático, e a pessoa fica
incapaz de modificar seu meio para satisfazer esta necessidade dominante podemos
nos deparar com uma neurose. Isso aconteceu com Barbie quando ela se deparou que
estava no mundo completamente diferente do seu. A mesma coisa se aplica ao
contato, por si só não é bom nem mau, entretanto, algumas de suas formas não são
saudáveis. Mesmo o contato com pensamentos pode ser disfuncional e se assemelhar
ao pensamento esquizofrênico.

Contato e fuga,
"Portanto, nem todo contato é saudável, nem toda fuga é doentia. Uma das
características do neurótico é não poder fazer bom contato , nem organizar bem a sua
fuga. Quando deveria estar em contato com seu meio, sua mente está em qualquer
outro lugar e assim não pode se concentrar. Quando deveria fugir, não pode"
(PERLS,1973, p. 35). Pegando essa definição de Perals a respeito do contato/fuga,
lembramos de como a Barbie se sentiu ao visitar o mundo real, onde ela foi
desmerecida e todo o plano que ela tinha na cabeça a respeito de conseguir voltar ao
seu “normal”, não estava funcionando, e ela começa a demonstrar não saber o que
fazer, ou seja, ela não consegue realizar nem o contato, nem a fuga.

Figura e fundo: Figura e fundo é um dos conceitos mais trabalhados na


Gestalt-terapia, que é quando se está diante de uma imagem, uma situação, ou, entre
diversos objetos, e seu foco se dá a um estímulo somente. Ou seja, “figura” é o objeto
principal, que dentro do nosso olhar se tornou aquilo que se tem destaque. Nessa cena
do filme, Ken encontra Barbie que seria a FIGURA, na praia e tenta impressioná-la,
mesmo sem saber surfar e acaba se machucando. O restante que se segue para ele,
torna-se FUNDO, no caso das pessoas e coisas ao redor. Em seu momento de dor, ele
continua focado na Barbie e pede para a mesma continuar com ele e não soltar suas
mãos.

Self: Cenas: As cenas que quero trazer são duas, a 1° cena se refere a um dos
momentos finais do filme em que a Barbie vê todos os seus amigos se sentido bem
consigo mesmos, se achando em si e no “mundo”, mas ela não consegue se enxergar
na visão que ambos tiveram no “mundo” da Barbie; a 2° cena se refere ao momento
final do filme em que a sua criadora a chama para conversar, refletir e lhe mostrar
sobre sua possível escolha que era de se tornar humana e ela lhe apresenta a vida
como é, onde os seres humanos passam por situações de vida e ao final eles morrem
e ela consegue entender o que é ser humana e concorda com essa ideia de se tornar
humana afinal ela só queria “viver.”
O self tem relação com essas cenas pois o self pode ser considerada como a fronteira
do organismo, “lugar” que delimita o indivíduo, isolando-o do meio, e ao mesmo tempo
colocando-o em contato com o mesmo ( KIYAN, 2001, pg.170 ) , trazendo a relação da
Barbie não se sentir parte daquele ambiente em que seus amigos estava, não se
reconhecendo mais como boneca.
O self aparece com uma intensidade ou uma precisão variável conforme os momentos:
assim, às vezes, eu não me reconheço em uma reação que não é habitual em mim,
como quando um momento de afeto “me invade”. (SLIDE PROFESSORA)
Trazendo a ideia novamente de que a Barbie não se sentia mais como uma boneca e
queria ser humana, onde sua vida antiga não fazia mais sentido. Em outros momentos,
meu self “se dissolve” numa intensa “confluência, dança, êxtase, orgasmo... ou, ao
contrário, num estado de “férias” interior, de “vazio fértil”, antes da emergência de uma
nova figura que mobiliza minha atenção. (SLIDE PROFESSORA)
Trazendo a ideia de como a Barbie desvendou que queria ser humana através da
conversa com sua criadora e de um relapse de vivências dos seres humanos que viu
trazendo assim dança e êxtase para sua vida , onde a vida humana tomou sua atenção
e ela se encontrou.
Então o'que podemos ver dessas duas cenas são o id, eu e a personalidade que
fazem parte do self onde ambas se estabelecem de tal maneira:
Id: Necessidades que Barbie queria passar novamente como humana (choro, alegria,
raiva e etc.)
Eu: Escolha da Barbie de ser humana.
Personalidade: Como a Barbie se enxerga humana e passando por todos esses
processos que citei no id ao se tornar humana.

Awareness e neurose: Conceito: Neurose é o resultado de processos inconscientes e


repetitivos, gerando uma distorção na percepção da realidade dificultando a
recuperação do equilíbrio. Cena filme: Barbie começa a pensar na morte, a sentir frio,
sentir cheiro, mal hálito, os pés ficam reto e ela começar a ter esses comportamento
repetitivos e isso a mantém preocupada com a realidade e ela precisa ir ao mundo real
para descobrir a menina que está triste no mundo real e precisa saber o que está
acontecendo lá, mas ela não quer ir e se aventurar, e tenta esquecer para não
enfrentar a realidade, o medo de perder o mundo perfeito faz ela aceitar ir e descobrir o
que está acontecendo mesmo sabendo da dificuldade e dos desafios para o mundo
dela voltar a ser o que era antes. Um mundo de equilíbrio e perfeição, pois o medo das
celulites, ficar feia a assombravam. E assim ela partiu para o mundo real. Quando a
Barbie e o Ken chegam ao mundo real eles ficam meio perdidos pois não é o que eles
imaginavam , a percepção deles era do mundo perfeito onde eles moravam e o mundo
real é um grande desequilíbrio e eles não sabem o que fazer e vão se envolvendo em
problemas, são presos. Ela precisa encontrar a menina, mas descobre que o
sofrimento e as emoções são da mãe da menina que brincava quando criança com a
Barbie. Conceito. Awareness – tomada de consciência de algo, contato com o que se
repete e se dar conta fechando assim uma Gestalt. A cena: A primeira cena onde o
filme se inicia estão várias meninas brincando de boneca, em seu mundo perfeito onde
sempre quem tinha uma menina tinha boneca dele feliz, as meninas eram mães e
amavam suas bonecas. Até que surgiu a Barbie e o mundo das meninas mudam, elas
percebem que essa perfeição não existe e elas podem ser o que quiserem, e fazer o
que quiserem, pois têm os mesmos direitos. Existem Barbie vivendo suas histórias e
fazendo o que querem e sendo o que quiserem. Todas podem ser a Barbie.

Referencias:

HACK, Josias Ricardo. Autoconhecimento sob a perspectiva da Gestalt-Terapia. Id on


Line Rev. Psic., Fevereiro/2022, vol.16, n.59, p. 213-233, ISSN: 1981-1179.

R elação entre sistema self e camadas de neurose em gestalt terapia


doi: 10.26823/revistadonufen.vol10.n02ensaio36

Filme: Barbie (2023), Greta Gerwing.

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