Finalmente o problema dos sanitários públicos está resolvido. Graças às intervenções dos partidos políticos da oposição e das pessoas em geral que pressionaram a Câmara até à exaustão. Sabemos que a Câmara faz sempre as coisas que deve, como agora, por isso devemos aplaudir esta sua iniciativa. Soube ver e ouvir e, mais uma vez, com a sua atitude eleva a terra aos confins da galáxia como ESPAÇO QUE SABE RECEBER e é uma terra preparada nos mais elementares detalhes do quotidiano para quem nos visita. Antes em Alcobaça, os turistas eram obrigados a fazer um percurso de vários metros (nalguns casos centenas) para irem fazer as suas necessidades pelos cafés locais. Não havia casas de banho, nem no mosteiro, nem públicas municipais. A falta destes locais, mesmo no mosteiro (a pagar 4 euros e meio e declarado monumento Património da Humanidade), deve-se a uma feliz iniciativa concertada entre o IPPAR a CÂMARA MUNICIPAL e a ASSOCIAÇÃO DE COMERCIANTES LOCAIS, no sentido de elevarem “Alcobaça a Capital do Comércio”, numa iniciativa do programa SAPÊMTRUJA. O programa é simples e pioneiro em Portugal, porque incentiva as pessoas a participarem na vida económica do lugar, logo, no seu desenvolvimento sustentado. Neste caso, cabe aos comerciantes fornecerem as casas de banho públicas, porque os turistas ao terem necessidade de se aliviarem e sendo só eles a possuírem-nas, estes ao deslocarem-se aos estabelecimentos de restauração, acabam por comprar uma garrafa de água, beber um café ou comer um bolo da famosa pastelaria conventual em troca do alívio. A isto chama-se projecto configurador e desenvolvimento local sustentado. O programa é um êxito total. Por vezes é maior a bicha para as casas de banho, nalguns bares e pastelarias do que para tomar um café. A brilhante ideia veio dar um impulso enorme à restauração local e engendrou uma nova personagem urbana: o/a “TURISTA CHICHI ou TURISTA OBRADOR”. Sociologicamente falando é um potencial investidor que os agentes económicos perseguem. No caso de Alcobaça, pena são os velhotes de bengala, em cadeiras de rodas e os que têm incontinência que depois de saírem das camionetas esperam para entrar no mosteiro para se aliviarem, e tenham de sair a correr, atravessar o enorme deserto, para darem sem saber com as políticas turísticas de desenvolvimento local.