Estresse

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HEFSIBA INSTITUTO SUPERIOR CRISTÃO

TRABALHO DE PSICOLOGIA

Curso: Psicologia clínica e educacional


Cadeira: Psicologia
Ano de frequência: 1º Ano

GRACIETE JOSÉ CANDRINHO

ESTRESSE “STRESS” E PSICOLOGIA DA SAÚDE


 FONTES DO ESTRESSE
 COMO ENFRENTAR O ESTRESSE
 TRAUMA

MOCUBA
2023
GRACIETE JOSÉ CANDRINHO

ESTRESSE “STRESS” E PSICOLOGIA DA SAÚDE


 FONTES DO ESTRESSE
 COMO ENFRENTAR O ESTRESSE
 TRAUMA

Docente: Inês Ivens Paulo

MOCUBA
2023
Índice
I. INTRODUTÓRIA ...............................................................................................................5

1. Introdução ............................................................................................................................5

II. OBJECTIVOS..................................................................................................................6

1. Objectivo Geral....................................................................................................................6

2. Objectivos Específicos ........................................................................................................6

III. METODOLOGIA ............................................................................................................6

IV. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................................7

1. Conceito de Estresse ............................................................................................................7

1.1. FONTES DO ESTRESSE................................................................................................7

1.1.1. Estressores Ambientais ................................................................................................7

1.1.2. Estressores sociais ........................................................................................................7

1.1.3. Estressores Laborais .....................................................................................................8

1.1.4. Estressores Financeiros ................................................................................................8

1.1.5. Estressores Pessoais .....................................................................................................9

1.1.5.1. Grandes mudanças na vida .......................................................................................9

1.1.5.2. Falta de tempo para o lazer .......................................................................................9

1.1.5.3. Problemas de saúde ..................................................................................................9

1.1.5.4. Desejo de aprovação social.......................................................................................9

1.1.5.5. Luto .........................................................................................................................10

1.2. COMO ENFRENTAR O ESTRESSE? .........................................................................10

2.1. Identifique as fontes de estresse .....................................................................................10

2.2. Pratique a autogestão emocional ....................................................................................10

2.3. Autocuidado e controle pessoal .....................................................................................10

2.4. Técnicas de relaxamento ................................................................................................10

2.5. Apoio social ...................................................................................................................11

2.6. Definir limites ................................................................................................................11

2.7. Administração do tempo ................................................................................................11


2.8. Resolução de problemas ................................................................................................11

2.9. Terapia e aconselhamento ..............................................................................................11

3. Praticar a Resiliência .........................................................................................................12

4. Trauma ...............................................................................................................................12

4.1. Conceito de trauma ........................................................................................................12

4.2. Tipos de Trauma ............................................................................................................12

4.2.1. Trauma Agudo............................................................................................................12

4.2.2. Trauma Complexo ......................................................................................................12

4.2.3. Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) ........................................................13

4.3. Impactos do Trauma ......................................................................................................13

4.4. Tratamento e Recuperação .............................................................................................13

V. CONCLUSÃO ...................................................................................................................14

VI. BIBLIOGRAFIA ...........................................................................................................15


I. INTRODUTÓRIA
1. Introdução

O presente trabalho, tem por objectivo principal abordar acerca do estresse, focando
precisamente nas fontes do estresse, como enfrentar o estresse e, também descrevendo acerca
do trauma. O estresse é uma resposta fisiológica e comportamental normal a algo que aconteceu
ou está para acontecer que nos faz sentir ameaçados ou que, de alguma forma, perturba o nosso
equilíbrio. Quando nos sentimos em perigo real ou imaginado, as defesas do organismo reagem
rapidamente, num processo automático conhecido como reação de "luta ou fuga” ou de
“congelamento", é a resposta ao stress.

Inicialmente, o stress pode ser positivo, contudo para além de um certo nível, este deixa de
ser proveitoso e começa a prejudicar gravemente a saúde, a alterar o humor, a produtividade,
os relacionamentos e a qualidade de vida, em geral. São as diferentes fases do stress (v. adiante
eustress e distress). Devemos saber reconhecer os seus sinais e sintomas e, consequentemente,
tomar medidas para minimizar os efeitos do stress.

A vida moderna é cheia de dificuldades, prazos, frustrações e exigências. Para muitas


pessoas o stress é tão comum que se tornou, quase, um modo de vida. Mesmo de curta duração,
o stress pode ter impacto no organismo. O stress agudo causado por uma desavença com o seu
cônjuge ou por um evento mais dramático como um terremoto, um acidente, entre outros, pode
assumir um impacto ainda maior. Quando sujeito a períodos mais longos, o stress pode tornar-
se crónico ou atingir uma situação limite, conhecida como burnout.

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II. OBJECTIVOS
1. Objectivos Gerais
 Analisar as fontes ou causas principais do estresse, descrevendo as medias que podem
ser tomadas para enfrentar;
 Conhecer os tipos de trauma e os impactos;

2. Objectivos Específicos
 Conceituar o estresse;
 Identificar as fontes do estresse;
 Descrever as medidas para prevenção do estresse.

III. METODOLOGIA

Quanto aos procedimentos de pesquisa, fez-se o uso da pesquisa bibliográfica,


desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente por livros e artigos
científicos (Gil, 1999:65). A pesquisa bibliográfica foi fundamental, pois a partir desta técnica,
foi possível formular a pesquisa, com base em livros, teses, e estudos feitos a respeito do
assunto.

"A pesquisa bibliográfica consiste na busca, seleção e análise crítica da literatura


existente sobre um determinado tema, fornecendo o embasamento teórico para o
estudo" (Prodanov & Freitas, 2013, p. 32).

No tocante ao método de pesquisa, usou-se a pesquisa qualitativa, que é uma abordagem


que busca compreender e interpretar fenômenos complexos a partir da perspectiva dos
participantes envolvidos. Segundo Creswell (2013), a pesquisa qualitativa envolve a coleta de
dados descritivos, como observações, entrevistas e análise de conteúdo, e busca explorar as
experiências, percepções e significados atribuídos pelos indivíduos.

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IV. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1. Conceito de Estresse

HANS SELYE (1956,1976), definiu estresse como uma resposta inespecífica do corpo a
qualquer demanda, independentemente de sua natureza. Esta resposta incluía uma série de
reações fisiológicas que ele determinou de Síndrome de Adaptação Geral (SAG). Neste
contexto, o estresse é visto como externo ao indivíduo.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), estresse é reação natural do organismo


que ocorre quando vivenciamos situações de perigo ou ameaça. Esse mecanismo nos coloca em
estado de alerta ou alarme, provocando alterações físicas e emocionais.

Hans Selye: o "pai" do conceito moderno de estresse. Selye definiu o estresse como uma
resposta não específica do organismo a qualquer demanda física ou psicológica que seja
percebida como ameaçadora ou desafiadora. Ele categorizou o estresse em três fases: alarme,
resistência e exaustão.

De acordo com o Dicionário Aurélio de língua portuguesa, o substantivo masculino


“stress” significa: “conjunto das perturbações orgânicas, psíquicas, provocadas por vários
agentes, como o frio, uma doença infecciosa, uma sensação, um choque cirúrgico, as condições
de vida muito ativa e trepidante etc. ou Estrição” (DICIONÁRIO AURÉLIO, 2010).

1.1. FONTES DO ESTRESSE


1.1.1. Estressores Ambientais

Esses são fatores relacionados ao ambiente físico em que uma pessoa vive e trabalha. A
exposição constante a ambientes poluídos, ruído excessivo ou condições climáticas extremas
pode desencadear uma resposta de estresse. Por exemplo, a poluição do ar pode afetar a saúde
respiratória e contribuir para o estresse devido às preocupações com a saúde.

1.1.2. Estressores sociais

Os estressores sociais envolvem as interações e relações que as pessoas têm com outras
pessoas em suas vidas. Conflitos familiares, brigas, pressões sociais para se conformar a
padrões ou expectativas, isolamento social e situações de bullying podem ser fontes
significativas de estresse. A necessidade de se adaptar a diferentes papéis sociais também pode
contribuir para o estresse.

 Problemas familiares: os problemas familiares são uma grande causa de estresse que
pode ocorrer por falta de uma boa comunicação, doenças como câncer ou demência, uso
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abusivo de álcool ou drogas, competição entre parentes, discussões ou até mesmo
violência doméstica, por exemplo. Esses problemas podem causar uma ansiedade
generalizada ou sensação de medo, ocasionando o estresse.
1.1.3. Estressores Laborais

O ambiente de trabalho pode ser uma fonte importante de estresse. Cargas de trabalho
excessivas, prazos apertados, ambientes hostis ou competitivos, falta de controle sobre as
tarefas, assédio moral e dificuldades de equilíbrio entre vida pessoal e profissional são exemplos
de fatores que podem gerar estresse ocupacional.

 Pressão no trabalho: a pressão excessiva é uma das principais causas do estresse no


trabalho, que pode ocorrer por ter um horário de trabalho cansativo, preocupação com
um projeto novo, metas e prazos a cumprir, competitividade ou até mesmo por sentir-se
tratado injustamente ou de forma diferente de outros colegas de trabalho.

Essa pressão excessiva pode interferir na produtividade e no desempenho no trabalho,


gerando mais estresse, podendo afetar a vida pessoal e o relacionamento familiar e com amigos,
além da saúde física e mental. Bardin (1977) agrupou as situações estressoras no trabalho em
cinco (5) grupos:

 Problemas institucionais: burocracia, falta de funcionários, falta de matérias;


 Função no trabalho: acúmulo e mudanças de funções no trabalho;
 Comunicação e relacionamento entre equipes e outros funcionários;
 Sentimentos relacionados ao atendimento dos pacientes: lidar com a dor, a doença e o
óbito.
 Não definidas, isto é, respostas em branco ou não claras.
1.1.4. Estressores Financeiros

As preocupações financeiras, como dificuldades para pagar contas, dívidas, falta de


segurança financeira e pressões para manter um certo padrão de vida, podem ser extremamente
estressantes. A incerteza em relação ao futuro financeiro pode desencadear ansiedade constante.

Os problemas financeiros são uma causa de estresse constante na vida da pessoa e, essas
preocupações constante, pode afetar a saúde física e mental, relacionamentos e qualidade de
vida, sendo muito comum a pessoa apresentar sintomas como insônia, baixa auto-estima ou
cansaço excessivo. Além disso, podem ocorrer alterações no humor e aumentar o risco de
depressão ou ansiedade.

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1.1.5. Estressores Pessoais

Estressores pessoais estão relacionados às situações e eventos que impactam a vida de


alguém de maneira significativa. Isso pode incluir problemas de saúde, tanto física quanto
mental, eventos traumáticos como acidentes, abusos ou perdas significativas. Mudanças
importantes na vida, como divórcio, morte de um ente querido, mudança de cidade ou país,
também podem causar estresse devido à adaptação necessária.

1.1.5.1. Grandes mudanças na vida

Grandes mudanças na vida como formatura na escola ou faculdade, casamento, novo


emprego, aposentadoria, terminar um relacionamento ou ter um filho, por exemplo, causa
sensação de incerteza ou insegurança no que pode acontecer no futuro ou gerar grandes
expectativas, levando a pessoa a ficar ansiosa e desenvolver o estresse.

1.1.5.2. Falta de tempo para o lazer

A falta de tempo para o lazer é uma causa de estresse que pode ocorrer por excesso de
trabalho ou de estudo, ou dificuldade para organizar os próprios horários no dia, levando a
pessoa a não descansar a mente e o corpo, além de sentir uma sobrecarga maior nas atividades
diárias.

1.1.5.3. Problemas de saúde

Os problemas de saúde como ataque cardíaco ou câncer, por exemplo, também podem
causar estresse devido à preocupação constante e a ansiedade para enfrentar tratamentos
dolorosos ou ter que conviver diariamente com as limitações do corpo. Além disso, algumas
doenças crônicas como diabetes, artrite reumatoide ou lúpus também podem causar estresse
porque é preciso fazer tratamento a longo prazo, mudar rotinas e hábitos de vida, gerando
ansiedade e também, em alguns casos, depressão.

1.1.5.4. Desejo de aprovação social

O desejo de aprovação social, de ter sucesso financeiro, de ser desejado ou admirado para
ser aceito em sociedade é uma causa de estresse na vida moderna, principalmente com o uso de
redes sociais, fazendo com que as pessoas se tornem dependentes do que outras pessoas pensam
e acabem perdendo a própria valorização, diminuindo a autoestima. Além disso, o estresse pelo
desejo de aprovação social pode causar desgaste emocional, ansiedade generalizada e até o
desenvolvimento da depressão.

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1.1.5.5. Luto

O luto é uma causa de estresse que ocorre por uma resposta emocional normal de
sofrimento, que acontece após a perda de uma conexão afetiva muito forte, seja com uma
pessoa, animal, objeto ou com um bem imaterial, como o emprego, por exemplo. Essa sensação
de perda pode levar a emoções fortes e provocar raiva, descrença, culpa ou tristeza profunda.

1.2. COMO ENFRENTAR O ESTRESSE?


2.1. Identifique as fontes de estresse

Primeiro, identifique o que está causando o estresse em sua vida. Pode ser trabalho,
relacionamentos, finanças, etc. Ter clareza sobre as fontes ajuda a lidar com elas de maneira
mais eficaz.

2.2. Pratique a autogestão emocional

Desenvolva a capacidade de reconhecer suas emoções e reações ao estresse. Aprenda a lidar


com elas de maneira saudável, seja através da meditação, respiração profunda, ou outras
técnicas de relaxamento.

2.3. Autocuidado e controle pessoal

Priorizar o autocuidado é fundamental para gerenciar o estresse. Isso inclui cuidar da sua
saúde física, mental e emocional. Mantenha uma dieta equilibrada, faça exercícios regulares e
tenha um padrão de sono saudável. Além disso, reserve tempo para atividades que você gosta
e que relaxam você, como ler, ouvir música, praticar um hobby ou passar tempo ao ar livre.

Straub (2005, p.267) afirma que “pessoas que possuem forte sensação de controle pessoal
tem mais probabilidade de utilizar formas adaptativas e focalizadas nos problemas para lidar
com eles”. De acordo com Schneiderman, McCabe e Baum (1992), a percepção pessoas de
facto tem impacto sobre o sistema imunológico, pois uma percepção de baixo controle poe
limitar o funcionamento desse sistema, fazendo com que haja uma maior suscetibilidade para
infecções causadas por agentes externos, como os causadores de infecções virais e bacterianas,
levando ao advento de doenças. (SCHNEIDERMAN, MCCABE E BAUM (1992, P.5)

2.4. Técnicas de relaxamento

Práticas de relaxamento podem ajudar a reduzir os níveis de estresse. A meditação, a ioga,


a respiração profunda, conversar com amigos, praticar actividades físicas, passear ou
descansar, fazer sexo, dormir melhor e a atenção plena, por exemplo, pois ajudam a reduzir

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a produção de hormônios do estresse como cortisol e adrenalina, e promovem a liberação de
endorfinas pelo corpo que são substâncias que dão sensação de bem-estar. Essas práticas
ajudam a diminuir a ativação do sistema nervoso simpático, que é responsável pela resposta de
luta ou fuga.

2.5. Apoio social

Compartilhar seus sentimentos e preocupações com amigos, familiares ou terapeutas pode


proporcionar um senso de apoio emocional. Conversar com pessoas de confiança pode ajudar
a aliviar a sensação de isolamento e solidão, além de fornecer perspectivas externas sobre as
situações estressantes.

2.6. Definir limites

Aprender a estabelecer limites saudáveis é crucial para evitar o excesso de compromissos


e a sobrecarga. Saiba quando dizer "não" quando necessário e defina prioridades realistas para
não se sobrecarregar com responsabilidades excessivas.

2.7. Administração do tempo

Organizar suas tarefas e atividades de maneira eficaz pode reduzir o estresse relacionado a
prazos apertados e falta de tempo. Use métodos de planejamento, como listas de tarefas e
calendários, para se manter organizado e evitar a sensação de estar constantemente correndo
contra o relógio.

2.8. Resolução de problemas

Abordar os problemas de maneira estruturada pode ajudar a reduzir o estresse associado a


situações desafiadoras. Identifique os problemas, analise as possíveis soluções e escolha a
melhor abordagem para resolvê-los. Às vezes, a sensação de controle sobre a situação pode
diminuir os níveis de estresse.

2.9. Terapia e aconselhamento

Se o estresse está impactando significativamente sua vida, considerar a busca de ajuda


profissional pode ser benéfico. A terapia, seja individual, em grupo ou online, pode ajudar a
desenvolver estratégias de enfrentamento personalizadas, identificar padrões de pensamento
negativos e explorar questões subjacentes.

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3. Praticar a Resiliência

A resiliência envolve a capacidade de se adaptar e superar adversidades. Desenvolver a


resiliência requer uma mentalidade positiva, aceitação da mudança e a capacidade de aprender
com as experiências desafiadoras.

De acordo com Taboada, Legal e Machado (2006), apesar do termo “resiliência”


apresentar várias definições e conceituações, este pode ser compreendido de maneira geral
como sendo o processo em que o “individuo consegue superar as adversidades, adaptando-se
de forma saudável ao seu contexto”

4. Trauma
4.1. Conceito de trauma

Citando o autor: “O trauma é aquilo que rompe a idealização de um objeto pelo ódio do
indivíduo, reativo ao fracasso deste objeto em desempenhar sua função” (Winnicott,
1965/1994, p. 113).

O trauma é um termo amplamente utilizado para descrever experiências extremamente


estressantes ou prejudiciais que podem ter um impacto profundo na saúde mental e emocional
de uma pessoa.

4.2. Tipos de Trauma


4.2.1. Trauma Agudo

O trauma agudo é associado a eventos traumáticos específicos e únicos que ocorrem


repentinamente. Esses eventos podem incluir acidentes graves, assaltos, desastres naturais,
ataques violentos ou outras situações em que a pessoa é confrontada com uma ameaça iminente
à sua integridade física ou emocional. As reações ao trauma agudo podem variar, mas
frequentemente incluem choque, confusão, descrença e uma resposta de estresse agudo.

4.2.2. Trauma Complexo

O trauma complexo é resultado de experiências prolongadas e repetidas de adversidade,


abuso, negligência ou exposição a situações perigosas. Esse tipo de trauma muitas vezes se
desenvolve ao longo do tempo e pode estar relacionado a vivências na infância, como abuso
sexual, abuso físico, negligência parental crônica, testemunho de violência doméstica ou
exposição a ambientes caóticos e violentos. O trauma complexo pode levar a dificuldades
interpessoais, problemas de regulação emocional e identidade fragmentada.

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4.2.3. Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT)

O TEPT é uma condição de saúde mental que ocorre após a exposição a um evento
traumático. Pode ser uma resposta a um único evento traumático ou a experiências traumáticas
repetidas. Os sintomas do TEPT podem incluir:

 Flashbacks: Lembranças vívidas e perturbadoras do evento traumático.


 Pesadelos: Sonhos intensos e angustiantes relacionados ao trauma.
 Hipervigilância: Estado de alerta constante, sensação de perigo iminente.
 Evitação de Gatilhos: Evitar lugares, pessoas ou situações que lembrem o evento
traumático.
 Isolamento Emocional: Sentimento de distanciamento dos outros e dificuldade em
expressar emoções.
 Ansiedade e Perturbação: Sentimentos intensos de ansiedade, medo e desconforto
emocional.
4.3. Impactos do Trauma

O trauma pode ter um impacto profundo na vida de uma pessoa:

 Reações de estresse agudo: logo após o trauma, a pessoa pode experimentar reações
intensas de estresse, como choque, negação e confusão.
 TEPT Não Tratado: se o TEPT não for tratado, pode levar a problemas duradouros com
relacionamentos, trabalho e qualidade de vida.
 Alterações cognitivas e emocionais: o trauma pode afetar a forma como a pessoa pensa
sobre si mesma e o mundo, levando a pensamentos negativos e emoções intensas.
 Sintomas Físicos: o trauma pode se manifestar em sintomas físicos, como dores, problemas
de sono e distúrbios gastrointestinais.
4.4. Tratamento e Recuperação

Buscar ajuda é essencial para a recuperação do trauma:

 Terapia: terapias como a terapia cognitivo-comportamental (TCC) e a EMDR são


eficazes para tratar o trauma e o TEPT.
 Apoio Social: ter uma rede de apoio composta por amigos, familiares e profissionais de
saúde é fundamental.
 Tratamento Multidisciplinar: em casos mais complexos, uma abordagem
multidisciplinar pode envolver terapia, medicamentos e outras intervenções.

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V. CONCLUSÃO

Após a realização do presente trabalho é importante notar que as fontes de estresse podem
variar de pessoa para pessoa e o que é estressante para um indivíduo pode não ser tão impactante
para outro. Além disso, muitas vezes as fontes de estresse não se enquadram rigidamente em
categorias separadas, já que diversos fatores podem se interconectar e amplificar os níveis de
estresse. Reconhecer essas fontes e desenvolver estratégias de enfrentamento saudáveis é
essencial para lidar com o estresse de maneira eficaz.

Lidar com o estresse é uma jornada contínua e individual. Nem todas as estratégias
funcionarão da mesma maneira para todos, portanto, é importante experimentar diferentes
abordagens e encontrar o que funciona melhor para você. O autoconhecimento e a busca de
ajuda quando necessário são passos essenciais para enfrentar o estresse de maneira saudável e
eficaz.

Lidar com o trauma é um processo individual e leva tempo. A recuperação pode variar de
pessoa para pessoa, mas com o apoio certo e as estratégias adequadas, muitos indivíduos
conseguem encontrar maneiras de viver uma vida mais saudável e significativa após
experiências traumáticas.

O processo de recuperação do trauma é único para cada indivíduo, e o apoio adequado e o


tratamento profissional são fundamentais para superar os desafios associados ao trauma.

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VI. BIBLIOGRAFIA
 DICIONÁRIO AURÉLIO ONLINE. Disponivel em: <http:
/www.dicionarioaurelio.com />. Acesso em 15 de Junho de 2010
 SELYE, H. Stress, a tensão da vida. 2ª ed. São Paulo: Ibrasa, 1959
 SCHNEIDERMAN, N. MCCABE, P., BAUM, A. Stress and Disease Processes.
Hillsdale, NJ: Lawrence Erlbaum Associates, 1992.
 MORAES, A.P.P. Pesquisa sobre stress e estratégias de enfrentamento em
profissionais da saúde e Burnout e a relação com a enfermagem. Rev. Latino-Am.
Enfermagem, v.13, n2, p.225-261, 2005

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