Quando eu era pequeno e nem pentelho tinha, ouvia dizer que homem que é homem tem cabelo no peito. Aguardei ansiosamente que isso acontecesse. Claro que eu sabia que o objetivo não era adquirir uma estética urso ou Tabacow, mas algo para mostrar que eu não era mais uma criança.
Finalmente, começaram a nascer uns cabelinhos. Quando cheguei no auge da adolescência, já estavam como queria e, felizmente, permaneceram assim. Havia um colega meu que raspava porque era nadador. Eu entendia, mas achava estranho.
Até que chegou a moda metrossexual e seu símbolo maior, um jogadorzinho mais ou menos que sabia como fazer marketing. E mais: jurava que não era boiola! O cara pode comer todas as Victorias de silicone que quiser, mas não me engana! Esmalte?
O problema é que a moda pegou e, agora, depilação não é mais somente coisa de mulher. Eu, sinceramente, continuo satisfeito com os meus cabelos no peito, no máximo dou uma aparada, mas aprendi a respeitar quem raspa ou depila, apesar de continuar estranhando. Mas aquilo que se aprende na infância dificilmente se muda depois de burro velho. E vocês, mulheres, como preferem?
29 de maio de 2008
19 de maio de 2008
TAMANHO
Falando nisso, quando é que as mulheres vão aprender que a gente não acredita na opinião delas sobre o tamanho de nosso membro? Sim, porque se elas falam que é pequeno, é para ofender; se falam que é grande, estão querendo nos agradar. E, mesmo que seja verdade, ainda assim não temos como medir a sinceridade da declaração.
Veja o meu caso: tive uma namorada que me disse que o meu era o maior que ela já tinha visto. Ela não tinha uma experiência tão extensa, visto que estávamos no início de nossa segunda década de vida, mas certamente não era uma donzela. Uma outra já não disse que era o maior, mas fazia questão de ressaltar o tamanho.
Mas acho que o mais engraçado foi quando, por causa da minha arrogância cativante, uma mulher disse que ele era pequeno (!) – mas não sem antes ter se satisfeito sexualmente, é claro. Não posso dizer que não me abalou, mas isso é como xingar a mãe de puta – abala, mas você sabe que é mentira. Até porque parece que ela só havia conhecido homens de Itu e seu parâmetro poderia estar ligeiramente distorcido.
Enfim, mulheres, parem de comentar nosso tamanho! Nós não acreditamos em vocês mesmo...
Veja o meu caso: tive uma namorada que me disse que o meu era o maior que ela já tinha visto. Ela não tinha uma experiência tão extensa, visto que estávamos no início de nossa segunda década de vida, mas certamente não era uma donzela. Uma outra já não disse que era o maior, mas fazia questão de ressaltar o tamanho.
Mas acho que o mais engraçado foi quando, por causa da minha arrogância cativante, uma mulher disse que ele era pequeno (!) – mas não sem antes ter se satisfeito sexualmente, é claro. Não posso dizer que não me abalou, mas isso é como xingar a mãe de puta – abala, mas você sabe que é mentira. Até porque parece que ela só havia conhecido homens de Itu e seu parâmetro poderia estar ligeiramente distorcido.
Enfim, mulheres, parem de comentar nosso tamanho! Nós não acreditamos em vocês mesmo...
15 de maio de 2008
MIJOFOBIA
Eu já queria escrever sobre isso há algum tempo, mas me faltava alguma base na cultura popular. Até que vi esse filme, Waiting..., que em português ficou com uma tradução ridícula, para variar um pouco. Havia esse cara chamado Calvin que não conseguia mijar no banheiro público de jeito nenhum desde quando um sujeito ficou olhando para seu instrumento diante do mictório!
Pois é, sempre que chego num banheiro para usar o mictório, fico nessa tensão. Tento relaxar, fingir que não estou nem aí, mas poucas vezes adianta. Quando entra alguém no banheiro, torço para que ele siga o código de etiqueta do banheiro masculino. Para quem não sabe, ele é bem eficiente e amplamente aplicado.
O que me incomoda mais é aquele monte de mictórios vazios e um idiota que resolve ficar bem do meu lado. Posso dizer que não foi somente uma vez que percebi alguém olhando de canto de olho. O que acontece? A bexiga simplesmente não libera o líquido! E o pior é que provavelmente o cara não é gay ou coisa parecida, mas que comparar tamanhos!
O fato é que eu venho preferindo cabines em banheiros sem divisões entre os mictórios ou com uma calha na parede, o pior tipo. Até porque, em se tratando de higiene, o risco de respingos é muito menor!
Pois é, sempre que chego num banheiro para usar o mictório, fico nessa tensão. Tento relaxar, fingir que não estou nem aí, mas poucas vezes adianta. Quando entra alguém no banheiro, torço para que ele siga o código de etiqueta do banheiro masculino. Para quem não sabe, ele é bem eficiente e amplamente aplicado.
O que me incomoda mais é aquele monte de mictórios vazios e um idiota que resolve ficar bem do meu lado. Posso dizer que não foi somente uma vez que percebi alguém olhando de canto de olho. O que acontece? A bexiga simplesmente não libera o líquido! E o pior é que provavelmente o cara não é gay ou coisa parecida, mas que comparar tamanhos!
O fato é que eu venho preferindo cabines em banheiros sem divisões entre os mictórios ou com uma calha na parede, o pior tipo. Até porque, em se tratando de higiene, o risco de respingos é muito menor!
6 de maio de 2008
SNUFF (parte 2)
Naquela época, a minha auto-estima não era sombra do que é hoje. É claro que ela, ardilosa, entendeu isso e soube usar para me prender. O sexo era absurdamente intenso. Fizemos de todas as formas, por todos os lugares. Foi com ela que transei pela primeira vez no elevador: eu apertava o botão de emergência para parar entre os andares e, quando saíamos, a cabine cheirava a sexo.
As fantasias se multiplicavam; histórias de cama tomaram uma conotação completamente diferente. De vez em quando ela pedia para eu bater – o sexo podia ficar bem violento. Comprou um espartilho, fez depilação total, fazia o que eu pedisse na cama. Lembro-me de algo que ficara na minha cabeça, dito por um amigo meu: "Patricinha é bom de comer o cu e gozar na cara". É claro que experimentei isso com ela. Lá estava ela de quatro e eu penetrando por trás. Ela gritava de tesão e eu me controlava para prolongar aquele sexo de filme pornô. Na hora H, puxei-a pelo cabelo, tirei e acertei seu rosto em cheio. Ela quase se afogou na minha porra tentando respirar. Simulações de estupro também faziam parte de nosso repertório.
Tão intenso quanto o sexo era seu ciúme doentio. Para ela, todas as mulheres do Rio de Janeiro estavam me dando mole e eu, pelo visto, correspondia. O que dizer do meu passado? Boa parte das crônicas que aqui estão publicadas aconteceram antes de eu conhecê-la e eu, burramente, não escondia nada dela. Só depois aprendi que a mentira pode ser mais honesta do que a sinceridade.
As brigas eram de fazer inveja a qualquer novela e eram particularmente violentas. Uma vez, retruquei um tapa que me deu na cara. Nunca me arrependi disso. Ela ameaçava suicidar-se, eu me desesperava. A reconciliação era sempre um sexo cinematográfico, mas a cada capítulo, algo se perdia. Até que um dia, foi embora o meu tesão.
A primeira broxada tirou ela de si. Como alguém que se julgava tão perfeita, bonita, sexy e boa de cama podia não conseguir deixar o namorado com tesão? Sim, dessa vez, a culpa era dela, mas não na cama. Era só todo o resto.
A coisa piorou. Ela me acusou de ter tesão em uma amiga lésbica horrorosa que ela tinha. Depois disse que ia dar para o ex-namorado. E não faltavam caras atrás dela, admiradores, ex-namorados, ex-casos... mas, por algum motivo, isso não era tão importante para ela quanto eu a ponto de ela me dar um pé na bunda e arrumar outro que a comesse decentemente.
Até que aconteceu o episódio de Minas. Era a injeção de autoestima que eu precisava para ser independente de novo. Tivemos mais uma briga quando voltei – foi o estopim. No dia seguinte terminei. Ela ameaçou se matar; disse-lhe que isso agora era problema dela. Obviamente ela não levou isso a cabo.
Dias depois, me chamou para encontrá-la num shopping em Botafogo. Deu um presente para eu entregar para a minha mãe (era seu aniversário) e uma carta pedindo, implorando para voltar. A cena melancólica dela tentando me beijar e eu virando o rosto resume o que aconteceu.
Poucos meses depois, tentou fazer contato. Mandou-me um email dizendo que precisava desesperadamente conversar. Achei melhor dizer para me ligar. Atendi o telefone na manhã seguinte e era ela: seu namorado a havia traído. Pensei em agradecer o cara e acabei culpando-a pela traição.
– "Como você descobriu?"
– "Perguntei para ele"
– "Sei bem como você pergunta as coisas!"
– "Tava na cara dele!"
– "É, mas tantas vezes esteve na minha cara e nunca aconteceu nada. Você não sabe mesmo como segurar um homem."
As fantasias se multiplicavam; histórias de cama tomaram uma conotação completamente diferente. De vez em quando ela pedia para eu bater – o sexo podia ficar bem violento. Comprou um espartilho, fez depilação total, fazia o que eu pedisse na cama. Lembro-me de algo que ficara na minha cabeça, dito por um amigo meu: "Patricinha é bom de comer o cu e gozar na cara". É claro que experimentei isso com ela. Lá estava ela de quatro e eu penetrando por trás. Ela gritava de tesão e eu me controlava para prolongar aquele sexo de filme pornô. Na hora H, puxei-a pelo cabelo, tirei e acertei seu rosto em cheio. Ela quase se afogou na minha porra tentando respirar. Simulações de estupro também faziam parte de nosso repertório.
Tão intenso quanto o sexo era seu ciúme doentio. Para ela, todas as mulheres do Rio de Janeiro estavam me dando mole e eu, pelo visto, correspondia. O que dizer do meu passado? Boa parte das crônicas que aqui estão publicadas aconteceram antes de eu conhecê-la e eu, burramente, não escondia nada dela. Só depois aprendi que a mentira pode ser mais honesta do que a sinceridade.
As brigas eram de fazer inveja a qualquer novela e eram particularmente violentas. Uma vez, retruquei um tapa que me deu na cara. Nunca me arrependi disso. Ela ameaçava suicidar-se, eu me desesperava. A reconciliação era sempre um sexo cinematográfico, mas a cada capítulo, algo se perdia. Até que um dia, foi embora o meu tesão.
A primeira broxada tirou ela de si. Como alguém que se julgava tão perfeita, bonita, sexy e boa de cama podia não conseguir deixar o namorado com tesão? Sim, dessa vez, a culpa era dela, mas não na cama. Era só todo o resto.
A coisa piorou. Ela me acusou de ter tesão em uma amiga lésbica horrorosa que ela tinha. Depois disse que ia dar para o ex-namorado. E não faltavam caras atrás dela, admiradores, ex-namorados, ex-casos... mas, por algum motivo, isso não era tão importante para ela quanto eu a ponto de ela me dar um pé na bunda e arrumar outro que a comesse decentemente.
Até que aconteceu o episódio de Minas. Era a injeção de autoestima que eu precisava para ser independente de novo. Tivemos mais uma briga quando voltei – foi o estopim. No dia seguinte terminei. Ela ameaçou se matar; disse-lhe que isso agora era problema dela. Obviamente ela não levou isso a cabo.
Dias depois, me chamou para encontrá-la num shopping em Botafogo. Deu um presente para eu entregar para a minha mãe (era seu aniversário) e uma carta pedindo, implorando para voltar. A cena melancólica dela tentando me beijar e eu virando o rosto resume o que aconteceu.
Poucos meses depois, tentou fazer contato. Mandou-me um email dizendo que precisava desesperadamente conversar. Achei melhor dizer para me ligar. Atendi o telefone na manhã seguinte e era ela: seu namorado a havia traído. Pensei em agradecer o cara e acabei culpando-a pela traição.
– "Como você descobriu?"
– "Perguntei para ele"
– "Sei bem como você pergunta as coisas!"
– "Tava na cara dele!"
– "É, mas tantas vezes esteve na minha cara e nunca aconteceu nada. Você não sabe mesmo como segurar um homem."
Assinar:
Postagens (Atom)