Fusco, 2010
Fusco, 2010
Fusco, 2010
ELVIS FUSCO
MARÍLIA
2010
1
ELVIS FUSCO
MARÍLIA
2010
2
3
ELVIS FUSCO
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________________
Profa. Dra. Plácida Leopoldina Ventura Amorim da Costa Santos (Orientadora)
UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
Faculdade de Filosofia e Ciências. Campus de Marília
__________________________________________________
Prof. Dr. Ricardo César Gonçalves Sant'Ana
UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
Faculdade de Filosofia e Ciências. Campus de Marília
__________________________________________________
Prof. Dr. José Remo Ferreira Brega
UNESP - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho
Faculdade de Ciências. Campus de Bauru
__________________________________________________
Profa. Dra. Virginia Bentes Pinto
UFC – Universidade Federal do Ceará
Departamento de Ciências da Informação
__________________________________________________
Prof. Dr. Alex Sandro Romeu de Souza Poletto
FEMA – Fundação Educacional do Município de Assis
Marília, 2010.
Faculdade de Filosofia e Ciências – UNESP/Marília
4
Ao meu Deus Pai, meu criador e ao meu Senhor Jesus, meu salvador.
Aos meus pais que pelo seu amor e incentivo, sempre me deram segurança,
estímulo e visão para estudar e crescer profissionalmente.
A minha esposa Alecsandra, por nós sermos uma só carne, essa conquista é sua
também.
Aos meus amados filhos João Pedro e Paulo Henrique por simplesmente existirem e
serem o maior motivo para eu concluir mais essa etapa da minha vida.
5
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos docentes Dra. Juliana de Oliveira e Dr. Ricardo César Gonçalves
Sant’Ana, que participaram do Exame Geral de Qualificação e contribuíram para a
finalização desta pesquisa.
E principalmente agradeço a Deus pela minha família, que não poupou esforços
para me apoiar incondicionalmente, compreendendo cada minuto que me foi tirado
deles para a concretização desta tese.
Elvis Fusco
6
Vannevar Bush
7
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE SIGLAS
Lista de Ilustrações
Lista de Quadros
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 17
3 METADADOS......................................................................................................... 60
3.1 Funções dos Metadados na Catalogação ........................................................ 63
3.2 Padrões de Metadados .................................................................................... 64
3.3 O Padrão de Metadados MARC....................................................................... 67
4 INTEROPERABILIDADE ........................................................................................ 76
4.1 Definição de Interoperabilidade........................................................................ 77
4.2 Histórico de Cooperação e Compartilhamento ................................................ 79
4.3 Níveis de Interoperabilidade ............................................................................ 80
4.4 Abordagens de Interoperabilidade ................................................................... 82
4.5 O Uso de Metadados na Interoperabilidade ..................................................... 84
APÊNDICES............................................................................................................ 243
Apêndice A: Estrutura de Metadados do Modelo Proposto................................. 244
16
INTRODUÇÃO
17
1 INTRODUÇÃO
recursos informacionais.
informação.
tecnologia. Exige-se cada vez mais um profissional hábil e capacitado para atuar
estruturas bibliográficas deve ser mantido. Entretanto, deve ser expandido e novas
estabelecida e conhecida.
representação dos diversos tipos de materiais que surgem a partir das novas
nível conceitual, não levando a análise dos requisitos ao nível necessário para um
requisitos.
proposto por Chen (1990) que define uma representação de informações para
físico e formatos.
Para tratar desses aspectos, novas leituras devem ser feitas sobre as
amplia-se de modo que este deve determinar não somente os elementos a serem
volátil e por instância, a ação de tornar a informação persistida disponível para uso
da Ciência da Computação.
bibliográficos.
registros bibliográficos.
LC).
Computação e, esta pesquisa justifica-se por mostrar e definir conceitos que são
trabalhados por ambas as áreas e que muitas vezes não são compreendidos pelos
ciência subsídios para aprimorar e estabelecer formas mais eficazes nos processos
sociedade da informação”.
informacional automatizado.
digitais.
lógica de um catálogo bibliográfico baseado nos requisitos dos FRBR e FRAD, bem
.
28
CONTEXTUALIZAÇÃO DA CATALOGAÇÃO
29
2 CONTEXTUALIZAÇÃO DA CATALOGAÇÃO
2.1 A Catalogação
autor e oferecer informação bibliográfica adequada para identificar uma obra. Esse
30
exame do documento torna-o único e possibilita sua busca por vários pontos de
explicitado no Capítulo 7.
para o usuário encontrar o material desejado. Mey (1995, p. 07) ressalta que, no
que satisfaça sua necessidade e gere nele conhecimento que poderá, então, ser
registrada. A origem da palavra catálogo remonta ao grego onde kata significa “de
acordo com”, e logos significa “razão”. Tem-se assim catálogo, que significa “de
necessárias para que o material de uma biblioteca seja localizado, servindo desta
tratamento dos recursos ou itens informacionais para sua utilização (MEY, 1995).
recurso informacional, por ser este o suporte, ou meio, que contém um ou mais
diferentes suportes, o Item é concreto, mesmo que digital. Uma Obra é um todo,
acabado. Um Item pode conter uma Obra, várias Obras ou partes de Obras.
Essas representações abrangem tanto o aspecto físico dos Itens como seu
1) Permitir ao usuário:
mas uma atividade que exige habilidade para interpretar as propriedades pouco
tipo de documento e, então, a sua leitura técnica. De acordo com Santos e Corrêa
• Descrição bibliográfica;
• Dados de localização.
vezes, esses dois termos são tomados como sinônimos, bem como o de
de documentação).
na Fig. 1.
do uso freqüente das palavras encontradas nos títulos das Obras. Uma vez
ordem para agrupar nos catálogos e Obras de um mesmo assunto, começou a ser
estabelecer regras que possam tornar mais fácil o trabalho dos bibliotecários, uma
vez que um determinado material poderá ser compartilhado por outras bibliotecas.
técnicas dos códigos mais modernos, que estão na base dos atuais.
regras, Rules for the Compilation of the Catalog – Catalogue of printed books in
Panizzi são:
sob pseudônimo e à questão de autoria coletiva, Jewett ficou conhecido pela idéia
Rules for a Dictionary Catalogue, Regras para um catálogo dicionário. Cutter não
sistemático e que, a partir daí, passa a nortear-se, também, pela ordem alfabética.
conteúdo;
1
Em 1727, William Ged, ourives de Edimburgo, inventou a técnica da estereotipia, possibilitando a
múltipla reprodução de uma página de tipos móveis através da execução prévia de um molde. Ged
utilizou um composto de gesso para a moldagem da forma e produziu uma matriz da mesma. A
partir dessa matriz, fundia as páginas (clichês) em metal, chumbo e antimônio para a impressão.
41
eles.
sindético preconizados por Cutter continuam a ser, ainda hoje, um dos alicerces
Coletivo da Alemanha;
volume 1 - ALA Cataloging rules for author and title entries, editado por
usado amplamente;
Apostólica da Vaticana.
expressivo.
conteúdos definido para codificar registros que serão interpretados por máquina.
finalidade.
(no Reino Unido). Seu uso é projetado para a construção de catálogos e outras
materiais na biblioteca.
seguinte:
Oliveira et. al. (2004) salientam que com o aumento da produção editorial
informacionais”.
em que a catalogação pode ser feita pelo suporte físico da Obra, através da forma
escrita convencional ou legível por máquina. Para atingir tal objetivo, estabelece
Item que está sendo catalogado. É composta pelos Capítulos 1 a 13. O Capítulo 1
47
Parte I – Descrição
3. Materiais Cartográficos
5. Música
6. Gravação de Som
7. Filmes Cinematográficos
8. Materiais Gráficos
9. Recursos Eletrônicos
11. Microforma
13. Análise
26. Remissivas
objetivam, em especial:
outro país;
outras línguas e
por máquina.
2
Disponível em http://archive.ifla.org/VII/s13/pubs/ISBD_consolidated_2007.pdf
50
1801;
periódicos;
da ISBD que se reuniu em 1981 para definir o plano para rever e reformular as
cartográfico e, material não livro. As metas dessa revisão concluída no fim dos
anos 80 eram:
consistência;
2. Promover exemplos;
de Música.
maior parte do trabalho de revisão das ISBDs foi suspensa. Em 1998 após o Grupo
de Estudo dos FRBR publicar o seu relatório final e depois das suas
seu trabalho.
FRBR para o “nível básico dos registros da bibliografia nacional” (BYRUM JR.,
2005).
de catalogação.
É nesse cenário que surge o RDA. O RDA está sendo desenvolvido por um
Congress (LC).
O RDA pode ser considerado uma ferramenta online, baseada na web que
ferramenta online, o RDA pode ser organizado para se adequar a qualquer perfil de
formatos pouco conhecidos, uma vez que a ferramenta online pode recuperar todas
recursos digitais como dos tradicionais. Esse código desenvolve-se a partir dos
pontos positivos do AACR2 e seu foco está voltado às necessidades dos usuários
3
FRBR e FRAD identificam as relações que uma obra pode ter com seu criador, assim como suas
relações com quaisquer traduções, interpretações, adaptações ou formatos físicos dessa mesma
obra. O uso das entidades do FRBR pelo RDA torna possível melhor visualização de buscas em
catálogos, agrupando informação sobre o mesmo titulo (ex. traduções, condensações, diferentes
formatos físicos).
55
com muitos esquemas codificados, como por exemplo, o MODS (Metadata Object
RDA tem seu uso potencializado tanto por bibliotecas como por outras
comunidades de informação.
desta forma, na grande maioria dos casos não será preciso re-catalogar registros
mais antigos. Ainda, as indicações do RDA para escolha e forma de entrada têm
4
Fonte: http://www.collectionscanada.gc.ca/jsc/rda.html
56
Parte A
Parte I: Descrição
Parte I: Descrição
Parte B
Parte III: Ponto de
controle do acesso
atualizado de acordo com o texto final RDA fornecido pelos co-editores para a
Introdução
Atributos
Relacionamentos
associadas a um recurso;
Itens;
Apêndice A. Capitalização;
Apêndice B. Abreviaturas;
Apêndice C. Initial;
Manifestações e Itens;
58
Sociais;
Lugares.
aplicação de uma variedade de recursos, que vão desde aqueles que podem ser
METADADOS
60
3 METADADOS
informação. São dados associados com os objetos de informação que fazem com
existência e características.
(1998, p.192),
eletrônicos”.
61
registros bibliográficos que tem sido criados por profissionais da informação a muito
Como o homem que esteve escrevendo prosa toda sua vida sem
saber, os bibliotecários e indexadores têm produzido e padronizado
metadados há séculos. Ignorando este legado, uma imensa
variedade de outros profissionais têm recentemente entrado neste
campo, e muitos deles não têm idéia de que alguém já “esteve ali e
feito isso” antes. Vários sistemas estão sendo desenvolvidos para
diferentes e algumas vezes até para o mesmo tipo de informação,
resultando numa atmosfera caótica de padrões.
ele contém. Esse conjunto pode ter um número de elementos variável de acordo
para ser bem sucedido, deve também estabelecer uma estrutura padrão e
mesma função, não poderem ser mapeados para o mesmo conceito único. Um
como tipo de dado, tamanho, restrições de unicidade, entre outras informações que
de informação.
informações entre instituições que utilizam o mesmo padrão ou até mesmo entre
aquelas que utilizam padrões diferentes. Isso é importante, pois além de diminuir o
1999).
centrais especializadas;
operantes.
66
unidades de informação.
início da década de 60, era padronizar a descrição bibliográfica, uma vez que se
representação já constituída para uma outra forma, legível por computador. Na Fig.
software, como na Fig. 5 que mostra as informações dos nomes aos quais os
três caracteres, por exemplo, 005, 040, 100 e 245. Estes são denominados
usualmente como etiquetas MARC, e cada uma tem seu significado, por exemplo,
caracteres, como no caso da etiqueta 008, que neste caso não são denominados
indicadores. Em ambos os casos cada caractere tem seu significado e (iii) e por
O registro MARC21 legível por computador é formado por uma única linha
bibliográfica.
suportes;
conteúdo;
materiais;
registros de seu catálogo a outras instituições. Isso demonstra que esse padrão
comunidade.
Sendo assim, podem ocorrer dois tipos de ligação: a implícita, que ocorre através
descrito para que sua importação ou exportação ocorra com sucesso, porém o
INTEROPERABILIDADE
76
4 INTEROPERABILIDADE
bases informacionais.
como a web e a busca por normas, padrões, regras e protocolos que permitam
interoperabilidade.
esforço especial por parte do cliente, pode-se dizer que é a capacidade de operar
em conjunto.
estudadas e
serviços.
79
usadas pelas bibliotecas para fornecer acesso não só a documentos dos seus
MARC na década de 60, foi possível publicar seu catálogo não apenas em papel,
informação, há muito tempo, porém esse termo não era comumente utilizado como
a) Nível Semântico
dados representados.
b) Nível Estrutural
c) Nível Sintático
Barreto (1999, p. 85), afirma que “a sintaxe fornece uma linguagem comum
adotadas:
usuário.
Protocol.
softwares).
em uma rede.
informações.
semântico, mas com nomes diferentes) e homonímia (dados com o mesmo nome,
pelo W3C5 para a interoperabilidade na rede, uma vez que, unido aos metadados,
Representação que
integra semanticamente
Metadados Padrão os diversos metadados
utilizando ontologias
padrão, em que deve haver uma correspondência entre os diversos metadados que
5
O Consórcio World Wide Web (W3C) é um consórcio internacional no qual organizações filiadas,
uma equipe em tempo integral e o público trabalham juntos para desenvolver padrões para a Web.
Pode ser visualizado em http://www.w3c.com.
87
MODELAGEM DE DADOS
89
5 MODELAGEM DE DADOS
Chu (1983, p. 39) define banco de dados como “um conjunto de dados
estruturado de maneira adequada de forma que pode ser utilizado com eficiência
Dados (SGBD).
Sistema de Banco
Software de Aplicação de Dados
SGBD
Software para processar manipulação
Metadados Dados
De acordo com Silberschatz et. al. (1999, p.7), modelo de dados pode ser
banco de dados”.
dados num cenário. Podem ser construídos três níveis de modelos de dados:
Para tratar desses aspectos, novas leituras devem ser feitas sobre o
Chen em 1976 (CHEN, 1976; CHU, 1983, p. 148) e vem sendo estudado e aplicado
movemos para uma sociedade cada vez mais orientada para a informação, a
A ação de modelar, por sua vez, impõe a quem modela uma visão
clara e sem ambigüidades de quem ou do que está sendo
modelado, além de exigir uma correta seleção dos elementos do
universo do discurso que comporão a visão a ser representada.
especificação de requisitos.
persistidas no catálogo.
composto por diversas fases que geram em cada uma delas artefatos6 que ajudam
6
Artefatos são subprodutos gerados pelas fases da modelagem de dados, podem ser documentos
textuais, gráficos ou diagramas.
97
garantir que o modelo inclua todo o trabalho exigido e, somente o trabalho exigido,
para completar o projeto com sucesso, como por exemplo, a definição dos recursos
que é a definição dos requisitos funcionais ou funções que o usuário deseja que o
tecnológicas.
seja, define quais os dados que aparecerão no banco de dados, mas sem se
Modelagem Conceitual.
possa gerar o banco de dados. Para tanto, é realizada a Modelagem Lógica que é
se constitui em meta-informações
descrição da estrutura do banco de dados que se
(metadados).
que será a solução e, para isso, duas questões são consideradas imprescindíveis:
da catalogação e
entre os dados. Fornece uma visão mais próxima do modo como os usuários
modelos conceituais.
de dados que mantém registros sobre livros, periódicos entre outros objetivos
unidade de informação.
descritas por meio de seus atributos. O número das entidades às quais uma outra
são mostradas duas entidades (livro e autor) com seus respectivos atributos, e
muitos.
entidades;
que pode ser identificado de maneira única em relação aos outros objetos do
cenário.
com vários autores e um autor pode conter vários livros associados a ele.
a1 b1
b2
a2
b3
a3
b4
Fig. 18 e 19.
catálogo, não será mais preciso manter o registro dos seus artigos. No Diagrama
Figura 20 – Existência-dependente
107
do banco de dados a diferença entre eles precisa ser expressa em termos dos seus
atributos. Para tais distinções uma superchave é assinalada para cada conjunto de
Livro (Fig. 19) é suficiente para distinguir uma entidade Livro (Item) de outra. Então,
chaves candidatas.
Uma entidade fraca pode não possuir atributos suficientes para formar uma
chave primária. Assim, a chave primária dessas entidades é formada pela chave
Modelo E-R por descrever tanto os elementos de dados, quanto as operações que
objetos:
informação é o objeto ou a classe, este podendo ser definido como alguma coisa
única entidade.
7
UML, segundo Booch et. al. (2005, p. 13) é “uma linguagem-padrão para a elaboração de estrutura
de projetos de software. A UML poderá ser empregada para visualização, a especificação, a
construção e a documentação de artefatos que façam uso de sistemas complexos de software”
110
conceitos, (ii) associações entre conceitos e (iii) atributos dos conceitos. Ele pode
ser visto como um modelo que comunica às partes interessadas, como usuários
conceitos podem ser encontrados nos FRBR como Obra, Pessoa, Evento.
e métodos.
pode ser expresso por meio de um modelo conceitual que pode ser ilustrado no
elementos.
utilizado nesta pesquisa o Diagrama de Classes que servirá como base para a
das classes que define um domínio de aplicação. Esses diagramas são utilizados
em objetos.
operações e semântica.
Acervo
existente entre objetos que estão num mesmo nível, sem que uma seja
restrição que define que as partes podem ser criadas após o todo, mas,
116
uma vez criadas, “vivem e morrem com ele”. Essas partes também
algumas características que podem ser aplicadas nos conceitos dos FRBR,
catalogação cada vez mais simplificada ou com custos cada vez mais reduzidos.
isso, levou em conta toda a gama de funções para o registro bibliográfico em seu
sentido mais amplo, incluindo elementos não apenas descritivos, mas também, os
119
• As ISBDs;
números de classificação;
chamada.
tridimensionais;
armazenagem, etc. e;
120
possa conter.
de uma só vez em uma única interface. Para Campello (2006, p. 61) “utiliza uma
inovador dos FRBR que possibilitaria aos catálogos em linha, baseados no modelo,
atendê-las, os FRBR são projetados para ter maior aderência às tarefas genéricas
user tasks e podem ser descritas da seguinte maneira (IFLA, 1998, p. 8; 82):
• Uso dos dados para encontrar materiais que correspondam aos critérios
relacionamento da entidade;
• Uso dos dados recuperados para identificar uma entidade, isto é, para
similares;
Essas tarefas genéricas realizadas pelo usuário têm uma grande relação e
• Uso dos dados para encontrar materiais que correspondam aos critérios
do usuário;
descrita.
atributos e relacionamentos.
bastante útil para explicar o modelo. Nesta tese o modelo conceitual proposto para
Pessoa e Entidade Coletiva pode ser representado como na Fig. 27. A figura
mostra que no banco de dados gerado por meio deste modelo conceitual,
por”.
relacionamento “produzido por”. O modelo FRBR poderia assim ser descrito como
pelo”. Setas simples significam que somente uma instância de uma entidade pode
pode ocorrer. Por exemplo, de acordo com o modelo, mais de uma instância da
entidade Item pode estar associada a uma Manifestação, mas somente uma
Manifestação pode ter vários Itens, mas um Item pode ser de somente uma
Manifestação.
na Fig. 29.
Manifestação
Pessoa
Entidade Coletiva
Coletiva é um tipo de notação que significa que o relacionamento pode ser aplicado
entidade utiliza-se de um estilo diferente, como pode ser visto na Fig. 30. Esse
o …
ser mostrado como na Fig. 31. No diagrama FRBR, a seta aponta para fora da
é o produtor de →
← tem um produtor
o …
Kelmscott Press, e assim o diagrama poderia ser lido como: “Kelmscott Press é o
6.2 As Entidades
como:
primeiro grupo e
6.2.1 Grupo 1
Obra
Expressão
é incorporada em
Manifestação
é exemplificada por
Item
32 indicam que uma Obra é uma entidade abstrata, uma criação intelectual ou
artística distinta e pode ser realizada por meio de uma ou mais Expressão, por isso
aparece a seta dupla na linha que liga a Obra à Expressão. A Expressão, por sua
vez, é a realização intelectual ou artística específica que assume uma Obra ao ser
aparece a seta única no sentido inverso da linha que une a Expressão à Obra. Uma
materialização de uma expressão de uma Obra, ou seja, seu suporte físico, que
podem ser livros, periódicos, arquivos multimídia, etc. Por fim, pode haver um ou
mais Item para exemplificar uma Manifestação, mas um Item pode exemplificar
Nos FRBR, se duas versões são consideradas a mesma Obra, elas são
mesma Obra, então são chamadas Obras separadas. Essa diferenciação pode ser
Manifestação e o Item são a forma material, física que contém Expressões de uma
Obra.
exemplares.
131
6.2.2 Grupo 2
• Autor;
• Editor;
• Compositor;
• Artista
• Diretor;
• Interprete;
• Tradutor.
Obra
Expressão
Manifestação
Item
é propriedade de
é produzido por Pessoa
é realizado por
é criado por Entidade Coletiva
Uma Obra pode ser criada por uma ou mais Pessoa e/ou Organização.
um ou mais tipos de Obra. Uma Expressão pode ser realizada por uma ou mais
podem realizar uma ou mais Expressão. A Manifestação pode ser produzida por
6.2.3 Grupo 3
como assuntos de Obra, como Conceito, Objeto, Evento e Lugar, entidades que
jurisdições geopolíticas.
Obra
Obra
Expressão
tem como assunto
Manifestação
Item
Pessoa
tem como assunto
Entidade Coletiva
Conceito
Evento
Lugar
De acordo com a IFLA (2007), a Fig. 35 demonstra que uma Obra pode ter
6.3 Os Atributos
Cada entidade contém uma lista de características que devem ser incluídas
rosto, número do catálogo temático, contexto em que a obra foi escrita, forma de
acesso, etc. Cada atributo da entidade torna-se um ponto de acesso para esta
entidade.
distinções entre uma Obra e outra, entre uma Obra e sua Expressão, entre duas
uma análise lógica dos dados que normalmente são refletidos nos registros
Reference Entries (GARE), Guidelines for Subject Authority and Reference Entries
fontes, tais como as categorias AITF Categories for the Description of Works of Art,
incluídos no modelo se destina ser global, mas não exaustiva (IFLA, 2009).
• Título da Obra
• Forma da Obra
• Data da Obra
• Término previsto
• Contexto da Obra
e não apenas o Título uniforme. Para programar esse requisito, modelos de dados
permitindo que no modelo lógico de dados possa ser possível instanciar mais de
novela, peça teatral, poema, ensaio, biografia, sinfonia, concerto, sonata, mapa,
desenho, fotografia, pintura, etc. Neste caso, associar uma entidade de tipos de
forma à Forma da Obra pode ser uma boa prática no modelo de dados do catálogo.
138
• Título da Expressão
• Forma da Expressão
• Data da Expressão
• Língua da Expressão
• Expansibilidade da Expressão
• Extensão da Expressão
• Sumarização do conteúdo
característica.
o meio pelo qual a Obra se realiza. Por exemplo, por meio de notação alfa-
imagem fotográfica, escultura, dança, mímica, etc., podendo ser diferente da forma
da Obra e também pode ser utilizada uma entidade específica para a forma da
• Título da Manifestação
• Indicação de responsabilidade
• Designação de edição/impressão
• Local de publicação/distribuição
• Publicador/distribuidor
• Data de publicação/distribuição
• Fabricante
• Indicação de série
• Forma do suporte
• Extensão do suporte
• Meio físico
• Modo de captura
• Dimensões do suporte
• Identificador da Manifestação
• Termos de responsabilidade
• Numeração (periódico)
• Cor (imagem)
dados num registro bibliográfico, e isso pode ser comprovado pelo atributo Título
aqueles que são utilizados para o propósito do controle bibliográfico como o Título-
chave, Título expandido, Título traduzido, etc., informações essas que são
pode ser ou não a mesma utilizada nas entidades Pessoa e Entidade Coletiva que
separado de um livro.
pelo qual o suporte é produzido como papel, madeira, plástico, metal, etc.
Identificador associado a uma Manifestação. Este pode ser atribuído como parte de
Manifestação.
Manifestação pode ser adquirida ou por meio do qual o acesso pode ser
• Identificador do Item
• Impressão digital
• Proveniência do Item
• Marcas/inscrições
• Histórico de exibição
• Condição do Item
• Histórico de tratamento
• Plano de tratamento
Como visto, de acordo com a IFLA (2009), os atributos das entidades dos
dos FRBR nem sempre são similares a padrões de metadados como o MARC, por
subcampo.
• Nome da Pessoa
• Datas da Pessoa
• Título da Pessoa
Um objeto pode ser designado por mais de um termo, ou por mais de uma forma
do objeto. Os outros termos ou formas do termo podem ser tratados como termos
variantes do objeto.
evento pode ser designado por mais de um termo, ou por mais de uma forma do
evento. Os outros termos ou formas do termo podem ser tratados como termos
variantes do evento.
para nomear ou designar o lugar (por exemplo, São Paulo, Sul da Itália, etc.). Um
148
local pode ser designado por mais de um termo, ou por mais de uma forma do
lugar. Os outros termos ou formas do termo podem ser tratados como termos
variantes do lugar.
6.4 Os Relacionamentos
entidade e outra. São eles também que auxiliam o usuário a navegar pelo universo
(IFLA, 1998).
entidade.
servem como veículo para descrever ligações entre uma entidade e outra.
149
entidades, por exemplo, como Obras estão conectadas com Expressões, como
eles estão conectados com Pessoas e Entidades Coletivas, etc., e a linha rotulada
como “realizada por meio de” que liga Obra com Expressão indica em termos
gerais que a Obra é realizada por meio de uma Expressão (IFLA, 2009).
Obra que é realizada por meio da Expressão, uma vez que a Expressão tem sido
criar uma Obra, realizar uma Expressão, produzir uma Manifestação e possuir um
bibliográfico:
150
três grupos estão ligadas à Obra. Uma Obra pode ter como assunto uma ou mais
Obra, Expressão, Manifestação e Item, como também pode ter como assunto ou
mais Pessoa e Entidade Coletiva e finalmente pode ter como assunto as entidades
envolvidos em cada tipo de relacionamento, cabe ressaltar que nem todos os tipos
151
artigos8 e tem sido base para pesquisas subseqüentes9 que definem uma
(MAXWELL, 2008):
• Relacionamentos de equivalência
• Relacionamentos derivativos
• Relacionamentos descritivos
• Relacionamentos todo-parte
• Relacionamentos de acompanhamento
• Relacionamentos seqüenciais
8
TILLETT, B. A taxonomy of bibliographic relationships. Library Resources and Technical
Services, 35, n. 2, 1991, p. 150-158.
TILLETT, B. A summary of the treatment of bibliographic relationships in cataloging rules. Library
Resources and Technical Services, 35, n. 4, 1991, p. 393-405.
TILLETT, B. The history of linking devices. Library Resources and Technical Services, 36, n. 1,
1992, p. 23-36.
TILLETT, B. Bibliographic relationships: an empirical study of the LC Machine-Readable Records.
Library Resources and Technical Services, 36, n. 2, 1992, p. 162-168.
9
VELLUCCI, S. L. Bibliographic relationships. International Conference On The Principles And
Future Development Of AACR. Toronto: American Library Association: Library Association
Publishing, 1998. p.105-147.
152
recurso que é baseado no primeiro, cujo o original foi modificado de uma certa
153
desde que sejam da mesma Obra como, por exemplo, uma nova edição.
mesma Obra.
37.
Neste caso, a Obra revisada é vista como uma nova Expressão e então
• Sumarização
• Transformação
• Imitação
← é uma adaptação de
mesma Obra:
• Resumo
• Tradução
• Arranjo (música)
155
Obra que a descreve. Relaciona uma entidade bibliográfica e uma descrição, crítica
que o Grupo 3 inclui todas as entidades dos Grupos 1 e 2 bem como conceitos,
uma Obra.
é um assunto de →
← tem um assunto
Neste diagrama os filmes On the Road to Tara e Gone with the Wind on
Film tem um relacionamento descritivo com o filme Gone with the Wind.
de uma Obra completa. Ocorre também em obras agregadas e suas partes como,
Obra.
tipo independente no qual quase sempre tem em suas partes nomes ou títulos
distintos da Obra principal e que não dependem do todo para ter algum significado
• o1 Bíblia
tem parte →
← é parte de
o o2 Livro de Gênesis
o o3 Livro de Êxodo
o …
Expressão.
forma que no nível da Obra, porém acontecem com partes que formam uma
Expressão.
158
Manifestação.
computadores.
Item.
como um todo. Por exemplo, uma cópia de uma Manifestação particular pode
embora, na realidade, seja um pedaço físico separado, não seja normalmente visto
complemento.
suplemento e complemento nos níveis de Obra a Obra (Tabela 5.1 de IFLA, 2009,
tipo “sucessor” nos níveis de Obra a Obra (Tabela 5.1 de IFLA, 2009, p. 63),
(Tabela 5.6 de IFLA, 2009, p. 73). Ocorrem entre as várias partes de uma série
MARC.
41.
• o1 Scientific American
tem um sucessor →
← é um sucessor para
tem um sucessor →
← é um sucessor para
tem um sucessor →
← é um sucessor para
o ...
Por exemplo, um usuário pode procurar por todas as obras de Jorge Amado.
• p1 Jorge Amado
o o1 Tieta do Agreste
o ...
compartilhada na qual as Obras não relacionadas são relacionadas pelo fato delas
todas as obras relevantes em uma dada coleção e selecionar aquela que atenda as
• a1 Música de Filme
é o assunto de →
o ...
modelo, então chamado Functional Requirements for Authority Records (FRAR) foi
pessoa ou objeto é “conhecido por” um nome e/ou identificador; por sua vez, o
nome e/ou identificador é a “base para” um ponto de acesso controlado, isto como
uma entidade FRAD. Por sua vez, um ponto de acesso controlado pode ser
Entidades Bibliográficas
é conhecido por
Nome
Identificador
é a base para
Ponto de Acesso
Controlado
é registrado em
Registro de
Autoridade
nome, por exemplo, nome pessoal ou nome corporativo. No caso do nome de uma
Obra
é conhecida por
Nome
é base para
Ponto de Acesso Controlado
é registrado em
Registro de Autoridade
como “um número, código, palavra, frase, logo, dispositivo, etc. que é associada
unicamente com uma entidade, e serve para diferenciar que esta entidade de
2007a, p. 13).
166
Item
é especificado por
Identificador
é base para
Ponto de Acesso Controlado
é registrado em
Registro de Autoridade
unicamente uma entidade como o Item (Fig. 46), entretanto a entidade Identificador
unicamente.
encontradas nos FRBR (IFLA, 2007a, p. 50) e definiu qual o grupo de usuários a
códigos e normas, entretanto são baseados nelas, como as ISBDs e como forma
de catalogação.
Desta forma, o MARC tem fornecido a maioria dos requisitos para construção de
• A Representação Descritiva;
então, os elementos que farão parte dos metadados do catálogo (Fig. 48).
acesso e localização terão que ser representados neste banco de dados e, para
• Modelo Entidade-Relacionamento
Modelagem • Modelo Orientado a Objetos
de Dados
conceitual dos elementos que farão parte dos metadados do catálogo, ficando a
Informação.
Segundo Delsey (1997, p.1), “num nível teórico e prático, vários estudiosos
atualmente disponíveis”.
catalogação e a sua utilização nos FRBR corroborou essa idéia, como afirma
Delsey (1997, p.3) “nos ajudar a reexaminar os princípios fundamentais que estão
futuro”.
• Redundância de dados;
• Inconsistência de dados;
• Anomalia de exclusão;
• Anomalia de inclusão;
• Anomalia de modificação.
Isso ocorre porque padrões de metadados como o formato MARC têm uma
relacionamentos.
bibliográficos.
176
estrutura para um banco de dados. Essa idéia é corroborada por Delsey (1997, p.
2-3)
chamado de Normalização10.
ambientes informacionais;
catalogadores;
manutenção do catálogo.
10
Refere-se a um processo proposto por Edgar F. Codd (1972). Normalização consiste no modo
como os dados são agrupados em estruturas de registros, que permite o armazenamento
consistente e um eficiente acesso aos dados. Com os dados normalizados impedem-se anomalias
como a redundância de dados e a possibilidade dos dados se tornarem inconsistentes.
179
(Chen, 1976). Este modelo não esquematiza os atributos das entidades que serão
entidades e relacionamentos.
a Pessoa e a Obra.
Fig. 54.
também podem ser assuntos para a Obra, ou seja, uma dada Obra pode ser sobre
uma Pessoa ou sobre uma Expressão, por exemplo. No caso da Obra ser sobre
“muito-para-muitos” para associar uma ou mais Obras da qual uma Obra foi criada.
Este modelo foi ampliado, pois no relatório FRBR somente a entidade Obra
meio para descrever a relação entre uma entidade e outra, assim como, meio de
uma consulta de busca usando um ou mais atributos da entidade para a qual ele
informação adicional que auxilia o usuário a fazer conexões entre a entidade que
ele encontrou e outras entidades que estão relacionadas a essa entidade (IFLA,
2009).
Adaptação
Complemento
Imitação
Obra-para-obra Sucessor
Suplemento
Sumarização
Transformação
Todo-parte
Adaptação
Arranjo (musical)
Complemento
Imitação
Expressão-para-expressão Resumo
Revisão
Sucessor
Sumarização
Suplemento
Tradução
Transformação
Todo-parte
Adaptação
Complemento
Imitação
Expressão-para-obra Sucessor
Suplemento
Sumarização
Transformação
Todo-parte
Manifestação-para-manifestação Reprodução
Substituto
Todo-parte
Item-para-manifestação Reprodução
Item-para-item Reconfiguração
Reprodução
Todo-parte
relacionamento complementar.
modelo FRAD trata esses atributos, tanto o Nome como o Identificador, como
Nesse contexto, no modelo proposto (Fig. 56) foi incorporado esse conceito
bibliográficas com essas duas entidades. Além disso, foram criadas as entidades
definir esses atributos como entidades. Essa técnica de modelagem será explicada
posteriormente.
188
Figura 57 – Modelo conceitual baseado nas entidades e relacionamentos dos FRBR e FRAD
189
FRBR e das entidades do FRAD incorporadas aos FRBR. Este modelo contempla:
• Entidades do Grupo 1;
• Entidades do Grupo 2;
• Entidades do Grupo 3;
Grupo 2;
e Grupo 3;
FRBR.
catálogo devem ser definidos os atributos que servem como o meio pelo qual os
entidades.
bibliográfico.
um valor para cada atributo (por exemplo, o valor para o atributo “meio físico” de
um objeto específico pode ser "plástico"), esses atributos são chamados de “mono-
entidade pode ter vários valores para um único atributo (por exemplo, um livro pode
Forma é um atributo que define a classe a qual uma Obra pertence. Nesse caso,
forma categoriza a Obra e no modelo de dados seria mais interessante ter uma
Além disso, uma Obra pode ter mais que uma Forma. Assim sendo, nesses casos
relacionamento “tem como forma” entre a entidade Obra e a entidade Forma como
cardinalidade “muitos-para-muitos”, pois uma Obra pode ter mais que uma Forma e
para-um”, pois uma Expressão pode ter somente uma freqüência esperada e um
(Fig. 60).
192
Atributos que fazem referência a outra entidade não são vistos na entidade
Periodicidade criada.
Nos dois exemplos anteriores (Fig. 59 e Fig. 60), nas entidades criadas
No estudo dos atributos dos FRBR foi utilizada uma análise lógica de
mas que não pretende ser tomada como esgotada, assim sendo, para cada projeto
dos atributos Forma, Idioma e Periodicidade da mesma maneira que foi feito com
Expressão, ou seja, esse atributo depende tanto da entidade Expressão como das
em relacionamentos.
da Manifestação.
identificação.
qual o suporte é produzido. Essa mesma técnica poderia ser aplicada a outros
catálogo:
de atributos”.
objeto informacional.
201
atributos que serão utilizados nas interfaces de entradas de dados (entidade Tipo
Atributo). Após essa definição, para cada instância de uma entidade bibliográfica,
como Obra, podem ser criadas instâncias desses atributos pela entidade Atributo
entidade Obra foram definidos para os tipos de atributos ta1 e ta2, os valores a1 e a3
respectivamente, para a instância o2 foram definidos para os atributos ta1, ta2, ta3,
que serão utilizados para representar cada entidade bibliográfica e isso deixa de
possa permitir uma integração com diferentes tipos de padrões de metadados traz
utilizados os estudos de Delsey (2006) que analisa e mapeia modelos FRBR com o
padrão de metadados MARC 21. A partir desse estudo foi adicionado no modelo
amplo, cobrindo uma série de funções, não só elementos descritivos como também
subcampo (MORENO, 2006). Isso pode ser visto no Anexo A deste estudo que
MARC.
modelo, ou seja, que foram projetados fazendo parte do esquema do projeto, assim
metadados utilizados para integrar com o catálogo. Para integrar esses elementos
expectativas informacionais.
as seguintes regras:
de entidades com atributos a1, a2,..., an, E será representada por uma
conjunto de entidades E.
Rk;
relações do relacionamento.
importante atentar-se para o conceito de padrões de projeto que visa criar regras,
Orientação a Objetos.
210
O DESENVOLVIMENTO DE UM FRAMEWORK
CONCEITUAL BASEADO NOS FRBR
211
FRBR
conjunto com o grupo de trabalho dos FRBR, que busca estabelecer “uma
gestão da informação.
CRM, gerando uma versão contendo uma dimensão temporal, essencial para o
cenário de museus.
212
Modelo E-R e propôs que fosse substituído pelo Modelo Orientado a Objeto. O
Deste modo, outro modelo de dados que pode ser utilizado para essa
pois também é um modelo potencial para contribuir com um novo olhar sobre o
conceitual que reflita os requisitos dos FRBR e FRAD sob a luz da Orientação a
Objetos.
um mais específico, neste caso, uma entidade é uma classe abstrata que pode se
especializar nas entidades bibliográficas. Essa técnica pode facilitar, entre outras
3, possibilitando que a entidade Obra tenha como assunto a classe genérica e não
precisam mais estar associadas com as duas entidades do Grupo 2, mas somente
com a super classe criada a partir das entidades Pessoa e Entidade Coletiva.
Objetos, mas bancos de dados relacionais, que têm forte relação com o Modelo E-
R.
contendo um conjunto de classes baseadas nas entidades dos grupos dos FRBR
conjunto de tabelas relacionais lógicas como fora feito com o modelo proposto
digitais.
Grupo 2;
216
Grupo 2 e Grupo 3;
Framework
Conceitual
Domínio da
FRBR / FRAD
Aplicação
requisitos dos FRBR e FRAD para estruturar os registros bibliográficos, por isso,
217
recomendações.
FRBR e FRAD.
* *
Conceito
*
1
Objeto
Responsabilidade * é criada por
* * *
*
*
Obra
*
Evento
1
é realizada por meio de
Expressão
Pessoa Entidade Coletiva *
é realizada por
Lugar
*
*
é incorporada em
Manifestacao
*
é produzida por
Super Classes
*
Entidades FRBR do Grupo 1 1
Entidades FRBR de responsabilidade do Grupo 2 é exemplif icada por
A partir das entidades bibliográficas dos FRBR, foi feita uma generalização
gerando a classe de nível superior Entidade, dela todas as entidades dos Grupos 1,
classe Responsabilidade.
associações.
a classe Entidade (o todo) e seus atributos (as partes) onde as partes só podem
(i) o modelo FRBR, (ii) o modelo FRAD, (iii) a Modelagem Dinâmica de Atributos e
implica necessariamente que este modelo não possa ser estendido e ampliado. O
seu objetivo é fornecer um diagrama de classes que pode ser usado como base
conceituais podem ser estendidas a partir deste modelo, bem como a redefinições
de atributos e relacionamentos.
(Fig. 73).
222
FRBR e converte num objeto em memória, a aplicação, então, faz uso desses
dados por meio dos métodos expostos dessa classe (Fig. 74).
223
que utilize padrões de intercâmbio de dados, como por exemplo, uma integração
224
entre as entidades dos FRBR com padrões de metadados como o MARC como
catalogação.
225
CONCLUSÕES
226
CONCLUSÕES
FRBR constituem-se num modelo teórico que se diferencia dos demais por tratar
projetos de catálogos bibliográficos, pode-se afirmar que os FRBR não devem ser
nesses ambientes.
vista da persistência das informações, das estruturas dos esquemas dos registros,
modelos de dados.
atributos não podem ser tomadas como exaustiva na modelagem de dados, pois
banco de dados.
para estes todo o modelo conceitual das estruturas de persistência dos registros
bibliográficos.
229
homologadas no modelo.
meio do diagrama de classes que utiliza uma notação que consegue representar as
classes.
baseado no E-R, pois por meio da criação de uma classe de mais alto nível de
a classe de alto nível, e por fim, ao abstrair uma classe de nível superior em
231
relatórios sobre os quais esse framework foi construído como também das técnicas
Conclui-se que a modelagem de dados possibilita uma visão não linear dos
REFERÊNCIAS
234
REFERÊNCIAS
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NSDL. Dlib Magazine. v. 8, n. 1, jan. 2002.
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and Information Congress: 75TH IFLA General Conference and Assembly.
Milan, Italy, 2009.
ANEXOS
242
ANEXOS
APÊNDICES
244
APÊNDICES
IDObraForma ChavePrimaria
IDObra Entidade Obra
IDForma Entidade Forma
Expressao FRBR – Grupo 1
IDExpressao Chave Primária
IDObra Entidade Obra
IDIdioma Entidade Idioma
IDPeriodicidade Entidade Periodicidade
OutraCaracteristica
RestricaoUso
Outros Atributos 1
ExpressaoNome FRAD
IDExpressaoNome ChavePrimaria
IDExpressao Entidade Expressao
IDNome Entidade Nome
Outros Atributos 2
ExpressaoPeriodicidade FRBR – Grupo 1
IDExpressaoPeriodicidade ChavePrimaria
IDExpressao Entidade Expressao
IDPeriodicidade Entidade Periodicidade
ExpressaoForma FRBR – Grupo 1
IDExpressaoForma ChavePrimaria
IDExpressao Entidade Expressao
IDForma Entidade Forma
Manifestacao FRBR – Grupo 1
IDManifestacao Chave Primaria
Edicao
ExtensaoSuporte
DimensaoSuporte
FonteAquisicao
RestricoesAcesso
Numeracao
Outros Atributos 1
ManifestacaoNome FRAD
IDManifestacaoNome ChavePrimaria
IDManifestacao Entidade Manifestacao
IDNome Entidade Nome
Outros Atributos 2
ManifestacaoFormaSuporte FRBR – Grupo 1
IDManifestacaoFormaSuporte ChavePrimaria
IDManifestacao Entidade Manifestacao
IDFormaSuporte Entidade FormaSuporte
ManifestacaoMeioFisico FRBR – Grupo 1
IDManifestacaoMeioFisico ChavePrimaria
IDManifestacao Entidade Manifestacao
IDMeioFisico Entidade MeioFisico
Item FRBR – Grupo 1
IDItem Chave Primária
IDManifestacao Entidade Manifestacao
ItemNome FRAD
IDItemNome ChavePrimaria
IDItem Entidade Item
IDNome Entidade Nome
Outros Atributos 2
ItemCondicaoItem FRBR – Grupo 1
IDItemCondicaoItem ChavePrimaria
IDItem Entidade Item
IDCondicaoItem Entidade CondicaoItem
Pessoa FRBR – Grupo 2
IDPessoa Chave Primária
DataNascimento
DataFalecimento
Titulo
Outros Atributos 2
PessoaNome FRAD
IDPessoaNome ChavePrimaria
IDPessoa Entidade Pessoa
IDNome Entidade Nome
Outros Atributos 2
EntidadeColetiva FRBR – Grupo 2
IDEntidadeColetiva Chave Primária
246
Numero
Data
ID_Local Entidade Local
Outros Atributos 2
EntidadeColetivaNome FRAD
IDEntidadeColetivaNome ChavePrimaria
IDEntidadeColetiva Entidade EntidadeColetiva
IDNome Entidade Nome
Outros Atributos 2
Conceito FRBR – Grupo 3
IDConceito Chave Primária
ConceitoNome FRAD
IDConceitoNome ChavePrimaria
IDConceito Entidade Conceito
IDNome Entidade Nome
Outros Atributos 2
Objeto FRBR – Grupo 3
IDObjeto Chave Primária
Outros Atributos 2
ObjetoNome FRAD
IDObjetoNome ChavePrimaria
IDObjeto Entidade Objeto
IDNome Entidade Nome
Outros Atributos 2
Evento FRBR – Grupo 3
IDEvento Chave Primária
Outros Atributos 2
EventoNome FRAD
IDEventoNome ChavePrimaria
IDEvento Entidade Evento
IDNome Entidade Nome
Outros Atributos 2
Lugar FRBR – Grupo 3
IDLugar Chave Primária
Outros Atributos 2
LugarNome FRAD
IDLugarNome ChavePrimaria
IDLugar Entidade Lugar
IDNome Entidade Nome
Outros Atributos 2
ObraPessoa Responsabilidade
IDObraPessoa Chave Primária
IDObra Entidade Obra
IDPessoa Entidade Pessoa
Data
IDTipoResponsabilidade Entidade TipoResponsabilidade
IDLugar Entidade Lugar
ObraEntidadeColetiva Responsabilidade
IDObraEntidadeColetiva Chave Primária
IDObra Entidade Obra
IDEntidadeColetiva Entidade EntidadeColetiva
Data
IDTipoResponsabilidade Entidade TipoResponsabilidade
IDLugar Entidade Lugar
ExpressaoPessoa Responsabilidade
IDExpressaoPessoa Chave Primária
IDExpressao Entidade Expressao
IDPessoa Entidade Pessoa
Data
IDTipoResponsabilidade Entidade TipoResponsabilidade
IDLugar Entidade Lugar
ExpressaoEntidadeColetiva Responsabilidade
IDExpressaoEntidadeColetiva Chave Primária
IDExpressao Entidade Expressao
IDEntidadeColetiva Entidade EntidadeColetiva
Data
IDTipoResponsabilidade Entidade TipoResponsabilidade
IDLugar Entidade Lugar
ManifestacaoPessoa Responsabilidade
IDManifestacaoPessoa Chave Primária
IDManifestacao Entidade Manifestacao
247