Uma Proposta de Visualização de Dados Gerenciais

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS - CCH


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIBLIOTECONOMIA - PPGB
MESTRADO PROFISSIONAL EM BIBLIOTECONOMIA - MPB

LETÍCIA VIÉGAS ZEITOUNE

UMA PROPOSTA DE VISUALIZAÇÃO DE DADOS GERENCIAIS PARA


AVALIAÇÃO DE COLEÇÕES IMPRESSAS EM BIBLIOTECAS
UNIVERSITÁRIAS

Rio de Janeiro
2022
LETÍCIA VIÉGAS ZEITOUNE

UMA PROPOSTA DE VISUALIZAÇÃO DE DADOS GERENCIAIS PARA


AVALIAÇÃO DE COLEÇÕES IMPRESSAS EM BIBLIOTECAS
UNIVERSITÁRIAS

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-


Graduação em Biblioteconomia da
Universidade Federal do Estado do Rio de
Janeiro como requisito para obtenção do grau
de Mestre em Biblioteconomia.

Área de Concentração: Biblioteconomia e


Sociedade

Linha de Pesquisa: Biblioteconomia,


Cultura e Sociedade

Orientador: Simone da Rocha Weitzel

Rio de Janeiro, RJ
Setembro/2022
Z48p Zeitoune, Letícia Viégas
Uma proposta de visualização de dados gerenciais para avaliação de
coleções impressas em bibliotecas universitárias / Letícia Viégas Zeitoune;
Simone da Rocha Weitzel, orientadora. Rio de Janeiro, 2022.
97 f.

Dissertação (Mestrado profissional em Biblioteconomia) - Universidade


Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2022.

1. Biblioteca universitária. 2. Avaliação de coleções. 3. Visualização da


informação. 4. Produção intelectual. I. Weitzel, Simone da Rocha,
orientadora. II. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Programa de
Pós-Graduação em Biblioteconomia. III. Título.

CDD - 025.21
LETÍCIA VIÉGAS ZEITOUNE

UMA PROPOSTA DE VISUALIZAÇÃO DE DADOS GERENCIAIS PARA


AVALIAÇÃO DE COLEÇÕES IMPRESSAS EM BIBLIOTECAS UNIVERSITÁRIAS

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-


Graduação em Biblioteconomia da
Universidade Federal do Estado do Rio de
Janeiro, como requisito para obtenção do grau
de Mestre em Biblioteconomia.

Aprovada em 22 de setembro de 2022.

__________________________________________________________________________
Profa. Dra. Simone da Rocha Weitzel - Orientadora Presidente
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)

_________________________________________________________________________
Prof. Dr. Cláudio José Silva Ribeiro - Titular Interno
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)

___________________________________________________________________________
Profa. Dra. Paula Maria Abrantes Cotta de Mello - Titular Externo
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

___________________________________________________________________________
Profa. Dra. Jaqueline Santos Barradas - Suplente Interno
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)

___________________________________________________________________________
Profa. Dra. Michely Jabala Mamede Vogel - Suplente Externo
Universidade Federal Fluminense (UFF)

Rio de Janeiro, RJ
2022
Em memória de Roberto e Vera Zeitoune
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus.

E imensamente ao meu marido, meu filho, meus pais, meus irmãos, minhas amigas, professores,
colegas de profissão, equipe de enfermagem e a todos que fizeram parte deste processo.
Agradeço à UNIRIO pelo acolhimento do projeto e à minha orientadora Simone da Rocha
Weitzel por sua tranquilidade e perspicácia em direcionar meu caminho para revelar o que de
melhor o projeto poderia apresentar. Na verdade, a grande façanha estava sendo travada a minha
volta com todos participando ativa, silenciosa e, muitas vezes, imperceptivelmente.

Agradeço o apoio de toda a equipe que cuida do meu pai por entenderem que eu não estaria tão
presente como antes. Nossa meta como equipe é garantir a autonomia, o espaço, os devaneios
e a nova identidade que o Alzheimer lhe trouxe. Não se devem manter as mesmas opiniões
sempre, nem mesmo a ciência com seu método científico trabalha assim. Na verdade, percebo
que tudo é complemento e parte de um belo processo de criação.
Se quiser ir rápido, vá sozinho. Se quiser ir
longe, vá acompanhado.

Provérbio Africano
RESUMO

O projeto tem como foco o processo de avaliação de coleções impressas em bibliotecas


universitárias e tem por objetivo propor um instrumento para mapear e visualizar as coleções e,
desta forma, contribuir para o diagnóstico e a tomada de decisão, propiciando um processo
cíclico e constante. Com base na literatura da área foram propostas 4 (quatro) categorias para
mapear as coleções: perfil da coleção, perfil do usuário, padrão de uso/não uso e dados
quantitativos/tabelas. A metodologia adotada foi o estudo de caso de uma biblioteca setorial de
um sistema de bibliotecas universitárias. Utilizando dados dos relatórios do sistema Pergamum
e da ferramenta de visualização Google Data Studio conseguiu-se converter dados de um
software de biblioteca em um painel de visualização, criando um instrumento de avaliação de
coleções interativo, múltiplo e abrangente, atingindo o objetivo geral e os específicos do estudo
ao mapear os métodos e técnicas relativos à avaliação de coleções e à identificação das técnicas
de visualização aplicadas às bibliotecas. Pretende-se que esta proposta seja adotada em larga
escala para auxiliar as bibliotecas universitárias no desbastamento e/ou na formação de coleções
especiais, como também para servir de subsídio para a criação de um sistema ou para a evolução
do módulo gerencial de softwares de bibliotecas. Os resultados apontam que o instrumento se
apresenta como uma interface promissora e coadjuvante no processo de desenvolvimento e
avaliação de coleções impressas, contribuindo para fomentar soluções integradas nessa área.

Palavras-chave: Biblioteca universitária; avaliação de coleções; visualização da informação.


ABSTRACT

The project focuses on the evaluation process of printed collections in university libraries and
aims to propose an instrument to map and visualize the collections and, in this way, contribute
to the diagnosis and decision making, providing a cyclical and constant process. Based on the
literature in the area, 4 (four) categories were proposed to map the collections: collection profile,
user profile, pattern of use/non-use and quantitative data/tables. The methodology adopted was
the case study of a sectoral library of a system of university libraries. Using data from the
Pergamum system reports and the Google Data Studio visualization tool, it was possible to
convert data from a library software into a visualization panel, creating an interactive, multiple
and comprehensive collection assessment instrument, reaching the general and specific
objectives of the study by to map the methods and techniques related to the evaluation of
collections and the identification of visualization techniques applied to libraries. It is intended
that this proposal be adopted on a large scale to assist university libraries in the weeding process
and/or formation of special collections, as well as to serve as a subsidy for the creation of a
system or for the evolution of the library software management module. The results indicate
that the instrument presents itself as a promising and supporting interface in the process of
development and evaluation of printed collections, contributing to promote integrated solutions
in this area.

Keywords: University library; collections assessment; data visualization.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Protótipo ................................................................................................................ 50


Figura 2 - Instruções ................................................................................................................ 50
Figura 3 - Barra de Identificação Superior .................................................................................. 51
Figura 4 - Acervo / Circulação ................................................................................................... 52
Figura 5 - Circulação por Ano e Tipo de Usuários ................................................................. 52
Figura 6 - Acervo (Subáreas) / Circulação (Subáreas) / Idade / Idioma ................................. 53
Figura 7 - Empréstimo por Período / Padrão de Uso por Áreas / Padrão de Uso .................. 53
Figura 8 - Barra de Identificação Inferior.................................................................................... 53
Figura 9 - Tabelas: Acervo e Circulação ................................................................................. 54
Figura 10 - Gráfico de barras: Acervo ..................................................................................... 55
Figura 11 - Gráfico de barras: Acervo (Subáreas)................................................................... 56
Figura 12 - Gráfico de barras: Idade........................................................................................ 57
Figura 13 - Gráfico de barras: Idioma. .................................................................................... 58
Figura 14 - Caixa de busca: Tipo de obra (absoluto e percentual). ................................................ 59
Figura 15 - Caixa de busca: Assunto. ...................................................................................... 59
Figura 16 - Caixa de busca: Assunto Uso ............................................................................... 59
Figura 17 - Caixas de busca: Situação do Exemplar, Aquisição e Localização. ..................... 60
Figura 18 - Gráfico de Pizza: Tipo de Usuários ...................................................................... 61
Figura 19 - Gráfico de barras: Circulação por Ano ................................................................... 63
Figura 20 - Gráfico de série temporal: Empréstimo por Período ........................................... 63
Figura 21 - Gráfico de pizza: Padrão de Uso. ......................................................................... 64
Figura 22 - Gráfico de barras: Padrão de Uso por Áreas ........................................................ 65
Figura 23 - Gráfico de barras: Circulação ............................................................................... 66
Figura 24 - Gráfico de barras: Circulação (Subáreas). ............................................................ 66
Figura 25 - Dados quantitativos: Barra de Identificação Superior .......................................... 67
Figura 26 - Dados quantitativos: Barra de Identificação Inferior............................................ 67
Figura 27 - Exemplo. ............................................................................................................... 76
Figura 28 - Pesquisa: Acervo Físico.. ...................................................................................... 78
Figura 29 - Pesquisa: Circulação. ............................................................................................ 79
Figura 30 - Assuntos mais Procurados. ................................................................................... 79
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Tabela - Acervo......................................................................................................68

Tabela 2 - Tabela - Empréstimos.............................................................................................69


LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Demonstrativo das técnicas de uso relativo. ........................................................ .32

Quadro 2 - Categorias teóricas/empíricas................................................................................34

Quadro 3 - Qualidades de decisões e processo de decisão......................................................38

Quadro 4 - Dados brutos ........................................................................................................... 70

Quadro 5 - Planilha Exemplares... ........................................................................................... 70

Quadro 6 - Planilhas Empréstimos..........................................................................................71

Quadro 7 - Colunas de Apoio..................................................................................................71

Quadro 8 - Planilha Exemplares x Empréstimos.....................................................................72

Quadro 9 - Gráficos criados a partir da planilha Exemplares x Empréstimos.........................73

Quadro 10 - Gráficos criados a partir da planilha Exemplares................................................73

Quadro 11 - Funcionalidades...................................................................................................73

Quadro 12 - Ordem de visualização das Áreas do Conhecimento..........................................74

Quadro 13 - Configuração - Acervo........................................................................................76

Quadro 14 - Configuração - Acervo (Subáreas).....................................................................90

Quadro 15 - Configuração - Circulação..................................................................................91

Quadro 16 - Configuração - Circulação (Subáreas)................................................................91

Quadro 17 - Configuração - Circulação por Ano ................................................................92

Quadro 18 - Configuração - Tipos de Usuários.......................................................................92

Quadro 19 - Configuração - Idade...........................................................................................93

Quadro 20 - Configuração - Idioma.........................................................................................93


Quadro 21 - Configuração - Empréstimo por Período.............................................................94

Quadro 22 - Configuração - Padrão de Uso.............................................................................94

Quadro 23 - Configuração - Padrão de Uso por Áreas............................................................95

Quadro 24 - Configuração - Tabela Acervo............................................................................96

Quadro 25 - Configuração - Tabela Circulação.......................................................................97

Quadro 26 - Configuração - Caixa de busca - Grandes Áreas.................................................98

Quadro 27 - Configuração - Caixa de busca - Áreas...............................................................98

Quadro 28 - Configuração - Caixa de busca - Assunto...........................................................99

Quadro 29 - Configuração - Caixa de busca - Tipo obra........................................................99

Quadro 30 - Configuração - Caixa de busca - Áreas Uso.....................................................100

Quadro 31 - Configuração - Caixa de busca - Áreas Uso.....................................................100

Quadro 32 - Configuração - Caixa de busca - Assunto Uso.................................................101

Quadro 33 - Configuração - Caixa de busca - Tipo..............................................................101

Quadro 34 - Configuração - Caixa de busca - Empréstimo/Ano..........................................102

Quadro 35 - Configuração - Caixa de busca - Usuários.......................................................102

Quadro 36 - Configuração - Caixa de busca - Aquisição.....................................................103

Quadro 37 - Configuração - Caixa de busca - Localização..................................................103

Quadro 38 - Configuração - Caixa de busca - Sit. Exemplar...............................................104

Quadro 39 - Configuração - Caixa de busca - Subáreas......................................................104

Quadro 40 - Configuração - Caixa de busca - Subáreas Uso...............................................105

Quadro 41 - Configuração - Caixa de busca - Idade............................................................105


Quadro 42 - Configuração - Caixa de busca - Idade Uso......................................................106

Quadro 43 - Configuração - Caixa de busca - Cadastro........................................................106

Quadro 44 - Configuração - Caixa de busca - Cadastro Uso................................................107

Quadro 45 - Configuração - Caixa de busca - Idioma..........................................................107

Quadro 46 - Configuração - Caixa de busca - Idioma Uso...................................................108

Quadro 47 - Configuração - Caixa de busca - Empréstimo/Período....................................108

Quadro 48 - Configuração - Caixa de busca - Padrão de Uso - Áreas.................................109

Quadro 49 - Configuração - Caixa de busca - Padrão de Uso..............................................109

Quadro 50 - Configuração - Filtro - Patrimônio em Real....................................................110

Quadro 51 - Configuração - Filtro - Títulos.........................................................................110

Quadro 52 - Configuração - Filtro - Exemplares.................................................................110

Quadro 53 - Configuração - Filtro - Usuários......................................................................111

Quadro 54 - Configuração - Filtro - Empréstimos...............................................................111


LISTA DE ABREVIATURAS

API Interface de Programação de Aplicação

BRAPCI Base de Dados Referenciais de Artigos de Periódicos em Ciência da Informação

ISO International Organization for Standardization

MARC Machine Readable Cataloging

MEC Ministério da Educação

LISA Library & Information Science Abstracts

PLA Public Library Association

PUCPR Pontifícia Universidade Católica do Paraná

OASISBR Portal Brasileiro de Publicações e Dados Científicos em Acesso Aberto

OMS Organização Mundial de Saúde

OLTP Online Transactions Processing

OLAP Online Transactions Processing

TIC Tecnologias de Informação e Comunicação

UFF Universidade Federal Fluminense

UNIRIO Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

PCs Personal Computer

PSTN Public Switched Telephone Network


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO….........……......................................................................................17

1.1 Objetivo Geral..............................................................................................................20

1.2 Objetivos Específicos...................................................................................................20

1.3 Justificativa...................................................................................................................20

1.4 Metodologia..................................................................................................................21

2 CAMPO TEÓRICO....................................................................................................23

2.1 Contexto da pesquisa: bibliotecas universitárias brasileiras..................................23

2.2 Métodos e técnicas de avaliação de coleções.............................................................25

2.2.1 Em busca de padrões em avaliação de coleções..........................................................29

2.2.2 O papel dos sistemas de gerenciamento de bibliotecas universitárias........................35

2.2.2.1 Tomada de decisão .....................................................................................................37

2.2.2.2 Tipos de informação....................................................................................................38

2.3 A contribuição da visualização da informação........................................................40

3 CAMPO EMPÍRICO.................................................................................................44

3.1 Estudo de caso............................................................................................................44

3.1.1 A Biblioteca Setorial...................................................................................................44

3.1.2 O Pergamum................................................................................................................45

3.2 Mapeamento de dados..............................................................................................46

3.3 A ferramenta Google Data Studio...........................................................................47

3.4 O Protótipo................................................................................................................48

3.4.1 Descrição do painel de visualização.............…......…………................................…51


3.4.2 Categorias….................……............……...........….…………...….….................…54

3.4.2.1 Perfil da Coleção......................................................................................................54

3.4.2.1.1 Áreas e Subáreas..............……………….…...……......….….........................….…54

3.4.2.1.2 Idade...……................................…………...….………….…...……..............……58

3.4.2.1.3 Idioma..................................…….…....…….….…..............….......................……58

3.4.2.1.4 Tipo de Obra...…….............….…………………...........….……............…......…58

3.4.2.1.5 Assunto...……………………….............................………....…….................……59

3.4.2.1.6 Situação do Exemplar, Aquisição e Localização.…...................….......….........….60

3.4.2.2 Perfil do Usuário..............……………….……….…….……….......................….61

3.4.2.3 Padrão de Uso e Não Uso...….…….................….………….….......…........…….62

3.4.2.3.1 Séries Temporais...........…......…………..……………….......………...............…62

3.4.2.3.2 Padrão de Uso - Distribuição Hiperbólica...……..….............…...…............…..…64

3.4.2.3.3 Padrão de Uso - Áreas...………………………………………..........................…64

3.4.2.3.4 Circulação de materiais: Áreas e subdivisões, Autor, Título e Subtítulo................65

3.4.2.4 Dados Quantitativos e Tabelas...........................................................................…67

3.4.2.4.1 Dados Quantitativos............................................................................................…67

3.4.2.4.2 Tabelas................................................................................................................…68

3.4.3 Descrição do protótipo............................................................................................69

3.4.3.1 Documentação........................................................................................................70

3.4.3.2 Novas versões.........................................................................................................77

3.5 Resultados e discussão..........................................................................................80


4 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................83

REFERÊNCIAS........................................................................................................85

APÊNDICES.............................................................................................................90
17

1 INTRODUÇÃO

A biblioteca, o desenvolvimento dos serviços e a prática profissional da classe


bibliotecária passaram de uma concepção orientada pelo armazenamento para outra orientada
para o acesso e o usuário e, encontram-se assentadas no advento da tecnologia, mais
especificamente, no ambiente digital. Configura-se também o estágio da democratização e
socialização das informações por meio do compartilhamento e, um aspecto fundamental nesse
processo de mudanças, está na capacidade de adaptação dos bibliotecários e de suas propostas
de trabalho (SANTA ANNA, 2015). O advento dos livros digitais, periódicos eletrônicos,
repositórios institucionais, curadoria de dados igualmente, exigem novas práticas de gestão.
Grandes transformações se apresentam no campo da Biblioteconomia e estas podem ser vistas
como oportunidades para potencializar suas capacidades.
Segundo Guilhen, Torino e Tavares (2013) neste contexto e considerando a atual
sociedade globalizada e conectada por redes, cujas informações interagem de modo dinâmico,
faz-se necessário o uso da inovação, que é o resultado de informação, conhecimento e
criatividade convertidos em produtos, serviços e processos, tendo hoje, a tecnologia como uma
aliada às lideranças institucionais.
Logo, a inovação, a criatividade e os novos olhares sobre o trabalho desenvolvido pelas
bibliotecas têm sido incentivados mundialmente. A palavra de ordem é adaptar, criar e
apresentar novos formatos de interação no meio digital e virtual de modo que a informação seja
disponibilizada ao usuário em tempo real. A diminuição dos investimentos na área educacional
é um fator que se afirma como tendência na conjuntura atual e, deste modo, a mudança para a
área digital se consolida cada vez mais, como uma solução para enfrentar a redução dos recursos
aplicados em bibliotecas.
Concomitante ao advento das coleções digitais que estão em pleno desenvolvimento e
vão continuar crescendo, é importante considerar a questão do gerenciamento das coleções
impressas que necessitam de um estudo de avaliação mais profunda, principalmente diante dos
fatores que afetam o seu desenvolvimento nas bibliotecas universitárias do país, tais como a
diminuição dos investimentos, do espaço, da manutenção de coleções menos usadas e/ou
retrospectivas, da obsolescência, do destino e do compartilhamento das coleções únicas, entre
outros fatores que impactam no desenvolvimento e preservação deste patrimônio bibliográfico.
Portanto, o presente estudo pretende lançar um olhar sobre as coleções impressas e
destacar a importância deste patrimônio que faz parte dos acervos das bibliotecas universitárias
18

de nosso país. Cuidar desses acervos para as futuras gerações é uma preocupação presente em
diversos autores como Boon (1995), Shorley (2015), Santos e Weitzel (2017) e Loss (2019) que
defendem a gestão e preservação, prevenindo descartes sem critérios e valorizando coleções
com valor agregado, como coleções especiais em ciência e tecnologia, por exemplo.
Neste contexto, diante da quantidade de informações disponíveis atualmente, a
percepção que se tem é de uma grande dispersão. Isso é verdadeiro tanto para os usuários ou
qualquer pessoa que busque informação confiável, quanto para os gestores de um modo geral.
Especialmente, para bibliotecários gestores de unidades de informação, é essencial a utilização
de relatórios, estatísticas, diversas fontes de informação e instrumentos que facilitem a tomada
de decisão.
Quando se faz uso de dados de um relatório para obter uma informação, algumas
dificuldades são enfrentadas. Será que todas as informações foram recuperadas? Se foram
recuperadas precisam ser cruzadas com outras informações? Esse cruzamento é
possível? Encontrar e organizar a informação, tomar decisões são passos necessários para
garantir a qualidade dos serviços e produtos em unidades de informação e principalmente o
acesso à informação, sua disponibilização e recuperação.
Desta maneira, o problema de pesquisa está focado em duas questões: a) na necessidade
de se organizar uma enorme quantidade de dados de forma sistemática – o que exige uma equipe
dedicada e capacitada para desempenhar as atividades relativas ao processo de avaliação de
coleções e recursos para mantê-la; b) na necessidade de se considerar, neste cenário, os fatores
que afetam o desenvolvimento de coleções impressas envolvendo pressões institucionais por
espaço, diminuição de verbas, custo de manutenção de obras impressas de baixo uso, a falsa
ideia de que é possível encontrar tudo na internet, entre outros fatores.
Tendo em vista essa realidade, comum às bibliotecas universitárias, a proposta desta
pesquisa é justamente superar essas dificuldades a partir da elaboração de um instrumento para
organizar uma grande quantidade de dados referentes às coleções impressas de forma
consistente e de fácil visualização para contribuir com o diagnóstico e a tomada de decisão no
processo de avaliação de coleções, sem exigir grandes investimentos.
Deste modo, pretende-se utilizar os dados dos relatórios gerados pelo software da
biblioteca para promover o mapeamento das coleções impressas e permitir a visualização de
diversas categorias do acervo que inter-relacionadas contribuirão para a identificação das áreas
mais demandadas e ao conhecimento das áreas menos demandadas com base nas variáveis,
métodos e técnicas propostos pela literatura especializada. Ao mapear e integrar estes dados e
19

apresentá-los reunidos em um mesmo local será possível verificar, mais prontamente, como o
acervo está atendendo às áreas do conhecimento para desenvolver suas coleções e tornar o
processo de avaliação, um processo mais constante. Pretende-se propor uma sistematização de
dados para contribuir no estabelecimento de uma rotina de modo a facilitar o gerenciamento
dos dados relativos às coleções e, assim apoiar o processo de avaliação de coleções impressas,
contribuir com a seleção, a aquisição, o desbastamento, responder às pressões existentes em
relação aos recursos financeiros e espaço para sua manutenção, além de propiciar a formação
de coleções especiais.
No contexto da visualização da informação, os dados serão tratados para propiciar a
elaboração de um painel de visualização das categorias das coleções impressas. Superar essa
dificuldade de reunir os dados referentes às coleções impressas e relacioná-los entre si de forma
dinâmica e de fácil visualização será o ponto de partida para o desenvolvimento de um
protótipo 1 . Sendo assim, o presente estudo tem como finalidade apresentar soluções para
disponibilizar os dados sobre as coleções impressas de forma visual e interativa utilizando os
dados disponibilizados pelo software de gerenciamento de uma biblioteca universitária.
A pesquisa está organizada em quatro seções. A primeira seção intitulada:
“Introdução” apresenta o objetivo geral e específicos, a justificativa e a metodologia. A segunda
seção, intitulada “Campo teórico", está subdividida em três subseções: a primeira aborda o
contexto da pesquisa: bibliotecas universitárias brasileiras; a segunda trata dos métodos e
técnicas de avaliação de coleções; a busca de padrões em avaliação de coleções, o papel dos
sistemas de gerenciamento de coleções em Bibliotecas Universitárias e a terceira subseção a
contribuição da visualização da informação. A terceira seção, intitulada “Campo empírico” foi
subdividida em cinco subseções: a primeira com o estudo de caso; a segunda sobre o
mapeamento dos dados; a terceira com a ferramenta Google Data Studio; a quarta subseção
descreve a protótipo; a quinta apresenta os resultados e discussão. A quarta seção apresenta as
considerações finais.

1
Um protótipo é um modelo preliminar de algum projeto para prova de conceito ou até mesmo como MVP (Produto Viável Mínimo).
Durante a fase de testes e/ou planejamento de um produto, os protótipos são usados para aumentar a chance de sucesso do projeto. A partir
do protótipo inicial outros modelos e aprimoramentos podem ser desenvolvidos até a validação final de um produto.
20

1.1 Objetivo geral

Propor um instrumento de avaliação e sua aplicação, por meio de um estudo de caso,


para mapear e visualizar as coleções impressas e assim, dar suporte ao diagnóstico e à tomada
de decisão no processo de avaliação de coleções, contribuindo também para o planejamento, a
gestão e a preservação das coleções de forma a possibilitar sua ampla adesão e aplicabilidade
em bibliotecas universitárias, especialmente.

1.2 Objetivos específicos

a) Mapear os métodos, as técnicas, os dados e as variáveis comumente citados na literatura para


avaliação de coleções em bibliotecas universitárias;
b) Identificar como as técnicas de visualização da informação podem contribuir para a avaliação
de coleções e verificar o desempenho deste recurso ou não de análise dos dados;
c) Elaborar um protótipo que possa converter dados apresentados em um software de biblioteca
em relatórios personalizados, baseados nas técnicas de visualização da informação e nos
métodos e técnicas, dados e variáveis presentes na literatura sobre avaliação de coleções em
bibliotecas universitárias.

1.3 Justificativa

Este projeto tem sua relevância para o campo profissional biblioteconômico ao propor
um instrumento para dar suporte ao processo de avaliação de coleções e contribuir para a
incorporação deste processo no dia-a-dia da biblioteca. Maciel (1997) identifica a importância
do levantamento total do acervo para o diagnóstico, quando diz que ele deve ser tanto
abrangente quanto específico. Abranger o quantitativo de todas as coleções e oferecer detalhes
sobre a cobertura de determinado assunto.
Considera-se que os relatórios e estatísticas são comumente ferramentas de trabalho da
equipe bibliotecária, gerados pelos sistemas de gerenciamento de biblioteca, que direcionam
seu trabalho e dão suporte às suas decisões, tornando-se “peças básicas para obtenção de dados
para o diagnóstico” segundo Maciel (1997, p. 24).
A proposta deste projeto aponta para uma solução combinada de softwares e ferramentas
disponíveis no espaço de trabalho biblioteconômico que vem desenvolvendo-se desde o início
21

do fluxo de tratamento da informação com o registro, a catalogação e a circulação (1ª geração)


até a nuvem computacional (5ª geração).
A partir da observação de uma lacuna na apresentação dos dados gerenciais dos sistemas
de gerenciamento de biblioteca que oferecem inúmeros relatórios para o diagnóstico do acervo,
mas cujos dados encontram-se compartimentados e não podem ser relacionados facilmente,
surgiu a necessidade de associar os dados para compor um quadro geral do acervo. A
oportunidade de associá-los e utilizar as técnicas de visualização da informação possibilitou a
construção de um instrumento complementar para este sistema, e com isso ao aprimoramento
do processo de avaliação de coleções impressas.
Nesta perspectiva, o projeto, ao gerar a visualização de dados combinados das coleções
impressas com os padrões de uso, fomenta o diagnóstico conforme recomenda Maciel (1997) e
apoia a tomada de decisão quanto à adequação das coleções às necessidades de seus usuários.
Ao mesmo tempo, o estudo pretende contribuir com as questões que envolvem o
armazenamento de coleções menos usadas, o compartilhamento e comutação de coleções
únicas, com um tratamento mais adequado e cuidadoso das coleções e, especialmente, como
recurso para formar coleções especiais, favorecendo o conhecimento do valor agregado das
coleções, sua preservação, a promoção e continuidade para as futuras gerações. Assim como
possibilitar a avaliação tanto positiva quanto negativa do desempenho das políticas de
desenvolvimento de coleções em curso nas bibliotecas.

1.4 Metodologia

Com o intuito de propor um instrumento de avaliação para dar suporte ao diagnóstico e à


tomada de decisão em relação às coleções impressas de uma biblioteca universitária, a pesquisa
se caracteriza como uma pesquisa aplicada, que segundo Gil (2008, p. 45) “[...] tem como
característica fundamental o interesse na aplicação, utilização e consequências práticas dos
conhecimentos.” Quanto aos meios, a pesquisa tem caráter bibliográfico e documental para a
fundamentação do trabalho nas áreas de avaliação de coleções, sistemas de gerenciamento de
bibliotecas e visualização da informação de forma a apoiar a revisão da literatura e,
especialmente para levantar as variáveis, métodos e técnicas de avaliação de coleções mais
comumente adotados na literatura.
Como método de pesquisa será utilizado o Estudo de Caso que Yin (2015, p. 24)
descreve como “[...] uma maneira de investigar um tópico empírico seguindo um conjunto de
22

procedimentos desejados” e a unidade caso consistirá de uma biblioteca setorial de uma


universidade, cujo anonimato será garantido.
Para descrever o caso foram coletados dados sobre o acervo, os quais a biblioteca
setorial cedeu gentilmente. Como foi necessário garantir o anonimato, a descrição sobre o
histórico da biblioteca e seu papel na Universidade não foram descritos. Na seção “3.1 Estudo
de Caso” o caso será descrito de forma genérica, mas com dados relevantes e suficientes para
caracterizar o estudo.
O mapeamento dos dados foi realizado a partir de quatro relatórios extraídos do sistema
Pergamum, na versão 9V.9 - S.0 de 21/10/2021. Em relação ao perfil das coleções foram
utilizados os relatórios “levantamento bibliográfico” e “conferência de materiais” e para a
circulação, os relatórios “materiais emprestados” e “materiais nunca emprestados”. Em
Levantamento Bibliográfico foi utilizado o “Relatório 59-Levantamento bibliográfico-
Classificação” e em Conferência de materiais o “Relatório 118-Conferência de materiais-
Exemplar”; e para a Circulação de Materiais foram utilizados: “Relatório 68-Circulação de
materiais-Empréstimo-Emprestados” e “Relatório 167-Circulação de materiais-Empréstimo-
Materiais nunca emprestados”.
Estes dados foram organizados para apresentar uma visão geral das coleções e de seu
uso, conforme é possível ver no protótipo (Figura 1) apresentado neste relatório na seção “3.4
O Protótipo”. Quanto à abordagem classifica-se como quantitativa, uma vez que se analisam
dados estatísticos a partir dos dados cedidos pela biblioteca setorial. As etapas da pesquisa
percorrerão os seguintes passos:
a) para o objetivo específico 1: levantamento bibliográfico exaustivo e pesquisa
bibliográfica e documental levantando as abordagens sobre quais dados, métodos, técnicas,
dados e variáveis são relevantes no processo de avaliação de coleções para a tomada de decisão,
especialmente em bibliotecas universitárias.
b) para o objetivo específico 2: levantamento bibliográfico e pesquisa bibliográfica e
documental levantando as abordagens sobre a visualização da informação aplicada às
bibliotecas;
c) elaboração de um protótipo - apresentar como a literatura (obj. 1 e 2) delineou os
parâmetros, traçando correspondências entre a literatura e o instrumento apresentado sob a
forma de um protótipo, por meio do caso de uma biblioteca setorial.
23

2 CAMPO TEÓRICO

A fundamentação teórica pretende reunir abordagens e metodologias que se concentram


nos estudos sobre a avaliação de coleções a partir de autores como Miranda (1978); Figueiredo
(1992), Vergueiro (1993), Maciel (1995, 1997), IFLA (2001), Lancaster (2004), Evans (2000),
Larson (2012), Weitzel (2013), Achilles, (2014), Santa Anna (2015) e Schmidt (2016) entre
outros abordados na perspectiva da prática biblioteconômica.
Será considerado também o contexto das bibliotecas universitárias brasileiras a partir
de Storey (2011), Nunes e Carvalho (2016), Weitzel e Santos (2018) e Loss (2019); a
importância dos sistemas de gerenciamento de bibliotecas no processo de avaliação de coleções
através da visão de Anzolin (2009), Viana (2016), Tonding e Vanz (2018) e a visualização da
informação que será tratada por Lunardi (2008), Carvalho e Marcos (2009), Marghescu (2004),
Mischo e Schlembach (2018) e Zhu et al. (2014) abordando a aplicação nas bibliotecas,
tendências, benefícios e ferramentas.

2.1 Contexto da pesquisa: bibliotecas universitárias brasileiras

Nesta seção será apresentada uma contextualização da problemática das bibliotecas


universitárias em relação às pressões institucionais por espaço e descarte do material impresso
(SANTOS; WEITZEL, 2017).
No decorrer de sua história, de um modo geral, as bibliotecas evoluíram e se adaptaram
às mudanças que foram determinando seus padrões e papéis sociais. Seu papel na mediação da
informação vem sendo desempenhado através das evoluções na produção escrita, na circulação
do conhecimento e na área tecnológica, transformando-se e prestando serviços ao público,
enfrentando todos os desafios (NUNES; CARVALHO, 2016).
Com a introdução da internet e da convergência de Tecnologias de Informação e
Comunicação (TIC) novos formatos e modelos de publicação remodelaram a natureza das
coleções acadêmicas e de pesquisa. Como consequência, as coleções de livros impressos estão
sendo cada vez mais subutilizadas e as bibliotecas universitárias estão descartando milhões de
volumes sem uso em um descarte massivo e sistemático, em escala nacional (RUBINKAN,
2018; GARNER, 2018 apud WEITZEL; SANTOS, 2018, p. 62).
Em sua pesquisa, Loss defende (2019, p.45) a valoração do acervo, a preservação da
história das áreas do conhecimento e das instituições, devidamente reconhecidos pelos
24

pesquisadores e comunidade, no intuito de salvaguarda dos acervos no Brasil e aponta que isso
requer:
A identificação dos itens do acervo, no sentido da sua originalidade ou importância
para o desenvolvimento dessas áreas [...] Estes itens serão os que vão “contar” a
trajetória da área ou mesmo da instituição, oferecendo um panorama histórico do
campo, recriando a época em que foram escritos.

Entre os maiores problemas do descarte sistemático das coleções, identificam-se as


pressões institucionais por espaço e corte de recursos financeiros; visão de que a digitalização
resolve todos os problemas; percepção de que as versões impressas são excludentes em relação
às versões digitais e descarte sistemático de obras impressas de baixo uso, independentemente
de seu valor (STOREY, 2011; SANTOS; WEITZEL, 2017 apud WEITZEL; SANTOS 2018).
Quanto à preservação do patrimônio histórico, cultural e científico, Loss (2019, p.11) reforça
que:

A universidade, enquanto formadora de conhecimento, na perspectiva da construção


da cidadania e na transformação social, tem o dever de atuar na preservação do seu
patrimônio histórico, cultural e científico, incluindo aqui o acervo das suas bibliotecas,
onde estão armazenados verdadeiros tesouros bibliográficos em matéria de pesquisa
acadêmica.

Weitzel e Santos (2018) elencam alguns aspectos preocupantes que devem ser
considerados no Brasil: os critérios das políticas de desenvolvimento orientadas fortemente para
atender ao credenciamento e recredenciamento de Instituições de Ensino Superior, limitando
suas coleções ao ensino prioritariamente em detrimento da pesquisa e extensão; a
desvalorização das coleções de lastro e memória dos campos da ciência e tecnologia por falta
de critérios ou mesmo de uma política nacional que contemple essas coleções em bibliotecas
universitárias e o grande investimento realizado ao longo das últimas décadas com recursos
públicos para formar e desenvolver coleções de pesquisa no país (mesmo que sejam coleções
impressas).
Quanto à postura do bibliotecário frente à essa tendência ao descarte de materiais
impressos Storey (2011, p.74-75, tradução nossa) adverte que:
25

Os bibliotecários podem estar prestes a repudiar a uma confiança pública de longa


data em seus papéis como conservacionistas cautelosos simplesmente para lidar com
menos impressos – para realizar um paraíso ‘sem impressos’. Se o fizerem, estariam
abandonando ativamente sua herança profissional por considerações políticas e
econômicas de curto prazo.2

Weitzel e Santos (2018, p. 65-66) apontam para a necessidade de desenvolver coleções


especiais fortes e especializadas, sobretudo coleções impressas, oriundas dos Séculos XIX e
XX (as últimas cópias) e o fomento de políticas públicas e armazenagem compartilhada de
obras de baixo uso, porém de valor. São algumas das estratégias para lidar com os desafios que
se apresentam no ambiente digital: buscar a preservação e a salvaguarda da herança cultural e
intelectual nacional impressa e reforçar a função social das bibliotecas como instituição de
memória e de construção de identidade.
Entende-se que a proposta de construção de um instrumento de avaliação de coleções
impressas que propicie uma avaliação sistemática, interativa das coleções universitárias poderá
servir como um ponto de apoio para uma efetiva preservação destas coleções, assim como
auxiliar na formação de coleções especiais. Igualmente, poderá dar uma resposta mais efetiva
e técnica às questões do espaço e escassez de recursos fazendo jus ao compromisso da classe
bibliotecária com as futuras gerações.

2.2 Métodos e técnicas de avaliação de coleções

O levantamento bibliográfico referente à avaliação de coleções foi realizado em bases


de dados especializadas como a Base de Dados Referenciais de Artigos de Periódicos em
Ciência da Informação - BRAPCI, o Portal Brasileiro de Publicações e Dados Científicos em
Acesso Aberto – OASISBR, o Google Scholar, o Portal de periódicos da CAPES, especialmente
a base Library & Information Science Abstracts (LISA), o site da International Federation of
Library Associations and Institutions (IFLA) e College & Research Libraries News. Nas bases
OASISBR, BRAPCI e Google Scholar, definiu-se o período de tempo entre 1972-2021 e foram
levantados 78 resultados, sendo 60 resultados selecionados com base nos seguintes descritores:
Desenvolvimento de coleção; Biblioteca universitária; Avaliação de acervo; Avaliação de
coleção; Gestão; Estudos de uso; Pergamum e Usuários. O mesmo procedimento foi realizado
nas bases e sites estrangeiros, alterando os descritores para a língua inglesa. A quantidade

2 Librarians may well be on the verge of repudiating a long-standing public trust in their roles as cautious conservationists
simply in order to deal with less print – to realize a “print!less” heaven. If they do so, they would be actively jettisoning
their professional heritage for short-term political and economic considerations
26

recuperada foi menor, em média 15 resultados para cada um, e dos textos escolhidos foi
realizada tradução, para posterior utilização.
Após o levantamento bibliográfico foi realizada uma seleção entre os livros,
dissertações, artigos, casos e relatos que foram lidos, incluindo a leitura de textos citados nesses
materiais. Foram selecionados os seguintes autores da área: Miranda (1978), Vergueiro (1989),
Klaes (1991), Lancaster (1996), Maciel (1995, 1997), Figueiredo (1998), IFLA (2001), Evans
(2000), Pizzorno (2005), Larson (2012), Weitzel (2013), Achilles (2014), Caribé (2014), Santa
Anna (2015) e Schmidt (2016) entre outros.
Para compor o referencial teórico levantaremos os métodos e técnicas de avaliação de
coleções, buscando seus padrões. Também será enfocado o papel dos sistemas de
gerenciamento de biblioteca dando ênfase aos tipos de sistemas de informação e tomada de
decisão.
Para dar conta dos grandes desafios que as bibliotecas universitárias enfrentam diante
do tamanho de seus acervos, da variedade de sua comunidade acadêmica e das características
dos campos científicos espera-se dispor do máximo de instrumentos possíveis para auxiliar no
processo de desenvolvimento de coleções, em especial na etapa de avaliação de coleções.
Como definido por Evans (2000) o desenvolvimento de coleções é um processo cíclico
e constante que deve ser realizado de forma rotineira pelos bibliotecários para identificar os
pontos fortes e fracos de uma coleção, corrigir suas fraquezas e servir de apoio para o
planejamento. Weitzel (2013) atualiza a composição do processo de desenvolvimento de
coleções citados por Evans (2000) e Vergueiro (1989) de seis etapas (estudo da comunidade;
política de seleção; seleção; aquisição; desbaste, incluindo o descarte e avaliação da
coleção) para nove, incorporando as respectivas políticas de aquisição, de desbastamento e de
avaliação marcando a importância da relação entre o processo e sua política. Vale ressaltar que
Vergueiro (1989) assinala que este processo se diferencia para cada tipo de biblioteca conforme
sua missão e funções. Weitzel (2013, p. 58) afirma que “o diagnóstico faz parte do
planejamento” e que ele é necessário para “mapear todo o acervo em termos de áreas e subáreas,
idioma e idade”. Para Maciel (1997, p. 19): “o diagnóstico oferece ao bibliotecário uma visão
abrangente da realidade em foco, permitindo a localização dos problemas possibilitando
tomadas de decisões coerentes e o direcionamento correto do esforço de trabalho”. Na avaliação
de coleções se efetua o diagnóstico do acervo e se identifica as possíveis falhas e lacunas no
processo de desenvolvimento da coleção adotado pela biblioteca. Igualmente também é
recomendável mapear a circulação e uso das coleções por meio de métodos quantitativos
27

comparando-o com o “tamanho” do acervo, idade ou assunto ou por classes do sistema de


classificação bibliográfica entre outros dados, tal como é recomendado pela IFLA (2001).
Apesar de estarmos no século XXI, não existem muitas ferramentas gratuitas para a
avaliação de coleções que se possam fazer uso. Dispomos do método Conspectus que é
utilizado como um instrumento para descrever os pontos fortes e a profundidade das coleções
das bibliotecas permitindo mapear as coleções e compará-las com outras, propiciando maior
controle na gestão do processo de desenvolvimento de coleções. O método Conspectus foi
criado na década de 1980 pela Research Library Group (RLG) e vem sendo adaptado e adotado
(IFLA, 2001) em diversos países. Caribé (2014, sem paginação), fez um estudo com a finalidade
de provocar discussões quanto à sua utilização também em bibliotecas brasileiras. Conforme
Schmidt (2016) existem outras ferramentas de avaliação como LibQual +
(https://www.libqual.org/home) cujo propósito é avaliar e melhorar os serviços da biblioteca;
serviços comparativos disponíveis comercialmente como Worldshare Collection Analysis
(https://www.oclc.org/en-AU/collection-evaluation.html) que são ferramentas de avaliação de
coleções em potencial, bem como o serviço Counter (http://www.projectcounter.org/about/)
que inclui o exame do uso de recursos eletrônicos.
A avaliação de coleções sempre foi o ponto mais crítico no processo de
desenvolvimento de coleções e é fundamental transformá-la em uma rotina. Figueiredo (1998,
p. 134) reforça que a avaliação “[...] para realmente obter resultado, deve ser incorporada como
um processo contínuo, fazer parte da rotina dos serviços.” E ressalta a dificuldade de sua
implantação quando diz que “colocar a avaliação como parte integral do planejamento e tomada
de decisão não é fácil”.
De acordo com Evans e Saponaro (2000) as principais abordagens do processo de
avaliação de coleções podem ser resumidas em duas: centrada nas coleções e centradas no uso.
A abordagem centrada nas coleções compreende quatro principais métodos e técnicas
destacadas pelo autor: verificação de listas, bibliografias e catálogos; opinião de especialistas;
estatísticas de uso comparativo; padrões de coleções entre outros.
Os métodos e técnicas da abordagem centrada no uso são, de acordo com Evans e
Saponaro (2000), estudos de circulação, opinião dos usuários, análise das estatísticas de
empréstimo-entre-bibliotecas, estudos de citação, estudos de disponibilidade dos documentos,
entre outros.
Larson (2008, p. 55-56) aprofunda alguns métodos de desbastamento que envolvem a
avaliação de coleções, especialmente em estudos de circulação. Sua aplicação consiste em
28

levantar no sistema da biblioteca os itens que circularam nos últimos três anos (uso) e levantar
também aqueles que não circularam nos últimos 3 anos (não uso) elaborando assim duas listas
que devem servir de ponto de partida para avaliar as coleções.
Atualmente, para promover a avaliação das coleções, a maioria dos dados é
disponibilizada pelos sistemas de gerenciamento de bibliotecas e propicia ao bibliotecário uma
visão geral de seu acervo. Ao coletar os dados, analisá-los e interpretá-los, estes passam a
constituir-se em informações que darão suporte às decisões. Klaes (1991, p. 226) indica que:

O uso da informação (dados interpretados) para a tomada de decisão está


condicionado à coleta de dados e estatística relevantes e pertinentes aos aspectos
envolvidos na questão a ser solucionada e ao objetivo a ser alcançado.

Quanto a estes dados, Lancaster (1996, p. 65) afirma que “quanto maior for a quantidade
de dados úteis à disposição do bibliotecário maior será a probabilidade de as decisões quanto
ao desenvolvimento do acervo serem tomadas de maneira mais prudente”. Desta maneira,
quanto mais dados estiverem disponíveis e correlacionados de forma ordenada, maior a
probabilidade de auxiliar a equipe bibliotecária ao executar as ações para solucionar os
impasses, identificar problemas e oportunidades. Weitzel (2013, p. 58) reflete que “a rotina do
processo de avaliação envolve planejamento, diagnóstico das coleções, aplicação de padrões e
critérios, e controle de dados de uso, valor e qualidade de um modo geral”. Achilles (2014, sem
paginação) ressalta que "a avaliação também propicia ao bibliotecário uma visão panorâmica,
que poderá influenciar o planejamento estratégico inerente à gestão das coleções" além de
“clarificar os aspectos relevantes que incidirão diretamente nas tomadas de decisão sobre o
desbastamento, incluindo o descarte, e poderá auxiliar o processo de seleção”.
Conforme Lancaster (1996) para fins de avaliação pode-se considerar a biblioteca de
várias maneiras e uma delas poderia ser através do exame dos insumos, produtos e resultados.
O objetivo estaria em determinar até que ponto os resultados desejados de um serviço foram
obtidos. Devido à dificuldade de medir o grau em que os resultados são alcançados (atender à
missão institucional), reflete que é melhor não usar os resultados desejados como critérios
diretos para a avaliação de bibliotecas. E sim, a partir dos insumos (os acervos, mais tangíveis,
quantificáveis) avaliar o quanto representam na obtenção dos produtos (serviços oferecidos,
mais qualitativos) desejados. Portanto, deve-se definir critérios de avaliação qualitativos de
sucesso para cada serviço oferecido (produto) como um bom indicador de que os resultados
(insumos e produtos) estão sendo alcançados. Com a intenção de oferecer serviços mais
eficientes e econômicos, deve-se determinar que serviços (produtos) são necessários e
29

identificar os insumos necessários. Quanto mais itens houver no acervo da biblioteca, quanto
maior a coleção de ferramentas de referência, de serviços de consultas e buscas bibliográficas,
maior será o número de questões respondidas de maneira mais completa. Portanto, os critérios
usados na avaliação dos serviços poderão predizer o grau de consecução dos resultados
(LANCASTER, 1996).
A avaliação pode ter o foco no insumo, nos serviços e nos resultados. A escolha de que
foco será dado vai depender do que se quer avaliar e, neste estudo, será focado nos insumos. A
proposta deste projeto, ao construir um protótipo capaz de aplicar aos insumos (acervos
impressos) os métodos de avaliação centrados no uso, proporciona uma avaliação dos produtos
(ex.: empréstimos ao usuário, adequação das coleções de ensino, pesquisa e extensão) e com
isso poderá torna-se um instrumento que fomenta indicadores da medida em que os resultados
são alcançados.
Nas próximas seções trataremos dos padrões em avaliação de coleções, a importância
da tomada de decisão e os tipos de sistemas de informação de apoio à decisão.

2.2.1 Em busca de padrões em avaliação de coleções

Para que uma avaliação atinja o resultado desejado é de suma importância a definição
dos dados a serem levantados e do objetivo a ser alcançado. Neste sentido, em avaliação de
coleções, os propósitos da avaliação deve ser o primeiro aspecto a ser considerado conforme
recomenda Miranda (1978, p. 27):

Cada biblioteca deve reunir, durante o levantamento, os dados que melhor se ajustem
aos seus propósitos e que conduzam à demonstração ou rejeição das hipóteses que
motivaram a análise. Aqui a raiz da questão: todo estudo deve ser feito com um
determinado propósito. É o propósito que determina que tipos de dados serão
levantados.
E quanto à seleção de que dados devem ser levantados Vergueiro (1997, p. 104) reitera:
Definir determinados agrupamentos de informação em contraposição a todos os
outros possíveis será a tarefa do desenvolvimento de coleções daqui em diante. Talvez
a importância social da atividade tenha até mesmo sido incrementada pelo advento
das tecnologias de informação eletrônica, ao invés de ter sido minimizada.

A respeito da utilização de sistemas informatizados, Lancaster (1996, p. 59) assegura


que para analisar o uso relativo “um sistema informatizado poderia ser empregado para gerar
esses dados num formato mais útil. Em particular, o sistema pode identificar as classes que se
desviam do comportamento esperado: as mais superutilizadas e as mais subutilizadas”.
30

Logo, dados sobre a circulação do acervo nas diferentes classes quando incorporados a
um sistema informatizado, faz desaparecer a necessidade de amostragem, produzindo dados
que demonstram a distribuição dos assuntos e, se compilados por um tempo suficientemente,
medirão a taxa de obsolescência (LANCASTER, 1996). Conclui que “competirá então ao
bibliotecário examinar mais detidamente estas classes, a fim de decidir porque estão se
comportando dessa forma e qual a ação corretiva que parece ser necessária.” (LANCASTER,
1996, p. 60).
Enfoque compartilhado por Figueiredo (1998) quando diz que é preciso a identificação
tanto dos assuntos e áreas menos utilizadas, quanto do núcleo dos itens da coleção que satisfaz
a demanda, os títulos individuais que requerem duplicação.
Quanto aos estudos de uso das coleções Maciel (1995, p. 6) também concorda que o uso
de formulários estatísticos adequados é de grande importância para a avaliação de coleção:

A utilização de formulários estatísticos adequados […] pode permitir a realização de


interessantes estudos de uso de coleções que podem ser detalhadas em nível de
assuntos. Tais estudos são de grande importância para subsidiar políticas de avaliação,
seleção e desenvolvimento de coleções.

Lancaster (1996, p. 52) alerta que já foi demonstrado que “o padrão de uso de livros
numa biblioteca comporta-se como uma distribuição hiperbólica - uma quantidade bastante
pequena de itens responde por uma grande proporção de todos os usos, e a maioria dos itens
tem pouco, se é que tem algum uso.” E quanto ao uso interno Lancaster (1996, p. 77) destaca
que “os dados de circulação não fornecem o quadro completo de um acervo porque deixam de
levar em conta o uso do material dentro da biblioteca.” Entretanto, ressalta que, “[...] existem
indícios que sugerem que os livros usados dentro de uma biblioteca são mais ou menos os
mesmos que os emprestados.” Portanto, o mapeamento da circulação dos materiais propicia a
demonstração da distribuição hiperbólica e se apresenta como uma boa amostragem do padrão
de uso. Quanto à análise de uso do acervo por assunto Lancaster (1996, p. 58) relata que alguns
estudos demonstram que “os padrões de uso do acervo sofrem mudanças muito lentas”.
Figueiredo (1998, p.129) acrescenta à análise dos dados da circulação a possibilidade
de delinear o padrão de uso futuro:
[...] a análise dos dados de circulação é o ponto inicial, podendo-se verificar a
quantidade e tipo de uso feito em um determinado período e delinear o padrão de uso
futuro através do uso no presente e no passado.

Miranda particulariza ainda mais o estudo do acervo por assunto quando (1978, p. 25-
27) cita um exemplo de como realizar o diagnóstico da situação do acervo em uma biblioteca
31

setorial privilegiando a compreensão das “subdivisões de classes mais detalhadas de modo a


refletir as diferentes disciplinas compreendidas nos currículos dos cursos das áreas que a
biblioteca deve atender.” Também ressalta quanto ao estudo da temática que “deve ser feito
sobre títulos e não sobre quantidade de volumes na coleção, pois a intenção é a de avaliar a
cobertura temática e não sua quantidade”. E entre outras possibilidades “a de realizar um estudo
semelhante a partir dos empréstimos efetuados no semestre e compará-lo com a coleção para
determinar que áreas permanecem ociosas e merecem ser dinamizadas e quais, de fato,
satisfazem os usuários.”
Miranda (1978, p. 25-27) complementa destacando a importância de se estudar a idade
do acervo em bibliotecas universitárias, critério menos complexo que os propostos por
Lancaster:
Outra abordagem (complementar) no estudo do acervo é o de determinar a idade do
acervo. Trata-se de um elemento de julgamento importante para o conhecimento da
potencialidade útil do material bibliográfico acumulado. Não existe uma tabela para
determinar a proporcionalidade ideal na idade do acervo ou dos idiomas nele
representados. Cabe à biblioteca, conforme os seus objetivos e segundo à
configuração mesmo de sua comunidade usuária, determinar estas variações.

Quanto ao uso relativo, ou seja, o uso ocorrido Lancaster (1998) sugere realizar
comparações com o uso esperado por assuntos e áreas, possibilitando identificar sua utilização,
seu aumento ou diminuição, que pode ser verificado pela proporção da circulação total com a
proporção de obras retiradas dentro de uma classe.
Em seu levantamento Lancaster (1996, p. 60-63) identifica diversas variantes do uso
relativo que expressam o grau de discrepância e contribuem para "chamar a atenção do
bibliotecário para as classes problemáticas". O autor discorre sobre a denominação entre a
“relação circulação/inventário” empregada por Wenger et al. (1979) que se assemelha a
denominação dada por Dowlin e Magrath (1983) de “relação inventário/uso”. Com a mesma
finalidade sinaliza que a Public Library Association (PLA) e Van House et al. (1987)
empregaram a denominação “taxa de retorno” e Trochim et al. (1980) empregaram a diferença
entre porcentagem do acervo e da circulação de cada classe como indicador de superutilização
e subutilização. Já Nimmer (1980) empregou a medida “intensidade de circulação,” enquanto
que Mostyn (1974) usou a expressão "igualdade entre oferta e demanda" e Britten (1990)
utilizou a regra dos “80/20”. Abaixo um quadro demonstrativo das técnicas destacadas aqui.
32

Quadro 1 - Demonstrativo das técnicas de uso relativo


Autores Método/Técnica Descrição

Wenger et al. Relação circulação/inventário Número de empréstimos que ocorrem


(1979, p. 61) numa classe durante um determinado
período de tempo dividido pelo número
de itens dessa classe

Dowlin e Relação inventário/uso Número de empréstimos que ocorrem


Magrath (1983, numa classe durante um determinado
p. 61) período de tempo dividido pelo número
de itens dessa classe

Van House et al. Taxa de retorno Medida de usos por item por anos para
(1987) medir o desempenho de bibliotecas
similares

Trochim et al. Diferença entre percentagem Como indicador de superutilização e


(1980, p. 62) do acervo [holdings subutilização
percentage] e percentagem da
coleção [collection
percentage]de cada classe

Nimmer (1980, Medida de intensidade de Medida de intensidade: número de


p. 61) circulação empréstimos por 100 títulos possuídos.

Bonn (1974, p. Fator de uso simples Proporção (ou percentagem) da


61) circulação que é devida a uma classe
dividida pela proporção do acervo
ocupado por essa classe. Quanto maior
o número maior a superutilização.

Mostyn (1974, Igualdade entre oferta e Referente à relação de uso relativo: uma
p. 62) demanda classe superutilizada é aquela em que a
demanda excede a oferta e vice versa no
caso de uma classe subutilizada.

Britten (1990, p. Regra dos “80/20” Regra aplicável com base para o estudo
63) de circulação em acervo completo, mas
que se pode observar diferenças entre as
classes.

Aguillar (1986, Percentagem de uso esperado Forma de definir as classes


p. 62) subutilizadas e superutilizadas

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Como exemplo da aplicação do método de análise de uso relativo por Lancaster (2004)
e do índice de “percentagem de uso esperado”, descrito por Aguillar (1983), temos a pesquisa
33

de Sousa (2017) que aplicou o método e o índice na prática como forma de identificar as classes
subutilizadas/superutilizadas e avaliar a circulação anual da biblioteca; o período de tempo sem
uso na estante e a identificação da coleção “non-core collection” 3 que possibilitaram um
diagnóstico completo e seguro indicando as inadequações e origens do problema.
Conforme descreve Schmidt (2016, p.193, tradução nossa) existe um leque de métodos
de avaliação da coleção que vão deste a análise de uso, passando pelos métodos baseados em
coleções e usuários até as técnicas quantitativas:

A avaliação da coleção engloba muitos métodos que vão desde a análise do uso
interno, circulação, sobreposição, estudos de citação e disponibilidade até testes de
entrega de documentos, exercícios de classificação de periódicos, comparações de
resultados com outras bibliotecas, verificação de listas preparadas por especialistas,
exame de padrões desenvolvidos por agrupamentos profissionais e ferramentas de
medição como Conspectus. [...] Os métodos baseados em coleções procuram
examinar o tamanho, crescimento, profundidade, amplitude e variedade das coleções.
As abordagens baseadas no usuário examinam as expectativas do usuário e a
frequência de uso de materiais por grupos específicos e geralmente focam nas falhas
do usuário para localizar os materiais necessários. Técnicas quantitativas medem
transações, examinam solicitações e identificam despesas. 4

Além disso, segundo Lancaster (1996, p. 65) “para que possa tomar decisões com
conhecimento de causa, o bibliotecário precisa dispor não apenas dos dados de uso relativos.
Seria importante também conhecer, para qualquer classe, qual o nível atual de compras e se o
uso da classe está aumentando ou diminuindo ao longo do tempo.” Segundo a IFLA (2001, p.
6, tradução nossa) “as somas gastas em aquisições em determinados assuntos e disciplinas
ilustram o compromisso constante em desenvolver essas áreas”. 5 Assim, a possibilidade de
visualizar a correlação da quantia investida com o uso relativo pode tornar a avaliação ainda
mais consistente.
Percebe-se que dispor de uma visão geral da profundidade de uma coleção, sua
organização por assunto, idioma, idade, formatos, tamanho bruto, circulação, fatores de uso,

3 “non-core collection” é definido como o restante dos livros, menos susceptíveis de serem utilizados, os quais devem ser transferidos
para outros espaços de armazenamento menos custosos, ou descartados, dependendo dos objetivos principais da biblioteca e do
valor potencial destes itens. (SOUSA, 2017)
4 Texto original: Collection evaluation encompasses many methods ranging from analysis of in-house use, circulation, overlap, citation
and availability studies to document delivery tests, journal-ranking exercises, benchmarking findings against other libraries,
checking of lists prepared by experts, examination of standards developed by professional groupings and measurement tools lik e
Conspectus. […] Collection-based methods seek to examine the size, growth, depth, breadth and variety of collections. User -based
approaches examine user expectations and frequency of use of materials by particular groups and often focus on user failures to
locate required materials. Quantitative techniques measure transactions, examine requests and identify expenditures .
5
Texto original: Las sumas gastas em aquisiciones em um segmento o materia al año ilustran el compromisso constante de desarrollar
esa área.
34

gastos etc., tanto dados quantitativos quanto qualitativos são essenciais para que se possam
realizar avaliações sistemáticas.
Neste sentido, este projeto focou no método de avaliação centrado no uso, sendo que os
padrões foram construídos internamente (a partir dos dados do próprio acervo, de suas áreas do
conhecimento, tamanho, idade, idioma etc.) e utilizou-se a técnica de estudos de circulação que
conforme Weitzel (2018, p. 170) “é uma das técnicas mais adotadas para o desbastamento e
para verificar necessidade de duplicações”. O estudo da literatura citada já proporcionou a
estruturação prévia de 4 categorias teóricas principais que orientaram a elaboração e aplicação
do protótipo, a saber: perfil da coleção, perfil do usuário, padrão de uso e não uso, dados
quantitativos e tabelas, conforme será descrito na subseção “3.2 Mapeamento dos dados”.

Quadro 2 - Categorias teóricas/empíricas


Autores Denominação pelo autor Categoria
teórica/empírica

Miranda (1978) Diagnóstico das coleções Perfil da coleção


Maciel (1995) Relatórios como instrumentos de análise
Lancaster (1996) Pontos fortes e fracos
Figueiredo (1998) Análises quantitativas de coleções
IFLA (2001) Descrição da coleção
Caribé (2014) Mapeamento das áreas temáticas

Lancaster (1996) Circulação e uso interno Perfil do usuário

Lancaster (1996) Uso relativo, análise de uso Padrão de uso/não uso


distribuição hiperbólica
obras subutilizadas /superutulizadas

Britten (1990) Regra 80/20

Larson (2008) Obras emprestadas e nunca emprestadas


Desbastamento e descarte

IFLA (2001) Quantia investida x uso relativo Dados quantitativos e


Lancaster (1996) Abordagem Quantitativa Tabelas
Bonn (1974) Data da última circulação x número ideal
de livros mais prováveis de serem usados

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.


35

2.2.2 O papel dos sistemas de gerenciamento de bibliotecas universitárias

No Brasil, “a reserva de mercado de computadores e softwares que restringiu a


importação de tecnologias entre 1976 e 1992”, atrasou enormemente a introdução em larga
escala de sistemas de automação nas bibliotecas brasileiras, especialmente as universitárias e
de pesquisa (VIANA, 2016, p. 49).
Corte (2002), em sua pesquisa, teve o mérito de mapear o cenário nacional, pós reserva
de mercado, sobre as tecnologias de informação aplicada a arquivos e bibliotecas do país (22
softwares na área de bibliotecas e 7 em arquivos). Dentre as suas potencialidades, os softwares
em sua grande maioria apresentam as seguintes características: contam com atualizações,
customização do sistema, expansão ou inclusão de novos módulos; são sistemas amigáveis e
integrados, baseados em tabelas de parâmetros para aplicações específicas e módulos integrados
de catalogação, aquisição, circulação, geração de relatórios e empréstimo entre bibliotecas;
trabalham em tempo real, atualizam o banco de dados imediatamente; apresentam flexibilidade,
como a definição de campos de pesquisa, geração de índices, exibição de telas, mensagens,
grupos de usuários; são compatíveis com o formato MARC, os padrões ISO 2709 e Z39.50,
tanto em bibliotecas especializadas, quanto universitárias e públicas; atendem as exigências do
Ministério da Educação - MEC; oferecem suporte técnico, manutenção, treinamento de usuários
e a arquitetura predominante ainda é a cliente/servidor.
Assim, os sistemas de gerenciamento contemplam as principais funções de uma
biblioteca: cadastro de materiais, de usuários, controle de empréstimos, consultas, aquisição,
relatórios gerenciais e podem ser configurados de acordo com a especificidade da biblioteca.
Esses sistemas tem por objetivo gerenciar todos os serviços (catalogação; empréstimo; consulta;
relatórios; usuários; etc.), oferecer atualizações, promover a cooperação e intercâmbio de
serviços entre bibliotecas usuárias do sistema. Além de serem flexíveis, ainda possibilitam a
personalização para cada tipo e necessidade institucional (ANZOLIN, 2009).
Segundo Tonding e Vanz (2016, p. 3) “as soluções para gerenciamento de bibliotecas
mais utilizadas pelas universidades enquadram-se na quarta geração6, como por exemplo, os
softwares Aleph (Ex Libris), Pergamum (PUCPR) e Sophia (Prima).”

6 A 1º geração se caracterizava por sistemas com foco na catalogação e na circulação, na forma de módulos
independentes, sem integração entre estes módulos. Na 2º geração, os fabricantes passaram a preocupar -se com a
interligação de módulos, mas as interfaces ainda eram rudimentares e a utilização dos sistemas dependia de menus.
A 3º geração disponibilizou relatórios padronizados e a opção para a biblioteca definir aqueles de seu interesse,
conforme as necessidades dos gestores. Na 4º geração, a importação e exportação de registros passaram a ser
totalmente integrada e facilitada, a arquitetura cliente-servidor permitiu o acesso a outros servidores da internet e os
usuários finais podiam consultar os catálogos a partir de múltiplas mídias (TONDING; VANZ, 2018, p. 77).
36

Observa-se nos países estrangeiros, a partir de 2012, uma crescente substituição por
plataformas de serviços de bibliotecas que se configuram na quinta geração, sendo que no Brasil
é pequeno o interesse por estas soluções (TONDING; VANZ, 2018). Considerada como “Nova
Geração”, suas características inovadoras são: foco nos processos, nuvem computacional,
software como serviço, arquitetura multiusuário, operação totalmente na Web, gestão unificada
de recursos e dados analíticos para tomada de decisão. Tyagi e Senthil (2015) identificam que
“os produtos mais populares amplamente conhecidos são WorldShareTM Management
Services by OCLC@, Alma by Ex Libris, Sierra by Innovative Interfaces, IntotaTM by Serials
Solutions, Open Library Environment (OLE) by Kulali@ e Open Skies by VTLS3.”
O uso da tecnologia em nuvem não é novo na prestação de serviços de biblioteca, já que
existia na década de 1980 a pesquisa em bancos de dados online, a disponibilidade de
Personal Computer (PCs) e Modems (inicialmente 300 bps); o Public Switched Telephone
Network (PSTN) na década de 1990 e a disponibilização de periódicos eletrônicos na internet.
(TYAGI; SENTHIL, 2015). Porém, os autores reconhecem que “seu uso na prestação de
serviços de acervos de bibliotecas com coleções impressas e digitais usando tecnologia em
nuvem ainda é tarefa desafiadora em todo o mundo (TYAGI; SENTHIL, 2015, p 412).
Entretanto, a adoção das plataformas de serviços de bibliotecas ainda demandará uma
mudança e amadurecimento técnico das bibliotecas universitárias no Brasil (TONDING;
VANZ, 2018) e conforme Santa Anna (2015, p.323) aponta “os profissionais se veem diante de
um novo espaço de trabalho, permeado pelas diversificadas ferramentas tecnológicas que
exigem novos métodos de trabalhos a serem incorporados no fazer bibliotecário.”
Quanto à atualização dos sistemas tradicionais Tyagi e Senthil (2015, p.413-,415,
tradução nossa) informam que:

Em países desenvolvidos, vários fornecedores atualizaram ou estão em processo de


atualização de seus sistemas tradicionais de biblioteca (ILS) para plataformas de
serviços de biblioteca para aproveitar todas as vantagens da tecnologia em nuvem. [...]
No entanto, não é obrigatório usar a computação em nuvem de uma só vez. [...] As
inúmeras opções devem ser consideradas antes de chegar a uma conclusão sobre um
aplicativo, provedor/fornecedor e modelo. Isso só pode ser feito definindo prioridades
e serviços oferecidos pelas bibliotecas.7

7
In developed countries, number of vendors have either upgraded or are in the process of upgrading their traditional library s ystems
(ILS) to library service platforms to take the full advantages of cloud technology. [...] However, i t is not mandatory to use cloud
computing in one go. [...] The numerous options should be considered before coming to a conclusion about an application,
provider/vendor and model. This can only be done by setting priorities and services offered by librarie s.
37

Evidencia-se que mesmo com o surgimento de novas tecnologias “as bibliotecas sempre
precisarão adotar soluções múltiplas e combinadas de softwares e dispositivos diversos para
tentar atender os desejos e necessidades das pessoas” (VIANA, 2016, p. 79).
Enquanto ocorre a transição para a 5ª geração, a utilização de relatórios gerenciais dos
sistemas de gerenciamento de bibliotecas de 4ª geração se mantém presente no cenário
brasileiro. Como relata Tonding e Vanz (2018, p.7):

As bibliotecas atualmente possuem diversos silos de informação, tais como, o sistema


para gerenciamento de bibliotecas para o acervo convencional, o catálogo da
biblioteca, os repositórios institucionais ou temáticos, as interfaces para acesso aos
periódicos eletrônicos e e-books, as bases de dados, sistemas para gerenciamento dos
recursos eletrônicos etc.

Muitas instituições, diversos tipos de bibliotecas e unidades de informação buscam


construir sua infraestrutura de recursos de informação que são importantes para o planejamento,
a análise e avaliação do desempenho das atividades e serviços que a biblioteca dispõe para o
atendimento de suas demandas e, sobretudo, para instrumentalizar a tomada de decisão em
relação ao acervo. Dessa maneira, trataremos este tema na próxima seção.

2.2.2.1 Tomada de decisão

Segundo Laudon (2011) os sistemas de informação são umas das principais


contribuições para melhorar a qualidade da tomada de decisão e essa melhoria para as empresas
se traduz em uma redução de custos, aumento do faturamento e eficiência. Para cada nível em
uma organização existem diferentes tipos de decisões:

Decisões não estruturadas são aquelas em que o responsável pela tomada de decisão
deve usar seu bom-senso, sua capacidade de avaliação e sua perspicácia na definição
do problema. Cada uma dessas decisões é inusitada, importante e não rotineira, e não
há procedimentos bem compreendidos ou predefinidos para tomá-las. Decisões
estruturadas, ao contrário, são repetitivas e rotineiras e envolvem procedimentos
predefinidos, de modo que não precisam ser tratadas como se fossem novas. Algumas
decisões têm características dos dois tipos precedentes, por isso são chamadas de
semiestruturadas; nestes casos, apenas parte do problema tem uma resposta clara e
precisa, dada por um procedimento aceito (LAUDON, p.234).

Os executivos costumam enfrentar decisões não estruturadas, já os gerentes de nível


médio tendem a tomar decisões semiestruturadas e a gerência operacional normalmente requer
a tomada de decisões rotineiras, ou seja, estruturadas. Portanto, existem diferentes tipos e níveis
de decisão.
38

Referenciando-se nos quatro estágios do processo da tomada de decisão de Simon


(1960), a saber: inteligência, concepção, seleção e implementação, Laudon (2010) faz a
correspondência com os quatro processos de resolução de problemas onde:

Inteligência consiste em descobrir, identificar e entender os problemas que estão


ocorrendo na organização: por que existe um problema, onde ele está e qual o seu
efeito. A concepção envolve a identificação e investigação das várias soluções
possíveis para o problema. A seleção consiste em escolher uma das alternativas de
solução. A implementação da solução envolve fazer a alternativa escolhida funcionar
e continuar a monitorar em que medida ela está funcionando (LAUDON, 2010, p.
345).

São diferentes atividades que devem ser realizadas para se tomar decisões e, neste
processo, os sistemas de informação ao tornarem os dados disponíveis para as organizações
propiciam melhores decisões que podem ser avaliadas através das dimensões da qualidade
descritas no Quadro 3:
Quadro 3 - Qualidades de decisões e processo de decisão

Fonte: Laudon (2011, p. 347)

Conforme o quadro acima a avaliação das decisões tomadas deve levar em conta a
realidade, os fatos e circunstâncias, as preocupações e interesses das pessoas envolvidas, o
tempo e recurso disponíveis e devem ser compartilhadas com todos e ser o resultado de um
processo conhecido por todos, contemplando assim, as dimensões da qualidade do processo de
decisão.

2.2.2.2 Tipos de sistemas de informação

A gestão das informações não se resume apenas a um aspecto, os bons gestores precisam
coletar, gerenciar, mensurar e distribuir as informações de uma maneira que gere insights
relevantes ao negócio e para que os dados sejam processados corretamente. Trataremos aqui
39

dos sistemas de informação de apoio à decisão. Para apoiar os diferentes tipos e níveis de
decisões existem quatro tipos de sistemas:
Os sistemas de informações gerenciais (SIG) fornecem resumos e relatórios de rotina
com dados no nível de transação para a gerência de nível operacional e médio,
oferecendo, assim respostas a problemas de decisão estruturada e semiestruturada. Os
sistemas de apoio à decisão (SAD) fornecem ferramentas ou modelos analíticos para
analisar grandes quantidades de dados, além de consultas interativas de apoio para
gerentes de nível médio que enfrentam situações de decisões semiestruturadas. Os
sistemas de apoio ao executivo (SAE) são sistemas que fornecem à gerência sênior,
normalmente envolvida em decisões não estruturadas, informações externas (notícias,
análises do mercado acionário, tendências setoriais) e resumos de alto nível quanto ao
desempenho da empresa. Os sistemas de apoio à decisão em grupo (SADG) são
sistemas especializados que oferecem um ambiente eletrônico no qual gerentes e
equipes podem coletivamente tomar decisões e formular soluções para problemas não
estruturados e semiestruturados.” (LAUDON, 2010, p.326).

Cada um dos sistemas, nos níveis operacional, gerencial ou estratégico, fornece


informações sob a forma de relatórios ou ferramentas, notícias, análises, resumos ou tendências
para o apoio à tomada de decisão possibilitando analisar o desempenho das organizações e
assim, apoiar os gerentes no monitoramento e controle dos negócios.
Existem também os sistemas inteligentes de apoio à decisão baseados em inteligência
artificial que se propõem em simular comportamentos e padrões humanos para apreender o
conhecimento coletivo e individual e sistemas de gestão do conhecimento que oferecem
ferramentas de descoberta, comunicação, colaboração tornando mais acessível o conhecimento
e incorporando aos negócios da empresa (LAUDON, 2010).
Abordou-se aqui os tipos de solução e sistemas de apoio às decisões, cada um com suas
características, que reúnem dados e atendem a uma determinada fatia de interesses dos gestores.
Podemos situar os sistemas de gerenciamento de bibliotecas como ferramentas que
disponibilizam as informações no formato de relatórios e estatísticas e subsidiam a tomada de
decisão dos gestores, da equipe da biblioteca etc. Entende-se que estes sistemas se comportam
como SIGs, propiciando apoio às decisões operacionais e gerenciais estruturadas e
semiestruturadas. Neste projeto, pretende-se extrair os dados dos relatórios gerenciais e por
meio de uma ferramenta de visualização facilitar a análise e a tomada de decisão para atender
a uma determinada fatia de interesses dos gestores, no caso aos gestores e equipes das
bibliotecas universitárias, no processo de avaliação de coleções.
40

2.3 A contribuição da visualização da informação

Nesta seção serão abordadas as tendências referentes à visualização da informação, sua


aplicação nas bibliotecas, seus benefícios e ferramentas. A visualização da informação é uma
área que atualmente tem participado muito ativamente nas áreas de ensino, pesquisa e
desenvolvimento tecnológico com um grande impacto. Trata-se de um conceito simples: obter
maior compreensão e apreensão da informação que está presente nos dados e suas relações
envolvendo as técnicas, o potencial utilizador e os dados (CARVALHO; MARCOS, 2009).
Quanto à tendência da aplicação da visualização da informação e de aplicativos de
bibliotecas utilizarem este recurso, Mischo e Schlembach (2018) ressaltam que as universidades
estão incluindo em seus interesses, o desenvolvimento de ferramentas de visualização e painéis
analíticos de dados, pois facilitam a tomada de decisão internas e nos serviços de informação.
Constatam também que cresce a literatura sobre os aplicativos de bibliotecas que utilizam as
tecnologias de visualização e essas visualizações tem se direcionado para melhorar o processo
de desenvolvimento de coleções, a avaliação, análises de assunto, serviços de biblioteca e
marketing. Dentre os exemplos estão os aplicativos que:
a) mostram gastos em várias áreas temáticas em comparação com a matrícula de alunos e
o número de cursos nessas áreas;
b) comparam dados de diferentes seções da coleção de livros da biblioteca;
c) promovem interativamente coleções de bibliotecas e prioridades de digitalização;
d) desenvolvem aulas de visualização de dados em programas de graduação;
e) produzem visualização de métricas de impacto de pesquisa.
Diversos usos da visualização da informação estão sendo feitos no contexto das
bibliotecas e estes potencializam e inovam nos serviços oferecidos aos usuários e também no
fazer do bibliotecário que vê sua ferramenta de trabalho se expandir.
Quanto a utilização de ferramentas, Chen (2017) descreve também vários exemplos de
projetos de visualização desenvolvidos por bibliotecas, que demonstram o valor da visualização
como uma ferramenta para descoberta e análise de dados, com o intuito de apoiar a
compreensão de dados, dentre os quais se destaca:
a) a criação de uma infraestrutura de visualização calculada em tempo real para mostrar os
cenários de circulação das coleções na biblioteca;
b) a elaboração de infográficos para entregar mensagens da biblioteca, na promoção de
eventos e atividades da biblioteca;
41

c) a utilização da visualização de informações para contar histórias e envolver os usuários;


d) a colaboração com a pesquisa para ajudar os pesquisadores a identificar questões de
pesquisa e descobrir novas direções de pesquisa.
Observa-se que com o uso destas novas ferramentas é possível criar, elaborar e utilizar
a visualização da informação para os mais diversos fins, tanto de forma quantitativa como
qualitativamente, não apenas para mapear os dados ou apoiar a tomada de decisão, mas como
uma forma de interagir e propiciar a educação continuada do usuário e colaboração com os
pesquisadores.
Já Mischo e Schlembach (2018) elencam os benefícios que a visualização de
informações proporciona aos usuários:
a) concentrarem-se nas informações que mais importam;
b) ver padrões para fazer conexões e tirar conclusões dos dados;
c) raciocinar a partir de grandes quantidades de informações;
d) construir novos conhecimentos;
e) descobrir e compreender melhor os relacionamentos,
f) além de tornar os dados acessíveis a todos os usuários e não apenas àqueles que possuem
habilidades analíticas avançadas.
Os benefícios ocorrem em diversos níveis, sua aplicação para mapear os dados e torná-
los visualizáveis e interativos aplicando-os para melhorar serviços; para projetos de descoberta
e análise de dados como também suas características próprias propiciam revelar padrões em
grandes quantidades de dados, melhoram a compreensão e são acessíveis a um público maior.
Ware (2000 apud LUNARDI, 2008, p. 19) expõe cinco vantagens que a visualização de
informações oferece quando utilizada de forma eficiente:

Compreensão - a visualização permite a compreensão de grande quantidade de


informação;
Percepção - a visualização revela propriedades do dado que não podem ser
antecipadas;
Controle de qualidade - a visualização permite o controle de qualidade dos dados,
porque os problemas se tornam imediatamente aparentes;
Foco mais contexto - a visualização facilita a compreensão de um aspecto dentro do
contexto geral dos dados em que esse encontra;
Interpretação - a visualização apoia a formação de hipóteses que propiciam futuras
investigações.

A visualização da informação melhora a interface e o ambiente do usuário, podendo ser


usada para promover a colaboração entre bibliotecas e pesquisadores; como ferramenta de
descoberta; para a gestão do conhecimento e para a comunicação acadêmica. No caso das
42

bibliotecas, a visualização as torna mais competitivas, pois passam a ter a capacidade de


processar e interpretar dados com mais facilidade, além de fornecerem um formato mais fácil
de entender grandes quantidades de informações (MISCHO; SCHLEMBACH, 2018).
Conforme relata Chen (2017, p. 21, tradução nossa) sobre a interatividade das ferramentas de
visualiação em relação ao usuário:
Essa função interativa desempenha um papel importante no aprimoramento da
experiência de interação do usuário de uma visualização: os recursos dinâmicos não
apenas permitem que a visualização revele diferentes camadas de informações
incorporadas aos dados, mas também possibilitam abordar os diferentes interesses e
focos de exploração dos usuários.8

Ao propiciar a compreensão, a percepção, o foco, o controle da qualidade e interpretação


dos dados com maior eficiência tem tornado e tornará a visualização da informação em uma
ferramenta auxiliar de grande valia nos processos de uma biblioteca e nos serviços oferecidos
aos usuários.
Por fim, outra vantagem ressaltada por Finch e Flenner (2016, p. 776, tradução nossa)
seria diálogo entre os profissionais que também fica favorecido:
Ao criar visualizações de dados que são claramente compreendidas à primeira vista,
sem explicações extravagantes, os bibliotecários poderão ter conversas significativas
resultando em tomadas de decisão livres e imparciais.9

Segundo Zhu e seus colegas (2014) as técnicas de visualização de dados interativos têm
evoluído rapidamente permitindo micro informações detalhadas, que possibilitam a
visualização de detalhes de um determinado dado, como informações macro agregadas,
formando um conjunto das informações pertinentes ao tema abordado, exibidas em um único
gráfico. Aponta que muitas ferramentas especializadas como Tableau (2015), SiSense Prism
(2015), Spotfire (2015), FusionCharts (2015), surgiram com soluções amigáveis para a
visualização interativa de dados. Também, encontram-se alternativas de código-fonte
livre/aberto como o D3.js (2015) uma biblioteca Javascript para visualização de dados.

8 This interactive function plays an important role in enhancing a visualization’s user interaction experience:
the dynamic features not only allow the visualization to reveal different layers of information embedded
within the data, but they also make it possible to address the different exploration interests and focuses
from the users.
9 The changing landscape of collection development calls for a more accurate, unbiased, and objective view
of library holdings using a combination of data gathering to give an overall picture of the strength or
weakness of the collection.33 In creating data visualizations that are clearly understood at a glance,
without extravagant explanation, librarians will be able to have meaningful conversations resulting in free
and impartial decision making.
43

De acordo com o tipo de visualização que se deseja criar, a escolha de uma ferramenta
vai depender do tipo de dados e fontes a serem usados, o layout, as preferências do utilizador,
entre outros requisitos. Em sua reportagem Rancea (2021, tradução nossa) identifica diversas
ferramentas de visualização gratuitas:

WebDataRocks - é essencialmente uma tabela dinâmica de visualização de dados em


tempo real que exibe dados precisos gerados a partir de arquivos JSON e CSV.
Tableau Public - versão gratuita que se conecta diretamente a uma ampla variedade
de fontes de dados, incluindo o Planilhas Google e o Excel. A permissão de
armazenamento se estende a 10GB. A única ressalva é que todas as visualizações são
públicas.
D3.js - “Data Driven Documents”, uma biblioteca Javascript para visualização de
dados que se integra a várias plataformas e navegadores da web. Não é ideal para
iniciantes porque requer codificação.
FusionCharts - a ferramenta suporta arquivos XML e JSON, integra uma ampla
variedade de plataformas e dispositivos e acomoda versões desde o Internet Explorer
6. Apenas permite que os usuários experimentem todos os gráficos sem pagar.
Datawrapper - ferramenta de código aberto para criação de visualizações atraentes,
adequadas para notícias.
Chartbuilder - o processo de ativação do aplicativo envolve a codificação Python,
carrega os dados no formulário do CSV ou obtidos diretamente de um link do
Planilhas Google. Infelizmente, as visualizações resultantes não são dinâmicas e
interativas.
Google Charts - sistema portátil que pode funcionar bem em todas as plataformas e
navegadores, interface extremamente simples, amigável e gratuita, oferece uma ampla
gama de modos de visualização de dados.
Charted - A geração de imagens requer apenas que se cole o link do arquivo, mas
cria apenas gráficos de barras e gráficos de linhas, incluindo gráficos empilhados.
OpenHeatMap - ferramenta especificamente otimizada para mapas de calor para
formar uma exibição intuitiva de dados geográficos que importa dados de Planilhas
Google, Excel ou CSV.
Google Data Studio - foi criado para melhorar a tomada de decisões, gerando
visualizações de dados detalhadas, configura vários pontos de vista de dados, bem
como painéis e pode associar o Google Data Studio a outros serviços do Google, como
o Google Analytics, o Google AdWords, o YouTube etc.

Não podemos esquecer que é importante considerar o desempenho destas novas


ferramentas de visualização da informação nos quesitos de qualidade de uso, qualidade da
visualização, qualidade da interação e qualidade da informação para assim, reunir informações
e identificar melhorias do contato do usuário com estes formatos de visualização e a análise de
dados (MATSUBA, 2021 apud MARGHESCU et al., 2004).
Os sistemas de gerenciamento de bibliotecas de 4º geração trabalham com relatórios e
as técnicas de visualização da informação que poderão agregar maior valor ao permitir que os
dados referentes ao perfil das coleções e de uso possam ser reunidos em um mesmo relatório,
preenchendo as lacunas criadas pela compartimentação dos relatórios. Veremos na próxima
seção como foi realizada a construção do protótipo para possibilitar o agrupamento dos dados.
44

3 CAMPO EMPÍRICO

Nesta seção, será descrita a maneira como o instrumento foi elaborado para
proporcionar a visualização dos dados do acervo impresso de uma biblioteca setorial
universitária com base nos relatórios de seu sistema de gerenciamento, a partir das categorias
levantadas na literatura especializada. A visualização proposta foi construída de modo a facilitar
análises de várias características do acervo sobre a mesma base de dados filtrada.
Esta seção está dividida em 5 (sete) partes: estudo de caso, mapeamento dos dados, a
ferramenta Google Data Studio, o protótipo, a descrição do protótipo, versões e resultados e
discussão.

3.1 Estudo de caso

O método adotado neste projeto foi o estudo de caso que proporciona investigar um caso
em seu contexto real e responder às questões de “como?” e “por quê. A partir do caso escolhido
foi possível propor um instrumento sob a forma de um protótipo a fim de contribuir para o
estabelecimento do processo de avaliação de coleções impressas de forma rápida, sistemática e
com menos custos.

3.1.1 A Biblioteca Setorial

Para que o protótipo pudesse ser desenvolvido, foi escolhida uma biblioteca setorial de
um sistema de bibliotecas universitárias que concordou em ceder os dados anonimamente.
Trata-se de uma biblioteca fundada na década de 2010 para atender a área de engenharia de
produção e conta com menos de 400 alunos e um lastro de uso entre 2015 e 2020. O acervo
impresso é caracterizado por livros, obras de referência e anais de evento. Em média, o acervo
apresenta 300 títulos e 1000 exemplares. A escolha de uma biblioteca com um acervo menor
permitiu que as associações propostas pelo instrumento fossem testadas e realizadas de uma
forma mais rápida. A proposta inicial foi verificar se o protótipo realizaria as associações dos
dados conforme previsto no projeto. Foi realizado um teste com um acervo maior de cerca de
96.000 títulos com 183 mil exemplares e em média levou de 1 a 2 minutos para a primeira
montagem da visualização. A partir do painel de visualização montado, a pesquisa aos dados
leva em média de 25 a 30 segundos para cada pesquisa efetuada, o que é considerado um tempo
bastante aceitável pela quantidade de dados envolvidos. Não podemos esquecer que é
45

importante considerar outras variáveis, como a capacidade do computador e da internet


utilizados. Posteriormente, poderão ser realizados outros testes para verificar o limite máximo
de dados que a ferramenta de visualização suporta para o protótipo apresentar os resultados
esperados.

3.1.2 O Pergamum
O Sistema Pergamum, sistema integrado de bibliotecas de 4ª geração, foi o sistema
utilizado neste estudo de caso. Sistema que foi desenvolvido em 1988 a partir de um trabalho
final de graduação do Curso de Ciência da Computação do Centro de Ciências Exatas e
Tecnológicas da Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR e que se encontra entre
os principais softwares pagos disponíveis no mercado brasileiro (ANZOLIN,2009).
Para detalhar suas especificidades, recorremos à descrição de Pinho e Melo (apud
Pontifícia Universidade Católica do Paraná, 2011, p.43) que informa:

É um software de gestão de bibliotecas e contempla os principais processos desde a


aquisição até a disseminação da informação. [...] executa todo o gerenciamento
integrado dos dados e funções da biblioteca, inclusive o gerenciamento de diferentes
tipos de materiais bibliográficos e informacionais criando bases de dados de
informações bibliográficas e documentais.

Sua estrutura está dividida em 09 (nove) módulos:


a) Parâmetros;
b) Aquisição;
c) Catalogação;
d) Circulação;
e) Relatórios e Estatísticas;
f) Consulta ao catálogo;
g) Internet;
h) Usuários e
i) Módulo Diversos.

A visualização de dados gerenciais proposta neste projeto foi desenvolvida a partir do


módulo “Relatório e Estatísticas” que acompanha e quantifica as atividades desenvolvidas e
serviços prestados pela biblioteca e são indispensáveis para o gerenciamento das coleções,
apoio à tomada de decisão e no processo de planejamento.
46

Utilizando a tecnologia da visualização da informação, a proposta foi agregar maior


valor integrando os relatórios existentes no Sistema Pergamum, ou seja, o agrupamento e a
visualização das informações relativas ao perfil das coleções como suas áreas, idade, idioma e
seu uso e não uso, de forma integrada, clara e abrangente em um só espaço de interação. Foram
utilizados 4 (quatro) relatórios que atenderam às categorias elencadas na literatura de avaliação
de coleções e que serão detalhados na seção 3.2 intitulada “Mapeamento dos dados”.

3.2 Mapeamento dos dados


O mapeamento dos dados foi dividido em quatro etapas: coleta dos dados brutos;
seleção dos dados por categoria; cruzamento de dados e identificação dos gráficos para a
visualização dos dados.
Na primeira etapa foi realizada a coleta dos dados brutos a partir dos relatórios do
Software Pergamum, disponibilizados no formato Excel, que continham dados do perfil das
coleções, da circulação e dados quantitativos. Em relação ao perfil das coleções foram
utilizados os relatórios “levantamento bibliográfico” e “conferência de materiais” e para a
circulação, os relatórios “materiais emprestados” e “materiais nunca emprestados”. Para os
dados quantitativos e tabelas foram coletados dados de todos os 4 (quatro) relatórios.
Na segunda etapa, foi realizada a seleção dos dados para cada uma das quatro categorias
teóricas elencadas na literatura conforme visto em “Métodos e técnicas de avaliação de coleções”
na seção 2.2. Segue abaixo um quadro demonstrativo dos dados selecionados.

Quadro 3 - Seleção dos dados por categoria


Categorias Dados selecionados
Perfil da Coleção áreas do conhecimento e subdivisões, autor, título, subtítulo, tipo de
obra, assunto; classificação; idioma; idade; data do cadastro; modo de
aquisição; valor da aquisição; localização; situação do exemplar
Perfil do Usuário tipo de usuário
Perfil de Uso e materiais emprestados; materiais nunca emprestados
Não Uso
Dados total de títulos; total de exemplares; total de empréstimos; total do valor
Quantitativos e da aquisição
Tabelas
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Na terceira etapa, foram criadas três planilhas, campos de apoio e funcionalidades para
permitir o cruzamento dos dados e assim, compor a base de dados para alimentar os gráficos
do painel de visualização.
47

Na quarta etapa foram identificados os gráficos mais eficientes para representar cada
categoria. Foram selecionados os seguintes gráficos: gráficos de barras, de pizza e de séries
temporais, caixas de busca (filtros), visão geral dos dados quantitativos e tabelas. Cada uma
das formas de representação gráfica e numérica (nº percentual ou nº absoluto) foi escolhida por
terem um melhor desempenho em demonstrar os dados e promover a sua fácil interpretação.
Como a maioria das ferramentas de visualização, uma vez que os gráficos forem
inseridos e o relatório visual estiver pronto, basta ao usuário clicar em qualquer um dos
elementos de dados existentes no relatório para direcionar à informação desejada.

3.3 A ferramenta Google Data Studio

Com base na revisão da literatura, foi escolhida a ferramenta de visualização Google


Data Studio para a elaboração do protótipo. É uma ferramenta gratuita com inúmeros recursos,
tais como, diversos tipos de gráficos, tabelas, métricas e indicadores para embasar a tomada de
decisões e que também são oferecidas pela maioria das ferramentas pagas. A última atualização
do produto é de 4 de novembro de 2021 e continua evoluindo a partir do engajamento da
comunidade de usuários no fórum de ajuda e nas solicitações de recursos e também permite a
integração com mais de 800 conjuntos de dados de outras plataformas, como as planilhas do
Google, Facebook, YouTube Analytics etc. Segundo Casarotto (2019) a ferramenta Google
Data Studio apresenta diversas facilidades:
É possível utilizar templates, personalizar os relatórios e adicionar os mais variados
elementos visuais. [...] Toda a equipe pode visualizar, editar e interagir nos painéis,
em dispositivos diferentes, com atualização em tempo real. [...] Fácil de usar, editar,
personalizar e compartilhar os arquivos sem dificuldade.

O Google Data Studio também oferece diversas opções de gráfico para os relatórios,
tais como:
• áreas;
• gráficos em barra;
• gráficos em pizza;
• gráficos de dispersão;
• mapas;
• tabelas;
• tabelas dinâmicas;
• séries temporais.
48

É possível incluir caixas de seleção e controle de período, não sendo necessário criar
vários relatórios diferentes, bastando selecionar as informações necessárias. Permite também
compartilhar os dados e relatórios, convidar outros usuários para visualizar e definir o nível de
acesso. Os visualizadores também podem interagir com os dados, filtrar, baixar e realizar outras
ações (CASAROTTO, 2022).
O Google Data Studio facilita a criação de exibições dinâmicas, possibilita a criação de
gráficos, tabelas e outros recursos visuais de representação, além de trabalhar com métricas e
dimensões e permitir a conexão com diferentes plataformas de dados. Estas características
preenchem os requisitos de eficiência ao possibilitar a criação de novos serviços à biblioteca
sem necessidade de grandes investimentos por parte da universidade. A ferramenta está em
constante atualização conforme visto acima, por meio de sua comunidade de usuários e pode
oferecer cada vez mais possibilidades de refinamento e alcance das buscas.
Não podemos esquecer, entretanto, que uma ferramenta gratuita não significa que não
haverá custos. Investimentos em mão-de-obra para manter a ferramenta operacionalmente,
banco de dados, treinamentos, entre outros que deverão ser considerados no planejamento.

3.4 O Protótipo

Com base na revisão de literatura foi possível construir um quadro referencial teórico
composto por 4 (quatro) categorias conforme visto em “Em busca de padrões em
avaliação de coleções” na seção 2.2.1: Perfil da coleção; Perfil do usuário; Padrão de uso
e não uso e Dados quantitativos e tabelas.

a) Perfil das coleções: os dados utilizados foram extraídos do relatório do


“levantamento bibliográfico” e “conferências de materiais” referentes às áreas
e suas subdivisões, assuntos, autores, títulos, subtítulos, idade, idioma, tipo de
obras, data do cadastro, modo de aquisição, situação localização do exemplar.

b) Perfil do usuário: a fim de compor o perfil do usuário, os dados foram


extraídos do relatório de “materiais emprestados” que identifica todos os tipos
de usuários cadastrados no sistema Pergamum, que são os alunos de
graduação, pós-graduação, professores, servidores da UFF e prestadores de
serviços.
49

c) Padrão de uso e não uso: para compor essa visualização utilizou-se os dados
referentes aos “materiais emprestados” e “nunca emprestados” tal como
sugere Larson (2008), o que permitiu identificar as coleções subutilizadas,
superutilizadas e não utilizadas nos termos apresentados por Lancaster (1996).

d) Dados quantitativos e Tabelas: foram fornecidos por cada relatório utilizado


e mostram os totais gerais/parciais de títulos, exemplares,
usuários/empréstimos e o valor do patrimônio em Real permitindo a
visualização do desempenho ou da situação relativa, que se altera
dinamicamente a cada busca realizada. As tabelas apresentam a listagem dos
dados pesquisados, tanto referentes às coleções como à circulação. E os dados
gerados nas tabelas podem ser baixados (download) em formato Excel.

O painel de visualização foi construído através de gráficos que demonstram o


quantitativo do acervo, a circulação nas grandes áreas e subáreas, as séries temporais dos
empréstimos por ano e por período e, por caixas de busca, identificando o quantitativo das obras
que tiveram ou não empréstimos, conforme pode ser visto na Figura 1.
50

Figura 1 - Protótipo

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Figura 2 – Instruções de Uso

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.


51

Na parte inferior do protótipo foi inserido um pequeno manual intitulado “Instruções


de Uso” (Figura 2) que pretende servir de apoio ao utilizador no intuito de facilitar seu primeiro
contato com a ferramenta de visualização, quanto aos termos utilizados e algumas formas de
funcionamento da ferramenta. Treinamentos posteriores podem ser realizados para
potencializar o uso e apreensão das inúmeras possibilidades.

3.4.1 Descrição do painel de visualização

A visualização inicial, antes de qualquer busca ser empreendida, já revela as


características principais da biblioteca e, a princípio, desempenha o papel de um relatório geral
apresentando:
a) os itens do acervo que são mais utilizados por área e subárea;
b) o período de maior empréstimo;
c) qual o tipo de usuário cadastrados mais presente na biblioteca;
d) a idade predominante do acervo;
e) o idioma principal do acervo;
f) a distribuição hiperbólica do acervo;
g) o quantitativo dos itens nunca emprestados por área.
Conforme pode ser observado no protótipo (Figura 1), as informações gerais do Acervo
foram inseridas na “Barra de Identificação Superior” (Figura 3), organizada de forma a
identificar em primeiro lugar o nome da biblioteca, o tipo de acervo que será visualizado e os
dados quantitativos gerais relativos aos títulos, aos exemplares, à circulação, aos usuários e ao
valor do patrimônio.

Figura 3 - Barra de Identificação Superior

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

A seguir, apresenta-se os gráficos das grandes áreas do conhecimento, o “Acervo” e em


paralelo o de sua “Acervo/Circulação” (Figura 4), que apresentam os valores para os títulos e
os exemplares separadamente. Nestes gráficos foram acrescentadas caixas de busca para
contemplar outras informações essenciais ao acervo como as “Grandes Áreas”, "Áreas",
"Assunto" e “Tipo Obra”. Foi decidido não criar gráficos para todas as informações para não
dispersar a atenção. O quantitativo poderá ser visualizado em valores percentuais e/ou absolutos.
52

Figura 4 - Acervo / Circulação

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Os próximos gráficos “Circulação por ano” e “Tipo de Usuários” (Figura 5) demonstram


a série histórica do uso dos materiais e, a seu lado, o “Tipos de Usuários” mapeia os usuários
cadastrados da biblioteca. Outras caixas de busca foram incluídas referentes a dados
complementares do acervo como tipo de aquisição, localização e situação do exemplar evitando
a criação de mais gráficos, aumentando as possibilidades de pesquisas correlacionadas, sem
ampliar o tamanho do painel de visualização.

Figura 5 - Circulação por Ano e Tipo de Usuários

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Logo abaixo, foram incluídos 4 (quatro) gráficos (Figura 6) para as subáreas (Acervo
(subáreas)) e seu uso (Circulação (subáreas)) com a possibilidade de refinar a busca por autor,
título, subtítulo e título N e também a identificação da idade e do idioma do acervo apresentando
caixas de busca para verificar o seu uso e a data do cadastro dos itens no acervo.
53

Figura 6 - Acervo (Subáreas) / Circulação (Subáreas) / Idade / Idioma

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Para refinar as pesquisas de uso foram criados 3 (três) gráficos (Figura 7): 1 (um) gráfico
para determinar os “Empréstimos por período” e 2 (dois) que ajudam a mapear os itens
emprestados/nunca emprestados por cada área pesquisada “Padrão de Uso por Áreas” e em
percentual “Padrão de Uso”.

Figura 7 - Empréstimo por Período / Padrão de Uso por Áreas / Padrão de Uso

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Foi incluída a “Barra de Identificação Inferior” (Figura 8) que replica os dados


quantitativos dos títulos, exemplares, patrimônio em Real, usuários e empréstimos, facilitando
perceber a alteração dos quantitativos em conjunto com os dados das tabelas.

Figura 8 - Barra de Identificação Inferior

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.


Para a visualização dos itens do acervo foram inseridas duas tabelas (Figura 9): uma
intitulada “Acervo” para os títulos e totais de exemplares do acervo e outra, “Circulação,” para
os títulos e exemplares emprestados. As colunas podem ser alteradas de posição, retiradas ou
acrescentadas (dentre os disponíveis) para atender aos objetivos de avaliação da biblioteca.
54

Figura 9 - Tabelas: Acervo e Circulação

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.


A partir do objetivo de avaliação definido pela biblioteca, as buscas irão apresentar as
visualizações desejadas com as tabelas correspondentes que poderão ser exportadas (download)
em planilhas Google na ordem que for definida previamente.

3.4.2 Categorias

Nesta seção foi descrito cada gráfico utilizado para elaborar o instrumento a partir das
4 (quatro) categorias propostas: Perfil da Coleção, Perfil do Usuário, Padrão de Uso e Não Uso
e Dados quantitativos e tabelas.

3.4.2.1 Perfil da Coleção

Para a identificação da primeira categoria, o perfil da coleção, foram mapeados os dados


referentes às áreas e suas subdivisões por meio das relações hierárquicas das classes da CDD,
a idade do acervo, idiomas, tipo de obra, os autores, os títulos, os subtítulos, os assuntos, data
do cadastro, o modo de aquisição, a situação do exemplar e sua localização nos termos de
Miranda (1978), Maciel (1995), Lancaster (1996), Figueiredo (1998), do método Conspectus
(IFLA, 2001) e de Caribé (2014).

3.4.2.1.1 Áreas e Subáreas

Para expressar visualmente a profundidade das coleções foram construídos os gráficos


e caixas de busca para o “Acervo” (Figura 10) e para “Acervo (Subáreas)” (Figura 11) que
representam as “Grandes áreas” e as “Subáreas” respectivamente, apresentados em números
55

absolutos e em porcentagem de títulos e exemplares em relação ao total por cada classe para
cada um dos gráficos.
No gráfico “Acervo” (Figura 10) onde são identificadas as grandes áreas também foram
acrescentados mais dados através das caixas de busca intituladas “Grandes Áreas”, "Áreas",
"Assunto" e “Tipo Obra” que possibilitam particularizar as buscas, incluindo ou não estes dados,
de acordo com a análise conduzida pela biblioteca, proporcionando uma busca abrangente ou
específica.

Figura 10 – Gráfico de barras: Acervo

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Pode-se observar que além da identificação das grandes áreas foram utilizados os termos:
“Descontinuada”, um dado que já constava nos relatórios e que representam itens do acervo
que precisam ser revisados e atualizados quanto à descrição temática e “A verificar”, itens não
atualizados e/ou incompletos encontrados na catalogação das obras e que também poderão ser
revisados e atualizados. Com o instrumento proposto, estes casos foram mapeados e com a
visualização foi possível identificar seu quantitativo, permitindo uma noção de seu impacto no
acervo. Este percentual que não está sendo contabilizado em suas respectivas áreas por
precisarem de correção ou complementação, propiciará um maior controle e qualidade no
processo de avaliação dos setores de tratamento da informação. Este mapeamento permite
identificar situações peculiares às bibliotecas que podem ser demonstradas nos gráficos, tais
como: campos na catalogação que não foram preenchidos e que podem ser mapeados e
visualizados para posterior complementação, contribuindo para uma melhor recuperação das
informações. Por exemplo, na Figura 10 a biblioteca setorial apresentou 0,4% de obras com
problemas denominado de "Descontinuada" e 0,2% "A verificar".
56

Para visualizar as subáreas foi criado o gráfico “Acervo (Subáreas)” (Figura 11) onde é
possível verificar os itens superutilizados, subutilizados, sem uso etc.

Figura 11 - Gráfico de barras: Acervo (Subáreas)

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Na parte inferior do gráfico forma incluídas as caixas de busca para “Autor”, “Título”,
“Título-N” (recupera obras que entram pelo título na catalogação) e “Subtítulo” que possibilita
verificar o percentual de concentração de obras para os autores e títulos em relação ao
acervo. Ao selecionar um autor ou título também será possível identificar na barra de
identificação das tabelas (Figura 8) a relação do quantitativo do título e dos exemplares
correspondentes. Estes gráficos especificam a pesquisa para cada autor até o nível do subtítulo
indicando a proporção em relação ao acervo para cada título e subtítulo do mesmo autor. A
ferramenta permite que se utilize as duas formas, tanto números absolutos como seu percentual,
ou a ordenação de forma crescente ou decrescente dos itens de acordo com o propósito da
biblioteca.

3.4.2.1.2 Idade

Para determinar a potencialidade útil do material bibliográfico acumulado, o estudo da


idade do acervo é um elemento de avaliação importante (MIRANDA, 1978). Para atender a esta
análise foi criado o gráfico “Idade” (Figura 12) que mapeia a idade do acervo incluindo caixas
de busca para “Idade Uso”, “Cadastro”, “Cadastro Uso” ampliando a capacidade de
compreender as características das coleções. Os gráficos “Cadastro” e “Cadastro Uso”
57

possibilitam mapear a data de registro da obra no sistema da biblioteca para que juntamente
com a idade da obra possa-se verificar em que momento o livro foi incorporado ao acervo. Um
item incorporado por compra normalmente estará com data de aquisição similar a data de
entrada (registro) no acervo, mas um item por doação poderá ter uma defasagem muito maior,
o que afetará a correlação com o seu uso quando for realizada uma pesquisa de uso e idade do
acervo. Por exemplo, ao verificar se uma obra de 1984 teve uso nos últimos 3 anos, será
necessário verificar primeiramente em que ano a obra foi registrada no acervo. Caso tenha sido
registrada no ano corrente da avaliação será necessário esperar mais 2 anos para realizar a sua
avaliação de uso ou avaliação não refletirá a realidade. A inclusão desta funcionalidade permite
o mapeamento tanto das idades do acervo e das datas de registro como também mapeia aos
empréstimos ocorridos, em relação a idade e ao seu uso, sendo possível compará-las facilmente
e ter uma visão mais precisa sobre a vida média das obras e diagnosticar o nível de obsolescência.

Figura 12 - Gráfico de barras: Idade

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Na Figura 12 observa-se nitidamente a composição quantitativa do acervo em relação a


idade. A quantidade maior de obras existentes no acervo se concentra no ano de 2012 e assim,
sucessivamente. A relação com outras características do acervo possibilitará análises mais
particularizadas de acordo com o objetivo da avaliação da biblioteca. A ordem do gráfico poderá
ser alterada de forma a apresentar a idade do acervo na ordem cronológica, ao invés, da ordem
decrescente.
58

3.4.2.1.3 Idioma

A fim de analisar a cobertura do acervo em termos dos idiomas foi criado o gráfico de
barra “Idioma” (Figura 12) que permite filtrar cada idioma separadamente ou em conjunto, além
de identificar a porcentagem de sua circulação. Conforme Miranda (1978) cabe a cada
biblioteca determinar se as variações no idioma estão atendendo a sua comunidade. A caixa de
busca “Idioma Uso” informa qual é a predominância do idioma nas obras em circulação. O
gráfico também indica itens do acervo que estão incompletos em relação ao idioma do item
(Em branco) propiciando sua complementação.

Figura 13 - Gráfico de barras: Idioma

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Na Figura 13 o quantitativo de obras sem identificação de idioma (em branco) não passa
de 20 obras aproximadamente e poderão ser identificadas apenas clicando na barra
correspondente. As listas das obras serão mostradas nas tabelas e a biblioteca poderá gerar uma
planilha com os dados dessas obras para que sejam identificadas com o seu idioma.

3.4.2.1.4 Tipo de Obra

Para verificar a proporcionalidade entre os materiais, os dados foram exibidos através


de uma caixa de busca intitulada “Tipo Obra” (Figura 14) onde se verifica os tipos cobertos pela
biblioteca. Desta forma, permite verificar o grau de suporte às coleções e quando
59

correlacionados aos assuntos principais e secundários permite definir as prioridades dos


assuntos.

Figura 14 - Caixa de busca: Tipo de obra (absoluto e percentual)

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Pode-se observar que nesta biblioteca o acervo é composto majoritariamente por livros.
Para cada biblioteca será identificado cada tipo de obra que poderá ser demonstrado em termos
de valores absolutos ou em percentual.

3.4.2.1.5 Assunto

No sentido de obter uma compreensão das áreas em termos de fortalezas e fraquezas


das coleções de acordo com Lancaster (1996) foi criada a caixa de busca “Assunto” (Figura 15)
que informa a porcentagem dos assuntos no acervo e a caixa de busca “Assunto Uso” (Figura
16) para pesquisa de uso de cada assunto na biblioteca. É possível avaliar a cobertura temática,
encontrar lacunas nas coleções, determinar que áreas permaneçam ociosas, que áreas satisfazem
os usuários e que áreas podem ser dinamizadas e orientar as decisões de desenvolvimento de
coleções. Também é possível demonstrar em valores absolutos.

Figura 15 - Caixa de busca: Assunto Figura 16 - Caixa de busca: Assunto Uso

Fonte: Elaborado pela autora, 2022. Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
60

Observa-se que o assunto mais desenvolvido no acervo, no caso “Administração de


produção” não corresponde ao assunto mais buscado no acervo pelos usuários, que é “Análise
matemática e Cálculo”. No caso desta biblioteca setorial o ranking dos assuntos com mais
quantidade de itens é praticamente o mesmo em relação ao uso. A exceção está nos dois
primeiros lugares: o primeiro em número de itens (Administração de produção) é o segundo
lugar em uso. E o segundo lugar em número de itens (Análise matemática e Cálculo), é o
primeiro lugar em uso. Percebe-se, comparando o ranking dos assuntos e seu uso, que o segundo
assunto mais desenvolvidos na coleção é o primeiro no uso. Desta forma, a análise do uso e do
acervo concomitantemente agilizam o diagnóstico e a tomada de decisão.

3.4.2.1.6 Situação do Exemplar, Aquisição e Localização

Para mapear as várias situações que podem ocorrer com os exemplares em um acervo,
foram levantados os dados sobre o “Situação do Exemplar, Aquisição e Localização” (Figura
17) que fornecem informações mais detalhadas ao bibliotecário, que terá a possibilidade de
incluir ou excluir estes dados ao analisar o acervo. A caixa de busca que apresenta o modo de
aquisição possibilita verificar as diferenças de concentração do acervo referente a doação,
compra, permuta etc. e assim, perceber como a concentração do acervo e o seu uso poderão
variar de acordo com o modo de aquisição, como também com as demais opções.

Figura 17 - Caixas de busca: Situação do Exemplar, Aquisição e Localização

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Estas caixas de buscas podem ser usadas de acordo com o objetivo de avaliação de cada
biblioteca, selecionando cada uma delas ou não, para particularizar as buscas. Foram colocadas
dentro do gráfico de “Tipo de Usuários” (Figura 18), como uma solução de diagramação do
61

painel de visualização, mas são independentes e seu uso não é feito em conjunto. Depende da
escolha da equipe da biblioteca.

3.4.2.2 Perfil do Usuário

A segunda categoria “Perfil do Usuário” cobre os aspectos sobre a comunidade atendida


pela biblioteca expressos pelo gráfico que mapeia o “Tipo de Usuários” (Figura 16), permitindo
o cruzamento de dados para cada perfil. Conforme o estudo que a biblioteca desejar empreender
poderá ser focado em um tipo de usuário ou grupos de usuários. Segundo Lancaster (1996, p.77)
que comenta sobre este tipo de avaliação focado no que os usuários usam, mesmo que não
reflita a totalidade de empréstimos, pois não considera o uso interno, é uma boa amostragem e
possibilita uma eficiente descrição da circulação dos materiais.
Neste gráfico “Tipo de Usuários” (Figura 16) aproveitou-se o espaço existente para
incluir caixas de buscas com mais informações sobre o perfil da coleção, tais como: “Modo de
Aquisição”, “Localização” e “Situação do Exemplar”. Isto se deve ao fato de que a visualização
deve atender ao requisito de qualidade da visualização e criar um formato que concentre as
informações que mais importam para que sejam percebidas e melhor compreendidas. O gráfico
“Tipo de usuários” (Figura 18) poderá ser correlacionado com qualquer outra caixa de busca
como assuntos, tipo de coleção etc., independentemente de sua localização no painel de
visualização.

Figura 18 - Gráfico de Pizza: Tipo de Usuários

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.


62

Pelo gráfico é possível verificar que a grande maioria dos usuários são alunos de
graduação (4.467 alunos) e pela caixa de busca é mostrado o percentual para cada tipo. Sempre
é possível demonstra o valor absoluto se for de interesse da biblioteca, neste caso, intercalamos
o valor absoluto com o percentual.

3.4.2.3 Padrão de Uso e Não Uso

A terceira categoria identifica o padrão de uso e não uso onde foram mapeados os dados
de circulação dos materiais emprestados e nunca emprestados. Para este fim, foram criados 3
(três) gráficos sendo que 2 (dois) identificam os períodos de tempo, representados pelos gráficos
“Circulação por ano” (Figura 19) e “Empréstimo por período” (Figura 20) e, por último, um
gráfico de Pizza “Padrão de Uso” (Figura 21) para representar a proporção do uso.

3.4.2.3.1 Séries Temporais

Foram criados os gráficos de “Circulação por Ano” (Figura 19) e “Empréstimo por
Período” (Figura 20) com o intuito de possibilitar a visão do padrão dos empréstimos durante
um determinado período, principalmente quando associado ao assunto e assim, delinear o
padrão de uso futuro de acordo com Figueiredo (1998).
O gráfico de “Circulação por Ano” (Figura 19) apresenta um período de tempo (5 anos)
que pode ser analisado ano a ano. É importante observar que este gráfico apresenta altos índices
de empréstimos no decorrer de 4 anos e que em 2020 ocorreu uma grande queda nos
empréstimos. Podemos perceber que o gráfico sofre impactos de fatores externos que podem
mascarar o resultado. Neste caso, houve o impacto da Pandemia de Covid-1910, que causou o
isolamento, restrições, protocolos sanitários e suspensão das atividades de diversos setores

institucionais e da economia, entre elas, as universidades brasileiras.

10 Em 11 de março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada pela Organização Mundial de Saúde - OMS como uma
pandemia. Disponível em: https://www.paho.org/pt/news/11-3-2020-who-characterizes-covid-19-pandemic. Acesso
em: 20 de maio de 2021
63

Figura 19 - Gráfico de barras: Circulação por Ano

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Já o gráfico de “Empréstimo por Período” (Figura 18) possibilita verificar os


empréstimos por ano, mês ou dia e assim, determinar se o item está atendendo à demanda dos
usuários, por exemplo: verificar se o quantitativo de exemplares em um título está atendendo
aos usuários nos períodos mais demandados. Pela observação do gráfico é possível visualizar
períodos mais demandados e utilizando a caixa de busca, detalhar quais foram os dias, meses e
anos respectivos.

Figura 20 - Gráfico de série temporal: Empréstimo por Período

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Portanto, a partir desta busca, o instrumento será capaz de verificar se a demanda foi
atendida ou não. Se houver necessidade de cruzar esses dados com os dados de reserva de títulos,
o instrumento permite tal visualização possibilitando maior precisão no diagnóstico, orientando
a aquisição de novos títulos. Neste primeiro momento, não foi inserido o gráfico para reservas
64

de títulos no instrumento, pois não houve reservas pela biblioteca setorial. Desta forma, não foi
possível demonstrar visualmente por falta de dados.

3.4.2.3.2 Padrão de Uso - Distribuição Hiperbólica

Para visualizar a distribuição hiperbólica demonstrada por Lancaster (1996) foi criado
o gráfico intitulado “Padrão de Uso” (Figura 21). A consulta poderá ser direcionada tanto para
as obras emprestadas como para as obras nunca emprestadas (subutilizadas), o que poderá
indicar à biblioteca que itens precisam de maior divulgação, devem ser remanejados ou
descartados atendendo assim à política de desbastamento. Neste gráfico (Figura 21) são
identificados itens com o título “A verificar” que compreendem itens que podem ter tido baixa
patrimonial do acervo, não atualizados, incompletos etc. e precisam ser revisados.

Figura 21 - Gráfico de pizza: Padrão de Uso

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Por se tratar de uma biblioteca setorial nova, as coleções foram desenvolvidas dentro
das necessidades dos usuários, o que faz com que o padrão de uso não corresponda à
distribuição hiperbólica ou regra dos 80/20 empregada por Britten (1990 apud Lancaster, 1996)
“para um estudo de circulação numa biblioteca universitária”.

3.4.2.3.3 Padrão de Uso - Áreas

Com a finalidade de identificar mais detalhadamente os itens subutilizados foi criado o


gráfico: “Padrão de uso por Áreas” (Figura 22) que particulariza as áreas
e subdivisões indicando obras que ao mesmo tempo tiveram exemplares emprestados e nunca
emprestados. Muitas vezes, edições antigas de um mesmo título não estão sendo mais
65

emprestadas e esta análise pode contribuir para o desbastamento da coleção. Neste gráfico,
também são identificados itens com o título “A verificar” que compreendem itens que podem
estar incompletos, não atualizados ou tiveram baixa patrimonial do acervo.

Figura 22 - Gráfico de barras: Padrão de Uso por Áreas

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Por exemplo, na classe 658.5 dos 50 exemplares existentes, 34 foram emprestados e 16


nunca foram emprestados. Ao clicar na barra laranja, a tabela mostrará o título e os exemplares
que poderão ser avaliados quanto à necessidade de desbastamento ou não. Para identificar os
itens “A verificar” basta clicar na barra rosa ou utilizar a caixa de busca para que os itens sejam
listados na tabela.

3.4.2.3.4 Circulação de materiais: Áreas e subdivisões, Autor, Título e Subtítulo

Com o intuito de auxiliar a avaliação das coleções através dos dados de circulação das
obras foram criados os gráficos “Circulação” (Figura 23) e “Circulação (Subáreas)” (Figura 24)
além de caixas de busca para filtrar por “Autor Uso”, “Título Uso” e “Subtítulo Uso” (Figura
24) e assim, compor o mapeamento do uso do acervo. Também foram replicadas as caixas de
busca existentes no gráfico referente ao “Acervo” (Figura 10) no gráfico “Circulação” (Figura
23) com seu respectivo uso: “Assunto Uso”, “Áreas Uso” e “Tipo Uso”.
No painel de visualização, os gráficos referentes ao “Acervo” (Figura 10) e “Acervo
(Subáreas)” (Figuras 11) foram colocados lado a lado com os gráficos de “Circulação (Figura
23) e Circulação (Subáreas)” (Figuras 24) de forma a possibilitar a análise dos dados em
conjunto. Desta forma, será possível examinar detalhadamente as classes e subdivisões que são
mais usadas, superutilizadas ou subutilizadas conforme Lancaster (1996) recomenda. As caixas
de busca que apresentam os autores, os títulos e os subtítulos das obras permitem refinar ainda
66

mais a busca ao ponto de verificar que título ou títulos de um autor determinado está atendendo
à demanda dos usuários. Ao correlacionar com o gráfico de “Empréstimo por Período” (gráfico
20) será possível confirmar se a quantidade de exemplares está atendendo a demanda a cada
dia, mês e ano.

Figura 23 - Gráfico de barras: Circulação

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Observa-se no gráfico “Circulação” (Figura 23) as áreas que estão em uso na biblioteca,
estando em destaque a área 600 com mais da metade do uso, 51,48% do acervo, correspondendo
à área de atuação da biblioteca. podendo assim serem analisadas em relação às áreas que foram
desenvolvidas no acervo.

Figura 24 - Gráfico de barras: Circulação (Subáreas)

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.


67

Entretanto, ao analisarmos o uso no gráfico “Circulação (Subáreas)” (Figura 24)


observa-se a predominância da área 515 como a mais utilizada. Esta correlação poderá mudar
de acordo com o tipo de pesquisa que for realizada, por exemplo, por ano, autor, assunto etc.

3.4.2.4 Dados Quantitativos e Tabelas

A quarta categoria “Dados Quantitativos e Tabelas” possibilita uma visão, tanto


completa como específica, de dados numéricos e do valor patrimonial das coleções, dos
usuários e dos empréstimos, que irão variar de acordo com as pesquisas que forem realizadas.
As tabelas irão listar os itens que forem pesquisados.

3.4.2.4.1 Dados Quantitativos

Os dados quantitativos estão localizados na barra de identificação superior (Figura 25)


e na barra de identificação inferior (Figura 26) do painel de visualização e apresentam as
informações referentes ao total dos títulos, exemplares, usuários/empréstimos e valor do
patrimônio em Real, permitindo a visualização geral referentes aos itens da biblioteca ou de
uma análise específica realizada, alterando-se dinamicamente.

Figura 25 - Dados Quantitativos: Barra de Identificação Superior

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Na figura 25, cada dado apresentado é referente ao total desde que a biblioteca iniciou
suas atividades, sendo possível verificar de imediato um resumo quantitativo do acervo, de seus
usuários, de seu uso e do investimento realizado até o momento.

Figura 26 - Dados Quantitativos: Barra de Identificação Inferior

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Os dados também foram replicados em uma “Barra de Identificação Inferior” (Figura26)


acima das Tabelas (Tabela1 e Tabela 2) localizadas na seção 3.4.4.2 para facilitar a percepção
da alteração dos quantitativos juntamente com os dados das tabelas de forma rápida e precisa,
evitando o rolamento da tela.
68

Por exemplo, ao pesquisar um assunto, as Tabelas (1 e 2) irão mostra a listagem com os


títulos e será possível visualizar no mesmo local os quantitativos de títulos e seus exemplares,
o valor investido nesta área como também o uso, sem ter que rolar o painel de visualização para
conferir os totais na “Barra de Identificação Superior” (Figura 25). A informação é entregue no
mesmo nível de visualização proporcionando uma correlação maior entre os dados.

3.4.2.4.2 Tabelas

Na parte inferior do painel de visualização, as tabelas complementam a visualização dos


dados e irão apresentar os resultados que foram consultados nos gráficos tanto referentes ao
“Acervo” (Tabela 1) quanto à “Circulação” (Tabela 2) e poderão ser exportados em planilhas
Google (formato Excel). Cada coluna pode ter a ordem crescente ou decrescente configurada
de acordo com a necessidade. É possível também incluir, excluir e alterar a ordem de
apresentação das colunas, escolhendo que dados são necessários para atingir o objetivo
proposto, para posterior exportação (download).

Tabela 1 - Tabelas: Acervo

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

A tabela Acervo (Tabela 1) apresenta, inicialmente, o total de títulos e exemplares


existentes no acervo, além de fornecer a listagem completa do acervo. A cada análise que a
biblioteca proceder, a tabela e os quantitativos irão apresentar os dados referentes à pesquisa
realizada. Alguns dados não estão sendo usados para garantir o anonimato da biblioteca e, neste
caso, não é possível identificar os usuários, os códigos do acervo e exemplares, dados que
69

poderiam informar, por exemplo, se um mesmo usuário fez um empréstimo duas vezes ou se
foram dois usuários diferentes ou se foram os mesmos exemplares ou exemplares diferentes.

Tabela 2 - Tabelas: Circulação

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.


Da mesma forma, a tabela Circulação (Tabela 2) antes de qualquer busca ser
empreendida retrata o total de usuários e os empréstimos realizados dentro do período de 5
anos, que é o período de tempo constante nos relatórios do Pergamum.
Na próxima seção descreveremos como os dados foram levantados, organizados e
posteriormente configurados na ferramenta Google Data Studio para que a visualização
apresentada até agora fosse criada.

3.4.3 Descrição do protótipo

Para construção do protótipo foram utilizados relatórios do Software Pergamum na


versão 9V.9 - S.0 de 21/10/2021 cujo “Módulo Relatórios e Estatísticas” está dividido em duas
partes: estatísticas e relatórios que acompanham e quantificam as atividades desenvolvidas e
serviços prestados pela biblioteca. O sistema passa por atualizações a cada 20 ou 30 dias e
podem ocorrer alterações nas nomenclaturas e códigos, mas o importante para a elaboração do
protótipo e sua atualização será a correspondência com as mesmas categorias.
70

3.4.3.1 Documentação

A documentação apresenta-se dividida em 4 (quatro) etapas: coleta dos dados brutos;


seleção dos dados por categoria; cruzamento de dados e identificação dos gráficos para a
visualização dos dados.

a) Coleta dos dados brutos


Na primeira etapa foi realizada a coleta dos dados brutos a partir de 4 (quatro) relatórios
do “Módulo Relatório e Estatísticas”:

Quadro 4 - Dados Brutos


Relatórios do Pergamum Categorias da Pesquisa Tipo de dados coletados no
Pergamum
Relatório 59 Perfil da Coleção Levantamentos
Dados Quantitativos bibliográficos: Classificação
Relatório 68 Perfil do Usuário Circulação de materiais:
Padrão de Uso e Não Uso Empréstimo-Emprestados
Dados Quantitativos
Relatório 118 Perfil da Coleção Conferência de materiais:
Dados Quantitativos Exemplar

Relatório 167 Padrão de Uso e Não Uso Circulação de materiais:


Dados Quantitativos Empréstimo-Materiais nunca
emprestados
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

b) Seleção dos dados por categorias


Na segunda etapa, foi realizada a seleção dos campos com os dados que atendiam as
categorias elencadas na literatura para compor duas planilhas Google: uma denominada
“Exemplares” (Quadro 4) e outra “Empréstimos” (Quadro 5). A planilha “Exemplares” conta
com os dados que mapeiam o acervo e a planilha “Empréstimos” com dados que verificam o
uso do acervo e o tipo de usuários.

Quadro 5 - Planilha Exemplares (continua)


Planilha de Exemplares
Autor
Título
Subtítulos
Título N
Código da área do conhecimento
71

Quadro 5 - Planilha Exemplares (conclusão)


Planilha de Exemplares
Código da subárea
Código do Acervo
Código do Exemplar
Classificação
Data de publicação (idade)
Data do Cadastro
Descrição da área de conhecimento (assunto)
Descrição do modo de aquisição
Descrição do local do exemplar
Descrição da situação do exemplar
Idioma
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Quadro 6 - Planilha Empréstimos


Planilha de Empréstimos
Código do Acervo
Código do Exemplar
Data do empréstimo
Descrição da categoria do usuário
Descrição do tipo de empréstimo
Descrição do tipo de obra
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

c) Cruzamento de dados
Na terceira etapa, para que as interligações entre as planilhas ocorressem e fosse
possível cruzar os dados, foram acrescentadas colunas de apoio e funcionalidades. As colunas
de apoio são colunas de informações que foram incluídas nas planilhas “Exemplares” e
“Empréstimos” conforme discriminado em “Colunas de Apoio” (Quadro 6), pois são dados que
precisavam constar nestas planilhas para que fosse possível recuperá-las em conjunto. Nos
relatórios do Pergamum estes dados estão separados impossibilitando a correlação. Mais abaixo
falaremos sobre as funcionalidades que foram acrescentadas.

Quadro 7 - Colunas de Apoio (continua)


Colunas de apoio Planilhas em que os dados foram incluídos
1 Ano de publicação de apoio Empréstimos
2 Área auxiliar de apoio Exemplares
3 Código do acervo de apoio Exemplares
4 Código do exemplar de apoio Exemplares
5 Data da publicação de apoio Exemplares
6 Descrição do modo de aquisição Exemplares
de apoio
72

Quadro 7 - Colunas de Apoio (conclusão)


Colunas de apoio Planilhas em que os dados foram incluídos
7 Editora de apoio Exemplares
8 Nunca emprestados Exemplares
9 Quantidade de acervo similar de Exemplares
apoio
10 Quantidade de exemplares similar Exemplares
de apoio
11 Total de empréstimos Exemplares
12 Valor de aquisição de apoio Exemplares
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Após o acréscimo das “Colunas de Apoio” (Quadro 6) nas planilhas “Exemplares” e


“Empréstimos” foi realizada a combinação destas duas planilhas, neste momento, dentro da
ferramenta Google Data Studio, criando-se a terceira planilha denominada “Exemplares x
Empréstimos” (Quadro 7). Para fazer a ligação entre uma planilha e outra foi escolhido como
código de ligação, os códigos dos exemplares do acervo para poder integrar os dados de cada
planilha e assim, criar gráficos com dados que se correlacionassem. Segue abaixo os dados
utilizados na Planilha “Exemplares x Empréstimos”:

Quadro 8 - Planilha Exemplares x Empréstimos


Planilha de Exemplares x Empréstimos
Código do acervo (identificação numérica do acervo)
Código do exemplar (identificação numérica do exemplar)
Autor
Título
Subtítulo
Código da área do conhecimento
Área auxiliar de apoio
Data de publicação de apoio
Idioma de apoio
Nunca emprestados de apoio
Ano de apoio
Descrição da categoria do usuário
Descrição do tipo de empréstimo
Descrição da área de conhecimento
Área auxiliar
Data do cadastro STR
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
73

A planilha “Exemplares x Empréstimos” foi utilizada para criar a visualização dos


seguintes gráficos:
Quadro 9 – Gráficos criados a partir da planilha Exemplares x Empréstimos
Gráficos Configurações e Exemplo
Circulação Quadro 15 e Figura 23
Circulação (Subáreas) Quadro 16 e Figura 24
Circulação por Ano Quadro 17 e Figura 19
Empréstimo por Período Quadro 21 e Figura 20
Padrão de Uso Quadro 22 e Figura 21
Padrão de Uso por Áreas Quadro 23 e Figura 22
Tipo de Usuários Quadro 18 e Figura 18
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
E os gráficos a seguir foram criados a partir da planilha Exemplares:
Quadro 10 - Gráficos criados a partir da planilha Exemplares
Gráficos Configurações e Exemplo
Acervo Quadro 13 e Figura 10
Acervo (Subáreas) Quadro 14 e Figura 11
Idade Quadro 19 e Figura 12
Idioma Quadro 20 e Figura 13
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

As funcionalidades (Quadro 8) foram criadas para indicar lacunas encontradas nos


campos ou indicações já existentes (ex.: Descontinuada, A verificar, Em branco) nos relatórios
do Pergamum. Em algumas colunas de dados foi verificado que existiam campos sem
preenchimento, como por exemplo, o idioma da obra. Por isso foram incluídos os itens abaixo
para permitir filtrar estes campos para serem verificados e assim, serem complementados ou
corrigidos. As funcionalidades a serem criadas podem variar de acordo com as lacunas que
venham a ocorrer quando se utilizar relatórios de outras bibliotecas.

Quadro 11 – Funcionalidades
Itens Observação
A verificar Acervos com campos incompletos
Em branco Campo de idiomas em branco
Descontinuada Área auxiliar com indicação: Descontinuada
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
Realizou-se a ordenação crescente das Áreas de Conhecimento para compor a
visualização dos gráficos “Acervo” (Figura 10) e “Circulação” (Figura 21) sendo que, de acordo
com a necessidade da biblioteca, será possível configurar a visualização em ordem crescente
ou decrescente, em termos de número de ocorrência de itens classificados em cada área.
74

Quadro 12 – Ordem de visualização das Áreas do Conhecimento


Grandes Áreas
Áreas Descrição
000 Generalidades
100 Filosofia e Psicologia
200 Religião
300 Ciências Sociais
400 Linguagem
500 Ciência
600 Tecnologia
700 Arte e Lazer
800 Literatura
900 História e Geografia
- A verificar
- Descontinuada
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

d) Identificação dos gráficos

Na quarta etapa, após vários testes, foram escolhidos os gráficos que melhor agrupassem
as informações das categorias elencadas, a saber: gráficos de barras, de pizza e de séries
temporais; caixas de busca (filtros), visão geral dos dados quantitativos e tabelas. Para que a
visualização ocorresse foi preciso configurar os dados (dimensões, métricas, filtros,
classificações etc) na ferramenta Google Data Studio para cada um desses gráficos e para isso
foram usados os dados das planilhas “Exemplares” (Quadro 5), “Empréstimos” (Quadro 6) e
“Exemplares x Empréstimos” (Quadro 7).
Ao todo o painel de visualização, são 11 gráficos, 2 tabelas, 24 caixas de buscas e 5
totais gerais cujas configurações necessárias serão descritas para a construção da visualização
proposta na figura 1, seção 3.4. Abaixo, seguem os dados necessários para configurar o primeiro
gráfico “Acervo” (Figura 10) e em paralelo foi colocado um “Exemplo” (Figura 25) de como
aparecem na área da ferramenta Google Data Studio.
A primeira ação foi escolher a planilha que será usada para criar o gráfico. Para criar o
gráfico do “Acervo” foi usada a planilha de Exemplares que será incluída no Google Data
Studio em “Origem de dados”.
A segunda ação foi determinar a dimensão (conjunto de valores pelos quais você pode
agrupar seus dados) que para este gráfico corresponde a “área auxiliar de apoio”. O título foi
alterado para “Grandes Áreas”, mas a métrica utilizada continua sendo a “área auxiliar de
75

apoio”. Os títulos podem ser alterados de acordo com a necessidade de identificação dos
gráficos para a visualização.
A terceira ação foi definir as métricas, que para este gráfico serão duas: para Títulos
(quantidade de acervo similar de apoio) e Exemplares (quantidade de exemplares similares de
apoio). Para cada uma das métricas deve-se preencher o fator de agregação, o tipo, o cálculo de
comparação e o cálculo em execução conforme estiver indicado no quadro correspondente.
Para este gráfico, foram preenchidas também a classificação e os filtros conforme
indicação do Quadro 10. Todos os outros quadros seguem a mesma forma de configuração,
alterando apenas os dados específicos que são necessários para cada gráfico e estão disponíveis
nos apêndices.
76

Quadro 13 - Configuração - Acervo Figura 27- Exemplo


Gráfico de Barras: ACERVO: Grandes Áreas
Campos Dados
Origem de dados Planilha de Exemplares

Dimensão Área auxiliar de apoio


Tipo: Texto

Métrica Títulos
Quantidade de acervo similar
Agregação: Contagem
Tipo: Porcentagem
Cálculo de comparação: Porcentagem
do total – em relação aos dados
correspondentes
Cálculo em execução: nenhuma
Exemplares
Quantidade de exemplares similar apoio
Agregação: Contagem
Tipo: Número

Classificar: Record Count


Agregação: Automático
Decrescente
Período padrão: Automático

Interações de Cruzamento de filtros


gráfico Mudar: ativar
Classificação: ativar

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.


Fonte: Data Studio (2022)

Neste primeiro momento, a atualização dos dados acontece de forma manual, mas a
atualização poderá ser realizada em tempo real se houver a possibilidade de uso de interface de
programação de aplicações (API) 11 para alimentar os dados diretamente com o Sistema

11 A sigla API deriva da expressão inglesa Application Programming Interface que, traduzida para o português, pode ser compreend ida
como uma interface de programação de aplicação. Ou seja, API é um conjunto de normas que possibilita a comunicação entre
plataformas através de uma série de padrões e protocolos. TECHTUDO, 2020.
77

Pergamum ou com outro sistema de gerenciamento de bibliotecas que for utilizado, oferecendo
um valor adicional de pontualidade
Por fim, chegou-se ao protótipo (Figura 1) que incorporou as características do acervo
impresso de forma abrangente, de fácil visualização e com grande interatividade. Conforme
dito anteriormente, muitas outras informações poderiam ser acrescentadas, mas o foco foram
as categorias elencadas no estudo que demonstram o estado atual do acervo e seu uso, essenciais
para a avaliação das coleções de forma a permitir as correlações de forma clara, conforme
recomenda Vergueiro (1997).
A presença do profissional de Tecnologia da Informação (TI) foi fundamental neste
processo juntamente com o profissional da área de documentação (bibliotecário) que indicou o
que deveria ser implementado. Como bem expressa Corte et al. (2002, p. 206), “as tecnologias
de informação facilitaram o processo, mas não eliminaram os conhecimentos específicos que
cada um traz como resultado de sua formação acadêmica e profissional.”

3.4.3.2 Novas versões

A disponibilização de painéis de visualização onde o usuário pode escolher como deve


cruzar as informações e obter resultados agregados é uma tendência no uso de informações
gerenciais conforme foi visto na revisão de literatura. A partir da mesma base de dados ou com
a inclusão de novos dados podem ser construídas diferentes versões de visualização do acervo
ou decompor a visão geral do acervo em vários painéis de visualização específicos de acordo
com o objetivo da biblioteca, aumentando assim a velocidade de interação dos dados. Por
exemplo:
a) pesquisa dos dados do acervo,
b) pesquisa dos dados da circulação,
c) assuntos mais procurados.
Pode-se também criar visualizações específicas para as bibliografias dos cursos de
graduação e relacioná-las à circulação, contribuindo para a avaliação da área de ensino, como
também para a área de pesquisa e extensão etc. Seguem algumas sugestões de versões:
78

a) Versão para visualização do acervo com dados condensados


Nesta versão, o levantamento de dados do acervo é realizado apenas a partir das caixas
de buscas, reunindo todas as informações em um formato mais condensado. É a mesma proposta,
mas o foco está restrito ao acervo, sem considerar o seu uso.

Figura 28 - Pesquisa - Acervo Físico

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Ao consultar, por exemplo, sobre um assunto, todas as outras caixas mostrarão o


quantitativo correspondente, que poderão ser particularizadas até atender ao objetivo proposto
do levantamento, gerando relatórios específicos. Este formato, sem uso da visualização, que
apresenta apenas o levantamento dos dados numéricos pretende atender a diferentes
necessidades de acesso aos dados do acervo.

b) Versão para itens emprestados

O formato para o levantamento dos itens emprestados foi proposto em conjunto com
algumas visualizações para ajudar na percepção visual do quantitativo e assim, nortear a busca
com maior facilidade.
79

Figura 29 - Pesquisa - Circulação

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Por exemplo, será possível perceber pelas visualizações que tipo de usuário é
predominante no uso da biblioteca, que ano o uso foi mais ou menos intenso e assim, realizar
as pesquisas levando em consideração o perfil do usuário e do uso ou não uso do acervo.

c) Versão para Assuntos mais procurados


A criação da visualização dos assuntos mais procurados, criando um ranking dos 10
mais procurados, pode ser útil para a apresentação de um relatório, para a verificação dos
assuntos mais buscados por períodos, a quantidade de títulos existentes no acervo etc.

Figura 30 - Assuntos mais procurados

Fonte: Elaborado pela autora, 2022.


80

Todas as versões permitem o download dos dados pesquisados para cada fim desejado.
Estes e outros formatos alternativos e específicos possíveis de serem criados, poderão ser úteis
para atender às peculiaridades e necessidades de cada equipe de biblioteca e assim, melhorar o
processo de avaliação e desenvolvimento de coleções.

3.5 Resultados e discussão

Com base na literatura consultada e utilizando os dados de uma biblioteca setorial


universitária como caso real foi possível elaborar um protótipo do instrumento de avaliação de
coleções impressas. O protótipo foi testado e apresentou dados consistentes para proporcionar
a avaliação e gestão de coleções. O instrumento promove uma visão mais analítica e prática dos
dados coletados sobre o acervo que, sistematizados, resultam em boas práticas em gestão e
tomadas de decisão eficazes. Como produto de um mestrado profissional tornou possível
analisar um problema enfrentado na área de atuação profissional e do curso.
No que se refere à avaliação da relevância do acervo, o protótipo foi capaz de relacionar
o perfil das coleções com a circulação, identificando a proporção do acervo correspondente às
áreas, subáreas, assuntos, autores e títulos, destacando os itens que são superutilizados,
subutilizados ou não utilizados. A possibilidade de uma análise frequente dos pontos fortes e
fracos do acervo previne a incorporação de novos títulos sem uma análise adequada e orienta
as ações e diretrizes mais consistentes para o processo de desenvolvimento de coleções.
Em relação ao mapeamento da idade e do idioma das coleções, os gráficos contribuem
para a tomada de decisão quanto à seleção, a aquisição e o desbastamento propiciando um
balanceamento mais adequado do acervo em termos de temas, obsolescência e barreiras
linguísticas por meio de técnicas mais realistas orientando o processo de tomada de decisão
em relação às coleções.
Quanto à metodologia Conspectus, o protótipo auxilia na avaliação de coleções no
sentido de fornecer uma visão geral das coleções do acervo impresso, apresentando os dados
organizados por assunto, idade, idioma, classificação, tipo, padrão de uso etc. e possibilita
sua combinação. Assim, será possível à equipe bibliotecária proceder à análise da
profundidade e conhecer a força das coleções tanto centradas na coleção quanto no uso ou
correlacionadas de acordo com o objetivo da biblioteca, o que tornará o diagnóstico e a
avaliação mais apurados.
81

Com respeito ao item 3.3.2.2 “Perfil do Usuário” permite visualizar a demanda de


informação dos usuários cadastrados na biblioteca e estabelecer comparações entre cada tipo
de usuário e o volume do uso. Pode-se particularizar a pesquisa por idioma, idade, áreas, por
período de tempo (dia, mês e ano) etc. Desta forma, a partir de cada tipo de usuário e de cada
categoria escolhida para análise, investigar as razões do não uso, para que se possa proceder
aos ajustes necessários. É possível acrescentar dados de outros relatórios, como o relatório de
consultas internas, nas bibliotecas que utilizam o recurso de contabilizar este dado,
acrescentando as informações sobre o uso interno das coleções tornando a visão do uso mais
completa.
Acerca do uso das coleções no item 3.3.2.3.1 “Séries Temporais”, o protótipo ao
apresentar o gráfico empréstimo por ano e o gráfico com a ocorrência dos empréstimos por
período (dia e mês), possibilita uma avaliação mais precisa do uso de cada obra, assunto ou
área do conhecimento e assim, facilita a determinação da necessidade de aquisição ou
desbastamento.
Com respeito ao gráfico referente à distribuição hiperbólica descrito no item 3.3.2.3.2
que apresenta o padrão de uso e não uso é possível verificar a distribuição para cada área de
conhecimento e suas subdivisões, idioma, idade do acervo entre outras combinações, o que
possibilita verificar que itens da biblioteca são utilizados e qual a proporção de uso dos mesmos.
No item 3.3.2.4.1 Dados Quantitativos e Tabelas, pode-se constatar os totais gerais e
parciais para as pesquisas realizadas como também a questão financeira relativa ao acervo e à
sua circulação. Estes dados são importantes no planejamento de recursos orçamentários para as
bibliotecas, bem como para auxiliar na alocação de recursos. Já as tabelas relacionam os dados
pesquisados pela equipe bibliotecária, tanto do acervo como de sua circulação, particularizando
os dados facilitando assim a análise das questões pesquisadas.
Os limites encontrados na ferramenta de visualização, no início do projeto, tal como o
limite de 5.000 itens de visualização, na tabela ou por cada dado pesquisado, podem ser
minimizados particularizando-se as pesquisas por períodos. A perspectiva é a constante
atualização da ferramenta Google Data Studio, o que foi constatado, no decorrer do projeto,
com o incremento no limite para 50.000 itens. A expectativa é que cada vez mais os dados
serem inter-relacionados com maior rapidez.
Tendo em vista a delimitação do estudo, que focou no levantamento de dados para
atender às 4 categorias elencadas para auxiliar no processo de avaliação de coleções, não foi
possível especificar a bibliografia básica e complementar, tanto devido ao aumento da
82

complexidade das relações que seriam necessárias acrescentar, quanto por não encontrar o
preenchimento consistente do campo específico na catalogação das obras, para que as
informações fossem recuperadas. O foco em coleções impressas não impede, entretanto, que
acervos digitais ou virtuais venham a ser levantados e incorporados na visualização. Estudos
futuros poderão contemplar essas informações construindo as relações necessárias para uma
visualização em conjunto.
Além do que, uma boa visualização vai depender de fatores como conexão com a
internet, tipo de monitor, configurações de cada computador e o treino e adaptação à ferramenta
de visualização. A utilização do protótipo poderá possibilitar à equipe da biblioteca habituar-se
às potencialidades e limites das ferramentas de visualização.
83

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O projeto alcança seu objetivo geral com a criação do protótipo de um instrumento para
a avaliação de coleções, onde foram convertidos os dados de um software de biblioteca em um
painel de visualização personalizado e também aos objetivos específicos, ao mapear os métodos
e técnicas relativos à avaliação de coleções na literatura e ao identificar as técnicas de
visualização aplicadas às bibliotecas.
Portanto, foi criado um protótipo para que o instrumento de avaliação de coleções
pudesse existir e este se mostra múltiplo e abrangente. É um instrumento quantitativo que
apresenta as categorias: perfil das coleções, padrões de uso, tipo de usuários e dados
quantitativos e pode-se ver o uso e diversas ocorrências, com capacidade de medir dados
quantitativos de categorias diferentes, além de sugerir uma solução para problemas que podem
ocorrer nas catalogações, tais como, indicar classificações descontinuadas, identificar dados
incompletos ou em branco. (ex.: data de publicação e idioma não preenchidos).
A proposta de visualização de dados gerenciais para avaliação de coleções impressas
em bibliotecas universitárias se concretiza através do protótipo apresentado e este, utiliza
apenas uma parcela dos relatórios disponíveis no sistema de gerenciamento da biblioteca,
aqueles que auxiliam no desenvolvimento de coleções, com foco na sua avaliação. A
visualização expande as possibilidades de apresentação das informações e o usuário pode
escolher como cruzar as informações e obter os resultados agregados.
Pretendeu-se o menor uso de recursos, potencializando o maior número de informações
integradas das coleções, minimizando tempo e custo. Desta forma, o uso de uma ferramenta
gratuita diminui o custo financeiro inicial, o que faz frente ao problema da redução de verbas
aplicadas em bibliotecas, apesar de não podermos considerar como um custo zero, já que
sempre será necessário o envolvimento de uma equipe multidisciplinar para a manutenção
operacional.
Acredita-se que o protótipo, como um instrumento auxiliar, oportuniza a escolha e
combinação de vários métodos de avaliação de coleções (centrados na coleção ou no uso),
pela equipe da biblioteca e por gestores, propiciando dados realísticos para desenvolver as
coleções impressas e a formação de coleções especiais.
Os resultados indicam que o protótipo possibilita a consulta e a correlação das
informações; a geração de relatórios personalizados; sugere a solução de problemas na
catalogação e serve como base para a equipe da biblioteca analisar e interpretar as informações
84

do acervo impresso e realizar sistematicamente a avaliação de suas coleções. Portanto, o


protótipo propicia um processo contínuo para determinar o valor e adequação do acervo em
relação aos objetivos da instituição e da biblioteca, contribuindo para a manutenção da
qualidade e desempenho das coleções.
A expectativa é que a partir de sua utilização, as bibliotecas universitárias possam ter
uma nova visão da interrelação dos dados de suas coleções impressas, tanto em seu aspecto
abrangente como em suas entrelinhas. Que possa desempenhar um papel pedagógico ao
estimular a classe bibliotecária, especialmente a que está nas bibliotecas universitárias, a
realizar rotineiramente um de seus maiores desafios que é a avaliação de coleções. E, uma
vez olhando para os resultados, que se tenha a coragem de tomar as decisões necessárias.
As possibilidades de análise de um acervo sempre desconcertam pela infinidade de
direções que se pode seguir a partir de um item, de uma de suas características ou do objetivo
desejado. Que a partir das correlações criadas neste instrumento seja possível captar a
grandiosidade e a essência das coleções.
Em suma, que possa contribuir para o fortalecimento das práticas do processo de
avaliação de coleções e servir de subsídio para a criação de um sistema ou para a evolução
do módulo gerencial de softwares de bibliotecas.
85

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especializadas. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE BIBLIOTECAS PÚBLICAS E
COMUNITÁRIAS, 7., 2014, São Paulo. Biblioteca Viva. São Paulo: SP Leituras e a Unidade
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CARVALHO, Elizabeth Simão; MARCOS, Adérito Fernandes. Visualização de informação.


Guimarães: Centro de Computação Gráfica, 2009. Disponível em:
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Rock Content. 06 ago. 2019. Disponível em:
https://rockcontent.com/blog/extrair-melhor-google- data-studio/. Acesso em: 23 jan. 2020.

CASAROTTO, Camila. Google Data Studio confira neste guia o que é e como usá-lo em
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86

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90

APÊNDICES

APÊNDICE A - Gráficos

Apresentação dos dados para a configuração dos gráficos, tabelas, caixas de busca e filtros na
ferramenta Google Data Studio.

Quadro 14 - Configuração – Acervo (Subáreas)


Gráfico de Barras: ACERVO (Subáreas)
Campos Dados
Origem de dados Exemplares
Dimensão Subáreas (Código da área do conhecimento)
Tipo: Texto
Métrica Total (Record Count)
Agregação: Automática
Tipo: Número
Cálculo de comparação: Nenhum
Cálculo em execução: Nenhuma
Classificar Record Count
Agregação: Automática
Decrescente
Interações de gráfico Cruzamento de filtros
Mudar: Ativar
Classificação: Ativar
Métrica Empréstimos (Record Count)
Agregação: Soma
Tipo: Número
Exemplares (Código do exemplar)
Agregação: Contar diferentes
Tipo: Número
Títulos (Código do acervo)
Agregação: Contar diferentes
Tipo: Número
Usuários (Nome_pessoa)
Agregação: Contar diferentes
Tipo: Número
Classificar Ano de apoio
Crescente
Filtros Emprestados Ano
Interações de gráfico Cruzamento de filtros
Mudar: Ativar
Classificação: Ativar
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
91

Quadro 15 - Configuração – Circulação


Gráfico de Barras: CIRCULAÇÃO: Grandes Áreas Uso
Campos Dados
Origem de dados Exemplares x Empréstimos
Dimensão Circulação (Área auxiliar de apoio)
Tipo: Texto
Métrica Títulos (Record Count)
Agregação: Soma
Tipo: Porcentagem
Cálculo de comparação: Porcentagem do total – em
relação aos dados correspondentes
Cálculo em execução: Nenhuma
Exemplares (Record Count)
Agregação: Soma
Tipo: Número
Classificar Record Count
Agregação: Soma
Decrescente
Interações de gráfico Cruzamento de filtros
Mudar: Ativar
Classificação: Ativar
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Quadro 16 - Configuração - Circulação (Subáreas)


Gráfico de Barras: CIRCULAÇÃO: Subáreas Uso
Campos Dados
Origem de dados Exemplares x Empréstimos
Dimensão Código da área do conhecimento
Tipo: Texto
Métrica Record Count
Agregação: Soma
Tipo: Número
Classificar Record Count
Agregação: Soma
Decrescente
Interações de gráfico Cruzamento de filtros
Mudar: Ativar
Classificação: Ativar
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
92

Quadro 17 - Configuração - Circulação por Ano


Gráfico de Barras: CIRCULAÇÃO POR ANO: Empréstimo/Ano
Campos Dados
Origem de dados Exemplares x Empréstimos
Dimensão Ano de apoio
Tipo: Texto
Métrica Empréstimos (Record Count)
Agregação: Soma
Tipo: Número
Exemplares (Código do exemplar)
Agregação: Contar diferentes
Tipo: Número
Títulos (Código do acervo)
Agregação: Contar diferentes
Tipo: Número
Usuários (Nome_pessoa)
Agregação: Contar diferentes
Tipo: Número
Classificar Ano de apoio
Crescente
Filtros Emprestados Ano
Interações de gráfico Cruzamento de filtros
Mudar: Ativar
Classificação: Ativar
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Quadro 18 - Configuração - Tipos de Usuários


Gráfico de Pizza: TIPO DE USUÁRIOS
Campos Dados
Origem de dados Exemplares x Empréstimos
Dimensão Descrição da Categoria do Usuário
Tipo: Texto
Métrica Record Count
Agregação: Soma
Classificar Record Count
Agregação: Soma
Decrescente
Filtro Emprestados Ano
Interações de gráfico Cruzamento de filtros
Mudar: Ativar
Classificação: Ativar
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
93

Quadro 19 - Configuração - Idade


Gráfico de Barras: IDADE
Campos Dados
Origem de dados Exemplares
Dimensão Data de publicação de apoio
Tipo: Texto
Métrica Record Count
Agregação: Automático
Tipo: Número
Classificar Record Count
Agregação: Automático
Decrescente
Interações de gráfico Cruzamento de filtros
Mudar: Ativar
Classificação: Ativar
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Quadro 20 - Configuração - Idioma


Gráfico de Barras: IDIOMA
Campos Dados
Origem de dados Exemplares
Dimensão Idioma de apoio
Tipo: Texto
Métrica Exemplares
Agregação: Contar diferentes
Tipo: Número
Classificar Record Count
Agregação: Automático
Decrescente
Período padrão Automático
Interações de gráfico Cruzamento de filtros
Mudar: Ativar
Classificação: Ativar
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
94

Quadro 21 - Configuração – Empréstimo por Período


Gráfico de Série Temporal: EMPRÉSTIMO/PERÍODO
Campos Dados
Origem de dados Exemplares x Empréstimos
Dimensão Data de empréstimo
Tipo: Data
Métrica Record Count
Agregação: Soma
Tipo: Número
Período padrão Automático
Filtro Emprestados Ano
Interações de gráfico Cruzamento de filtros - Ativar
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Quadro 22 - Configuração - Padrão de Uso


Gráfico de Pizza: PADRÃO DE USO
Campos Dados
Origem de dados Exemplares
Dimensão Nunca emprestados de apoio
Tipo: Texto
Métrica Record Count
Agregação: Automático
Tipo: Porcentagem
Cálculo de comparação: Porcentagem do total – em
relação aos dados correspondentes
Cálculo em execução: nenhuma

Classificar Record Count


Agregação: Automático
Decrescente
Período padrão Automático

Interações de gráfico Cruzamento de filtros


Mudar: Ativar
Classificação: Ativar
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
95

Quadro 23 - Configuração - Padrão de Uso por Áreas


Gráfico de Barras: PADRÃO DE USO - ÁREAS
Campos Dados
Origem de dados Exemplares
Dimensão Código da área do conhecimento
Tipo: Texto
Dimensão detalhada Nunca emprestados de apoio
Tipo: Texto
Métrica Nunca emprestados de apoio
Agregação: Contagem
Tipo: Número
Classificar Record Count
Agregação: Automático
Decrescente
Período padrão Automático
Interações de gráfico Cruzamento de filtros
Mudar: Ativar
Classificação: Ativar
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
96

APÊNDICE B - Tabelas

Quadro 24 - Configuração - Tabela Acervo


Gráfico de Tabela: ACERVO
Campos Dados
Origem de dados Exemplares
Dimensão Data de publicação de apoio
Tipo: Texto
Código da área de conhecimento
Tipo: Texto
Autor
Tipo: Texto
Título
Tipo: Texto
Subtítulo
Tipo: Texto
Descrição da situação do exemplar
Tipo: Texto
Métrica Record Count
Agregação: Automático
Tipo: Número
Linhas por página 50000
Linhas de resumo Exibir
Classificar Record Count
Agregação: Automático
Decrescente
Classificação secundária Decrescente
Interações de gráfico Cruzamento de filtros - Ativar
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
97

Quadro 25 - Configuração - Tabela Circulação


Gráfico de Tabela: CIRCULAÇÃO
Campos Dados
Origem de dados Exemplares x Empréstimos
Dimensão Ano de apoio
Tipo: Texto
Código da área de conhecimento
Tipo: Texto
Publicação de apoio
Tipo: Texto
Autor
Tipo: Texto
Título
Tipo: Texto
Subtítulo
Tipo: Texto
Descrição categoria do usuário
Tipo: Texto
Métrica Record Count
Agregação: Automático
Tipo: Número
Linhas por página 50000
Linhas de resumo Exibir
Classificar Record Count
Agregação: Soma
Decrescente
Classificação secundária Decrescente
Interações de gráfico Cruzamento de filtros - Ativar
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
98

APÊNDICE C – Caixas de busca


Quadro 26 - Configuração – Caixa de busca - Grandes Áreas
Caixa de busca: GRANDES ÁREAS
Campos Dados
Origem de dados Exemplares
Campo “Controle” Grandes Áreas (area_aux_apoio)
Tipo: Texto
Métrica Qtd (Record Count)
Agregação: Automático
Tipo: Número
Cálculo de comparação: Nenhum
Cálculo em execução: Nenhuma
Mostrar valores: Marcar
Compactar números: Marcar
Precisão decimal: Auto
Ordem Métrica
Decrescente
Exibir os # principais: 50000
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Quadro 27 - Configuração – Caixa de busca - Áreas


Caixa de busca: ÁREAS
Campos Dados
Origem de dados Exemplares
Campo “Controle” Áreas (area_aux)
Tipo: Texto
Métrica Qtd (Record Count)
Agregação: Automático
Tipo: Porcentagem
Cálculo de comparação: Porcentagem do total • Em
relação aos dados correspondentes
Cálculo em execução: Nenhuma
Mostrar valores: Marcar
Compactar números: Marcar
Precisão decimal: Auto
Ordem Métrica
Decrescente
Exibir os # principais: 50000
Período padrão Automático
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
99

Quadro 28 – Configuração - Caixa de busca - Assunto


Caixa de busca: ASSUNTO
Campos Dados
Origem de dados Exemplares
Campo “Controle” Assunto (desc_area_conhecimento)
Tipo: Texto
Métrica Qtd (Record Count)
Agregação: Soma
Tipo: Porcentagem
Cálculo de comparação: Porcentagem do total • Em
relação aos dados correspondentes
Cálculo em execução: Nenhuma
Mostrar valores: Marcar
Compactar números: Marcar
Precisão decimal: Auto
Ordem Métrica
Decrescente
Exibir os # principais: 50000
Período padrão Automático
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Quadro 29 - Configuração – Caixa de busca - Tipo obra


Caixa de busca: TIPO OBRA
Campos Dados
Origem de dados Exemplares
Campo “Controle” Tipo Obra (desc_tipo_obra)
Tipo: Texto
Métrica Qtd (Record Count)
Agregação: Soma
Tipo: Porcentagem
Cálculo de comparação: Porcentagem do total • Em
relação aos dados correspondentes
Cálculo em execução: Nenhuma
Mostrar valores: Marcar
Compactar números: Marcar
Precisão decimal: Auto
Ordem Métrica
Decrescente
Exibir os # principais: 50000
Período padrão Automático
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
100

Quadro 30 - Configuração - Caixa de busca - Grandes Áreas Uso


Caixa de busca: GRANDES ÁREAS USO
Campos Dados
Origem de dados Exemplares x Empréstimos
Campo “Controle” Grandes Áreas Uso (area_aux_apoio)
Tipo: Texto
Métrica Qtd (Record Count)
Agregação: Soma
Tipo: Número
Cálculo em execução: Nenhuma
Mostrar valores: Marcar
Compactar números: Marcar
Precisão decimal: Auto
Ordem Métrica
Decrescente
Exibir os # principais: 50000
Período padrão Automático
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Quadro 31 - Configuração - Caixa de busca - Áreas Uso


Caixa de busca: ÁREAS USO
Campos Dados
Origem de dados Exemplares x Empréstimos
Campo “Controle” Áreas Uso (area_aux)
Tipo: Texto
Métrica Qtd (Record Count)
Agregação: Soma
Tipo: Porcentagem
Cálculo de comparação: Porcentagem do total • Em
relação aos dados correspondentes
Cálculo em execução: Nenhuma
Mostrar valores: Marcar
Compactar números: Marcar
Precisão decimal: Auto
Ordem Métrica
Decrescente
Exibir os # principais: 50000
Período padrão Automático
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
101

Quadro 32 - Configuração - Caixa de busca - Assunto Uso


Caixa de busca: ASSUNTO USO
Campos Dados
Origem de dados Exemplares x Empréstimos
Campo “Controle” Assunto Uso (desc_area_conhecimento)
Tipo: Texto
Métrica Qtd (Record Count)
Agregação: Soma
Tipo: Porcentagem
Cálculo de comparação: Porcentagem do total • Em
relação aos dados correspondentes
Cálculo em execução: Nenhuma
Mostrar valores: Marcar
Compactar números: Marcar
Precisão decimal: Auto
Ordem Métrica
Decrescente
Exibir os # principais: 50000
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Quadro 33 - Configuração - Caixa de busca - Tipo Uso


Caixa de busca: TIPO USO
Campos Dados
Origem de dados Exemplares x Empréstimos
Campo “Controle” Tipo Uso (desc_tipo_obra)
Tipo: Texto
Métrica Qtd (Record Count)
Agregação: Soma
Tipo: Porcentagem
Cálculo de comparação: Porcentagem do total • Em
relação aos dados correspondentes
Cálculo em execução: Nenhuma
Mostrar valores: Marcar
Compactar números: Marcar
Precisão decimal: Auto
Ordem Métrica
Decrescente
Exibir os # principais: 50000
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
102

Quadro 34 - Configuração - Caixa de busca - Empréstimo/Ano


Caixa de busca: EMPRÉSTIMO/ANO
Campos Dados
Origem de dados Exemplares x Empréstimos
Campo “Controle” Empréstimo/Ano (ano_apoio)
Tipo: Texto
Métrica Qtd (Record Count)
Agregação: Soma
Tipo: Porcentagem
Cálculo de comparação: Porcentagem do total • Em
relação aos dados correspondentes
Cálculo em execução: Nenhuma
Mostrar valores: Marcar
Compactar números: Marcar
Precisão decimal: Auto
Ordem Métrica
Decrescente
Exibir os # principais: 50000
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Quadro 35 - Configuração - Caixa de busca - Usuários


Caixa de busca: USUÁRIOS
Campos Dados
Origem de dados Exemplares x Empréstimos
Campo “Controle” Tipo Uso (desc_categ_usuario)
Tipo: Texto
Métrica Qtd (Record Count)
Agregação: Soma
Tipo: Porcentagem
Cálculo de comparação: Porcentagem do total • Em
relação aos dados correspondentes
Cálculo em execução: Nenhuma
Mostrar valores: Marcar
Compactar números: Marcar
Precisão decimal: Auto
Ordem Métrica
Decrescente
Exibir os # principais: 50000
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
103

Quadro 36 - Configuração - Caixa de busca - Aquisição


Caixa de busca: AQUISIÇÃO
Campos Dados
Origem de dados Exemplares
Campo “Controle” Aquisição (desc_modo_aquisicao_apoio)
Tipo: Texto
Métrica Qtd (Record Count)
Agregação: Automático
Tipo: Porcentagem
Cálculo de comparação: Porcentagem do total • Em
relação aos dados correspondentes
Cálculo em execução: Nenhuma
Mostrar valores: Marcar
Compactar números: Marcar
Precisão decimal: Auto
Ordem Métrica
Decrescente
Exibir os # principais: 50000
Período padrão Automático
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Quadro 37 - Configuração - Caixa de busca - Localização


Caixa de busca: LOCALIZAÇÃO
Campos Dados
Origem de dados Exemplares
Campo “Controle” Localização (desc_local_exemplar)
Tipo: Texto
Métrica Qtd (Record Count)
Agregação: Automático
Tipo: Porcentagem
Cálculo de comparação: Porcentagem do total • Em
relação aos dados correspondentes
Cálculo em execução: Nenhuma
Mostrar valores: Marcar
Compactar números: Marcar
Precisão decimal: Auto
Ordem Métrica
Decrescente
Exibir os # principais: 50000
Período padrão Automático
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
104

Quadro 38 - Configuração - Caixa de busca - Sit. Exemplar


Caixa de busca: SITUAÇÃO DO EXEMPLAR
Campos Dados
Origem de dados Exemplares
Campo “Controle” Sit. Exemplar (desc_sit_exemplar)
Tipo: Texto
Métrica Qtd (Record Count)
Agregação: Automático
Tipo: Porcentagem
Cálculo de comparação: Porcentagem do total • Em
relação aos dados correspondentes
Cálculo em execução: Nenhuma
Mostrar valores: Marcar
Compactar números: Marcar
Precisão decimal: Auto
Ordem Métrica
Decrescente
Exibir os # principais: 50000
Período padrão Automático
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Quadro 39 - Configuração - Caixa de busca - Subáreas


Caixa de busca: SUBÁREAS
Campos Dados
Origem de dados Exemplares
Campo “Controle” Subáreas (cod_area_conhecimento)
Tipo: Texto
Métrica Qtd (Record Count)
Agregação: Automático
Tipo: Porcentagem
Cálculo de comparação: Porcentagem do total • Em
relação aos dados correspondentes
Cálculo em execução: Nenhuma
Mostrar valores: Marcar
Compactar números: Marcar
Precisão decimal: Auto
Ordem Métrica
Decrescente
Exibir os # principais: 50000
Período padrão Automático
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
105

Quadro 40 - Configuração - Caixa de busca - Subáreas Uso


Caixa de busca: SUBÁREAS USO
Campos Dados
Origem de dados Exemplares x Empréstimos
Campo “Controle” Subáreas Uso (cod_area_conhecimento)
Tipo: Texto
Métrica Qtd (Record Count)
Agregação: Soma
Tipo: Porcentagem
Cálculo de comparação: Porcentagem do total • Em
relação aos dados correspondentes
Cálculo em execução: Nenhuma
Mostrar valores: Marcar
Compactar números: Marcar
Precisão decimal: Auto
Ordem Métrica
Decrescente
Exibir os # principais: 50000
Período padrão Automático
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Quadro 41 - Configuração - Caixa de busca - Idade


Caixa de busca: IDADE
Campos Dados
Origem de dados Exemplares
Campo “Controle” Idade (publicacao_apoio)
Tipo: Texto
Métrica Qtd (Record Count)
Agregação: Automático
Tipo: Porcentagem
Cálculo de comparação: Porcentagem do total • Em
relação aos dados correspondentes
Cálculo em execução: Nenhuma
Mostrar valores: Marcar
Compactar números: Marcar
Precisão decimal: Auto
Ordem Métrica
Decrescente
Exibir os # principais: 50000
Período padrão Automático
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
106

Quadro 42 - Configuração - Caixa de busca - Idade Uso


Caixa de busca: IDADE USO
Campos Dados
Origem de dados Exemplares x Empréstimos
Campo “Controle” Idade Uso (publicacao_apoio)
Tipo: Texto
Métrica Qtd (Record Count)
Agregação: Soma
Tipo: Porcentagem
Cálculo de comparação: Porcentagem do total • Em
relação aos dados correspondentes
Cálculo em execução: Nenhuma
Mostrar valores: Marcar
Compactar números: Marcar
Precisão decimal: Auto
Ordem Métrica
Decrescente
Exibir os # principais: 50000
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Quadro 43 - Configuração - Caixa de busca - Cadastro


Caixa de busca: CADASTRO
Campos Dados
Origem de dados Exemplares
Campo “Controle” Cadastro (data_cadastro_STR)
Tipo: Data
Métrica Qtd (Record Count)
Agregação: Automático
Tipo: Porcentagem
Cálculo de comparação: Porcentagem do total • Em
relação aos dados correspondentes
Cálculo em execução: Nenhuma
Mostrar valores: Marcar
Compactar números: Marcar
Precisão decimal: Auto
Ordem Métrica
Decrescente
Exibir os # principais: 50000
Período padrão Automático
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
107

Quadro 44 - Configuração - Caixa de busca - Cadastro Uso


Caixa de busca: CADASTRO USO
Campos Dados
Origem de dados Exemplares x Empréstimos
Campo “Controle” Cadastro Uso (data_cadastro_STR)
Tipo: Texto
Métrica Qtd (Record Count)
Agregação: Soma
Tipo: Porcentagem
Cálculo de comparação: Porcentagem do total • Em
relação aos dados correspondentes
Cálculo em execução: Nenhuma
Mostrar valores: Marcar
Compactar números: Marcar
Precisão decimal: Auto
Ordem Métrica
Decrescente
Exibir os # principais: 50000
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Quadro 45 - Configuração - Caixa de busca - Idioma


Caixa de busca: IDIOMA
Campos Dados
Origem de dados Exemplares
Campo “Controle” Idioma (idioma_apoio)
Tipo: Texto
Métrica Qtd (Record Count)
Agregação: Automático
Tipo: Porcentagem
Cálculo de comparação: Porcentagem do total • Em
relação aos dados correspondentes
Cálculo em execução: Nenhuma
Mostrar valores: Marcar
Compactar números: Marcar
Precisão decimal: Auto
Ordem Métrica
Decrescente
Exibir os # principais: 50000
Período padrão Automático
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
108

Quadro 46 - Configuração - Caixa de busca - Idioma Uso


Caixa de busca: IDIOMA USO
Campos Dados
Origem de dados Exemplares x Empréstimos
Campo “Controle” Idioma Uso (idioma_apoio)
Tipo: Texto
Métrica Qtd (Record Count)
Agregação: Soma
Tipo: Porcentagem
Cálculo de comparação: Porcentagem do total • Em
relação aos dados correspondentes
Cálculo em execução: Nenhuma
Mostrar valores: Marcar
Compactar números: Marcar
Precisão decimal: Auto
Ordem Métrica
Decrescente
Exibir os # principais: 50000
Período padrão Automático
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Quadro 47 - Configuração - Caixa de busca - Empréstimo/Período


Caixa de busca: EMPRÉSTIMO/PERÍODO
Campos Dados
Origem de dados Exemplares x Empréstimos
Campo “Controle” Empréstimo/Período (data_emprestimo_char)
Tipo: Data (AAAAMMDD)
Granularidade: (AAAAMMDD)
Métrica Qtd (Record Count)
Agregação: Soma
Tipo: Porcentagem
Cálculo de comparação: Porcentagem do total • Em
relação aos dados correspondentes
Cálculo em execução: Nenhuma
Mostrar valores: Marcar
Compactar números: Marcar
Precisão decimal: Auto
Ordem Métrica
Decrescente
Exibir os # principais: 50000
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
109

Quadro 48 - Configuração - Caixa de busca - Padrão de Uso - Áreas


Caixa de busca: PADRÃO DE USO - ÁREAS
Campos Dados
Origem de dados Exemplares
Campo “Controle” Padrão de Uso - Áreas
(nunca_emprestados_apoio)
Tipo: Texto
Métrica Qtd (Record Count)
Agregação: Automático
Tipo: Porcentagem
Cálculo de comparação: Porcentagem do total • Em
relação aos dados correspondentes
Cálculo em execução: Nenhuma
Mostrar valores: Marcar
Compactar números: Marcar
Precisão decimal: Auto
Ordem Métrica
Decrescente
Exibir os # principais: 50000
Período padrão Automático
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Quadro 49 - Configuração - Caixa de busca - Padrão de Uso


Caixa de busca: PADRÃO DE USO
Campos Dados
Origem de dados Exemplares
Campo “Controle” Padrão de Uso (nunca_emprestados_apoio)
Tipo: Texto
Métrica Qtd (Record Count)
Agregação: Automático
Tipo: Porcentagem
Cálculo de comparação: Porcentagem do total • Em
relação aos dados correspondentes
Cálculo em execução: Nenhuma
Mostrar valores: Marcar
Compactar números: Marcar
Precisão decimal: Auto
Ordem Métrica
Decrescente
Exibir os # principais: 50000
Período padrão Automático
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
110

APÊNDICE C – Filtros

Quadro 50 - Configuração - Filtro - Patrimônio em Real


Filtro: PATRIMÔNIO EM REAL
Campos Dados
Origem de dados Exemplares
Métrica Patrimônio em Real (valor_aquiscao_apoio)
Agregação: Soma
Tipo: Número
Cálculo de comparação: Nenhum
Cálculo em execução: Nenhuma
Período padrão Automático
Período de comparação: Nenhuma
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Quadro 51 - Configuração - Filtro - Títulos


Filtros: TÍTULOS
Campos Dados
Origem de dados Exemplares
Métrica Títulos (cod_acervo)
Agregação: Contar diferentes
Tipo: Número
Cálculo de comparação: Nenhum
Cálculo em execução: Nenhuma
Período padrão Automático
Período de comparação: Nenhuma
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Quadro 52 - Configuração - Filtro - Exemplares


Filtros: EXEMPLARES
Campos Dados
Origem de dados Exemplares
Métrica Exemplares (cod_exemplar)
Agregação: Contar diferentes
Tipo: Número
Cálculo de comparação: Nenhum
Cálculo em execução: Nenhuma
Período padrão Automático
Período de comparação: Nenhuma
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.
111

Quadro 53 - Configuração - Filtro - Usuários


Filtros: USUÁRIOS
Campos Dados
Origem de dados Exemplares x Empréstimos
Métrica Usuários (nome_pessoa)
Agregação: Contar diferentes
Tipo: Número
Cálculo de comparação: Nenhum
Cálculo em execução: Nenhuma
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

Quadro 54 - Configuração - Filtro - Empréstimos


Filtros: EMPRÉSTIMOS
Campos Dados
Origem de dados Exemplares x Empréstimos
Métrica Usuários (nome_pessoa)
Agregação: Soma
Tipo: Número
Cálculo de comparação: Nenhum
Cálculo em execução: Nenhuma
Fonte: Elaborado pela autora, 2022.

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