Todo aquele papo de "não sei se quero alguma coisa" atrasou meu movimento. Levei alguns minutos à frente da televisão para beijá-la e confesso que não soube bem como fazer para levá-la para o quarto. Percebi que essa não seria a solução.
Resolvi tentar uma especialidade minha: a parede. Não me lembro exatamente como fomos para lá, mas a tática funcionou. Aos poucos fui tirando sua calça e, logo, encontrei-me de joelhos com a língua entre suas pernas. Virei-a de costas e tratei de tirar a minha também. Já estávamos quase lá quando... "Peraí que eu vou pegar a camisinha". Não deu para esfriar, ela já estava em posição e começamos ali mesmo. Ela chegou a pedir para eu tirar a camisinha ("deixa eu te sentir!"), mas as paranoias que seguiriam não compensavam o prazer extra.
Fomos, finalmente, para o quarto. Eu estava por baixo quando, de repente...
– Fiquei com vergonha!
– Como assim?
– Você é lindo, é gostoso, mas eu tô com vergonha...
... e entrou no banheiro. E lá estava eu, sentado nu na cama com uma ereção de dar inveja me perguntando por que diabos essas coisas acontecem comigo.
Esfriamos. Ela foi tomar banho, depois eu, ela foi fumar um cigarro e deitamos na cama. Eu estava confiante que o sexo rolaria, era só uma questão dela ficar à vontade. E rolou maravilhosamente. Novamente fui tirando sua roupa, passeando por seu corpo com minha língua até parar la embaixo. Ela já estava ansiosa por me sentir quando parei para colocar a camisinha.
Experimentamos algumas posições até chegar na sua preferida, com ela de bruços e eu por cima. Aliás, essa é uma das poucas posições em que a camisinha não atrapalha em nada.
Dormimos, acordamos com alguma ressaca e eu tinha poucas horas antes de uma viagem a trabalho. Transamos novamente e, novamente, foi fantástico. Mas ela estava muito mal da véspera e eu não podia ficar mais tempo.
Fiz o que estava ao meu alcance para curar sua ressaca. "Posso te pedir uma coisa? Posso ficar aqui mais um pouco? Não quero ficar passando mal na rua". "Você acha que eu vou te expulsar da minha casa? Fica quanto tempo precisar. Eu preciso ir, só bate a porta quando sair".
E assim fui, deixando aquela mulher alta de seios fartos e corpo maravilhoso deitada em minha cama com a certeza de que, quando nos encontrássemos novamente, o jogo não seria tão complicado como dessa vez.