Meados de 90, por aí, era um rapaz com os meus quinze, dezesseis anos, descobri essa revista nas bancas da cidade, dei uma, duas folheadas, comprei, uma, duas, três leituras e AFE!, me viciei. Viciei de tal forma que depois passava, por vezes, uma tarde inteira procurando mais um número em Fnacs, livrarias, nas mais recônditas e inóspitas banquinhas de revistas, e quando achava, qual viciado em drogas, me refugiava no meu canto, sôfrego, ávido, lia, lia, Oh!, já terminou?!... Que desalento.
Laerte,
Angeli,
Glauco,
Gê me maravilhavam com suas sarcásticas histórias, repletas de um humor cínico, meio non sense, meio avant-garde, meio incrivelmente lúcido e ao mesmo tempo de uma temporalidade bruta, ao mesmo tempo fora do tempo, como que demais para a época, afinal "o verdadeiro gênio tem o relógio adiantado em relação à plateia".
Impossível esquecer personagens como
Rê Bordosa,
Bob Cuspe,
Rhalah Rikota,
Walter Ego,
Mara Tara, os
Skrotinhos,
Meia Oito,
Wood & Stock...
Chiclete com Banana para mim era o máximo. Ainda é. Por isso, e porque acredito que não serei o único ser salivante à mínima menção que escuta da revista, começarei uma série de postagens com algumas histórias da mesma. Disfrutem.
Começo com
Rê Bordosa, da revista número um de
Chiclete com Banana...
E com o que os autores pensam logo de caras, no início da revista...
ADORO!
E tem mais... Podem assistir o filme Wood & Stock-Sexo, Orégano e Rock and Roll, baseado nas personagens de
Angeli.
See you!