TRABALHO DE FISCALIDADE - Vs2final

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INSTITUTO SUPERIO POLITÉCNICO SOL NASCENTE

DEPANTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS


CURSO DE ECONOMIA

TRABALHO EM GRUPO DE FISCALIDADE

TEMA: O IMPOSTO INDUSTRIAL

3º ANO
AUTORES:
ALBERTO LUCAMBA
CELINA CAMBOLO
CUSTÓDIO CAQUINTA
FREDERICO MUACHICANGA
GUILHERME NDALA
INÊS CIRILO
ISIDOURA CAPOCO
SEVERINA CHINGANDO
XANDANDA EDUARDO

HUAMBO, 2024
RESUMO

A tributação, originada do termo latino "tributum", remonta às primeiras civilizações


como a Mesopotâmia, evoluindo para atender às necessidades dos Estados em
desenvolvimento. Na Grécia e Roma antigas, a administração tributária tornou-se
mais burocrática e sistemática, influenciando sistemas fiscais modernos. Eventos
históricos, como a Revolução Francesa e a Revolução Industrial, moldaram a
estrutura tributária contemporânea, enfatizando a justiça social e a formalização dos
processos administrativos. Os tributos são essenciais para financiar direitos básicos
como saúde, educação e infraestrutura, além de reduzir desigualdades sociais. Em
Angola, país com desafios significativos de desenvolvimento, o sistema tributário, que
inclui impostos como o Imposto Industrial e o Imposto sobre o Valor Acrescentado
(IVA), é crucial para arrecadar receitas e promover a redistribuição de renda. O
Imposto Industrial aplica-se a todas as empresas envolvidas na produção, importação e
distribuição de bens em Angola, incidindo sobre os lucros obtidos. A taxa normal é de 25%,
variando para setores específicos como bancário, seguros, telecomunicações e petróleo. O
cálculo do imposto industrial baseia-se no lucro líquido da empresa. A taxa de 25% aplica-se
aos lucros obtidos após a dedução de despesas e custos operacionais. As empresas devem
apresentar declarações fiscais anuais conforme o regime de tributação aplicável.

PALAVRAS CHAVES: Tributação; História dos Tributos; Desenvolvimento de


Estados: Sistemas Fiscais Modernos; Impostos; Redistribuição de Renda; Legislação
Tributária.
ABSTRACT

Taxation, originating from the Latin term "tributum," dates back to early civilizations
such as Mesopotamia, evolving to meet the needs of developing states. In ancient
Greece and Rome, tax administration became more bureaucratic and systematic,
influencing modern fiscal systems. Historical events such as the French Revolution
and the Industrial Revolution shaped contemporary tax structures, emphasizing social
justice and the formalization of administrative processes. Taxes are essential for
funding basic rights such as health, education, and infrastructure, as well as for
reducing social inequalities. In Angola, a country with significant development
challenges, the tax system, which includes taxes such as Industrial Tax and Value
Added Tax (VAT), is crucial for revenue collection and income redistribution. The
Industrial Tax applies to all companies involved in the production, import, and
distribution of goods in Angola, levied on profits earned. The standard rate is 25%,
varying for specific sectors such as banking, insurance, telecommunications, and oil.
The calculation of the Industrial Tax is based on the company's net profit. The 25%
rate applies to profits obtained after the deduction of expenses and operational costs.
Companies must submit annual tax returns according to the applicable tax regime.

KEYWORDS: Taxation; History of Taxes; State Development; Modern Fiscal


Systems; Taxes; Income Redistribution; Tax Legislation.
Índice
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 5
OBJECTIVOS ....................................................................................................................... 6
METODOLOGIA ................................................................................................................... 6
CAPÍTULO I .......................................................................................................................... 8
1 ORIGEM DA TRIBUTAÇÃO........................................................................................... 8
1.1 Evolução da Tributação .......................................................................................... 8
1.2 Tributação na Democracia e Império Romano ........................................................ 8
1.3 A Revolução Francesa e a Tributação .................................................................... 9
1.4 A Revolução Industrial e a Formalização da Tributação ......................................... 9
1.5 Função Social do Tributo ........................................................................................ 9
2 IMPOSTOS .................................................................................................................... 9
2.1 Sujeitos Da Obrigação Fiscal ................................................................................ 11
2.2 Sistemas De Tributação ........................................................................................ 11
2.3 Sistema Tributário Regressivo E Progressivo ....................................................... 12
2.4 Impostos Directos E Indirectos ............................................................................. 12
3 SISTEMA TRIBUTÁRIO ANGOLANO.......................................................................... 13
4 IMPOSTO INDUSTRIAL (II) ......................................................................................... 13
4.1 Alteração do Código de Imposto Industrial ............................................................ 14
4.2 Regulamentações Do Imposto Industrial............................................................... 15
4.2.1 Quem deve pagar o Imposto Industrial em Angola?....................................... 15
4.2.2 Regimes De Tributação Do Imposto Industrial ............................................... 17
4.2.3 Isenções ........................................................................................................ 18
4.2.4 Taxas ............................................................................................................. 18
4.2.5 Prazo Para Liquidação E Pagamento ............................................................ 18
4.2.6 Obrigações Declarativas ................................................................................ 19
4.2.7 Cessação De Actividade ................................................................................ 19
4.2.8 Obrigações Acessórias .................................................................................. 20
5 ALTERAÇÕES DO II PELA IMPLEMENTAÇÃO DO IVA ............................................. 20
CAPÍTULO II ....................................................................................................................... 21
1. CÁLCULO DO IMPOSTO INDUSTRIAL ...................................................................... 21
CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 23
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................... 24
INTRODUÇÃO

O sistema tributário angolano sofreu, ao longo dos anos, transformações introduzidas


por modificações fiscais que com maior ou menor êxito, foram contribuindo para o seu
atual formato. Com a nova reforma tributária entrando em vigor com o novo Código
do Imposto Industrial.A principal novidade é a redução da taxa geral de tributação de
30% para 25% para a generalidade das empresas. Na verdade, para alguns sectores,
a taxa nominal caiu de 15% para 10% (atividades agrícolas, pecuárias,
piscatórias,silvícolas entre outras). Uma nota também para as empresas petrolíferas
em que a taxa desceu de 50%/65.75% para 35%. Gomes & Martins (2014) afirmam
que as questões da equidade, da eficiência e da complexidade do sistema fiscal
constituem aspetos sempre presentes em todas épocas e em todos países,
constituindo temas de debate diário sobre o sistema fiscal, que fazem parte da vida
social das pessoas singulares e colectivas independentemente da natureza e
finalidade das entidades, o que exige o cumprimento de princípios, normas e um
volume de regras para determinação dos resultados fiscais.

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OBJECTIVOS

Objectivo Geral:

Analisar e compreender o Imposto Industrial (II) em Angola, incluindo sua


incidência, base de cálculo, alíquotas, liquidação e pagamento, obrigações
acessórias e legislação aplicável.

Objectivos Específicos:

Definir o Imposto Industrial e sua relevância no sistema fiscal angolano.


Identificar os sujeitos passivos do Imposto Industrial e suas características.

METODOLOGIA

• Tipo de Pesquisa: A pesquisa foi conduzida com o objetivo de descrever


detalhadamente o sistema tributário angolano, com ênfase particular no
Imposto Industrial. Este tipo de pesquisa é descritiva, pois visa fornecer uma
compreensão abrangente dos aspectos legais, administrativos e econômicos
que caracterizam a tributação em Angola. A análise inclui uma avaliação
histórica e contemporânea do sistema tributário, elucidando como o Imposto
Industrial é aplicado e quais são suas implicações para as empresas operando
no país.
• Abordagem: A abordagem adotada para esta pesquisa é qualitativa,
permitindo uma exploração aprofundada e contextualizada dos fenômenos
estudados. A pesquisa qualitativa é apropriada para este estudo porque
permite uma compreensão mais rica e detalhada das nuances do sistema
tributário angolano, bem como das percepções e interpretações dos
especialistas na área. Através desta abordagem, é possível captar as
complexidades e dinâmicas do sistema tributário e suas interações com o
desenvolvimento econômico e social de Angola.
• Fontes Primárias de informação:
❖ Artigos Científicos: Estudos acadêmicos e publicações em revistas
científicas foram consultados para obter insights teóricos e empíricos sobre o

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sistema tributário angolano e o Imposto Industrial. Estes artigos fornecem uma
base sólida de conhecimento, permitindo uma análise crítica e informada.
❖ Livros de Autores Reconhecidos na Área de Fiscalidade: Livros escritos
por especialistas em fiscalidade forneceram uma visão aprofundada sobre as
práticas tributárias, teorias fiscais e a evolução dos sistemas tributários em
contextos semelhantes. Estes textos são fundamentais para entender os
princípios e as práticas que influenciam o sistema tributário em Angola.
❖ Lislações Complementares: Leis e regulamentos vigentes foram analisados
para entender as especificidades do Imposto Industrial e outras obrigações
fiscais em Angola. A análise dessas legislações permitiu uma compreensão
precisa das mudanças recentes e suas implicações para os contribuintes .

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CAPÍTULO I

1 ORIGEM DA TRIBUTAÇÃO

O termo "tributo" vem do latim "tributum", que significa "repartir entre as tribos". A
prática de cobrar impostos começou com o início das civilizações e está ligada ao
surgimento do Estado. Os primeiros registros de impostos datam de 4.000 A.C. na
Mesopotâmia, onde parte da colheita era destinada ao governo (“Tributos: origem e
evolução”).

1.1 Evolução da Tributação

À medida que a sociedade evoluiu, os tributos também se tornaram mais complexos.


Com o crescimento das estruturas sociais, o Estado precisou arrecadar mais recursos
para garantir segurança e atender às necessidades básicas da população. Assim, a
diversidade e a quantidade de tributos aumentaram com o progresso e a
diversificação das atividades sociais (“Um breve contexto histórico da tributação”).

1.2 Tributação na Democracia e Império Romano

A partir do surgimento da democracia nas cidades de Atenas e Roma, a tributação


tornou-se mais burocrática. A administração estatal dos tributos teve origem na Grécia
no século VII A.C. O Império Romano aperfeiçoou a cobrança de impostos,
especialmente de estrangeiros, controlando várias regiões. Os romanos
estabeleceram a cobrança proporcional e sistemática dos tributos, influenciando
muitos sistemas fiscais modernos. Em Roma, os impostos eram cobrados sobre a
importação (portorium) e o consumo (macelum). Durante a Idade Média, com a
divisão do Império Romano em feudos, a tributação se dava por parte da colheita dos
servos, devido à escassez de moeda. Servos que não pagassem tributos enfrentavam

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severas consequências, incluindo a morte. (“Um breve contexto histórico da
tributação”)

1.3 A Revolução Francesa e a Tributação

A Revolução Francesa de 1789 foi um momento crucial para a história da tributação


e da civilização em geral. O movimento, com o lema "Liberdade, Igualdade e
Fraternidade", começou em resposta às taxas abusivas impostas pelo Estado. Luís
XVI, rei da França na época, exacerbou a situação com sua famosa declaração: "O
Estado Sou Eu", evidenciando seu nepotismo e desconsideração pela população.

A Revolução Francesa marcou o início da Idade Contemporânea e resultou na criação


de documentos fundamentais para os Direitos Humanos, como a Declaração dos
Direitos do Homem e do Cidadão (1789) e a Declaração da Mulher e da Cidadã (1791)

1.4 A Revolução Industrial e a Formalização da Tributação

A Revolução Industrial foi fundamental para a formalização das obrigações tributárias,


tornando os processos administrativos mais elaborados. Até hoje, os tributos visam
garantir direitos trabalhistas e arrecadar fundos para a seguridade social.

1.5 Função Social do Tributo

Os tributos são essenciais para o funcionamento da sociedade, pois, por meio da


captação e distribuição desses recursos, são garantidos direitos básicos como saúde,
educação, moradia, saneamento, meio ambiente, energia, transporte e previdência.
Isso ajuda a nivelar as desigualdades sociais entre as classes económicas
(“TRIBUTAÇÃO”)

2 IMPOSTOS

A formação do modelo tributário é feita através de intuições públicas que têm como
função organizar e atender os anseios da população, e o Estado é fundamental para
essa formação, pois é responsável pela obtenção de meios financeiros, pela
estabelecimento de um sistema jurídico e pela influência na atuação das demais
instituições produtivas (Mello e Buffon 2024)

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Por soberania fiscal, entende-se o poder de criar impostos, de extingui-los, de
alargar ou restringir o seu âmbito, de estabelecer proibições de natureza fiscal.
(Jeremias 2017, pag. 11)

O poder de Tributar, sob a perspectiva de um Estado Democrático de Direito, deve


ser concebido de maneira que respeitando os direitos e garantias fundamentais dos
seus cidadãos, propicie a justiça social e alcance o objetivo constitucional de uma
vida digna para todos (Jeremias 2017, pag. 13)

Casalta Nabais destaca que o pagamento de impostos é essencial para o exercício


dos direitos fundamentais na vida social. O pagamento de impostos é um dever
fundamental, cujo cumprimento é obrigatório e limitado pela lei. Nabais observa que
o Estado democrático de Direito tem como base a dignidade da pessoa humana
(Mello e Buffon 2024). Para sustentar suas funções, o Estado depende principalmente
dos impostos. Sem impostos e contribuintes, nenhum Estado pode se constituir, seja
ele um Estado de Direito ou um Estado Socia.

Concernentes as atribuições do estado, Fonseca (2009, pag.3) revela que, “em


qualquer Estado moderno, a finalidade primeiramente enunciada para os
impostos é a obtenção de meios destinados à satisfação das necessidades
financeiras e de outras entidades públicas”os impostos são também muito
importantes na prossecução de outras finalidades.” Finalidades que podem servir
para custear a educação, saúde, os gastos de segurança, transporte, cultura e não
só, mas também pagamentos de salários de funcionários públicos e etc. Este recurso
arrecadado também é usado para investimentos em obras públicas como hospitais,
porto e universidades. O papel dos tributos vai além de financiar, pois é a fonte para
a promoção de melhoria da qualidade de vida dos cidadãos (Biunda 2018, pag. 14)

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2.1 Sujeitos Da Obrigação Fiscal

A obrigação fiscal envolve dois sujeitos essenciais: o sujeito ativo e o sujeito


passivo.
o O sujeito ativo é o credor da obrigação tributária. Ele é responsável por
cobrar o tributo, fiscalizar, constituir o crédito tributário por meio do
lançamento e inscrever em dívida ativa.Em outras palavras, o sujeito ativo
é a pessoa jurídica de direito público que tem a competência para exigir o
cumprimento da obrigação tributária
o O sujeito passivo é o devedor da obrigação tributária. Ele é quem deve
pagar o tributo ou a penalidade pecuniária.

Existem duas categorias de sujeito passivo, de acordo a (Manuel 2022):


• Contribuinte ou sujeito de facto: Tem relação direta com a situação que
constitui o fato gerador do tributo.
• Responsável ou sujeito de Direito: Sua obrigação decorre de disposição
expressa de lei, mesmo sem ser o contribuinte direto

2.2 Sistemas De Tributação

Tradicionalmente, existem dois sistemas de tributação do rendimento:

Sistema Cedular: Nesse sistema, cada parcela de rendimento, consumo


ou patrimônio tem um código de imposto específico. Em Angola, isso inclui
o Imposto sobre o Rendimento do Trabalho (IRT), Imposto Industrial (II),
Imposto de Aplicação de Capitais (IAC), Imposto Predial (IP) para renda,
Imposto sobre o Patrimônio (IP) para propriedade e transmissão, Imposto
sobre Veículos Motorizados (IVM), entre outros.
Sistema Único de Tributação: Esse sistema tributa os lucros de empresas
e pessoas singulares em um único imposto, independentemente da origem.
Em Angola pretende-se implementar esse sistema com base no novo
Código de IP, resultante da reforma de 2020 (AGT).

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2.3 Sistema Tributário Regressivo E Progressivo

A aplicação do sistema tributário de um país é essencial para o seu desenvolvimento,


sabendo que o mesmo é composto por um conjunto de impostos, taxas e
contribuições, meio pelo qual o Estado obtém recursos para cumprir suas funções:
como satisfazer as necessidades da população e a oferta de bens públicos de
qualidade (Biunda 2018, pag.15). Segundo Vasconcelos (2002, pag.13), “a principal
função de qualquer sistema de tributação é, portanto, proporcionar o nível de receitas
adequado para financiar os serviços públicos prestados ou colocados à disposição da
população.”

Um imposto é progressivo quando os contribuintes com altas rendas pagam uma


fração maior de sua renda do que os contribuintes com rendas menores, ou seja,
quem ganha mais, paga mais imposto e vice-versa (Jeremias 2017)

O imposto regressivo é o tributo que se torna menor com o passar do tempo. Para
Sobreira (2008) “impostos regressivos são aqueles em que a alíquota diminui à
proporção da renda do contribuinte, ou seja diminui-a tributação do seu valor em
proporção á sua renda”.

2.4 Impostos Directos E Indirectos

Segundo Davi et al. (2011, p. 66). “Os impostos directos são aqueles incidentes
sobre a renda e o patrimônio e que podem assumir um caráter progressivo, uma vez
que, em tese, não são passíveis de transferência para terceiros”. Os impostos
directos são aqueles que incidem sobre o próprio contribuinte, ou seja, diretamente
sobre a renda de pessoas físicas ou jurídicas.

Ao contrário do direto, o imposto indirecto é aquele que incide sobre o produto,


segundo Nogueira e Souza (2001) são aqueles cobrados de produtores com relação
à produção, venda, compra ou uso de bens e serviços. O imposto indirecto não
considera o que uma pessoa ganha, mas, sim, o quanto ela consome.

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Frequentemente, impostos indiretos são arrecadados em vários estágios do processo
de produção e venda, de forma que seus efeitos sobre os preços pagos pelo
consumidor final na cadeia de transações não são claros.

3 SISTEMA TRIBUTÁRIO ANGOLANO

Angola, como um país subdesenvolvido, enfrenta significativos problemas sociais e


expressiva desigualdade social, incluindo pobreza, má distribuição de renda e baixa
expectativa de vida. Nesse contexto, uma política tributária eficiente é crucial para
gerar receitas públicas e promover uma melhor distribuição de renda.

o sistema tributário é um importante instrumento para a redistribuição de renda. Em


Angola, todas as empresas que exercem atividade no país estão sujeitas ao
pagamento de vários impostos, como o Imposto Industrial (II), Imposto sobre o
Rendimento de Trabalho (IRT), Imposto de Selo (IS) e Imposto Predial Urbano (IPU).
Esses impostos são utilizados para arrecadar receitas públicas que são
posteriormente distribuídas pelo orçamento geral do Estado. A Administração Geral
Tributária (AGT) é o organismo responsável pela execução das políticas fiscais e
aduaneiras, incluindo a arrecadação de impostos.

Entende-se como a garantia dos contribuintes o direito que os contribuintes


possuem em reagir contra actos com os quais não concordem ou lesivos de seus
direitos. Algumas das garantias encontradas no n.º 1 do artigo 23.º do Código Geral
Tributário são:
▪ O não pagamento do imposto que não foi estabelecido de acordo com a constituição;
▪ A proibição da dupla tributação ;
▪ A confidencialidade dos actos relativos à sua situação tributária.

4 IMPOSTO INDUSTRIAL (II)

Para qualquer empreendedor ou empresa que opere em Angola, é essencial entender


como o Imposto Industrial funciona e quais são as suas implicações no dia a dia do
negócio.

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O Imposto Industrial é uma obrigação fiscal que se aplica a todas as empresas
envolvidas na produção, importação e distribuição de bens em Angola. Assim, o
imposto industrial incide sobre os lucros obtidos pelas empresas que exercem em
Angola durante um determinado período económico.

A taxa normal do imposto industrial é de 25%. Para os rendimentos provenientes de


atividades do sector bancário e de seguros, operadoras de telecomunicações e de
empresas petrolíferas angolanas, aplica-se a taxa única de 35%. Atividades
exclusivamente agrícolas, aquícolas, apícolas, avícolas, piscatórias, silvícolas e
pecuárias, beneficiam de uma taxa única de 10%.

4.1 Alteração do Código de Imposto Industrial


A partir de 1 de janeiro de 2023, a entrada em vigor da Lei n.º 27/22 de 22 de agosto trouxe
alterações significativas ao Código do Imposto Industrial. Uma das mudanças mais notáveis
foi a redução da taxa do imposto industrial aplicável ao Regime Especial de Tributação de
Serviços Acidentais, que passou de 15% para 6,5%.

Essa alteração representa um esforço do governo angolano para tornar o ambiente de


negócios mais favorável, especialmente para empresas e profissionais que prestam serviços
ocasionais ou temporários. A redução da carga tributária sobre esses serviços visa incentivar
o crescimento económico, atraindo mais investidores e estimulando a atividade econômica
em setores onde os serviços acidentais são frequentes.

O Regime Especial de Tributação de Serviços Acidentais se aplica a situações onde


empresas ou indivíduos prestam serviços de maneira esporádica, sem que esses serviços
constituam a principal atividade da empresa ou profissional. A redução da taxa para 6,5%
pode ser vista como uma medida para simplificar a conformidade fiscal e reduzir os custos
operacionais para esses prestadores de serviços, aumentando a sua competitividade e
incentivando a formalização de suas atividades.

Além de fomentar o crescimento económico, essa medida também pode ter impactos
positivos na arrecadação fiscal a longo prazo, ao aumentar a base de contribuintes e
promover um maior grau de conformidade com a legislação tributária. A mudança também
reflete uma tendência de adaptação das políticas fiscais às necessidades específicas do

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mercado, buscando equilíbrio entre a arrecadação de receitas e o incentivo ao
desenvolvimento económico.

4.2 Regulamentações Do Imposto Industrial

O Imposto Industrial é o imposto que incide sobre os lucros obtidos no exercício de


qualquer actividade de natureza comercial ou industrial, ainda que acidental ( art. 1º
CÓDIGO DO IMPOSTO INDUSTRIAL).

São considerados sempre de natureza comercial ou industrial:

● A actividade de exploração agrícola, aquícola, avícola, silvícola, pecuárias e


piscatórias;
● A actividade de mediação, agência ou de representação na realização de
contratos de qualquer natureza;

O exercício de actividades reguladas pelas entidades de supervisão de seguros e de


jogos, pelo Banco Nacional de Angola e pela Comissão do Mercado de Capitais;

A actividade das sociedades cujo objecto consista na mera gestão de uma carteira de
imóveis, de participações sociais ou outros títulos;

● Actividades das fundações, fundos autónomos, cooperativas e associações de


beneficência;
● Exercício de profissões liberais no formato societário ou associativo.

4.2.1 Quem deve pagar o Imposto Industrial em Angola?


O Imposto Industrial (II) em Angola é cobrado de diversas entidades, tanto pessoas
físicas quanto jurídicas, residentes ou não no país, assim pelo art. 5º do CÓDIGO DO
II , são sujeitos passivos do Imposto Industrial :
1. Pessoas jurídicas com sede ou direcção efectiva em Angola:
• Sociedades comerciais: Isso inclui empresas Limitadas (Lda.), Sociedades
Anônimas (S.A.), Sociedades em Nome Coletivo (SNC) e Sociedades em
Comandita por Ações (S.A.C.).

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• Sociedades civis com ou sem forma comercial: Abrange clubes,
associações, sindicatos e outras entidades civis que realizem atividades
econômicas.
• Cooperativas: Inclui cooperativas de produção, consumo, crédito e outras.
• Fundações: Abrange entidades sem fins lucrativos que possuem patrimônio
próprio e desenvolvem atividades de cunho social, cultural ou científico.
• Associações: Inclui entidades sem fins lucrativos que reúnem pessoas com
interesses em comum.
• Fundos autônomos: Abrange entidades com personalidade jurídica própria
e patrimônio separado, criadas para fins específicos, como gestão de recursos
previdenciários ou fundos de investimento.
• Empresas públicas: Inclui empresas estatais que exercem atividades
econômicas.
• Outras pessoas coletivas de direito público ou privado: Abrange
entidades com personalidade jurídica própria, distintas do Estado, que
exercem atividades econômicas.

2. Entidades sem personalidade jurídica:


• Entidades com sede ou direção efetiva em Angola: Abrange grupos de
pessoas que exercem atividades econômicas sem constituição formal de
empresa, como sociedades em comum nome ou consórcios.
• Rendimentos não tributáveis em Imposto Industrial: Inclui rendimentos
provenientes de aplicações financeiras, doações, heranças e outros.
3. Pessoas jurídicas não residentes em Angola:
• Empresas estrangeiras que obtenham rendimentos no país: Abrange
empresas que exercem atividades em Angola, mesmo sem sede ou direção
efetiva no país.
4. Outras situações:
• Heranças jacentes: Abrange bens de pessoas falecidas sem herdeiros
conhecidos ou testamento válido.
• Pessoas colectivas com invalidade declarada: Abrange entidades que
tiveram sua personalidade jurídica cassada por decisão judicial.

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• Associações e sociedades civis sem personalidade jurídica: Abrange
grupos de pessoas que exercem atividades econômicas sem constituição
formal de empresa, anteriormente ao registro definitivo.
• Sociedades comerciais ou civis sob forma comercial: Abrange empresas
que ainda não realizaram o registro definitivo na Junta Comercial.

4.2.2 Regimes De Tributação Do Imposto Industrial


Em Angola, o Imposto Industrial (II) é tributado sob dois regimes principais: Regime
Geral e Regime Simplificado (Manuel 2022, 908). Cada regime possui
características e requisitos específicos, adequados a diferentes tipos de empresas.
1. Regime Geral:
• Aplica-se a:
o Empresas com volume de negócios anual superior a 500 milhões de
kwanzas.
o Empresas que optarem voluntariamente pelo regime.
• Características:
o A base de cálculo do imposto é o lucro líquido da empresa, apurado
de acordo com as normas contábeis e fiscais.
o A alíquota do imposto é de 25% sobre o lucro líquido.
o As empresas são obrigadas a manter escrituração contábil completa e
a apresentar diversos documentos fiscais, como a Declaração de
Rendimentos e a Declaração de Imposto Industrial.
2. Regime Simplificado:
• Aplica-se a:
o Empresas com volume de negócios anual igual ou inferior a 500
milhões de kwanzas.
o Microempresas e pequenas empresas que se enquadrem nos
requisitos específicos.
• Características:
o A base de cálculo do imposto é a receita bruta da empresa, com
dedução de algumas despesas permitidas.
o A alíquota do imposto varia de 5% a 10%, de acordo com o tipo de
atividade da empresa.

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o As empresas são obrigadas a manter escrituração contábil simplificada
e a apresentar um único documento fiscal anual, a Declaração
Simplificada de Rendimentos e Imposto Industrial.

4.2.3 Isenções

Segundo a AGT,estão isentas do Imposto Industrial as companhias de navegação


marítima ou aéreas se, no país de nacionalidade, as companhias angolanas de igual
objecto social gozarem da mesma prerrogativa.

4.2.4 Taxas

A taxa geral do Imposto Industrial é de 25% (vinte cinco por cento).

Para os rendimentos provenientes de actividades exclusivamente agrícolas,


aquícolas, apícolas, avícolas, piscatórias, silvícolas e pecuárias, a taxa única é de
10% (dez por cento).

Para os rendimentos provenientes de actividades do sector bancário e de seguros,


operadoras de telecomunicações e de empresas petrolíferas angolanas, aplica-se a
taxa única de 35% (trina e cinco por cento).

4.2.5 Prazo Para Liquidação E Pagamento

1. Liquidação e Pagamento Provisório sobre Vendas

Os contribuintes do Regime Geral devem proceder à autoliquidação provisória e


pagamento do II, mediante a aplicação de uma taxa de 2% (dois por cento), sobre o
volume total das vendas dos primeiros seis meses do exercício, devendo ser feito até
ao último dia útil do mês de Agosto.

2. Liquidação e Pagamento Definitivo

● Regime Geral de Tributação: Até ao último dia útil do mês de Maio de cada
ano;
● Regime Simplificado de Tributação: Até ao último dia útil do mês de Abril de
cada ano.

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4.2.6 Obrigações Declarativas

1. Regime Simplificado

Os contribuintes sujeitos ao Regime Simplificado de Tributação devem apresentar,


anualmente, até ao último dia do mês de Abril, o Modelo de Declaração Simplificada
ou o livro de registo de compra e venda e serviços prestados, podendo, a obrigação,
ser cumprida na Repartição Fiscal de domicílio ou por via da submissão electrónica,
nos termos regulamentares.

Os contribuintes do Regime Simplificado de Tributação que submetem


electronicamente as suas declarações fiscais passam a deduzir 10% (dez por cento)
das suas despesas administrativas relacionadas com a aquisição de aplicativo
informático, respectivas licenças e contratação de contabilista.

2. Regime Geral

Os contribuintes do Regime Geral de Tributação submetem, electronicamente, nos


termos regulamentares, ou apresentam anualmente, até ao último dia útil do mês de
Maio, na Repartição Fiscal de Domicílio, a Declaração Modelo 1 em duplicado.

A Declaração Modelo 1 deve ser entregue, obrigatoriamente, sob pena da sua não
recepção pela Repartição Fiscal, acompanhada da Demonstração de Resultados por
Natureza, Demonstração de Fluxo de Caixa, Balanço, Balancete Razão e Balancete
Geral Analítico, antes e depois dos lançamentos de rectificação ou regularização e de
apuramento dos resultados do exercício e respectivos anexos, devidamente
assinados pelo contabilista responsável pela sua elaboração.

4.2.7 Cessação De Actividade

1. Regime Geral

Os contribuintes do Regime Geral de Tributação devem apresentar, em triplicado, no


prazo de 60 (sessenta) dias a contar da cessação da sua actividade, a Declaração
Modelo 1, entendendo-se que a cessação se verifica na data do encerramento das
contas ou, tratando-se de sociedades regularmente constituída com sede ou direcção
efectiva no país, na data da aprovação das contas do liquidatário ou administrador.

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2. Regime Simplificado

No caso de cessação total do exercício da actividade, devem os contribuintes sujeitos


ao regime simplificado de Tributação apresentar, no prazo de 30 (trinta) dias, a
Modelo de Declaração Simplificada ou o Livro de Registo de Compra e Venda e
Serviços Prestados.

4.2.8 Obrigações Acessórias

São obrigações acessórias dos contribuintes:

● Conservação da escrita por um período de cinco anos;


● Documentação de todos proveitos ou ganhos e os custos ou perdas.

5 ALTERAÇÕES DO II PELA IMPLEMENTAÇÃO DO IVA

A implementação do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) em Angola em 2019


causou alterações significativas no Código do Imposto Industrial (II)
As principais mudanças no II decorrentes do IVA foram:
1. Base de Cálculo do II:
• Antes do IVA, a base de cálculo do II era o lucro líquido da empresa,
apurado de acordo com as normas contábeis e fiscais.
• Com o IVA, a base de cálculo do II passou a ser o lucro líquido ajustado,
que é o lucro líquido acrescido do valor do IVA pago nas compras de bens e
serviços.
2. Dedução do Crédito do IVA:
• As empresas podem deduzir do II o crédito do IVA pago nas compras de
bens e serviços utilizados na sua atividade.
• Essa dedução permite às empresas reduzir o valor do II a pagar,
compensando o IVA pago na cadeia de produção.
3. Alíquotas do IVA:
• O IVA possui diferentes alíquotas, aplicadas de acordo com o tipo de bem
ou serviço.
• As alíquotas mais comuns são 17% (geral) e 7% (bens e serviços essenciais).

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• A alíquota do IVA incidente nas compras de bens e serviços influencia
diretamente o valor do crédito do IVA que a empresa pode deduzir do II.

CAPÍTULO II

1. CÁLCULO DO IMPOSTO INDUSTRIAL

A fórmula para calcular o imposto industrial é bastante simples, pois, está baseada
no lucro líquido da empresa: Lucro = Proveitos - Custos.

Se os proveitos forem maiores que os custos, a empresa tem obrigatoriamente de


pagar imposto industrial. Por outro lado, se os custos forem superiores aos
proveitos, não há lugar a nenhum tipo de pagamento à Administração Geral
tributária (AGT). Assim, a taxa de 25% do imposto industrial apenas se aplica aos
lucros obtidos, após a dedução de despesas e custos operacionais.

Por exemplo, se em 2023 a empresa tiver um proveito de 500 mil kwanzas e os


custos somarem 175 mil kwanzas, o imposto industrial de 25% vai incidir sobre os
lucros efetivamente obtidos (325 mil kwanzas). Assim, o imposto industrial a pagar
à AGT será de 81.250 kwanzas.

500 000 AOA (proveitos) - 175 000 AOA (custos) = 325 000 AOA (lucro)

Imposto Industrial 25% de 325 000 AOA = 81 250 AOA

Como entregar o Imposto Industrial?


Se a empresa estiver sujeita ao Regime Simplificado de Tributação devem
apresentar, anualmente, até ao último dia do mês de Abril, o Modelo de
Declaração Simplificada ou o livro de registo de compra e venda e serviços
prestados, na repartição fiscal de domicílio ou por submissão eletrónica.

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Por outro lado, empresas enquadradas no Regime Geral de Tributação, devem
entregar a Declaração Modelo 1 em duplicado, até ao último dia útil do mês de
Maio, na Repartição Fiscal de Domicílio ou de forma eletrónica.

A Declaração Modelo 1 deve ser acompanhada da Demonstração de Resultados


por Natureza, Demonstração de Fluxo de Caixa, Balanço, Balancete Razão e
Balancete Geral Analítico, antes e depois dos lançamentos de retificação ou
regularização e de apuramento dos resultados do exercício e respetivos anexos,
devidamente assinados pelo contabilista responsável pela sua elaboração

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CONCLUSÃO

A evolução da tributação desde as primeiras civilizações até os dias atuais demonstra


sua importância fundamental na sustentação dos Estados e na promoção do bem-
estar social. A história revela como os sistemas fiscais se tornaram mais complexos
e sofisticados, sempre com o objetivo de melhor atender às necessidades públicas e
promover a justiça social. Em particular, o sistema tributário de Angola destaca-se
pela sua função crucial na arrecadação de receitas e redistribuição de renda,
elementos essenciais para enfrentar os desafios de desenvolvimento do país. A
legislação tributária angolana, ao definir claramente as obrigações fiscais, os regimes
de tributação, as isenções e as obrigações acessórias, sublinha o papel indispensável
da tributação na construção de um Estado eficiente e capaz de garantir direitos
fundamentais a todos os seus cidadãos. Assim, a tributação não apenas financia
serviços públicos essenciais, mas também contribui para a redução das
desigualdades sociais e o fortalecimento do Estado.

O Imposto Industrial é um tributo importante na estrutura fiscal de Angola,


contribuindo para a arrecadação de receitas para o Estado e o financiamento de
políticas públicas. As empresas que exercem atividades comerciais, industriais ou
equiparadas devem estar atentas à legislação do II e cumprir as suas obrigações
fiscais. O Imposto Industrial (II) em Angola é um tributo incidente sobre os lucros
obtidos por pessoas singulares e jurídicas no exercício de atividades comerciais,
industriais ou equiparadas, ainda que ocasionais.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

-Biunda, Emanuel A. 2018. “ANÁLISE SOBRE A ARRECADAÇÃO


TRIBUTÁRIA EM ANGOLA, POR NATUREZA econóMICA, NO PERÍODO DE
2007-2017.”
http://repositorio.unesc.net/bitstream/1/6369/1/EMANUEL%20AGOSTINHO%
20BIUNDA..pdf.

-Jeremias, Carla M. 2017. “DIREITO FISCAL: A DUPLA TRIBUTAÇÃO EM


ANGOLA.” https://core.ac.uk/download/pdf/132620563.pdf.

-Manuel, Nelson T. 2022. “A REFORMA FISCAL E TRIBUTÁRIA EM ANGOLA:


SUA IMPORTÂNCIA NA DIVERSIFICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA
econóMIA ANGOLANA.” https://julaw.ao/wp-
content/uploads/2022/11/041_2022-Nelson-Manuel_-A-Reforma-Tributaria-e-
sua-Importancia-na-Diversificacao-e-Desenvolvimento-da-económia-
Angolana.pdf.

-Mello, Letícia, e Marciano Buffon. 2024. “O dever fundamental de pagar


tributos, em José Casalta Nabais.” Conjur. https://www.conjur.com.br/2024-
mar-11/o-dever-fundamental-de-pagar-tributos-em-jose-casalta-nabais/.

-“TRIBUTAÇÃO.” n.d. Portal Tributário. Accessed Junho 10, 2024.


https://www.portaltributario.com.br/tributario/tributacao.htm.

-“Tributos: origem e evolução.” n.d. Jusbrasil. Acessado Junho 10, 2024.


https://www.jusbrasil.com.br/artigos/tributos-origem-e-evolucao/222353175.

-“Um breve contexto histórico da tributação.” 2022. Migalhas.


https://www.migalhas.com.br/depeso/361496/um-breve-contexto-historico-da-
tributacao.

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