Livia Sousa e Silva
Livia Sousa e Silva
Livia Sousa e Silva
Rio de Janeiro
2017
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RIO DE JANEIRO
2017
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CDD 025
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BANCA EXAMINADORA
_______________________________________________________________
Prof. Alex Gomes Guizalberth – Orientador
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
_______________________________________________________________
Prof. Carlos Alberto Calil Junior– Avaliador
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
_______________________________________________________________
Prof. Laffayete Alvares Junior – Avaliador
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
RIO DE JANEIRO
2017
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AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO……………………………….….……………....…............... 12
1.1 OBJETIVOS……………………………………………..........………….….…..... 13
1.2 JUSTIFICATIVA…………………………………….………....……….….…….... 13
2 REFERENCIAL TEÓRICO……………………………...……....…..…….... 16
REFERÊNCIAS…………………………………...…...…..………………..…. 42
11
APÊNDICE A - Questionário………………………........……………..... 45
1 INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVOS
1.2 JUSTIFICATIVA
Vargem Grande é um bairro com grande carga cultural, que busca sempre
manter viva sua história e tradição, principalmente no aspecto agrícola e pecuarista.
As regiões mais próximas ao largo, considerado como o centro do bairro, possuem
maior assistência pública e social, mas no Alto Vargem Grande, uma região que está
mais inserida na área florestal do Parque Estadual da Pedra Branca, por exemplo, o
acesso a meios de transporte, saneamento básico e internet ainda são precários.
Atualmente a biblioteca pública mais próxima é a Biblioteca Popular de
Campo Grande, localizada na Praça Thelmo Gonçalves Maia, que fica em média a
30 km do bairro e funciona de segunda a sexta-feira, das 9 às 17hrs, segundo a
página oficial da biblioteca no Facebook. Através de uma pesquisa rápida no Google
Maps, ilustrada abaixo (IMAGEM 1), é possível constatar que, de transporte público,
leva-se mais de uma hora e meia de deslocamento, que envolve no mínimo dois
ônibus e um BRT (Bus Rapid Transit). Além disso, regiões mais altas não possuem
tráfego de ônibus ou pavimentação, levando os moradores a caminhar até o ponto
mais próximo, geralmente localizados na Estrada dos Bandeirantes. Não existe
nenhum transporte público na região que atue 24hrs. Por isso, observa-se a
necessidade de levar a biblioteca até a comunidade.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Fonte: SESC PR
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Fonte: SESC PR
Stumpf (1988) afirma que o ideal seria que a proposta de instalação de uma
biblioteca em uma comunidade deveria partir da própria comunidade. Entretanto,
caso não seja assim pode-se: “empregar técnicas que estimulem este objetivo a fim
de assegurar respostas positivas à sua criação”. A implantação de uma biblioteca
deve sempre levar em conta os resultados de um estudo da comunidade e do
conhecimento prévio da população a ser atendida.
Os Estudos de Comunidades constituem-se então como um dos pontos
iniciais para a implantação de uma biblioteca, com o objetivo de propiciar a
aproximação dos usuários potenciais e conciliar os objetivos da biblioteca e da
comunidade atendida. Este estudo analisa os aspectos econômicos, sociais e os
demais aspectos relacionados ao grupo selecionado para a pesquisa (FIGUEIREDO,
1994).
21
Desta forma, pode-se afirmar que estes estudos são fundamentais para a
gestão e o planejamento da implantação de bibliotecas itinerantes. É impraticável
adequar a unidade móvel para a comunidade e os usuários que serão atendidos,
sem o conhecimento prévio de suas necessidades informacionais.
22
3 METODOLOGIA
3.2 AMOSTRA
[...] uma série ordenada de perguntas que devem ser respondidas por
escrito pelo informante, devendo ser objetivo, limitado em extensão e estar
acompanhado de instruções. Estas instruções devem ser capazes de
esclarecer o propósito de sua aplicação, ressaltar a importância da
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4.1.1 Gênero
GRÁFICO 1 – GÊNERO
A segunda questão era para identifica a idade dos entrevistados. Para facilitar
o entendimento e a análise dos dados, a idade foi elaborada por faixas: até 15 anos,
de 16 à 20 anos, de 21 à 30 anos, de 21 à 40 anos e acima de 40 anos. Os
resultados se dividem mais entre indivíduos acima de 40 anos e entre 21 à 30 anos.
Essas duas faixas correspondem quase 70% do total.
Apenas 3% dos entrevistados eram menores de 15 anos, 8% têm entre 16 e
20 anos, 20% entre 31 e 40 anos, 34% acima de 40 anos e a maior faixa, 35%, têm
entre 21 e 30 anos.
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4.1.3 Escolaridade
GRÁFICO 3 - ESCOLARIDADE
4.1.4 Filhos
Como era esperado que a grande maioria dos entrevistados fossem adultos,
foi adicionada a questão 4, referente a quantidade de filhos. Dos resultados 48% não
possuem filhos, 25% possuem um filho, 12% possuem dois e 10% possuem três. 5%
do total possui 4 ou 5 filhos. Mesmo que a quantidade de crianças e adolescentes
entrevistados seja baixa, é importante lembrar que seus pais podem efetuar o
empréstimo de livros e outros materiais oferecidos pela biblioteca para seus filhos e,
do total, 52% dos moradores entrevistados possuem pelo menos um filho.
31
4.3.3 Sugestões
A última questão, número doze, era aberta e não obrigatória. Seu intuito era
coletar possíveis sugestões dos moradores para auxiliar o processo de implantação
e funcionamento da biblioteca itinerante a ser implantada. Dentre as sugestões
coletadas, se destaca a importância de oferecer serviços para crianças pequenas,
desde leitura a outras atividades. Sugestões para oferecer acesso à internet e um
ambiente confortável, visualmente agradável e climatizado também se destacam.
Embora não se caracterize como uma sugestão, e sim como um comentário
em relação aos objetivos de implantar uma biblioteca itinerante na região, um dos
entrevistados escreveu que a biblioteca não pode apenas existir, e sim se inteirar na
cidade e que um dos meios para isso é justamente a realização de projetos como
esse.
Todas as sugestões estão listadas no Apêndice B.
39
5 CONCLUSÃO
itinerante pode oferecer, é possível alcançar este objetivo e promover o gosto pela
leitura.
Mais que apenas o acesso aos livros, a comunidade demonstra interesse em
atividades, como contações de histórias, rodas de leitura e discussões literárias.
Devido a isso, o modelo tradicional de uma biblioteca móvel, com visitas quinzenais,
como o BilbioSESC, talvez não atenda completamente a necessidade do bairro.
Através desta pesquisa, ficou evidente que Vargem Grande se beneficiaria muito
mais com uma biblioteca sua, que funcione como um centro cultural para a
comunidade.
Para os próximos passos, é necessário contatar a Associação de Moradores,
assim como os demais poderes públicos, para verificar a possibilidade de atuar junto
a essas instituições locais para o funcionamento da biblioteca móvel. Seguindo o
mesmo modelo que o carro-biblioteca da UFMG, seria interessante um projeto que
não só atuasse na comunidade, mas como também a auxiliasse a criar a sua própria
biblioteca fixa, com um ambiente confortável e climatizado. A região necessita de um
espaço onde possa desenvolver o gosto pela leitura e, principalmente para as
regiões de Alto Vargem Grande e do quilombo, é essencial também que seja
oferecido acesso à Internet. Hoje, a inclusão digital é mais que uma necessidade
para o lazer e a educação, se tornando também um sinônimo de inclusão social.
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REFERÊNCIAS
BAPTISTA, Sofia Galvão; CUNHA, Murilo Bastos da. Estudos de usuários: visão
global dos métodos de coleta de dados. Perspectivas em Ciência da Informação, v.
12, n. 2, p. 168-184, maio/ago., 2007. Disponível em:
<http://revista.ibict.br/pbcib/index.php/pbcib/article/view/702>. Acesso em: 01 ago.
2017.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 23.
ed. São Paulo: Autores Associados: Cortez, 1989. 49 p. (Polêmicas do Nosso
Tempo; 4)
OLIVEIRA, Maria Aparecida Alves de; SARAGOÇA, Ana Carolina Alves. Biblioteca
Itinerante: ecologia de saberes na promoção da leitura, da informação e inclusão
socioambiental de forma lúdica. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE
BIBLIOTECONOMIA, DOCUMENTAÇÃO E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 24., 2011,
Maceió. Sistemas de Informação, Multiculturalidade e Inclusão Social. Maceió:
FEBAB, 2011.
TARGINO, Maria das Graças de. Conceito de biblioteca. Brasília: ADBF, 1984.
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1. Gênero: F ( ) M ( )
2. Faixa etária:
( ) até 15 anos
( ) de 16 à 20 anos
( ) de 21 à 30 anos
( ) de 31 à 40 anos
( ) acima de 40 anos
3. Escolaridade:
( ) Fundamental incompleto
( ) Fundamental completo
( ) Médio incompleto
( ) Médio completo
( ) Superior incompleto
( ) Superior completo
( ) Pós-graduação
4. Tem filhos?
( ) Não
( ) Sim. Idade(s): _______
11. Para você, qual seria o melhor horário de atendimento (pode selecionar mais
de uma opção):
( ) Dia de semana - Manhã
( ) Dia de semana - Tarde
( ) Dia de semana - Noite
( ) Final de semana - Manhã
( ) Final de semana - Tarde
( ) Final de semana – Noite
“Que tivesse também uma sessão para as crianças que estimulasse o prazer pela
leitura”
“Bem colorida”
tendo música, leitura e em seguida um momento para ilustrar o que aprendeu. Assim
como para jovens, seria interessante rodas de debates sobre temas que se aplicam
a atualidade que podem ser extraídos de livros literários, conversas dinâmicas com
profissionais do ramo literário e do próprio curso de biblioteconomia, de forma que
evidencie a importância da literatura e outras formas de usá-la e estuda-la mesmo
quando se acha a literatura algo chato. A Biblioteca não pode só existir, ela precisa
se inteirar na cidade, e penso que um dos meios é a realização de projetos como
esses. Infelizmente, as crianças e os jovens esquecem da existência da biblioteca
por não darem ênfase a ela nas escolas e nem nas ruas. Por isso, é necessário que
ela mesma se dê ênfase, realizando projetos diferenciados.”
“Uma vez tive acesso a este serviço quando morei na California. Realmente ajudava
bastante principalmente aos idosos aposentados que ficavam mais em casa , assim
se ocupavam e matinham o hábito da leitura. Mas diferentes faixas etárias se
serviam e faziam parte desta conquista. Espero que Vargem grande possa usufruir
desta grande oportunidade! Nosso bairro precisa de mais acesso à cultura!
Parabéns pela pesquisa!”