IVA by EMCT
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I
V
A
CURSO: Contabilidade Superior de Gestão
ANO: III
INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO LUSÍADA DE CABINDA
Introdução ................................................................................................................... 1
DESENVOLVIMENTO ................................................................................................. 2
1. IMPOSTO SOBRE VALOR ACRESCENTADO (IVA) ........................................... 2
1.1- DEFINIÇÃO .................................................................................................... 2
1.2- A GENESE DO IVA ........................................................................................ 2
1.3- Principais características do IVA: ................................................................... 5
1.4- ATORES DO IVA ............................................................................................ 6
1.5. Como funciona o IVA? .................................................................................... 8
2. Requisitos do IVA .............................................................................................. 8
2.2. DESVANTAGENS DO IVA ........................................................................... 10
3. Surgimento do IVA em Angola ......................................................................... 11
4. FASES DO IVA ................................................................................................ 12
5. Obrigação Tributário ........................................................................................ 13
6. Fato Gerador e Exigibilidade do IVA ................................................................ 13
7. Sujeitos Passivos do IVA ................................................................................. 15
8. Sujeito Ativo do IVA ......................................................................................... 16
9. Isenções do IVA ............................................................................................... 18
10. O IVA COMO SOLUÇÃO DO SISTEMA FISCAL ANGOLANO .................... 20
CONCLUSÃO............................................................................................................ 23
REFERENCIAS BIBLIOGRAFIAS............................................................................. 24
Introdução
Todos pagamos tributos e eles estão em toda parte. O dever de pagar tributos
especialmente os impostos, tem uma estreita relação com a própria noção de
cidadania sendo a principal forma pela qual o indivíduo é chamado a contribuir para o
financiamento das despesas coletivas. Mas, para que o Estado possa exigir essas
prestações compulsórias dos seus cidadãos, existem regras que precisam ser
observadas ao conjunto das normas destinadas a regular a instituição, a cobrança, a
arrecadação e a partilha de tributos que dá-se o nome de “Sistema Tributário
Nacional”, abrangendo disposições constitucionais, leis, decretos, instruções
normativas, etc.
Nem o que consta no nível constitucional nem o que está abaixo dele estão imunes à
mudança, dando assim lugar a reforma tributária que destaca-se com o progresso na
interação sobre as mais diversas situações jurídicas dos contribuintes, sendo
entendida como uma mudança nas regras do sistema tributário com o objectivo de
simplicar os processos, criar novos tributos ou extinguir tributos já existentes ou parte
deles. Tendo ainda o potencial de afetar tanto a arrecadação de impostos sobre
pessoas físicas quanto das empresas.
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DESENVOLVIMENTO
A taxa de zero por cento aplica-se aos chamados serviços isentos de IVA, como é o
caso de serviços médicos, os serviços prestados por creches, associações sem fins
lucrativos, entre outros.
Sendo um imposto financiado pelo consumidor final, é designado por imposto indireto,
isto é, o fisco não o aufere diretamente do contribuinte.
1.1- DEFINIÇÃO
O Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA): é definido como um tributo indireto que
incide sobre o consumo de bens e serviços, sendo aplicado em cada etapa da cadeia
de produção e distribuição, mas o seu custo é suportado pelo consumidor final.
De acordo com James e Nobes (2010), "o IVA é um imposto amplamente adotado em
economias modernas, estruturado para tributar o consumo, mas com um sistema de
créditos fiscais que evita a dupla tributação".
Já ( Carvalho 2015) "O IVA é uma das principais fontes de receita do Estado e tem um
funcionamento baseado na tributação em cascata, com dedução do imposto já pago
em fases anteriores, até à sua liquidação final pelo consumidor.
O estudo do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) exige uma análise de sua
evolução, sua história, com especial atenção à literatura jurídica tributária francesa,
eis que foi nesse país que o imposto nasceu e progressivamente se desenvolveu
adquirindo os traços que conhecemos atualmente.
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Para conhecer o seu mecanismo precisamos pesquisar suas origens, para saber
como e por que atingiu o desenvolvimento que tem hoje, adotado não só na União
Européia mas em vários outros países europeus, sul-americanos e asiáticos, em
primeiro lugar é importante observar que o mecanismo de deduções, que constitui o
princípio de base do imposto, ainda que adotado pela legislação de 1948, não foi
invenção francesa.
A doutrina francesa, em geral, quando analisa as origens do IVA, situa o início das
imposições sobre o volume dos negócios na França em 1917, com a instituição da
“taxa sobre os pagamentos”, imposto geral sobre as despesas e do qual, após certo
número de reformas, o resultado foi o IVA, com sua técnica e seus mecanismos, o
princípio da dedução aparece então como uma conseqüência natural da evolução do
imposto.
O IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado) foi pensado, por volta de 1918, por
Wilhelm Von Siemens, um empresário alemão, que propôs a substituição do imposto
sobre as Vendas/negócios, em vigor na altura na Alemanha, por um imposto com as
características do IVA. Para além deste alemão, também nos Estados Unidos, por
volta de 1921, Thomas S. Adams, entendia que o IVA era uma melhor versão do
imposto sobre o rendimento das empresas.
Atendendo ao tremendo sucesso que foi a introdução do IVA nas colónias da Costa
do Marfim, e depois no Senegal, as autoridades francesas decidiram implementar o
IVA em território francês continental mas não de forma generalizada. O IVA para todos,
em França, só ocorreu em 1968 mas ntes disso, em 1967, a Dinamarca tornou-se no
1.º país a implementar o IVA para todos os sectores.
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alguns casos de uma aplicação dessas teorias no direito positivo da Grécia, da Turquia
e da Argentina. Descartando entretanto, a possibilidade de uma influência maior
dessas legislações na formulação do projeto francês.
Até por volta de 1965 o IVA não era um sucesso, uma vez que a maior parte dos
países da OCDE tinham o imposto sobre as vendas. Cerca de 20 anos depois, cerca
de ¼ dos países do mundo (principalmente localizados na Europa e na América do
Sul) tinham IVA, sendo que a propagação do IVA foi em grande parte impulsionada
pelo facto de o IVA ser uma condição sine qua non para adesão à União Europeia
(EU).
Como exemplos, temos o facto de em Portugal este imposto ter sido criado pelo
Decreto-Lei n.º 394-B/84, de 26 de Dezembro, e em Espanha ter sido implementado
em Agosto de 1985. Os dois países aderiram à EU em 1986. Relativamente a África,
os países com o IVA mais antigos são a Costa do Marfim que o tem desde o ano da
sua independência (1960), o Senegal (1980) e Marrocos (1982).Quanto aos países
com fortes ligações à Angola, nomeadamente aqueles que falam português, Cabo
Verde tem desde 2004, apesar de aprovado em 2003, pela Lei 21/VI/2003 e
Moçambique desde 1988, aprovado pela Lei n.º. 3/9, de 8 de Janeiro. São Tomé terá
a partir de 1 de Janeiro de 2019. Relativamente a América do Sul, o Chile tem o IVA
há mais tempo, uma vez que o implementou em 1973.
Não podendo ser citado sem falar da dedução, parte de Von Siemens que introduziu
em sua proposição, o princípio da dedução, o qual deveria ser feito “base sobre base”.
Trata-se, provavelmente, de um dos primeiros estudos nessa área, ao lado do
efetuado pelo economista norte-americano Thomas Adam.
Importa citar ainda o caso do Estado de Michigan, nos Estados Unidos, que adotou
em 1953 o “Business Activities Tax”, no qual a dedução seria feita “base sobre base”.
No entanto, esses projetos, estudados pela doutrina, desenvolveram o princípio
baseado em um sistema de imposto atingindo a empresa, e não os produtos que ela
fabricasse.
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Em outras palavras, o imposto concebido pela doutrina americana e alemã, e adotado
por alguns países, possuía como base de cálculo a margem bruta ou valor agregado
da empresa, não atingindo seus produtos ou serviços.
Resta claro que foi na França que, como conseqüência das reformas realizadas
durante mais de 40 anos, apresentaram-se as condições para a instauração do
imposto sobre o valor agregado, com seus elementos e características tais como
conhecemos hoje.
O grande mérito do legislador francês foi ter sabido conjugar todos os elementos que
resultaram da evolução do sistema de imposição do volume de negócios, construindo
os contornos próximos do sistema atualmente aplicado por todos os Estados membros
da União Européia. Após efetuarmos essa digressão sobre o nascimento e
desenvolvimento do princípio de deduções, ínsito ao IVA, cabe refletir sobre a história
do imposto, este sim pensado, aplicado e desenvolvido na França. Como vimos, o
trabalho mais completo sobre a gênese do IVA na França foi o de Alain Frenkel o autor
que estudou a evolução dos impostos sobre o volume dos negócios em seu país de
forma profunda, mostrando todos os caminhos e propostas feitas pelo legislador, as
vitórias e os fracassos das reformas efetuadas. Segundo ele, o resultado do processo,
o Imposto sobre o Valor Agregado, foi o resultado direto das experiências aos quais
se entregaram os franceses; ordenamento positivo algum teria conhecido tal desfilar
de sistemas nem realizado tantas pesquisas para atingir finalmente, como resultado o
IVA. Como visto, o IVA é o resultado de uma longa evolução.
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sujeitos passivos sobre os bens adquiridos destinados à sua atividade comercial
quando da fase precedente.
• Geral – porque abrange todo o território nacional, tendo uma aplicação geral
abragindo praticamnte todos os bens e serviços, salvo as exceções previstas
por lei.
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1. Consumidores finais
Os consumidores finais são os que na prática suportam o encargo do IVA, pois o valor
do imposto é incluído no preço final dos bens e serviços adquiridos. Eles não têm
direito a deduzir ou recuperar o IVA pago.
Se o IVA dedutível for maior que o IVA cobrado, a empresa pode solicitar um
reembolso ao Estado.
4. Fornecedores
- Planeamento tributário.
- Preparação e submissão de declarações de IVA.
- Garantia de conformidade legal e na otimização fiscal.
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O sistema do IVA cria uma cadeia onde o imposto é acumulado e transferido ao longo
da cadeia de valor, sendo finalmente suportado pelo consumidor.
Exemplo de funcionamento:
Compra Venda
IVA á favor do Estado
Valor IVA Valor IVA
Produtor de Grão de Café - - 100 20 20
Industrial de Café 100 20 300 60 60
Supermercado 300 60 700 140 80
Consumidor Final 700 140 - - -
Total do IVA Entregue ao Estado 140
2. Requisitos do IVA
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Pagamento de IVA Arquivo de documentos das transações económicas:
- Faturas
- Notas de crédito e de débito
- Documentos de Importação e exportação
- Registos de bens e serviços fornecidos de forma gratuita ou alocados para uso
particular
- Operações sujeitas a taxa zero ou isentas fornecimentos ou compras.
O IVA apresenta diversas vantagens em relação a outros tipos de impostos, tanto para
o governo quanto para as empresas e consumidores.
É vista como vantagem por promover uma maior vigilância nas práticas de evasão
fiscal, face ao Imposto de Consumo, porque a subfacturação das empresas pode
proporcionar créditos fiscais de imposto que serão objecto de um rigor acrescido da
Administração Tributária.
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1. Transparência: O IVA é claramente discriminado nas notas fiscais, permitindo
que os consumidores vejam o valor do imposto pago.
2. Incentivo à formalização: O sistema de créditos e débitos incentiva as
empresas a se formalizarem e a manterem registros adequados para recuperar
os créditos de IVA.
3. Neutralidade Econômica: Como incide sobre o valor agregado, o IVA não
distorce as decisões de produção ou consumo e é menos propenso a causar
distorções econômicas.
4. Eficiente para Arrecadação: O IVA é uma fonte significativa de receita para
os governos devido à sua ampla base de incidência.
5. Redução de Evasão Fiscal: O sistema de créditos fiscais cria um incentivo
para que as empresas declarem corretamente suas transações, já que
precisam do registro para deduzir o imposto.
6. Facilidade de Exportação: Bens exportados geralmente são isentos de IVA,
o que torna os produtos de um país mais competitivos no mercado
internacional.
4. Fraude Fiscal : Apesar do sistema de crédito ser eficaz, ainda pode haver
esquemas de fraude. Sem um controle rigoroso, pode haver tentativas de evasão
fiscal, como a subdeclaração de valores.
5. Impacto em Preços: Embora o IVA evite a tributação em cascata, ele ainda pode
impactar os preços dos produtos e serviços, afetando o consumidor final.
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3. Surgimento do IVA em Angola
Houve, ainda, a criação da Unidade Técnica Executiva para reforma tributária, com o
Decreto nº 131/10. Assim, como o objetivo de melhorar significativamente o sistema
tributário nacional, o Executivo Angolano editou o Decreto Presidencial nº 50, de 11
de Março de 2011, traçando linhas gerais para a reforma tributária.
À luz das informações trazidas por Clotilde Celorico Palma, os impostos de consumo
em angola na década de 80, incidiam sobre produtos variados com alíquotas bem
diferentes, as alíquotas dos produtos produzidos no país e dos produtos importados
constavam de uma tabela, que fixava percentagens variadas entre 5% a 80%.
Segundo a autora, os impostos de consumo dependiam bastante das técnicas
aduaneiras, e a Direção Nacional de Alfândegas assumia um papel de estrema
importância na sua cobrança.
1. indireto: incidia não sobre a riqueza ou seu rendimento, mas sim sobre a sua
utilização;
2. incidente sobre o consumo: era liquidado apenas com a introdução dos bens,
da importação, arrematação, ou ainda da utilização dos bens ou matérias-
primas fora do processo produtivo e que tivessem beneficiado da desoneração
do imposto;
3. monofásico: era liquidado apenas uma vez, quando o bem era introduzido no
consumo, não sendo liquidado em qualquer outra fase subsequente, embora,
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em alguns casos, o imposto pudesse ter efeito cascata, em que era liquidado
imposto de consumo sobre um bem ou serviço que composto por outros bens
ou serviço em relação aos quais também já tinha sido liquidado imposto de
consumo;
4. incidia sobre o sujeito passivo, mas era suportado pelo consumidor. Conforme
definido na lei, o sujeito passivo era tipicamente os produtos de bens ou
prestadores de serviços, mas o imposto era economicamente suportado pelo
consumidor dos bens ou serviços, assim se fazendo uma diferenciação entre a
pessoa que devia o imposto e que estava obrigada a cumprir as obrigações daí
decorrentes e a pessoa que, na prática, suporta o encargo econômico do
imposto.
4. FASES DO IVA
Desde logo, destaca-se a lição de Sérgio Vasques que nos apresenta as fases do
Imposto sobre o Valor Acrescentado, quais sejam: incidência, lançamento, liquidação
e cobrança.
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• Já a terceira fase, liquidação do imposto, consiste na aplicação da alíquota do
imposto à matéria coletável para determinação da coleta.
5. Obrigação Tributário
O art. 7º, 1º, do Código de Imposto sobre o Valor Acrescentado, prevê como regra a
exigibilidade do IVA, nas seguintes hipóteses:
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Fornecimento de bens, seguido de instalação ou montagem – no momento em que a
instalação ou montagem estiver concluída.
Nos casos em que não seja fixada periodicidade de pagamento ou esta seja superior
a 12 meses, o IVA e devido e torna-se exigível no final de cada período de 12 meses,
pelo montante correspondente.
De acordo com Clotilde Celorico Palma, o Imposto sobre o Valor Acrescentado terá
como base de cálculo: o preço total da prestação dos serviços e o valor das operações
nas entregas de mercadorias, compreende-se aqui por entrega de mercadorias a troca
de titularidade com a finalidade de obter lucro, ou seja, circulação de mercadorias.
Afirma, ainda, a autora que a base de cálculo nas prestações de serviços será
constituída pelo preço efetivo da transação, recebida ou a receber pelo prestador de
serviço, pela totalidade de contraprestação entregue ou a entregar pelo comprador ou
terceiro. Quanto à circulação de mercadoria, a base de cálculo será determinada pelo
preço da compra do bem, na sua falta, pelo preço do custo no momento em que foi
realizada a operação.
Aquando da Lei n.º 7/19, de 24 de abril, o IVA em Angola contava com uma taxa única
de 14%, existindo também uma taxa de 0 % para as operações isentas que conferem
direito à dedução. Os contribuintes sujeitos ao Regime Transitório contam com uma
taxa de 7 % sobre a faturação recebida em cada trimestre. De acordo com as
condições desfavoráveis de afastamento geográfico de Cabinda em relação ao
restante território, o governo achou e bem, a concessão de um regime especial
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aduaneiro, portuário e de transmissão de bens para esta província, tendo esta uma
taxa de IVA de apenas 2 %.
Mais já com a promulgação da Lei n.º 14/23, de 28 de Dezembro´- A alteração ao
Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado veio assim reduzir a taxa dos bens
alimentares de amplo consumo de 7% para 5%, saindo dos 14% inicialmente fixados
em 2019. Reduz também para 1% o IVA na província de Cabinda, tendo em conta o
regime especial em vigor naquela região.
Clotilde Celorico Palma, atesta que na República de Angola existe, em regra, apenas
uma alíquota, denominada de ´´alíquota normal´´ aplicada em todo território nacional,
de forma igualitária, quer nas entregas de bens quer nas prestações de serviços.
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3. São ainda sujeitos passivos do Imposto Sobre o Valor Acrescentado, quando
exerçam as atividades económicas abrangidas pelo número 1 do artigo 1.º do
presente Código:
Destaca-se no dispositivo acima mencionado que o tipo de sujeito passivo, aquele que
tem relação pessoal direta com o fato gerador, ou seja, o contribuinte da relação
jurídica tributária.
Art. 201
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Tendo como objetivo fundamental propor e executar a política tributária do Estado e
assegurar o seu integral cumprimento, administrar os impostos e demais tributos que
lhe sejam atribuídos, bem como estudar, promover, coordenar, executar e avaliar os
programas, medidas e ações de política tributárias relativas a organização, gestão e
aperfeiçoamento do sistema tributário.
a. Telecomunicações;
b. Distribuição de água, gás e eletricidade;
c. Transporte de bens;
d. Prestação de serviços portuários e aeroportuários;
e. Transporte de pessoas;
f. Transmissão de bens novos cuja produção se destina a venda;
g. Operações de organismos agrícolas;
h. Exploração de feiras e de exposições de carácter comercial;
i. Armazenagem;
j. Cantinas;
k. Radiodifusão e radiotelevisão.
Para efeitos dos nº 2 e 3 do presente artigo, o Ministro das Finanças define caso a
caso as atividades suscetíveis de originar distorções de concorrência ou aquelas que
são exercidas de forma não significativa.
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Conforme nos ensina Sanches Saldanha e João Taborda da Gama, a existência de
pessoas coletivas de direito público é necessária tendo em conta os propósitos
econômicos e sociais que, em virtude do seu significado, grandeza ou duração, não
podem ser assumidos por uma pessoa singular ou meras sociedades civis,
associações sem personalidade jurídica ou comissões especiais. Pertinente essa
colocação, pois as pessoas coletivas desempenham um papel imprescindível no
sistema jurídico atual.
9. Isenções do IVA
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transmissões intracomunitárias de bens (artigo 14 do Código de Imposto sobre Valor
Acrescentado).
Há, ainda, as isenções nas operações internas trazidas pelo artigo 9º do Código de
Imposto sobre Valor Acrescentado, vejamos algumas isenções que o dispositivo acima
prevê, a saber:
as prestações de serviços efetuadas no exercício das profissões de médico,
odontologista, parteiro, enfermeiro e outras profissões paramédicas;
as prestações de serviços médicos e sanitários e as operações com elas
estreitamente conexas efetuadas por estabelecimentos hospitalares, clínicas,
dispensários e similares;
as prestações de serviços efetuadas no exercício da sua atividade por protésicos
dentários;
as transmissões de órgãos, sangue e leite humano;
o transporte de doentes ou feridos em ambulâncias ou outros veículo apropriado
efetuado por organismos devidamente autorizados;
as transmissões de bens e as prestações de serviços ligadas a segurança e
assistência sociais e as transmissões de bens com elas conexas, efetuadas pelo
sistema de segurança social, incluindo as instituições particulares de solidariedade
social.
Da mesma isenção beneficiam as pessoas físicas ou jurídicas que efetuem prestações
de segurança ou assistência social por conta do respetivo sistema nacional, desde
que não recebam em troca das mesmas, qualquer contraprestação dos adquirentes
dos bens ou destinatários dos serviços; Destarte, o artigo 12 do Código de Imposto
sobre Valor Acrescentado, preconiza o instituto da renúncia a isenção, vejamos
algumas:
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Apresentar, durante o mês de Janeiro de um dos anos seguintes àquele em que se
tiver completado o prazo do regime de opção, a declaração a que se refere o artigo
32, a qual produz efeitos a partir de 1 de Janeiro do ano da sua apresentação;
Sujeitar a tributação as existências remanescentes e proceder, nos termos do nº5 do
artigo 24º, à regularização da dedução quanto a bens do ativo imobilizado.
Como vimos ao nos parágrafos acima, o IVA é um imposto de obrigação única, não
periódico, sobre fatos tributários de caráter instantâneo, reportando-se a cada um dos
atos praticados, não relevando o fato de o sujeito passivo exercer com habitualidade
ou ocasionalmente determinada atividade, resistente ao teste da neutralidade, bem
mais rentável em relação aos demais impostos, pois incide sobre todas as fases do
processo produtivo, por meio de técnica de liquidação e dedução do imposto em cada
uma das fases do circuito econômico.
Vimos, ainda, que a maioria dos países hoje predomina o Imposto sobre o Valor
Acrescentado.
Para Richard Krever, o mundo tem adotado o IVA moderno, diferente do IVA tradicional
europeu.
Já que o IVA tradicional europeu tem várias alíquotas, diversas isenções, ao passo
que o IVA moderno possui alíquota única e menos isenções. Diferenças cruciais,
segundo o professor, para distinguir o Imposto sobre Valor acrescentado introduzido
na Europa e no resto do mundo. A República Democrática Angola, passou a aplicar
efetivamente o IVA em outubro de 2019, sendo inicialmente obrigatório para:
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• Não possuir dívida fiscal aduaneira;
Outro patamar que ajudará no combate à evasão fiscal será a necessidade que as
entidades cumpridoras terão de suportar as suas compras em documentos de compra
emitidos de acordo com o regime das faturas e documentos equivalentes por parte
dos seus fornecedores, o que vai obrigar, com certeza, ao cumprimento das regras
fiscais no processo de faturação para os fornecedores, ou seja, um contribuinte irá
controlar o outro contribuinte.
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Em Angola também é obrigatória a comunicação de documentos de venda à
Administração Geral Tributária (AGT). Estas obrigações formais ajudam a AGT a
rastrear quanto IVA foi pago e se alguma empresa está a evitar o imposto. Ao mesmo
tempo, o IVA obriga ao registo contabilístico que permita o claro e inequívoco
apuramento do imposto. São esperadas alterações ao Plano Geral de Contabilidade
Angolano (PGCA) de forma a suportar esta realidade.
Com estas alterações, o IVA contribui para a muito melhor prevenção do uso de
práticas contabilísticas complexas utilizadas para evitar o pagamento de impostos.
O restaurante de João que vende as refeições no valor de 5.000kz (cinco mil kwanzas)
irá pagar ao Estado 560kz (quinhentos e sessenta kwanzas), uma vez que o
supermercado já pagou 140kz (cento e quarenta kwanzas).
Durante um determinado mês a empresa Ngolo Ziaku compra mercadorias por 2.000
mais IVA e vende mercadorias por 3.000 mais IVA. Admitindo uma taxa de 1% (por se
tratar da provincia de Cabinda), pede-se a determinação do valor do mesmo imposto.
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CONCLUSÃO
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REFERENCIAS BIBLIOGRAFIAS
Legislação Fiscal
ucm.minfin.gov.ao
lex.ao
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