sábado, novembro 25, 2023

José Luís Tavares (1936-2023)



A SCALA perdeu no dia 23 de Novembro mais um dos seus 15 sócios fundadores, José Luís Tavares, que também foi dirigente da Incrível Almadense, do Ginásio Clube do Sul, do Núcleo de Árbitros de Almada e Seixal e da APAF (Associação de Árbitros Portugueses).

Embora tenha deixado de ser sócio da SCALA, pouco tempo depois de deixar de fazer parte dos Corpos Gerentes da nossa Colectividade (de uma forma pouco compreensível, mas ele era assim...), nunca perderá a sua condição de fundador, nem mesmo agora que nos deixou.

José Luís Tavares, mesmo sem ser uma figura consensual, teve um papel importante na vida da SCALA,  enquanto Presidente da Direcção. Deu um bom contributo para a afirmação da nossa Colectividade no panorama associativo local, graças à sua capacidade de trabalho e espírito de iniciativa.


sexta-feira, agosto 11, 2023

"Os três jovens que ajudaram a fundar a SCALA"...


Escrevi há pouco tempo um texto sobre os três associativistas que possuíam o espírito mais jovem, entre os 15 fundadores da SCALA - Sociedade Cultural de Artes e Letras de Almada, que no próximo ano faz 30 anos de vida. O título que lhe dei diz quase tudo: "Os três jovens que ajudaram a fundar a SCALA".

Claro que não medi a sua juventude pelos números que constavam nos seus Bilhetes de identidade (em 1994 ainda não existia a CC...). Se o fizesse ultrapassava os 200 anos e acabava por estragar a "loiça toda".

Falo de Henrique Mota, Fernando Barão e Diamantino Lourenço, que felizmente ainda está entre nós e festeja hoje os seus 92 anos de vida e vai continuando em boa forma (tendo em atenção o seu escalão etário, claro...). física e intelectual.

Mesmo tratando-se de uma opinião, que apenas vincula o seu autor, ela é feita com conhecimento de causa. Estas três grandes figuras locais, além de oferecerem o seu historial cultural e associativo a uma Colectividade que dava os seus primeiros passos, também arregaçaram as mangas e deram um contributo decisivo para o crescimento da SCALA nos primeiros anos. 

Diamantino tinha ainda uma outra característica pessoal, que fazia dele um verdadeiro "operário da cultura", não se escusava a nenhuma tarefa, tanto podia pregar um prego na parede para uma exposição como escrever um texto escorreito, sobre qualquer grande figura de Almada ou do País, para o boletim. 

Sei que na parte final do texto que escrevi, sobre o grande contributo que estes três amigos deram à SCALA e à Cultura Almadense, levanto uma questão pertinente: como teria sido esta Associação, se tem sido fundada dez anos antes (o Henrique em vez de ter 73, tinha 63 anos, o Fernando em vez de ter 70 tinha 60 anos e o Diamantino em vez de 62 tinha 52 anos). Com toda a certeza, teriam  dado ainda mais de si ao Associativismo Cultural de Almada, tornando a SCALA ainda mais relevante.

E já me estava a esquecer: "Parabéns Diamantino!"

Nota: texto publicado inicialmente no "Casario do Ginjal".

(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas, a "Tertúlia do Repuxo")


sábado, maio 20, 2023

Grande Luís Alves!


Foi uma bela surpresa revermos durante a tarde de hoje um dos bons poetas da SCALA, Luís Alves, na sessão de "Poesia Vadia" organizada pela Incrível Almadense, na rua Capitão Leitão.

Apesar de se ter deparado nos últimos tempos com problemas de saúde (a sua perda de peso é bastante significativa...), foi muito bom vermos o poeta a declamar vários poemas da sua lavra, assim como o inconfundível "Canto Negro" de José Régio.

Felizmente o seu amor à poesia permanece bem vivo (ele confessou-nos que foi uma ajuda importante no combate a este percalço...)  assim como a sua qualidade enquanto declamador.  

Grande Luís Alves!

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


segunda-feira, abril 24, 2023

Abril Sempre!!! (na Cultura e nas nossas Vidas)


A SCALA quando foi fundada, queria ser uma associação completamente independente de qualquer poder ou de qualquer partido. Ou seja, queria trilhar o seu caminho na Cultura almadense, em liberdade, sem de deixar influenciar por qualquer tipo de pressão, externa ou interna.

Uma das suas primeiras premissas, foi a sua não participação, enquanto associação, no desfile anual das Colectividades do Concelho, promovido pelo Município. Dava liberdade absoluta aos seus associados, mas por entender que esta Festa tinha uma componente político-partidária bastante forte, primava pela ausência.

Nos primeiros anos esta não participação nem sempre foi bem recebida, até por a SCALA ser uma das poucas colectividades que fazia questão em não estar presente. Em vez de entenderem a nossa posição, chegaram mesmo a dizer que não eramos uma "Colectividade de Abril".

Mas se há algo que a Sociedade Cultural de Artes e Letras de Almada sempre foi, foi uma "Colectividade de Abril". Nunca sentimos qualquer pressão interna, para fazer isto ou aquilo, que fosse contra ou a favor dos poderes instituídos. Se existiram pressões, foram externas, por gente que tinha dificuldade em "separar as águas".

Foi sempre um grande orgulho da SCALA, poder dizer, sem qualquer reserva, que a nossa política era a Cultura.

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


quarta-feira, março 08, 2023

A Festa das Artes da SCALA continua a ser um Bom Exemplo Associativo


Num dos momentos mais complicados do Movimento Associativo Almadense (e nacional...), a Festa das Artes da SCALA é um dos bons exemplos, de que a sua continuidade, já a caminho dos trinta anos de vida, faz todo sentido.

Através da participação dos nossos associados na exposição anual, que continua patente na Oficina de Cultura, reparámos que em apenas meia-dúzia de anos houve vinte artistas que desapareceram do folheto. Mas em contrapartida, surgiram vinte cinco novos, sem que se perdesse qualidade.

A diversidade continua a ser a aposta da SCALA, sem qualquer tipo de selecção. Felizmente os melhores continuam a fazer esquecer os piores, oferecendo um equilíbrio artístico digno de registo.

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


sexta-feira, fevereiro 10, 2023

sábado, janeiro 14, 2023

A Festa das Artes da SCALA (sempre quis ser isso mesmo, uma Festa)


Ao longo da sua história de quase três décadas de exposições na Oficina de Cultura, a "Festa das Artes da SCALA" (que começou por ser apenas a "Exposição Anual" da Sociedade, até Luís Milheiro sugerir que passasse a ser uma "Festa"...) quis ser um espaço aberto e inclusivo, onde existisse espaço para todas e para todos os amantes das Artes. 

Claro que esta "inclusão" teve alguns abusos ao longo dos anos, com a mostra de várias obras de qualidade duvidosa, que chegaram a provocar várias reações menos positivas. Alguns sócios achavam mesmo que devia haver uma "selecção". Algo que nunca foi bem acolhido pelos responsáveis da exposição (e ainda bem), porque isso iria retirar o espírito festivo do evento e a tal possibilidade de todos os que quisessem, participassem na "Festa". 

Houve mesmo quem deixasse de expor, por achar que os seus trabalhos mereciam "melhor companhia" e acabasse posteriormente por sair da SCALA. Como a nossa Associação nunca foi elitista, não sentiu a falta destes artistas, quase "maiores que o mundo".

Não queremos com isto dizer que alguns sócios não devessem ter um sentido autocrítico mais apurado, percebendo que algumas das obras que criam passam um bocado ao lado da Arte. Mas deverão ser sempre eles a perceber que as suas obras, "estão a mais", no contexto artístico da SCALA e não a organização da exposição.

Estas palavras devem-se ao facto de no próximo mês realizar-se aquela que é já a 28. ª "Festa das Artes da SCALA, com  a inauguração programada para 25 de Fevereiro. 

(Fotografia de Luís Eme - Almada)